Saturday, September 07, 2024

Aula 111-112

Aula 111-112 (25 [1.ª (só a primeira parte da aula); 4.ª], 26 [3.ª (só a primeira parte da aula)], 27/mar [1.ª (2.ª parte da aula)]) Correção de títulos para contos. Questionário de compreensão de «Um filme em forma de O’Neill» (pp. 223-224).

Fica só, por favor, nas pp. 223-224 do manual, junto do texto de que se ocupa o grupo II. Circunda a melhor alínea de cada item.

«Um filme em forma de O’Neill» é

a) um filme.

b) uma apreciação crítica.

c) um texto de opinião.

d) uma reportagem.

 

Com a referência ao «inadaptável» (l. 3), o autor

a) destaca a complexidade das narrativas de Alexandre O’Neill.

b) insinua a impossibilidade de adequação cinematográfica da obra de O’Neill.

c) sugere a dificuldade da tarefa de João Botelho.

d) salienta as limitações e fragilidades do trabalho de João Botelho.

 

Pelo que se retira da leitura do primeiro parágrafo (ll. 1-13),

a) o Filme do Desassossego não foi a primeira adaptação de obra literária feita por Botelho.

b) o Filme do Desassossego foi a primeira adaptação de obra literária feita por Botelho.

c) Um Filme em Forma de Assim foi a segunda adaptação de obra literária feita por Botelho.

d) João Botelho não tem adaptado ao cinema obras literárias.

 

As expressões «do texto de onde partem» (l. 6) e «disso» (l. 11) desempenham as funções

a) de complemento do nome e de complemento oblíquo, respetivamente.

b) de complemento do adjetivo e de complemento oblíquo, respetivamente.

c) de complemento do nome, em ambos os casos.

d) de complemento oblíquo, em ambos os casos.

 

A oração subordinada presente em «os livros dão inevitavelmente mais liberdade a quem os lê» (ll. 9-10) é

a) substantiva relativa e tem a função sintática de complemento indireto.

b) substantiva completiva e tem a função sintática de complemento direto.

c) adjetiva relativa restritiva e tem a função sintática de modificador restritivo do nome.

d) adjetiva relativa explicativa e tem a função de modificador apositivo do nome.

 

Entre as ll. 11-17, percebemos que Um Filme em Forma de Assim seguiu estratégia idêntica à que João Botelho usara na adaptação

a) de Tempos Difíceis.

b) de Os Maias.

c) de Tempos Difíceis e de Os Maias, obras com fio narrativo.

d) do fragmentário Livro do Desassossego.

 

Segundo o parágrafo das linhas 17-22, Um Filme em Forma de Assim

a) adapta uma trama narrativa prévia.

b) é uma biografia de O’Neill.

c) segue o enredo de um conto de O’Neill.

d) usa uma abordagem global.

 

No parágrafo das ll. 23-26 destaca-se a centralidade, no filme, 

a) do som.

b) das festas.

c) da noite e de transas.

d) do bombeiro Dudu, que, coitado, está de baixa médica.

 

Segundo o parágrafo das ll. 27-30, os cenários do filme são

a) realistas.

b) assumidamente estilizados.

c) naturalistas.

d) abstratos.

 

No mesmo quinto parágrafo (ll. 27-30), a personalidade peculiar de Alexandre O’Neill é realçada através da

a) metáfora.

b) ironia.

c) gradação.

d) antítese.

 

Um Filme em Forma de Assim partilha com produções anteriores de João Botelho

a) a dimensão musical.

b) a estruturação narrativa.

c) a artificialidade da linguagem.

d) as opções de cenografia.

 

Em «as cores de Almodóvar» (ll. 29-30) — e recordo que Pedro Almodóvar é um cineasta —, «Almodóvar» corresponde «filmes de Almodóvar», o que significa que se trata de uma

a) metáfora.

b) metonímia.

c) personificação.

d) anáfora.

 

«Um filme que se sente mais do que se segue» (ll. 32-33) vinca

a) a índole narrativa do filme em causa.

b) a importância de cenários e música.

c) o realismo da obra.

d) o caráter decisivo dos poemas inseridos na obra.

