Aula 67-68
Aula 67-68 (13/jan [3.ª], 14 [4.ª],
16/jan [1.ª]) Leitura de resposta a item 1 da p. 129 sobre o conceito de
‘quinto império’.
A partir da p. 128
do manual temos já poemas da terceira parte de Mensagem («D. Sebastião»), mas o texto por que vamos
começar está já na p. 129.
Completa esta
«tradução» do poema «O Quinto Império» (p. 129). Terás
de copiar nos lugares corretos as paráfrases dos versos de Pessoa (nestas
«traduções», não pus a pontuação de final de verso, para não ajudar demasiado).
«Traduções» a copiar nas
lacunas (aqui, desordenadas, claro):
Perante a visão que só a alma tem
Senão o destino de esperar pela morte em vida
É da natureza humana ser descontente, querer
possuir
Passados os quatro Impérios
Surgir à luz do dia
A Europa — todos esses Impérios acabaram
Pobre de quem vive seguro
Um sonho maior que faça abandonar todos os
confortos e as certezas
Pobre aquele que se dá por contente
Gerações passam
O
Quinto Império, a Nova Vida
_______________________________
Pobre de quem, seguro, se contenta com o pouco
que tem
Sem um sonho maior, um desejo
Um íntimo fogo e objetivo
5 _______________________________
_______________________________
Pobre de quem apenas sobrevive e nada mais
deseja
Esse não tem alma
Senão o instinto de não morrer
10 _______________________________
_______________________________
Num tempo que é feito de gerações
_______________________________
Mas as forças da guerra, irracionais, param
15 _______________________________
_______________________________
Completado o seu reino terreno
A Terra verá o quinto
_______________________________
20 Ele que começou a gerar-se da noite
(morte)
Grécia, Roma, o Império Cristão
_______________________________
Acabaram porque tudo se acaba com o tempo
Falta assim viver o Império da Verdade
25 O Quinto Império a que preside D.
Sebastião.
Depois de ouvirmos o início do episódio 11 («É a
hora») de Não sei o que o amanhã trará — Um passeio sonoro na Lisboa de
Fernando Pessoa, resolve os itens 1, 2 e 3, da p. 132:
1 — ___; 2 — ___; 3 —
__________________.
Pus em baixo uma
tradução de «Nevoeiro» (p. 133), o último poema de Mensagem. Desta vez, cabe-te criar as
paráfrases em falta.
Nevoeiro
Nem governante nem leis, nem tempos de paz ou de
conflito
Podem definir a verdade, a essência
No que no presente é um fulgor triste
_______________________________
Vida exterior sem luz intensa, sem fogo de
paixão e vontade
_______________________________
Os Portugueses não sabem o que verdadeiramente
querem!
Não conhecem a sua alma — o seu Destino
_______________________________
Adivinha-se, no entanto, uma ânsia neles, uma
ânsia de querer
Mas tudo é incerto, morte
_______________________________
Portugal é, no presente, como o nevoeiro.
_______________________________
À
vitória!
Só com citações do poema, completa esta análise
de «Nevoeiro» (p. 133).
O poema inicia-se
com uma imagem negativa de Portugal, que estará a «_________». Portugal surge
personificado, marcado pela falta de identidade nacional (acentuada pelos
quatro conetores copulativos em «__________») e por um estado de indefinição. A
simbologia do título («_________») ajuda nesta caracterização depreciativa.
Também boa parte do léxico da primeira estrofe remete para a opacidade, embora
em contraste com a hipótese de uma luz («________», «_______», «________»).
Entretanto, surge o
parêntese «______________», a assinalar a passagem para um clima menos cético.
A oposição de caráter paradoxal «__________» relaciona-se com a linha
ideológica que estrutura Mensagem: a
simultaneidade da decadência de Portugal e a esperança do seu renascer. Dois
pares de anáforas («_______», «_______»; «____», «____») intensificam a
indefinição que envolve Portugal.
O apelo final
(«________») e a saudação em latim («________»), pelo tom exortativo que
encerram revelam a crença na mudança de um Portugal que, no último verso da
segunda estrofe, ainda surge mergulhado em «________».
Classifica as orações sublinhadas:
Ouvi dizer
(Ornatos Violeta)
Ouvi dizer
| ________
Que o nosso amor acabou,
| Subordinada ________________
Pois eu não tive a noção do seu fim.
| Coordenada _____________
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim,
Se eu não tive a noção
| ______________
De ver nascer o homem.
E, ao que eu vejo, tudo foi
para ti | Subordinada adverbial ___________
Uma estúpida canção que só eu
ouvi, | Subordinada ____________
E eu fiquei com tanto para dar,
Que agora não vais achar nada bem
| Subordinada adverbial __________
Que eu pague a conta em raiva.
E, pudesse eu pagar de outra
forma, ... | Subordinada adverbial _________
E, pudesse eu pagar de outra forma,
...
E, pudesse eu pagar de outra forma,
...
Ouvi dizer
Que o mundo acaba amanhã.
| Subordinada __________
Eu tinha tantos planos para depois,
Fui eu quem virou as páginas
| Subordinada __________
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel
sentido.
Sobre a razão estar cega
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu,
Como eu não fui.
Um dia vou-te ouvir dizer
E, pudesse eu pagar de outra forma,
...
E, pudesse eu…
Sei que um dia vais dizer...
E, pudesse eu pagar de outra forma,
...
E, pudesse eu…
A cidade está deserta | _____________
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte, | Coordenada ________
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas,
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura,
Ora amarga ora doce,
Para nos lembrar que o amor é uma doença, |
Subordinada adverbial ________
Quando nele julgamos ver a nossa cura. | Subordinada adverbial
_______:
TPC
— Vai lendo as páginas
ensaísticas do manual em torno de Mensagem (por exemplo, as pp.
135-136). Na aula de sexta-feira, traz
o livro ou livros que tens lido conforme combinado. Ser-te-á pedido, então, que
referencies o que leste até agora, bem como alguma aplicação (exercício,
resposta, etc.) em volta do livro, ou livros, em causa.
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