Aulas (81-100)
Aula 81-82 (13 [1.ª, 3.ª], 14 [4.ª], 15/mar [5.ª]) Vamos rever as orações (no manual, este assunto está
entre as pp. 355 e 359).
Quanto às coordenadas, distinguimos as assindéticas (sem conjunção, ou seja,
ligadas por vírgulas) e as sindéticas,
que são classificadas em função da conjunção
coordenativa que as introduza: copulativa,
adversativa, disjuntiva, explicativa,
conclusiva. Ainda as teremos de
estudar melhor, mas devem ir tendo em memória as referidas conjunções (cfr.
p. 342).
Na subordinação,
distinguimos subordinantes e subordinadas. Consoante o tipo de
função sintática que desempenham (à sua subordinante), as subordinadas
agrupam-se em substantivas, adjetivas, adverbiais.
Nas orações subordinadas adverbiais (cfr. p.
356) temos a causal, a temporal, a final (que funcionam como modificadores do grupo verbal), a condicional, a concessiva (que são modificadores de frase), a comparativa, a consecutiva.
Vamos sobrevoar agora as adjetivas e as substantivas (cfr. p.
357).
As orações subordinadas
adjetivas desempenham funções sintáticas típicas de adjetivos e são orações
relativas, por serem introduzidas
por palavras relativas (pronomes
relativos, sobretudo — «que», «onde», «cujo», ...). Estas orações podem ter
valor restritivo (e desempenharão a
função de modificador restritivo do nome)
ou explicativo (e corresponderão a
um modificador apositivo do nome).
Exemplos (marquei a negro
o pronome relativo):
modificador
restritivo
Ela
tem um gato dócil
de olhos azuis
Ela tem um gato que mia angustiadamente
subordinante subordinada
adjetiva relativa restritiva
modificador apositivo
O
gato da Heliodora, um pastor alemão, fala francês.
O
gato da Heliodora, que é um
pastor alemão, fala francês.
s u b o r d i subordinada adjetiva relativa explicativa n a n t e
{Classifica tu:}
O gato da Heliodora que é um pastor alemão fala
francês.
_________________________
Classifica
as orações nas linhas sob as frases — do episódio 6 da 2.ª temporada de O Programa do Aleixo. (Já classifiquei
algumas das orações talvez mais complicadas.)
Só faço ‘Revista de
imprensa’ / quando não foste com o jornal para a casa de banho.
____________ / ____________
Achas / que as regras dos jornais são as / que se
aplicam ao Brick Game.
Subordinante
/ Subordinada
substantiva completiva (e Subordinante da seguinte) / Subordinada adjetiva relativa
Viseu ganha em Portugal / mas Lisboa ganha no
mundo.
____________ / ____________
É um ranking só para as cidades / que estão sempre
em obras.
____________ / ____________
É um ranking para as cidades / onde é tudo mais
longe e mais caro / do que é nas outras.
___________ / __________ / Subordinada
adverbial comparativa
É um ranking de cidades / que acham
/ que um pastel de nata e um
pastel de Belém são coisas diferentes.
Subordinante /Subordinada adjetiva relativa/ Subordinada substantiva completiva
Aqui diz / que
foram analisadas duzentas e vinte e uma cidades de todo o mundo.
Subordinante / Subordinada
substantiva completiva
Busto, costumas ter tanto azar nos sorteios, / que
te escolhemos já.
____________ / ____________
As orações subordinadas substantivas
exercem funções sintáticas típicas de grupos nominais. Podem ser completivas ou relativas (sem antecedente).
Em «Reunião de condóminos
com o Drácula» há subordinadas
substantivas completivas (são as que já sublinhei; ao lado, sem
sublinha, a oração subordinante). Escreve a função sintática (sujeito, complemento direto, indireto,
oblíquo, etc.) que cada uma destas
completivas desempenha relativamente à sua subordinante.
Subordinante Subordinada substantiva completiva
A porteira disse-me que o vizinho do sétimo
andar tem um gato.
função
sintática:
______________
[nota que a
oração é substituível pelo pronome «o»: ‘A porteira disse-mo’]
Todos sabemos que os animais não são permitidos
neste prédio.
__________________
Não quer que eu ponha o gatinho na rua...
__________________
Perguntou-lhe se queria o gatinho na rua.
__________________
É um escândalo que me falem em gritos.
__________________
[= Isso é um escândalo.]
As subordinadas
substantivas completivas finitas são
introduzidas pelas conjunções
completivas que ou se.
Mas também há subordinadas
substantivas completivas não finitas,
com o verbo no infinitivo, e essas não precisam de conjunção:
Subordinante Subordinada substantiva completiva não
finita
Todos sabemos não serem os animais permitidos
neste prédio.
Troca a completiva finita
por uma completiva não finita:
É um escândalo que me
falem em gritos.
________________
Vejamos agora casos de subordinadas substantivas relativas.
Escreve a função sintática desempenhada pela oração que sublinhei:
Subordinante | Subordinada
substantiva relativa sem antecedente
Sabes onde há sangue fresquinho?
__________
Fugiam-lhe quantas velhas ou crianças
acorrentasse à parede.
_____________
Quem sobe pela escada fica com as cabeças dos
cadáveres todas moídas.
______________
Portanto, as subordinadas
substantivas relativas são introduzidas por palavras relativas (pronomes relativos, advérbios relativos,
quantificador relativo) que, ao contrário do que acontecia nas subordinadas
adjetivas relativas, não se reportam a um antecedente (por isso estas orações
se dizem «subordinadas substantivas relativas sem antecedente»).
As subordinadas
substantivas relativas podem ser não
finitas (infinitivas):
Subordinante |Subordinada
substantiva relativa não finita
Sabes onde
encontrar sangue fresquinho?
Substitui o trecho
sublinhado por uma oração subordinada completiva:
Só lhe
digo isto: «animais dentro de casa é nojento»!
Só lhe digo
________________
Subordinante | Subordinada substantiva
completiva (finita / não finita)
Atenta agora na frase
seguinte, sabendo já que a subordinada não
é substantiva e que a função que desempenha é antes típica de um adjetivo.
Classifica a oração.
Subordinante|
_____________
É um
cheiro que se entranha nas rendas.
modificador restritivo do nome
Classifica
as orações sublinhadas (a propósito
de trecho de Último a sair).
Foi
um momento chocante, teve a entrada do INEM, porque a situação estava
complicada.
Vou
fazer uma cena que ainda não mostrei a ninguém.
É
um salto muito complicado, mas tens de o ver.
Quero
que dês um mortal e que te partas todo.
Quero
que dês um mortal e que te partas todo.
Se
te partisses todo, deixavas-me em paz.
Vês
o mortal ou não vês o mortal.
É
um mortal que eu vi num filme.
A
produção já contactou o 112 e o Inem está a chegar à casa.
Nuno
Lopes perguntou se não o queriam no programa.
Não
tenho trabalho até setembro, portanto faço aí umas macacadas.
Nuno
Lopes entrará na casa, pois Bruno Nogueira partiu a perna.
Mal
saia Bruno, entrará Nuno.
Como
Sónia não lhe ligava, Bruno fez um mortal.
Para
que voltes a falar comigo, é preciso o quê?
Bruno
quer Sónia, embora esta pouco lhe ligue.
