Sunday, September 08, 2024

Aula XIX-XX

 

Aula XIX-XX (10/out [3.ª]) Correção de comentário contrastivo sobre os dois «Lisbon Revisited».

[Exemplo de comentário sobre os dois «Lisbon Revisited», de Álvaro de Campos:]

Se é verdade que os poemas apresentam um tema comum — a desilusão do sujeito poético face ao seu desencontro emocional com o espaço que o envolve —, o tom usado é distinto.

Em «Lisbon Revisited (1923)», o tom do discurso é de irrequietude e revolta, como denota a presença frequente de frases com valor modal deôntico («Paguem o que devem!»; «Não me peguem no braço!»; etc.), tantas vezes acumulando negação, imperativo e exclamação.

Já em «Lisbon Revisited (1926)» as palavras do sujeito lírico assumem uma dimensão de desilusão e desânimo, a que não é alheia a fragmentação do eu («Mas, ai, a mim não me revejo! / Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico, / E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim»).

Entretanto, nos dois textos o poeta sente-se como um «estrangeiro», não integrado nas vivências comuns e nos hábitos culturais da capital. A utilização do inglês no título dos poemas acentua a inadaptação do eu lírico,  que expressa assim a sua circunstância de «estrangeiro» em Lisboa.

Na p. 92 do manual, trata-se da distinção entre complemento do nome e modificador do nome (restritivo e apositivo).

1. Identifica os versos da «Ode triunfal» em que as expressões sublinhadas correspondem ao complemento do nome. [Circunda as alíneas com complementos; nos outros casos teremos modificadores.]

(A) «À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica».

(B) «Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto».

(C) «Ó artigos inúteis que toda a gente quer comprar!».

(D) «Parlamentos, políticas, relatores de orçamentos».

(E) «Eh-lá desabamentos de galerias de minas».

(F) «Alterações de constituições, guerras, tratados, invasões».

(G) «Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos».

2. Associa as expressões sublinhadas à função sintática que lhes corresponde (Complemento do nome [CN] / Modificador restritivo do nome [MRN] / Modificador apositivo do nome [MAN]).

Álvaro de Campos assume-se como discípulo de Alberto Caeiro (a), o mestre inspirador (b), com quem partilha a valorização das sensações (c). Contudo, para o autor da «Ode triunfal» (d), que exalta o triunfo da técnica (e), o sensacionismo associa-se à descrição e às imagens da modernidade (f), ultrapassando a ligação à natureza (g). O contacto intenso (h) com as máquinas (i) desencadeia no sujeito poético o desejo de se fundir com elas (j). Febril e furioso (k), expressa a sua admiração por todas as coisas contemporâneas (l), incluindo no seu canto elogioso (m) realidades que poucas vezes haviam merecido registo poético (n), banais e disfóricas (o), mas merecedoras de exaltação (p) por integrarem a diversidade do mundo moderno.

Singular entre os heterónimos (q), a poesia futurista de Campos (r) recorre a um estilo livre e excessivo (s), que se manterá (t), mesmo quando tematicamente os seus versos se tornarem o retrato de um «eu» entregue à solidão e ao pessimismo (u).

Indica o valor aspetual predominante em cada uma das frases de Último a sair:

Ela estava a fazer jogo, esteve a fazer jogo desde o início.

 

muitas melgas nesta casa.

 

Já acabou o Fenistil.

 

A melga entrou lá dentro.

 

A melga vinha [a voar].

 

Procurei bué. Estive ali um quarto de hora à procura da melga.

 

Tu és meu amigo, Rui.

 

* Costumo sair do quarto dos homens e visitar o das mulheres.

 

* Tens procurado as melgas todas as noites.

 

* inventados para efeitos do exercício

As folhas que distribuirei são de um suplemento-revista (Fugas) que sai aos sábados com o Público.

A coluna que nos interessa chama-se «Fugas dos leitores». É escrita por leitores e é acompanhada por uma fotografia, que costuma ser também da autoria de quem escreveu a crónica de viagem. Os textos têm cerca de três mil caracteres (um pouco mais de quinhentas palavras).

Ao mesmo tempo que relanceies os textos que te calharam, verifica a qual dos tipos seguintes correspondem (E, PT ou ALD) e preenche as linhas em baixo.

[E] — Viagem ao estrangeiro (com destino a uma dada localidade ou a toda uma região ou mesmo país).

[PT] — Descrição de localidade portuguesa visitada em turismo.

[ALD] — Texto sobre localidade portuguesa que se conhece por vivência familiar (terra dos avós ou dos pais, lugar onde se costuma passar as férias repetidamente, etc.).

Tipo da crónica: E / PT / ALD

Título: __________________

Localidade (ou região) que é o foco do texto: ___________________

País: _______________

Tipo da crónica: E / PT / ALD

Título: __________________

Localidade (ou região) que é o foco do texto: ___________________

País: _______________

Tipo da crónica: E / PT / ALD

Título: __________________

Localidade (ou região) que é o foco do texto: ___________________

País: _______________

Tipo da crónica: E / PT / ALD

Título: __________________

Localidade (ou região) que é o foco do texto: ___________________

País: _______________

Escreve texto ao mesmo estilo, de crónica de viagem. Pode ser num dos três tipos que enunciei. Texto deverá ter, para já, umas 300 palavras. A tinta.

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TPC — Relanceia as páginas sobre «Relato de viagem» no manual (pp. 364-365).

 

 

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