 

A oração subordinada «quem for ver este Filme em Forma de Assim» (ll. 34-35) é

a) substantiva completiva, com função de complemento direto.

b) substantiva completiva, com função de sujeito.

c) substantiva relativa, com função de sujeito.

d) substantiva relativa, com função de complemento direto.

 

O filme será «verdadeiramente O’Neilliano» (l. 37), porque

a) trata de livro de Alexandre O’Neill.

b) é da autoria de Alexandre O’Neill.

c) é sobre Alexandre O’Neill.

d) tem com pontos comuns ao estilo de Alexandre O’Neill.

 

Quanto ao processo de formação, «O’Neilliano» (l. 37) é uma palavra

a) composta por derivação.

b) derivada por sufixação.

c) composta por sufixação.

d) composta morfossintaticamente.

Itens de provas de exame com figuras de estilo

[2016, 2.ª fase]

7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras, e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»], são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais

(A) a sinestesia e a anáfora. | (B) a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.

[2015, 1.ª fase]

6. Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o autor utiliza

(A) uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma sinestesia.

[2015, 2.ª fase]

6. No contexto em que ocorre, a expressão «grosso volume do romance de Eça de Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei — ao grosso volume do romance de Eça de Queirós.»]) constitui um exemplo de

(A) perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.

[2014, 1.ª fase]

1.5. Na expressão «deflagração extraordinária» (linha 18) [«Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX.»], a autora recorre a

(A) uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um eufemismo

[2013, época especial]

1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14; [As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]), o autor recorre à

(A) hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia

[2016, 1.ª fase, item do grupo I]

1. Explique o sentido quer das antíteses quer das interrogações retóricas presentes no início do monólogo de Matilde (linhas de 1 a 14) [«Ensina-se-lhes que sejam valentes, para um dia virem a ser julgados por covardes! Ensina-se-lhes que sejam justos, para viverem num mundo em que reina a injustiça! Ensina-se-lhes que sejam leais, para que a lealdade, um dia, os leve à forca! (Levanta-se) Não seria mais humano, mais honesto, ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz com a hipocrisia do mundo? (Pausa) Quem é mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?»].

[2016, época especial, item do grupo I]

4. Explique o sentido da metáfora «São o pão quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13 [«São o pão quotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os miseráveis pequenos»]), tendo em conta o conteúdo do excerto.

[2016, época especial, item do grupo I]

5. Relacione o recurso à interrogação retórica presente na linha 16 [«Qui devorant plebem meam, ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes?»] com a intenção crítica do pregador presente nas linhas que se lhe seguem.

Cenário de resposta do item 1 do exame de 2016, 1.ª fase

As antíteses expressam a oposição entre os valores ensinados aos filhos (valentia, justiça, lealdade) e a realidade político-social, na qual vinga quem é cobarde, injusto e desleal. Deste modo, Matilde põe em evidência a hipocrisia instalada na sociedade, que aparenta defender determinados valores, mas promove quem não os pratica.

Na sequência da reflexão anterior, Matilde interroga-se ironicamente sobre a necessidade de se ensinar a viver em conformidade com a hipocrisia a fim de alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal signifique uma vida pautada pela alienação, pelo conformismo e pela indignidade.

Cenário de resposta do item 4 do exame de 2016, época especial

A metáfora «São o pão quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13) associa os «pequenos», os socialmente frágeis, ao pão. Assim, tal como o pão acompanha sempre os outros alimentos, também o povo é alimento constante para os poderosos.

Através da metáfora, o orador sublinha, por um lado, a insaciável ganância dos poderosos e, por outro, a vulnerabilidade dos pequenos, submetidos a uma exploração sem tréguas.

Cenário de resposta do item 5 do exame de 2016, época especial

Com o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de consciência de que a exploração dos «pequenos» por parte dos poderosos é um comportamento condenável.

Assumida esta condenação por parte do auditório, Vieira acusa-o de ter, também ele, um comportamento em tudo semelhante ao anteriormente apontado.

 

 

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