Aula 111-112
Aula 111-112 (25 [1.ª (só a primeira parte da aula); 4.ª], 26
[3.ª (só a primeira parte da aula)], 27/mar [1.ª (2.ª parte da aula)]) Correção
de títulos para contos. Questionário de compreensão de «Um filme em
forma de O’Neill» (pp. 223-224).
Fica só, por favor, nas
pp. 223-224 do manual, junto do texto de que se ocupa o grupo II. Circunda a
melhor alínea de cada item.
«Um filme em forma de
O’Neill» é
a) um filme.
b) uma apreciação crítica.
c) um texto de opinião.
d) uma reportagem.
Com a referência ao «inadaptável» (l. 3), o autor
a) destaca a complexidade das narrativas de
Alexandre O’Neill.
b) insinua a impossibilidade de adequação
cinematográfica da obra de O’Neill.
c) sugere a dificuldade da tarefa de João Botelho.
d) salienta as limitações e fragilidades do
trabalho de João Botelho.
Pelo que se retira da leitura do primeiro
parágrafo (ll. 1-13),
a) o Filme do Desassossego não foi a
primeira adaptação de obra literária feita por Botelho.
b) o Filme do Desassossego foi a primeira
adaptação de obra literária feita por Botelho.
c) Um Filme em Forma de Assim foi a segunda
adaptação de obra literária feita por Botelho.
d) João Botelho não tem adaptado ao cinema obras
literárias.
As expressões «do texto de onde partem» (l. 6) e
«disso» (l. 11) desempenham as funções
a) de complemento do nome e de complemento
oblíquo, respetivamente.
b) de complemento do adjetivo e de complemento
oblíquo, respetivamente.
c) de complemento do nome, em ambos os casos.
d) de complemento oblíquo, em ambos os casos.
A oração subordinada presente em «os livros dão
inevitavelmente mais liberdade a quem os lê» (ll. 9-10) é
a) substantiva relativa e tem a função sintática
de complemento indireto.
b) substantiva completiva e tem a função sintática
de complemento direto.
c) adjetiva relativa restritiva e tem a função
sintática de modificador restritivo do nome.
d) adjetiva relativa explicativa e tem a função de
modificador apositivo do nome.
Entre as ll. 11-17, percebemos que Um Filme em
Forma de Assim seguiu estratégia idêntica à que João Botelho usara na
adaptação
a) de Tempos Difíceis.
b) de Os Maias.
c) de Tempos Difíceis e de Os Maias,
obras com fio narrativo.
d) do fragmentário Livro do Desassossego.
Segundo o parágrafo das linhas 17-22, Um Filme
em Forma de Assim
a) adapta uma trama narrativa prévia.
b) é uma biografia de O’Neill.
c) segue o enredo de um conto de O’Neill.
d) usa uma abordagem global.
No parágrafo das ll. 23-26 destaca-se a
centralidade, no filme,
a) do som.
b) das festas.
c) da noite e de transas.
d) do bombeiro Dudu, que, coitado, está de baixa
médica.
Segundo o parágrafo das ll. 27-30, os cenários do
filme são
a) realistas.
b) assumidamente estilizados.
c) naturalistas.
d) abstratos.
No mesmo quinto parágrafo (ll. 27-30), a
personalidade peculiar de Alexandre O’Neill é realçada através da
a) metáfora.
b) ironia.
c) gradação.
d) antítese.
Um Filme em Forma de Assim partilha com produções
anteriores de João Botelho
a) a dimensão musical.
b) a estruturação narrativa.
c) a artificialidade da linguagem.
d) as opções de cenografia.
Em «as cores de Almodóvar» (ll. 29-30) — e recordo
que Pedro Almodóvar é um cineasta —, «Almodóvar» corresponde «filmes de
Almodóvar», o que significa que se trata de uma
a) metáfora.
b) metonímia.
c) personificação.
d) anáfora.
«Um filme que se sente mais do que se segue» (ll.
32-33) vinca
a) a índole narrativa do filme em causa.
b) a importância de cenários e música.
c) o realismo da obra.
d) o caráter decisivo dos poemas inseridos na
obra.