Nuno
Lopes representa tão bem como canta Luciana Abreu.
Bruno
Nogueira, que é também o argumentista, partiu a perna.
Saltou
tão mal que partiu a perna.
Quem
se porta mal na casa recebe más votações.
TPC — Para estudares esta
matéria (classificação de orações), resolve «Praticar» (p. 359); e relanceia
ficha do Caderno do Aluno que porei já corrigida em Gaveta de Nuvens
(onde podes ler também o capítulo sobre coordenação e subordinação).
Aula 83-84 (18 [3.ª, 5.ª], 19/mar [1.ª, 4.ª]) Já conheces o quadro de orações que ponho a seguir. Falta só o termo «Subordinante», que podia estar, sem nada debaixo, ao lado de «Subordinadas».
Classifica as orações sublinhadas. Não vale
a pena escreveres «oração». Mas o resto da classificação deve ficar completa.
Nas coordenadas, há que distinguir entre coordenada, coordenada
assindética e coordenada copulativa, coordenada adversativa, coordenada
disjuntiva, coordenada conclusiva, coordenada explicativa. Na
subordinação, podem estar sublinhadas a subordinante ou alguma subordinada.
Nestas, é preciso distinguir substantiva, adjetiva, adverbial
(e, dentro das três categorias, usar o resto da classificação). Exemplos: subordinada
adjetiva relativa restritiva; subordinada adverbial causal; subordinante;
coordenada; coordenada copulativa. (Pode haver classificações que
se repitam; e não é obrigatório que apareçam todas os tipos de orações. Podes
abreviar desde que de modo claro.)
Versão com Chanfra, cunhado
de Marco Orelhas
«Chanfra», que é
cunhado de Marco Orelhas, atacou Igor Silva. |
|
É expectável que
seja constituído arguido muito em breve. |
|
Quem estuda gramática merece gomas, rebuçados e dentes cariados. |
|
Não se deve voltar ao
lugar onde se foi feliz. |
|
Admito que Fernando Valente seja o culpado. |
|
Dado que o turco se
queixou, Rogério vai falar
com ele. |
|
Enquanto durar o
Ramadão, Salah só come depois
do pôr do sol. |
|
Se os votos da
emigração não surpreenderem, Montenegro será indigitado. |
|
Embora a Seomara seja
uma escola pacífica, ouviram-se disparos
de arma de fogo. |
|
Fredrik
Aursnes tem jogado mais jogos do que tem jogado qualquer jogador em todo o
mundo. |
|
A fim de que os
requerentes de asilo vão para o Ruanda, o Reino Unido paga bom dinheiro. |
|
Uma colega
confessava-me que o Pedro Nuno Santos era bonito todos os dias. |
|
A tempestade Filipo, que
atingiu a província de Inhambane, arrancou telhados de escolas. |
|
Angel não é anjo quando
ganha. |
|
A
polícia de Kano deteve onze muçulmanos porque quebraram com comida o jejum
do Ramadão. |
|
O caso do corpo
esquartejado era tão óbvio, que a PJ o desvendou em poucas horas. |
|
Kim Kardashian usou o
vestido de Marilyn e este ficou ligeiramente danificado. |
|
Nenhum assumiu as
dezoito facadas que vitimaram Igor Silva. |
|
A PJ anunciou que o
cadáver tinha uma tatuagem na nádega esquerda. |
|
Estes pais não sabem se
a autópsia já foi realizada. |
|
Versão com Jorge a morrer engasgado
com um papo-seco
Jorge ter-se-ia
engasgado com um papo seco, que seria a causa da morte. |
|
O
corpo que foi encontrado num caixote na Lapa era de um brasileiro de
trinta e cinco anos. |
|
Um amigo de Joaquim
Oliveira revela que ainda está traumatizado com o assalto. |
|
O aluno inquiriu se
ia haver Liga dos Campeões. |
|
É surpreendente que
o Crisnaldo ainda jogue. |
|
Espero que justiça seja feita. |
|
Como Arthur Cabral
está muito elegante, pode comer picanha
durante a Páscoa. |
|
Desde
que o PS não eleja quatro deputados pela emigração, Marcelo escolherá
Montenegro. |
|
Ainda
que a Lapa seja um bairro pacato, às vezes surgem no lixo cadáveres cortados pelo
umbigo. |
|
Jeremiah St. Juste
está na enfermaria mais tempo do que corre nos relvados. |
|
Para que o PS ganhasse, teria de ter vitória retumbante na emigração. |
|
Respondi-lhe que
tinha pouca capacidade de argumentação. |
|
Georgina,
que esbanjou sensualidade recentemente, desfilou com o número sete. |
|
Mal
começaram a comer tartaruga marinha na ilha de Pemba, nove pessoas morreram. |
|
A
campanha eleitoral do F. C. Porto está de tal modo agressiva, que até
Sérgio Conceição interveio. |
|
Kim Kardashian só o
usou cinco minutos, mas terá danificado o vestido de Marilyn. |
|
Quem o feio ama bonito lhe parece. |
|
A grávida da Murtosa, cuja
tia está com pulseira eletrónica, ainda não apareceu. |
|
Amad,
que já tinha um amarelo, foi expulso porque despiu a camisola dos Diabos
Vermelhos. |
|
Quando estiverem em
férias, podiam ler algum
livro. |
|
Depois de termos ouvido o início do episódio da
série ‘Grandes Livros’ sobre Amor de
Perdição, assinala, à esquerda, os parágrafos V(erdadeiros) e F(alsos).
Camilo escreveu Amor de Perdição em quinze meses.
A novela chegou ao público
em 1862.
«Amou, perdeu o campeonato
por causa do Moreirense e morreu amando» é como o narrador resume a história.
Para Isabel Rocheta, quer
o subtítulo quer a introdução são elementos que aproximam a novela da própria
vida do autor.
Annabela Rita diz que
Camilo encontrou na cadeia o registo da prisão de Simão, segundo ela seu
tio-avô.
Em 1849, Camilo
apaixona-se por Ana Flácida, que tem dezassete aninhos.
Em 1856, Camilo torna-se
conhecido com a publicação de Onde está a
D. Felicidade?
Para Aníbal Pinto de
Castro, em Onde está a felicidade?
captou um dos ingredientes mais importantes do século XIX, o dinheiro.
Pinto de Castro alude
também ao endinheiramento dos «brasileiros de torna-viagem».
Em 1858, no Porto, vão-se
comentando as relações adulterinas de Camilo e Ana Plácido.
Pinheiro Alves tenta
negociar o fim da relação, disposto a receber a mulher de volta.
Em 1859 o marido enganado
leva o caso à justiça: Ana Plácido é acusada de adultério e Camilo de copular
com mulher casada.
Ana e Camilo foram presos
quando, precisamente, estavam a copular, portanto, em flagrante delito.
António Trabulo considera
que, ao escrever Amor de Perdição,
Camilo publicitou a sua prisão.
Para José Manuel Oliveira,
a publicação de Amor de Perdição teve
também um objetivo de procurar influenciar o seu próprio julgamento.
Camilo não «passou a lima
sobre os defeitos» nas edições posteriores da Amor de Perdição.
Para Isabel Rocheta, o
êxito da obra não foi imediato, mas dever-se-á também, no futuro, aos seus
aspetos realistas.
