Sunday, September 08, 2024

Aula 19-20

Aula 19-20 (14 [3.ª], 15/out [4.ª, 1.ª (só primeiros cinquenta minutos)]) Correção de crónica para «Fugas» (12.º 3.ª) ou de comentário sobre «Lisbon Revisited» (12.º 1.ª e 4.ª).

Nas pp. 98-99, lê a crónica «O país dos teimosos», de Ricardo Araújo Pereira, e escolhe as melhores alíneas. Não uses outras páginas do manual nem outros materiais. E demora só o tempo que eu aconselhar.

A expressão «para os picuinhas» (l. 2) é

a) caricatural, e diz-nos que, embora se trate de poema de Campos, não é relevante distingui-lo dos de Pessoa.

b) erudita, assinalando que não se deve deixar de fazer a correta referência bibliográfica.

c) irónica, sublinhando que o poema está, na verdade, assinado por Fernando Pessoa ortónimo.

d) agressiva, mostrando repulsa por quem está sempre disposto a encontrar defeitos no trabalho dos outros.

 

A palavra «picuinhas» (l. 2)

a) está mal escrita, porque deve grafar-se «picuínhas» (com acento).

b) não leva acento, uma vez que se trata de uma palavra esdrúxula.

c) não tem acento sobre o i porque o ditongo ui é mesmo para ser lido.

d) não leva acento, apesar de se fazer hiato (u-i), porque o nh seguinte faz que não seja necessário.

 

O verso «Onde é que há gente no mundo?» (l. 4) revela, por parte do poeta,

a) vontade de saber onde há pessoas.

b) espanto e indignação por todos se acharem tão perfeitos.

c) melancolia e tristeza dada a solidão que o eu poético sente.

d) arrependimento e remorso, por o sujeito lírico se considerar muito inferior aos outros.

 

A alusão a Álvaro de Campos e a citação de versos do «Poema em Linha Reta» (ll. 1-4) permite ao cronista

a) introduzir a sua perspetiva.

b) introduzir um contra-argumento.

c) apresentar um exemplo.

d) reforçar o ponto de vista defendido.

 

Os questionários de Proust (cfr. l. 5) — a que, no verão, os jornais costumam recorrer —, são inquéritos

a) sobre Marcel Proust.

b) sobre o verão.

c) sobre a personalidade de quem lhes responde.

d) que se focam particularmente nos defeitos dos inquiridos.

 

«Trata-se de uma boa pergunta» (l. 5) e «Todos os verões, tenho estudado os questionários de Proust dos jornais» (ll. 5-6) são exemplo de segmentos com os valores aspetuais, respetivamente,

a) genérico, perfetivo. |

b) genérico, iterativo.

c) imperfetivo, habitual.

d) habitual, iterativo.

 

A frase «Este ano, o DN e o Público [...] têm continuado a sua busca meritória por um ser humano verdadeiramente defeituoso» (ll. 9-11) constitui um exemplo de ironia, porque

a) elogia a análise psicológica desenvolvida pelos questionários de verão dos jornais.

b) salienta a naturalidade dos defeitos humanos.

c) desvaloriza os objetivos dos questionários dos jornais e a qualidade dos inquiridos.

d) sugere a inutilidade dos questionários de verão dos jornais.

 

A função sintática desempenhada pela oração «uma vez que se trata da mais chata e insignificante das falhas de carácter» (l. 13) é

a) modificador (de G. V.).

b) complemento do nome. |

c) complemento direto.

d) complemento oblíquo.

 

Na l. 15, «incluí»

a) leva acento para que não se leia o ditongo ui.

b) está mal escrito (devia ser «inclui»).

c) não devia ter acento porque se trata da 3.ª pessoa do Presente do Indicativo (ele inclui).

d) tem acento porque se trata da 1.ª pessoa do Presente do Indicativo.

 

No segundo parágrafo (ll. 19-29), o cronista destaca, em relação aos defeitos assumidos nos questionários dos jornais, o facto de

a) serem inatos aos inquiridos.

b) corresponderem a imperfeições físicas.

c) decorrerem de motivações externas.

d) serem comuns.

 

Em «lhes esgota a paciência» (ll. 20-21) o pronome pessoal encontra-se anteposto ao verbo, porque

a) é usado numa frase declarativa.

b) depende de uma oração coordenada.

c) está integrado numa oração subordinante.

d) ocorre numa oração subordinada.

 

Na l. 25, «desgraçado» é

a) irónico.

b) objetivo.

c) metafórico.

d) hiperbólico.

 

Em «a pobre inquirida» (l. 28), o adjetivo «pobre»

a) tem valor denotativo, dado estar anteposto.

b) significa ‘com poucos recursos’.

c) quer dizer ‘infeliz’, sentido conotativo que advém da anteposição.

d) significa ‘sem abrigo instalada em tenda em Arroios’.

 

A função sintática desempenhada pela oração «que confessam defeitos apresentáveis» (ll. 32-33) é

a) complemento direto.

b) modificador restritivo do nome.

c) modificador apositivo do nome.

d) sujeito.