A oração subordinada «quem for ver este Filme
em Forma de Assim» (ll. 34-35) é
a) substantiva completiva, com função de
complemento direto.
b) substantiva completiva, com função de sujeito.
c) substantiva relativa, com função de sujeito.
d) substantiva relativa, com função de complemento
direto.
O filme será «verdadeiramente O’Neilliano» (l.
37), porque
a) trata de livro de Alexandre O’Neill.
b) é da autoria de Alexandre O’Neill.
c) é sobre Alexandre O’Neill.
d) tem com pontos comuns ao estilo de Alexandre
O’Neill.
Quanto ao processo de formação, «O’Neilliano» (l.
37) é uma palavra
a) composta por derivação.
b) derivada por sufixação.
c) composta por sufixação.
d) composta morfossintaticamente.
Itens de provas de exame com figuras
de estilo
[2016, 2.ª fase]
7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras,
e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do
tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é
também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço
sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»],
são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais
(A) a
sinestesia e a anáfora. | (B)
a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.
[2015, 1.ª fase]
6.
Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o autor utiliza
(A)
uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma sinestesia.
[2015, 2.ª fase]
6.
No contexto em que ocorre, a expressão «grosso volume do romance de Eça de
Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo
em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei — ao grosso volume do
romance de Eça de Queirós.»]) constitui um exemplo de
(A)
perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.
[2014, 1.ª fase]
1.5.
Na expressão «deflagração extraordinária» (linha 18) [«Não viveu, porém, e
infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas e dos
objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a produzir as
grandes experiências literárias do século XX.»], a autora recorre a
(A)
uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um eufemismo
[2013, época especial]
1.7.
Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14; [As casas de
papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele
dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um
lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar
nos objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça
mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um
Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As
letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]), o autor recorre à
(A)
hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia
[2016,
1.ª fase, item do grupo I]
1.
Explique o
sentido quer das antíteses quer das interrogações retóricas presentes no início
do monólogo de Matilde (linhas de 1 a 14) [«Ensina-se-lhes que sejam valentes,
para um dia virem a ser julgados por covardes! Ensina-se-lhes que sejam justos,
para viverem num mundo em que reina a injustiça! Ensina-se-lhes que sejam
leais, para que a lealdade, um dia, os leve à forca! (Levanta-se) Não
seria mais humano, mais honesto, ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz
com a hipocrisia do mundo? (Pausa)
Quem é
mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em
paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?»].
[2016, época especial,
item do grupo I]
4. Explique o sentido da metáfora «São o pão
quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13 [«São o pão quotidiano dos grandes; e
assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os
miseráveis pequenos»]), tendo em conta o conteúdo do excerto.
[2016, época especial,
item do grupo I]
5. Relacione o recurso à interrogação retórica
presente na linha 16 [«Qui devorant plebem meam,
ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes?»] com a intenção
crítica do pregador presente nas linhas que se lhe seguem.
Cenário de
resposta do item 1 do exame de
2016, 1.ª fase
As antíteses expressam a oposição entre os
valores ensinados aos filhos (valentia, justiça, lealdade) e a realidade
político-social, na qual vinga quem é cobarde, injusto e desleal. Deste modo,
Matilde põe em evidência a hipocrisia instalada na sociedade, que aparenta
defender determinados valores, mas promove quem não os pratica.
Na sequência da
reflexão anterior, Matilde interroga-se
ironicamente sobre a necessidade de se ensinar a viver em conformidade com
a hipocrisia a fim de alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal signifique
uma vida pautada pela alienação, pelo conformismo e pela indignidade.
Cenário de
resposta do item 4 do exame de 2016, época especial
A metáfora «São o pão
quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13) associa os «pequenos», os socialmente
frágeis, ao pão. Assim, tal como o pão acompanha sempre os outros alimentos,
também o povo é alimento constante para os poderosos.
Através da metáfora,
o orador sublinha, por um lado, a insaciável ganância dos poderosos e, por
outro, a vulnerabilidade dos pequenos, submetidos a uma exploração sem tréguas.
Cenário de
resposta do item 5 do exame de 2016, época especial
Com
o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de
consciência de que a exploração dos «pequenos» por parte dos poderosos é um
comportamento condenável.
Assumida esta
condenação por parte do auditório, Vieira acusa-o de ter, também ele, um
comportamento em tudo semelhante ao anteriormente apontado.
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