Ana Maria Magalhães
salienta o caráter popular, porque emocional, da obra.
João Bigotte Chorão
diz-nos que Camilo tinha na sua biblioteca livros de Pedro Mexia.
João Bigotte Chorão
considera que Camilo, desta vez, não se «derramou» excessivamente em
comentários fora da ação.
Liga dos Campeões — fase de grupos — 11.º 5.ª
Grupo A Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Giuliana |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Frederico |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Leonor |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Rafaela |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Luna |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Tomás |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo B Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Matias |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Rosa |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ana |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Rita |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Duarte |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Gonçalo
F. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo C Leitor |
1.ªjornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
José |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Tiago
M. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
André |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Gonçalo
S. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
João |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Guilherme |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo D Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Salvador |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Miguel |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Rodrigo |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Tiago
C. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Matilde |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Leo |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Liga dos Campeões — fase de grupos — 11.º 1.ª
Grupo A Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Margarida |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Laura |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Constança |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Joana |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Duarte |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Rodrigo |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo B Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Cristian |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Bea |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
João |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Alice |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Matilde
S. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Anastacia |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo C Leitor |
1.ªjornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Matilde Ch. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Cecília |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Leonor |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Inês |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Clara |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
André |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo D Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Neves |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Miguel |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Bia |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Tiago |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Mada |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Jair |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Liga dos Campeões — fase de grupos — 11.º 3.ª
Grupo A Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Eduardo |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Leonor |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Henrique |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Artur |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
André |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Carol |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Augusto |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo B Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Joana |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Helena |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Gonçalo |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ana |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
António |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Marta |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Tiago
E. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo C Leitor |
1.ªjornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Letícia |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Rodrigo |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Mariana |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Carolina |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Anna |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Afonso |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo D Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Ribeiro |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Carlos |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Tiago
N. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Bia
B. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Bea |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Diogo |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Liga dos Campeões — fase de grupos — 11.º 4.ª
Grupo A Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Ranya |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Afonso |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Mariana
A. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Carolina |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
André |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Leonor |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Eliana |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo B Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Gonçalo |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Joana
C. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sofia |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Margarida N. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Mariana
R. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Manuel |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo C Leitor |
1.ªjornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Lourenço |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Joana
B. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Santiago |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Miguel |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sarah |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Martim |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo D Leitor |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Antero |
Antero |
a designar |
a designar |
||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
||
Margarida R. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Marta |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Leonor
M. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Francisco |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Rafa |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
João |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
TPC
— [Para aqueles a quem devolvi texto para Olimpíadas da Cultura Clássica:]
Passa a limpo o texto e entrega-o na Classroom.
Aula 85-86 (20 [3.ª, 1.ª], 21 [4.ª], 22/mar [5.ª]) Correção de exercício de classificação de orações (ver Apresentação).
Versão com Chanfra, cunhado
de Marco Orelhas
«Chanfra», que é cunhado de Marco Orelhas,
atacou Igor Silva. |
subordinada adjetiva relativa explicativa |
É expectável que seja constituído arguido
muito em breve. |
subordinada substantiva completiva |
Quem estuda gramática
merece gomas, rebuçados e dentes cariados. |
subordinada substantiva relativa |
Não se deve voltar ao lugar onde se foi feliz. |
subordinada adjetiva relativa restritiva |
Admito que Fernando Valente
seja o culpado. |
subordinante |
Dado que o turco se queixou,
Rogério vai falar com ele. |
subordinada adverbial causal |
Enquanto durar o Ramadão,
Salah só come depois do pôr do sol. |
subordinada adverbial temporal |
Se os votos da emigração não surpreenderem,
Montenegro será indigitado. |
subordinada adverbial condicional |
Embora a Seomara seja uma escola pacífica,
ouviram-se disparos de arma de fogo. |
subordinada adverbial concessiva |
Fredrik Aursnes tem jogado mais jogos do que
tem jogado qualquer jogador em todo o mundo. |
subordinada adverbial comparativa |
A fim de que os requerentes de asilo vão para o
Ruanda, o Reino Unido paga bom dinheiro. |
subordinada adverbial final |
Uma colega confessava-me que o Pedro Nuno
Santos era bonito todos os dias. |
subordinada substantiva completiva |
A tempestade Filipo, que atingiu a província
de Inhambane, arrancou telhados de escolas. |
subordinada adjetiva relativa explicativa |
Angel não é anjo quando ganha. |
subordinada adverbial temporal |
A polícia de Kano deteve onze
muçulmanos porque quebraram com comida o jejum do Ramadão. |
subordinada adverbial causal |
O caso do corpo esquartejado era tão óbvio, que
a PJ o desvendou em poucas horas. |
subordinada adverbial consecutiva |
Kim Kardashian usou o vestido de Marilyn e
este ficou ligeiramente danificado. |
coordenada copulativa |
Nenhum assumiu as dezoito facadas que
vitimaram Igor Silva. |
subordinada adjetiva relativa restritiva |
A PJ anunciou que o cadáver tinha uma
tatuagem na nádega esquerda. |
subordinada substantiva completiva |
Estes pais não sabem se a autópsia já foi
realizada. |
subordinada substantiva completiva |
Versão
com Jorge a engasgar-se com um papo-seco
Jorge ter-se-ia engasgado com um papo-seco, que
seria a causa da morte. |
subordinada adjetiva relativa explicativa |
O corpo que foi encontrado num caixote na
Lapa era de um brasileiro de trinta e cinco anos. |
subordinada adjetiva relativa restritiva |
Um amigo de Joaquim Oliveira revela que ainda
está traumatizado com o assalto. |
subordinada substantiva completiva |
O aluno inquiriu se ia haver Liga dos
Campeões. |
subordinada substantiva completiva |
É surpreendente que o Crisnaldo ainda jogue. |
subordinada substantiva completiva |
Espero que justiça seja
feita. |
subordinante |
Como Arthur Cabral está muito elegante, pode
comer picanha durante a Páscoa. |
subordinada adverbial temporal |
Desde que o PS não eleja quatro deputados pela
emigração, Marcelo escolherá Montenegro. |
subordinada adverbial condicional |
Ainda que a Lapa seja um
bairro pacato, às vezes surgem no lixo
cadáveres cortados pelo umbigo. |
subordina adverbial concessiva |
Jeremiah St. Juste está na enfermaria mais tempo
do que corre nos relvados. |
subordinada adverbial comparativa |
Para que o PS ganhasse,
teria de ter vitória retumbante na emigração. |
subordinada adverbial final |
Respondi-lhe que tinha pouca capacidade de
argumentação. |
subordinada substantiva completiva |
Georgina, que esbanjou sensualidade
recentemente, desfilou com o número sete. |
subordinada adjetiva relativa explicativa |
Mal começaram a comer tartaruga marinha na ilha
de Pemba, nove pessoas morreram. |
subordinada adverbial temporal |
A campanha eleitoral do F. C.