 

No contexto em que se encontra, «apresentáveis», que é modificador de «defeitos» (l. 33), significa

a) ‘não demasiado graves’

b) ‘verdadeiros’.

c) ‘perdoáveis’.

d) ‘que não deem má imagem’.

 

Na expressão «por contraste com o pudor com que outros escondem os seus» (l. 35), «seus»  é um

a) determinante que assegura a coesão referencial.

b) pronome que garante a coesão referencial.

c) determinante que assegura a coesão frásica.

d) pronome que garante a coesão frásica.

 

A função sintática desempenhada pelos pronomes «nos» (l. 21) e «me» (l. 37) é, respetivamente,

a) complemento direto, complemento indireto.

b) complemento indireto, complemento direto.

c) complemento direto, complemento direto.

d) complemento indireto, complemento indireto.

 

A citação na l. 40, que faz alusão ao escrutínio para entrada no paraíso,

a) indica um pecado que decerto impediria esse ingresso.

b) assume ser pecado o que, na verdade, é uma virtude.

c) é irónica porque não há paraíso.

d) é absurda porque refere um pecado demasiado grave.

 

O poema «Un soir à Lima», que pedi lesses em casa, é

a) do mesmo heterónimo do do poema que o cronista refere no início de «O país dos teimosos».

b) do Álvaro de Campos da fase futurista.

c) acerca do mesmo assunto do «Poema em Linha Reta».

d) um texto de nostalgia da infância.

 

Como se fazia notar em ficha do Caderno de atividades que te pedi fosses lendo, são características da poesia de Álvaro de Campos (se excetuarmos a sua fase decadente)

a) a regularidade formal e a impetuosidade ao nível do sentido.

b) a irregularidade estrófica e métrica, a ausência de rima.

c) a regularidade da métrica e a ausência de rima.

d) a regularidade da métrica, a irregularidade estrófica, a rima.

Ainda antes de vermos o episódio de As minhas coisas favoritas, de Nuno Markl, sobre «Fazer férias fora do verão», escreve uma resposta possível para o ponto 1.2 (p. 102):

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Final do filme Ruby Sparks

Começo da peça Frei Luís de Sousa

Ruby ______ do passado, por determinação do seu criador.

______ está cada vez mais aprisionada no passado, o que é também suscitado por Telmo.

Está a ler A Namorada, de manhã, quando chega ______.

Tinha estado a ler Os Lusíadas, ao ______, quando entra Telmo.

Diz a Calvin que está a gostar do livro embora um amigo lhe tivesse dito ser um pouco ______.

Diz a _____ como admira Os Lusíadas, com o que concorda o velho aio, para quem o livro é o seu «valido».

Acaba por reconhecer no seu interlocutor o _____ da obra, ao ver a badana.

Alude-se a Camões, que _____ ainda conhecera.

Trata-se de um livro ______ de lançar: Ruby pede que não lhe seja revelada a intriga.

Trata-se de um livro já clássico: Madalena e Telmo ______ ambos o conteúdo da obra.

Ruby e Calvin decidem _____.

Madalena pede a Telmo que não continue a influenciar _____.

Indica a função sintática do que esteja sublinhado:

Morro na praia

(Capitão Fausto)

Trabalhar nunca me fez bem nenhum,   _________

Mas é melhor que ver o tempo a passar.

Atrasado, faço mais um refrão.

Ao menos, vou gastar o tempo todo a cantar.

 

Não paro enquanto ainda for a tempo.

A tempestade virou costas ao mar,   _________

Por muito que eu não queira,

De hoje não vai passar.

 

Fecho-me em casa, finjo que sou cantor,   _________

Ostento a tentativa de me levar a sério,

Mas, no fundo, nada mais vai mudar.

Eu canto a parolada, tu só tens de aceitar.   ________

 

Mãe, eu só te quero lembrar,

Até morrer no peito eu vou-te levar;

Minha mãe, eu só te quero lembrar,   _________

Até morrer no peito eu vou-te levar.

 

Caladinho, tu andaste a pastar,

Por esta altura tinhas já o trunfo na mão.   _________

Adormeço sempre a equacionar

E durmo mal dormido a pensar nesta canção.

 

Adio mais um dia perceber

Que aos vinte e seis não posso mais empatar.

Assumo o compromisso,   ________

Deixo as nuvens entrar.

 

Morro na praia a vinte passos de ser

Um gajo formado, um gajo pronto a vingar;

Mas, no fundo, fundo, tudo tem de mudar,   _________

Agora, que eu não estudo, não me vou mais calar.

 

Mãe, eu só te quero lembrar,

Até morrer no peito eu vou-te levar;   _________

Minha mãe, eu só te quero lembrar,

Até morrer no peito eu vou-te levar.   _________

TPC — Faz leitura de poema, perguntas e soluções de «Notas sobre Tavira» (pp. 100-101), de Álvaro de Campos. Vai procurando ler sempre as partes «teóricas» das zonas do manual por que formos passando.

 

 

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