Porto está de tal modo agressiva, que até Sérgio Conceição interveio. |
subordinada adverbial consecutiva |
Kim Kardashian só o usou cinco minutos, mas
terá danificado o vestido de Marilyn. |
coordenada adversativa |
Quem o feio ama
bonito lhe parece. |
subordinada substantiva relativa |
A grávida da Murtosa, cuja tia está com
pulseira eletrónica, ainda não apareceu. |
subordinada adjetiva relativa explicativa |
Amad, que já tinha um
amarelo, foi expulso porque despiu a camisola dos Diabos Vermelhos. |
subordinada adverbial causal |
Quando estiverem em férias,
podiam ler algum livro. |
subordinada adverbial temporal |
Tendo
em conta o que se pode perceber no final do cap. I de Amor de Perdição
(pp. 175-176, ll. 142-187, do manual), resolve este esquema (que tirei de Palavras
11):
1. = __; 2. = __; 3.
= __; 4. = __; 5. = __.
Escreve um parágrafo do desenvolvimento de texto
argumentativo cuja tese fosse «Deve-se / Não se deve dar dinheiro ao
arrumadores». (Nestes textos, cada um dos dois parágrafos do
desenvolvimento, apresenta um argumento e respetivo(s) exemplo(s).)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .
Classifica as orações sublinhadas (com espaço para
tal à direita):
«A escola» (Jorge Palma)
Eu nasci lá para os
lados do rio, coordenada
Passava os dias a jogar à bola, coordenada assindética
Mas eu não era exceção coordenada adversativa
E,
antes que desse por isso, ________
Já
estava na escola. coordenada
copulativa (e subordinante) [começa no
«E»]
O programa era elementar,
________
Entre o Euclides e o Arquimedes,
Mas,
sempre que a informação subordinada
adverbial temporal
Dá uma volta no espaço,
Eu
quero sintonizar. coordenada adversativa [começada no «Mas»]
A escola ainda não acabou,
Há sempre tanta matéria a estudar,
Que eu chego mesmo a ter medo ________
De, em qualquer momento,
Já não ter lugar,
Já não ter lugar,
Para mais conhecimento.
Já consigo filosofar,
Sei uma ou duas palavras em grego.
Enquanto o tempo deixar _________
E a escola não se afundar,
Vou alterando o meu ego, _________
Vou deixando as moscas pairar, coordenada assindética
Vou vendo se o Godot já chegou __________
E,
quando me dá na tola, subordinada
adverbial temporal
Dou
um chuto na bola, coordenada
copulativa (e subordinante) [começa no «E»]
Só para me aliviar. subordinada adverbial final
A escola ainda não acabou, coordenada
Há sempre tanta matéria a estudar, __________ (e coordenada assindética)
Que eu chego mesmo a ter medo
De, em qualquer momento,
Já não ter lugar,
Já não ter lugar,
Para mais conhecimento.
TPC — Lê as instruções das
tarefas que vou lançar na Classroom (uma é para ires registando leituras de
livros que fores fazendo; a outra é para explicar trabalho, inspirado em
assuntos de mitologia, a fazer aquando do regresso de férias).
Aula 87-88 (3 [3.ª, 1.ª], 4 [4.ª], 5/abr [5.ª]) Correção de texto com encaixe (inspirado na introdução de Amor de Perdição).
Preenche, segundo o que
podes ler nos excertos dos capítulos II e III de Amor de Perdição (pp. 178-179):
Simão — a) idade: __ anos; b) rejeitava as companhias da ____; c)
permanecia mais tempo em ___. (No que se cortou na transcrição: encerrava-se no
quarto; refugiava-se na natureza; mostrava-se mais introvertido.)
Teresa — d) idade: __ anos; e) posição social: _______ e
bem-nascida; f) caracterização: dotada de seriedade e maturidade incomuns na
sua idade;
obstáculos — g) litígios entre Tadeu de Albuquerque e ________, devido a
uma sentença desfavorável do juiz.
Resolve os itens da p. 179
(1 e 2, bem como os itens de «Gramática», também 1 e 2). completando o que já
está esboçado nas respostas:
1. De acordo com o narrador,
o amor de Teresa é marcado pela «seriedade» e pela força, uma vez que Teresa _________
ao ódio familiar dos parentes pelos parentes de Simão e os dois apaixonados
planeiam cuidadosamente e de forma discreta o seu futuro.
2. Para evitar ver manchada
a sua honra com a ligação de Teresa ao filho «do seu maior inimigo», Tadeu de
Albuquerque prepara o casamento da filha com ______________. Antecipando,
contudo, a recusa de Teresa, intimida-a com a hipótese de ___________.
Gramática
1. Coesão _____.
2. Coesão _____. Exemplos:
recurso às conjunções «que» , «__» e «__» e ao advérbio conetivo «porém».
Vai lendo, na p. 197, os
textos A e B sobre «O amor-paixão e a construção do herói
romântico». Nota que herói romântico
não é o herói de um romance (ou de uma
paixão); é o herói da escola Romântica, o herói típico da época do romantismo.
Se quiséssemos responder ao item 1 da mesma p. 197:
O herói romântico é
vítima do ______ e age motivado por uma paixão, por um sentimento intenso. É
individualista e mostra-se indiferente ao que ultrapassa o seu mundo interior.
Apresenta-se como um ser _______, «fora do comum».
Algumas características do
herói romântico:
•
Rebeldia
•
Impulsividade; emoção (que vence a razão)
•
Luta contra as convenções, contra a norma
•
Idealismo
•
Defesa da liberdade (recusa da submissão ao poder)
•
Honra
•
Espontaneidade
•
Individualismo
•
Engajamento político (cfr. mudar…)
•
Nacionalismo
•
Transgressão de barreiras sociais
•
Beleza física
Escreve sobre Simão enquanto herói
romântico. Faz alguma citação de Amor de Perdição (recorrendo ao que já
lemos, sobretudo ao cap. 1, pp. 175-176). A certa altura, deves aludir a Manuel
de Sousa Coutinho, de Frei Luís de Sousa, que também tem traços
característicos do herói romântico. A caneta. 150 a 180 palavras.
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .
TPC — Lê materiais sobre
«Titãs», «Pandora», «Céfalo e Prócris» e faz tarefa a que já foste chamado na
Classroom (tarefa está também explicada em Gaveta de Nuvens: aqui).
Aula 89-90 (8 [3.ª, 5.ª], 9/abr [4.ª, 1.ª]) Correção da biografia de personagem castiça (segundo o modelo dos primeiros parágrafos do cap. I de Amor de Perdição).
Vamos ler o cap. IV de Amor de Perdição (pp. 180-183 do manual). Centrar-nos-emos neste questionário nas
pp. 181-183. Escolhe a melhor alínea de cada item:
«de bons humores para dar
ao autor de seus dias um resto de velhice feliz» (ll. 27-28) significa
a) ‘com sentido de humor para dar a Camilo Castelo
Branco um fim de vida agradável’.
b) ‘com disposição para cumprir a vontade do pai’.
c) ‘de bom humor para conceder a Camilo uns
últimos dias aceitáveis’.
d) ‘com vontade de corresponder a um apelo de
Deus’.
O parágrafo «O silêncio de Teresa era
interrogador.» (l. 28) quer dizer que
a) Teresa a si própria se perguntava das razões
daquele silêncio.
b) Teresa falava com a colega ao lado durante a
secante atividade «Ouvindo o silêncio, lendo».
c) a filha de Tadeu de Albuquerque usara uma
interrogação retórica.
d) Teresa não percebera a situação.
Na l. 29, «minha filha» desempenha a função
sintática de
a) vocativo.
b) sujeito.
c) modificador apositivo do nome.
d) complemento direto.
O advérbio «cegamente» (l. 30) significa
a) ‘de olhos vendados’.
b) ‘como se não houvesse amanhã’.
c) ‘com confiança em outrem’.
d) ‘tipo Stevie Wonder’.
«e talvez com o desfalque do teu grande
património» (l. 34) alude à possibilidade de Tadeu
a) deserdar a filha.
b) tirar do banco joias que pertenciam à filha.
c) atirar um cocó de cão à cara da sonsa da filha.
d) roubar a Teresa a coleção de Barbies e Nenucos
e a filmografia anotada de Violetta.
«desassombrada do diabólico prestígio do maldito
que acordou o teu inocente coração» (ll. 35-36) significa
a) ‘sem influência do sacana do Simão’.
b) ‘sem o espírito do diabo assombrar a sua
ingenuidade’.
c) ‘liberta do fascínio das ideias malditas do
Diabo’.
d) ‘com o coração puro livre das más influências
dos infiéis’.
O determinante possessivo «seu» (l. 39) tem como
referente
a) Tadeu de Albuquerque.
b) o primo Baltasar.
c) Simão.
d) Domingos Botelho.
Para Albuquerque, Baltasar é um «composto de todas
as virtudes» (l. 49),
a) só lhe faltando a beleza.
b) quer quanto às relevantes (ser rico, sabedor,
bom cristão), quer nas acessórias (não ser um emplastro).
c) tanto no domínio sexual como no espiritual.
d) só comparável a compostos como CaCO3 ou COCÓ2.
Em termos de classificação de orações podemos
descrever «Quero que cases!» (l. 59) assim:
a) Subordinante + Subordinada adjetiva relativa
explicativa.
b) Subordinante + Subordinada consecutiva.
c) Subordinante + Subordinada substantiva
completiva.
d) Subordinante + Subordinada adjetiva relativa
restritiva.
Segundo o que se lê no parágrafo das ll. 69-74, o
conselho que Baltasar deu a seu tio foi
a) que não pusesse Teresa num convento e mandasse
matar Simão.
b) que deixasse Simão a seu cargo e permitisse a
Teresa ficar em casa.
c) que fizesse Teresa entrar num convento e
esperasse que Simão chegasse de Coimbra.
d) esquecer tudo e avançar bastante na leitura de Os Maias ou a Ilustre Casa de Ramires.
Ainda antes de terminada a leitura da carta de
Teresa (ll. 79-83), Simão pensou
a) em matar Baltasar, por um ímpeto resultante da
paixão.
b) em apunhalar o primo de Teresa, por um
imperativo do seu amor pela fidalga de Viseu.
c) que era urgente começar a preparar leitura
expressiva de sonetos de Antero.
d) em matar Baltasar, mais por feitio do que pelo
amor a Teresa.
No período que começa com «Nenhuma daquelas páginas» (l. 90),
diz-se-nos que
a) Simão lera com paixão todas as cartas enviadas
por Teresa.
b) Simão, assim que lia as cartas de Teresa,
ficava fortalecido, vencia os seus ímpetos mais irracionais.
c) as páginas da história do coração de Simão eram
as cartas que recebia de Teresa.
d) Simão, ao estudar, pensava sempre em Teresa.
No último período do primeiro parágrafo (ll.
99-101), Simão
a) procura convencer-se de que as afrontas de
Baltasar não seriam assim tão graves.
b) atribui as ameaças de Baltasar a má
interpretação por Teresa.
c) atinge o auge da sua fúria, dadas as ameaças e
os insultos que lhe relata Teresa.
d) decide-se pela vingança (que horrorizará a
própria Teresa).
Em «Perguntou ao arrieiro se conhecia alguma casa
em Viseu onde ele pudesse estar escondido uma noite ou duas, sem receio de ser
denunciado» (ll. 110-112), a oração começada por «se» é
a) subordinada substantiva completiva e a começada
por «onde» é subordinada adjetiva relativa explicativa.
b) subordinada substantiva relativa e a começada
por «onde» é subordinada adjetiva relativa restritiva.
c) subordinada adverbial condicional e a começada
por «onde» é subordinada adjetiva relativa explicativa.
d) subordinada substantiva completiva e a começada
por «onde» é subordinada adjetiva relativa restritiva.
Neste parágrafo, «arrieiro» (ll. 108, 111, 112)
e «homem» (114) concorrem para a coesão
a) lexical (por reiteração e por hiperonímia).
b) referencial.
c) lexical (por sinonímia).
d) interfrásica.
O uso do primeiro «e» da l. 114 é um processo de
coesão
a) interfrásica.
b) lexical.
c) frásica.
d) referencial.
Classifica as orações sublinhadas:
Antes dela [aliás, porque não pode haver contração: de
ela] dizer que sim (Bárbara Tinoco)
Ele não sabe o nome dela,
Tem medo de perguntar; ___________
Ela é como atriz de novela
Que ele gosta de ver sonhar. subordinada ___________
Ela não sabe o nome dele, ____________
Tem medo de perguntar.
E, se as promessas coradas ____________
Foram bebida a falar,
E ele não contou
Mas ela não escondeu
coordenada ___________
Com quem a noite passou, subordinada __________
Jura ela o seu Romeu.
Ele quer mais,
Ela também;
Talvez por isso nesse dia
Ele foi vê-la à luz do dia.
Ele gosta das formas dela
E ela diz que ele tem bom ar; subordinada _________
O mundo finge não saber subordinada _________ infinitiva
Que ele não é rapaz de fiar. subordinada ________
Ela tem um novo sorriso
Mas medo de o partilhar;
Ele gosta mais do que é preciso
De a desafiar.
Ele, que sabia de cor subordinada _________
As moças mais fáceis,
Engates mais rascas;
Ela, que ficava em casa fechada
Com medo de ser
Só mais um rabo de saias;
Ele agora diz que a ama, __________
Dormem juntos só a dormir,
Gosta dela de pijama
E ela de o corrigir…
Ela agora diz que o ama,
Dormem juntos só a dormir,
Gosta dele desarmado,
E ele de a ver despir.
E as velhinhas, na cidade,
Sussurram no meu tempo não era assim,
Oh onde já se viu dois enamorados,
Com cara de parvos,
Antes de ela dizer que sim.
Mas ele ainda se lembra
De descer aquelas escadas,
Ganhar coragem, perguntar,
E como raio tu te chamas.
Ela fingiu-se de irritada,
Ofendida pela trama,
Reuniu coragem para o amar, subordinada _________
infinitiva
Perguntou e tu como raio te chamas.
[Feito no 10.º ano:]
Classifica quanto à função sintática os segmentos sublinhados:
Antes de ela dizer que sim (Bárbara Tinoco)
Ele
não sabe o nome dela
Tem
medo de perguntar
Ela
é como atriz de novela / Predicativo do sujeito
Que
ele gosta de ver sonhar
Ela
não sabe o nome dele
Tem
medo de perguntar
E,
se as promessas coradas / Modificador de frase
Foram
bebida a falar,
E
ele não contou
Mas
ela não escondeu
Com
quem a noite passou,
/ Complemento direto
Jura
ela o seu Romeu
Ele
quer mais
Ela
também
Talvez
por isso nesse dia
Ele
foi vê-la à luz do dia / Modificador do grupo verbal
Ele
gosta das formas dela / Complemento oblíquo
E
ela diz que ele tem bom ar
O
mundo finge não saber / Complemento direto
Que
ele não é rapaz de fiar
Ela
tem um novo sorriso
Mas
medo de o partilhar / Complemento do nome
Ele
gosta mais do que é preciso
De
a desafiar
Ele,
que sabia de cor / Sujeito
As
moças mais fáceis,
Engates
mais rascas;
Ela,
que ficava em casa fechada / Predicado
Com
medo de ser
Só
mais um rabo de saias;
Ele
agora diz que a ama, / Complemento direto
Dormem
juntos só a dormir
Gosta
dela de pijama
E
ela de o corrigir…
Ela agora diz que o ama,
Dormem juntos só a dormir,
Gosta dele desarmado,
E ele de a ver despir.
E as velhinhas, na cidade,
Sussurram
no meu tempo não era assim,
Oh onde já se viu dois
enamorados,
Com cara de parvos,
Antes de ela dizer que sim.
Mas ele ainda se lembra,
De descer aquelas escadas,
Ganhar coragem, perguntar,
E como raio tu te chamas.
Ela fingiu-se de irritada,
Ofendida pela trama,
/ Complemento agente da passiva
Reuniu coragem para o
amar, / Modificador do grupo verbal
Perguntou e tu como raio te
chamas.
Redige uma exposição bem
estruturada em que estabeleças uma aproximação temática entre a canção e Amor
de Perdição. (cfr. p. 184)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Amor de Perdição. Memórias duma família (novela de Camilo Castelo Branco) |
||
Um Amor de Perdição (filme de Mário Barroso) |
||
Tempo |
[Camilo:]
Ação decorre no século ___, em dois momentos. Na moldura introdutória
estávamos nos anos sessenta do século XIX — quando o narrador lê os registos
da Cadeia da Relação —; a intriga propriamente dita decorre sessenta anos
antes, nos inícios do XIX (1801-1807), se descartarmos o resumo dos
antecedentes da família. |
|
[Barroso:]
Ação decorre no século ____. |
||
Espaço |
[Camilo:]
Ação decorre em _______ (e em Coimbra e, mais tarde, no Porto). |
|
[Barroso:]
Ação decorre em ________. |
||
Narrador |
[Camilo:]
Embora de 1.ª pessoa, não é ____________, exceto na moldura do 1.º nível
narrativo, quando nos diz como chegou à história que vai contar. Depois, só
esporadicamente usa a 1.ª pessoa (mas há alusões aos «leitores» e às
«leitoras», o que reforça o caráter subjetivo da narração) e a focalização
parece quase omnisciente. A cer-ta altura (cap. XII), transcreve-se carta de
Rita com os «tristes acontecimentos da minha mocidade». (É aliás comum o
recurso a cartas para preencher o relato da narrativa.) |
|
[Barroso:]
É homodiegético, já que é a voz de ______ que vamos ouvindo. |
||
Personagens |
Simão |
[Camilo:]
É rebelde mas genial. Em Coimbra, onde estuda Humanidades, arranja desacatos
por defender ideias da Revolução Francesa, mas passa nos exames. Em Viseu,
luta sozinho contra o povo para defender um criado que fora atacado no
__________. |
[Barroso:]
É rebelde mas genial. No colégio, a que aliás vai pouco, tem vintes e só um
dezasseis, mas agride professor. Na noite de Lisboa, luta sozinho para
defender Zé Xavier, que fora atacado numa __________. |
||
Pai |
[Camilo:]
Domingos Botelho, corregedor, inicialmente ___________ Simão, mas é frio,
inconstante, impiedoso. Tem características ridicularizadas pelo narrador. |
|
[Barroso:]
Domingos Botelho, juiz, inicialmente defende Simão, mas quer sobretudo que o
filho não o _________. Não é tão castiço como a personagem do livro. |
||
Mãe |
[Camilo:]
Rita Preciosa, nobre decadente e pretensiosa, preocupa-se com Simão, mesmo
que se aborreça com o desprezo a que este vota os Caldeirões e prefira o
filho _______. |
|
[Barroso:]
[Rita] Preciosa, burguesa rica, fútil no seu quotidiano, tem comportamentos
quase incestuosos com ________, mas não deixa de se preocupar com Simão. |
||
Manuel |
[Camilo:]
É personagem quase instrumental. Queixa-se do irmão. É visto como mais fraco.
Estuda Direito, em _______; por sugestão da mãe, tentará ser cadete de
cavalaria, em Bragança; depois, regressará a Coimbra para Matemáticas.
Reconcilia-se com Simão, mas foge com uma açoriana casada. (Terá de novo
intervenção só no cap. XVI.) |
|
[Barroso:]
É personagem mais saliente do que no livro.
Queixa-se do irmão. É o estereótipo do fraco. Parece amante da mãe; estuda no
mesmo colégio que o irmão, mas, por sugestão da mãe, prefere ser transferido
para o Colégio ______. Tem má relação com
Rita. |
||
Irmãs & Zé |
[Camilo:]
As três irmãs (Maria, Ana, Rita) «são
o prazer e a vida toda do coração de sua mãe». A mais nova, Rita, é a
__________ de Simão. |
|
[Barroso:]
Rita e Simão dão-se muito bem. Rita, que detesta Manuel, está a ler Amor de Perdição. (Não há mais irmãs.)
Zé Xavier é, para já, personagem instrumental (desempenha funções que, no
livro, cabem a criados). Parece interessar-se por ______. |
||
Teresa |
[Camilo:]
É ______ de Tadeu de Albuquerque, grande inimigo do pai de Simão (magistrado
sentenciara em desfavor de Tadeu). |
|
[Barroso:]
É filha de Tadeu de Albuquerque, grande inimigo do pai de Simão (segundo a
mãe, porque o Albuquerque o impedira de ser __________). |
||
Amor |
[Camilo:]
Simão vê Teresa na __________ em frente e logo se apaixona. Comunicação entre
os dois será feita sobretudo por carta. |
|
[Barroso:]
Simão vê Teresa num vídeo da equipa de ________ de Rita e logo se apaixona.
Comunicação entre os dois será feita sobretudo por telemóvel. |
Aula 91-92 (10 [3.ª, 1.ª], 11 [4.ª], 12/abr [5.ª]) Correção do questionário de compreensão feito na aula anterior (sobre cap. IV de Amor de Perdição).
Os capítulos II e III estão abreviadíssimos (pp.
178-179). Resumamo-los:
Capítulo II: Simão estuda em Coimbra,
adere às ideias da Revolução Francesa e continua a mostrar o seu caráter
conflituoso. Entretanto, tendo regressado a Viseu, apaixona-se por Teresa e
muda o seu comportamento: abandona a vida agitada e as «companhias da
ralé». O amor por Teresa (que
lhe corresponde) é contrariado por Tadeu de Albuquerque. Simão parte para
Coimbra e, deixando a boémia, troca cartas com Teresa; numa delas, toma
conhecimento de uma «peripécia que forçara a filha de Tadeu de Albuquerque a
escrever aquela carta de pungentíssima surpresa para o académico».
Capítulo III: a surpresa é a notícia
de que Tadeu quer casar a filha com o primo Baltasar Coutinho. Sendo evidente «o ódio de um [Tadeu] e o desprezo de outro [Domingos, pai de Simão]», os amores dos dois jovens são
violentamente contrariados. Mas Teresa opõe-se à vontade do pai: não casará com
Baltasar Coutinho e sujeita-se, por isso, a entrar num convento. Todavia, tal
não é necessário: Teresa promete «julgar-se morta para todos os homens, menos para seu
pai».
Vejamos o que se passa entre
o capítulo IV e o X [uso Carlos Reis, «Amor
de Perdição», Camilo Castelo Branco, ‘Leituras Orientadas’, Porto, Porto
Editora, 2016, pp. 82-83]:
Capítulo V — Celebra-se o aniversário
de Teresa, que se prepara para se encontrar com Simão. Baltasar Coutinho
interpõe-se e enfrenta Simão. Este regressa a casa de João da Cruz, que lhe
explica a dívida que tem para com o pai, Domingos Botelho. Também por isso, João
da Cruz, já antes de acolher Simão, recusara matar Simão por incumbência de
Baltasar. Vai-se manifestando o amor de Mariana por Simão.
Capítulo VI — Nova emboscada noturna de Baltasar
Coutinho e dois criados a Simão, que está acompanhado por João da Cruz e pelo
cunhado deste, quando se vai encontrar com Teresa. A espera torna-se violenta:
os criados de Baltasar são mortos e Simão é ferido.
Capítulo VII — Simão recolhe a casa de
João da Cruz e, ao mesmo que é tratado do ferimento, troca cartas com Teresa,
cujo pai quer encerrá-la num convento, como efetivamente acontece. Teresa fica
isolada do mundo e, no convento, vai-se apercebendo de intrigas impróprias da
vida religiosa.
Capítulo VIII — Mariana é encarregada de tratar de Simão e
vai-se tornando sua confidente. Simão toma conhecimento de que Teresa está no
convento e decide resgatá-la; ao mesmo tempo, apercebe-se de que a dedicação de
Mariana é um verdadeiro sentimento amoroso.
Capítulo IX — Simão continua a ser
protegido por João da Cruz e por Mariana e vai recebendo cartas de Teresa.
Entretanto, Tadeu de Albuquerque trata da mudança da filha para um convento do
Porto. Simão é informado por Teresa e manda-lhe uma carta por Mariana, que se prontifica
para a entregar.
O passo que vais ler agora — já do Capítulo X (pp. 186-194 do manual) — inclui, precisamente, a
entrega da carta de Simão a Teresa, feita por Mariana. Vai lendo essa parte do
texto (a partir da p. 188, l. 75) e respondendo a estas perguntas.
[ll. 75-98 e 99-104]
1. Identifica, no diálogo entre Teresa e Mariana, as marcas
linguísticas reveladoras do seu diferente estatuto social. Refere depois,
justificando-a, a informalidade do diálogo entre Joaquina e Mariana.
[Completa a resposta:]
A diferença social entre as duas é evidente na forma como
Mariana se dirige a Teresa, servindo-se de expressões como «vossa _______» ou
do vocativo «________». Também o narrador acentua essa diferença, na medida em
que, logo no início do passo (l. 75), assumindo a perspetiva de Mariana através
da focalização interna, se refere à filha de Tadeu de Albuquerque como
«_________». Por seu lado, Teresa não faz uso de qualquer título para se
dirigir a Mariana. (Entretanto, Joaquina, igualmente do povo, trata Teresa por
«________».)
Entre Mariana e Joaquina o tratamento é informal. Usa-se a 2.ª
pessoa do singular, o «tu»; Mariana recorre ao diminutivo em «__________»
(podia ter sido o hipocorístico «Quina»); Joaquina socorre-se dos vocativos
«Mariana» e «_________».
2. Justifica a atitude de Mariana quando recusa o anel de
Teresa.
[Completa esta resposta:]
A recusa pode justificar-se pelo facto de Mariana evidenciar
_______. Agia não em favor de Teresa mas de Simão, e, por isso, «a receber
alguma paga [haveria] de ser de quem [a lá mandara]» (ll. 97-98). Para todos os
efeitos, Mariana vê em Teresa uma ________ e seria ofensivo para si própria
aceitar aquela oferenda.
[ll. 105-115]
3. Focando-te nestes quatro parágrafos (os das ll. 105-115),
caracteriza Mariana.
[Completa a resposta só com citações:]
Mariana sente-se inferior a Teresa, tanto social como
fisicamente («_________», ll. 106-107), embora seja ela própria atraente.
Entretanto, abnegada, não deixa de ir memorizando a mensagem que ficou de
transmitir («________», l. 105), o que faria com eficiência («________», l.
114).
[ll. 116-155]
4. Apresenta a perspetiva de João da Cruz sobre os
relacionamentos amorosos, associando-a à época retratada na obra.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . .
Classifica as orações.
A Terra
Gira
(Os Quatro e Meia)
Eu
não sei ________
Nem como nem quando aqui cheguei.
Substantiva(s) (coordenadas entre si)
Sem
saber,
Dou
por mim a viver a correr.
E
o mundo segue
Sem
olhar para nós.
Queremos
tudo, _______
Mas vivemos tudo a sós.
Coordenada _______
A
terra gira em contramão,
Ficamos
tontos sem direção,
Corremos até nos faltar o ar
Coordenada ________
E
a vida vai ficando para depois
E
continuamos os dois a sonhar. Coordenada ________
Mal
me vi
No
caminho até chegar aqui,
Sem
contar
Corro
às cegas
Sem
saber onde chegar.
E
o mundo segue
Sem
olhar para nós.
Queremos
tudo,
Mas
vivemos tudo a sós.
A
terra gira em contramão, _______
Ficamos tontos sem direção,
_______
Corremos
até nos faltar o ar
E
a vida vai ficando para depois ________
E
continuamos os dois a sonhar.
E
a terra gira em contramão,
Ficamos
tontos sem direção,
Corremos
até nos faltar o ar
E
a vida vai ficando para depois
E
continuamos os dois a sonhar.
Bis
E, mal nos encostamos aos lençóis Subordinada adverbial ________
Com
a lua iluminando este T2,
Num instante adormecemos os dois,
________ (e Coordenada)
Mas logo chega a hora de acordar.
________
Amor Simão-Teresa |
||
|
Amor de Perdição (Camilo Castelo Branco) |
Um Amor de Perdição (Mário Barroso) |
Oponentes |
||
Tadeu de Albuquerque |
Primeiro, não deixa que Teresa saia de casa;
depois, encerra-a num _________. |
Não deixa que Teresa vá ao liceu; ameaça
interná-la numa ____________. |
Baltasar Coutinho |
O primo de Teresa é formal no trato, retórico.
Prepara um atentado contra ________, mas acaba por perder dois criados. |
O primo de Teresa vai buscá-la à _____,
revela-se cabotino. Reage a uma ameaça de agressão por Simão, mas acaba por
perder no despique verbal que se sucede. |
Adjuvantes |
||
João da Cruz |
É ferrador (trata das ferraduras dos animais).
Está em dívida com o pai de Simão, porque este o absolvera da culpa de
_______. |
É mecânico (trata de motores de automóveis).
Está em dívida com o pai de Simão, porque, em África, na guerra, este o
livrara de acusação de ______. |
«Condu-tores» |
Um arrieiro (condutor de _____) é quem leva
Simão até João da Cruz. |
Zé Xavier (que trata do Volvo e do ______) leva
Simão até João da Cruz. |
Mariana |
Ajuda o pai, João da Cruz, na lida da casa. Cedo
se apaixona por Simão (já o conhecia como filho do _______ do pai). Quando
ferido, trata-o. Serve também para transmitir mensagens entre o par amoroso
(ainda que o faça com sofrimento). É humilde, altruísta. |
Ajuda o pai, João da Cruz, na oficina e em casa.
Cedo se apaixona por Simão (já o olhara fixamente no episódio da discoteca).
Quando ferido, trata-o. Ajuda o par amoroso (ainda que o faça com
sofrimento). Não _______ a possibilidade de também seduzir Simão. |
Outros |
Joaquina (criada no Mosteiro de Viseu), Mendiga,
Constança (criada dos Albuquerque que acompanha Teresa) permitem a ______,
sobretudo por carta, entre Simão e Teresa. |
Zé Xavier e Rita acumulam com a sua própria ação
o papel instrumental de tentarem ligar Simão ao mundo. Parte da comunicação
entre Teresa e Simão passa pelo uso do _______. |
Classifica quanto à função
sintática os constituintes sublinhados:
Tonto
de ti (Os
Azeitonas)
Como quando o
Porto perde em casa
Ou
me deito com o grão na asa,
__________
Fico
tonto, zonzo, assim só de me lembrar,
_________
Ou
como quando andava nos carrinhos
_________
Do Senhor de Matosinhos,
Perna
à banda, bamba assim só de me lembrar.
E,
agora, quem me diz onde é o norte,
_________
Se
fui tonto em tentar a sorte ________
Com quem não tem dó de mim?
Tanto
que eu, às tantas, fico tão tonto de ti.
Como
quando me negaste um beijo
________
Na
noite do cortejo, _______
Fico
zonzo, zonzo assim só de me lembrar,
Ou
como daquela vez na escola,
________
No
recreio a cheirar cola,
________
Fico
zonzo, tonto assim só de me lembrar.
E,
agora, quem me diz onde é o norte,
Se
fui tonto em tentar a sorte
________
Com
quem não tem dó de mim?
Tento
há tanto tempo que ando tão tonto de ti,
Tonto
de ti, tonto de ti. ________
E,
agora, quem me diz onde é o norte,
Se
fui tonto em tentar a sorte
Com
quem não tem dó de mim?
Tento
há tanto tempo que ando tão tonto de ti, ________
Tonto, tonto de ti,
Tonto, tonto de ti.
TPC — Treina leitura em voz
alta dos sonetos de Antero que ainda não preparaste (se és ímpar, prepara agora
os textos pares; se és par, os ímpares).
Não te esqueças de, na
Classroom, em ‘Leitura de livros’, ires anotando o que possas ir lendo. Vai
também escolhendo entre A Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias,
como livro de Eça a ser lido efetivamente. Parece-me que é mais exequível a
leitura efetiva (e só essa interessa) de A Ilustre Casa de Ramires.
Deixei-lhes os começos dos dois romances, bem como pedeefes bastante legíveis
dos dois livros (embora a leitura em papel seja muito mais aconselhada).
Aula 93-94 (15 [3.ª], 16 [4.ª, 1.ª], 19/abr [5.ª]) Correção de «Simão enquanto herói romântico»:
Simão apresenta o
temperamento característico de um herói romântico. É um jovem rebelde e
marginal, instável, capaz de se revoltar contra as regras impostas pela
sociedade. Segundo o irmão, que teme o seu «génio sanguinário» (p. 175, l.
147), «convive com os mais famosos perturbadores da academia, e corre de noite
as ruas [de Coimbra] insultando os habitantes e provocando-os à luta» (ll.
148-150). O seu caráter excecional, de quem não receia o conflito nem se
sujeita às normas, surpreende Domingos Botelho, que admira a bravura do filho
(l. 150).
Não se resguarda no
contexto social privilegiado a que pertence. Em Viseu é na «plebe [...] que
escolhe amigos e companheiros» e, irreverente, troça dos pergaminhos dos
Caldeirões (l. 164). Orientado por sentido de justiça, defende um criado e,
sempre sem freios, parte «muitas cabeças», quebra «todos os cântaros» (ll.
174-175). Determinado por valores de liberdade, em Coimbra divulgará os ideais
da Revolução Francesa (cap. 2).
Faltaria referir outras
características românticas de Simão — o individualismo, a luta por um amor
ideal (convenientemente, contrariado pela família), a honradez —, que ficarão
evidentes nos capítulos seguintes.
O destemor em enfrentar os
mais poderosos, com uma atitude reveladora de coragem e até de certa
irracionalidade — a espontaneidade dos puros —, lembra-nos o temperamento de um
herói escolhido pelo romântico Garrett, Manuel de Sousa Coutinho, que não hesita
em incendiar o seu palácio para não se submeter aos que representavam o poder.
Também não é indiferente que os protagonistas de Frei Luís de Sousa e de Amor
de Perdição tenham a chancela dos registos documentais, sendo ambos
personagens que os autores podem dizer históricas, como acontece tantas vezes
nas narrativas do Romantismo.
Mas regressemos ao início do capítulo, na p. 186, para
responderes a esta pergunta que está na p. 195.
1. Comenta a
inclusão, no relato, dos diálogos do «padre capelão» (ll. 2-13) [Depois de leres o diálogo, completa a minha resposta:]
A caracterização, indireta, do _______ (que, através do que
diz, fica retratado como, para não dizer «lúbrico», pelo menos demasiado
sensível à beleza de Mariana) e a caracterização, indireta e direta, da
prioresa (amante de vinho — o padre «tinha engarrafado um almude para tonizar o
estômago da prelada» — e «ciumosa» dos apetites do capelão) confirmam a obra
como crónica social, denunciando os _______ mundanos dos membros {escolhe}
da nobreza / do povo / do clero / do Crisnaldo.
E, agora, responde à pergunta 5, também na p. 195, que nos
deixa no ponto em que estávamos na última aula (pp. 189-190):
5. João da Cruz exprime a
sua opinião sobre a pretensão de Simão de ver Teresa antes de regressar a
Coimbra.
Comprova
que a sua perspetiva e a linguagem que utiliza contribuem para a sua
caracterização indireta.
João da Cruz assume-se como «um rústico», com uma visão
conservadora dos papéis sociais do ________ e da mulher. Contudo, ainda que
considere que o amor por uma mulher não justifica os ________ que Simão deseja
correr, mostra-se solidário e coloca a sua valentia ao dispor do jovem. A maneira
de ser de João da Cruz é confirmada pela linguagem simples e popular, que faz
uso da sabedoria ________ para fundamentar as suas opiniões.
Lê a carta que Simão escreve a Teresa (p. 190, ll. 156-178).
Na carta de Simão a Teresa, o sentimento mais importante não
parece ser o do amor mas o apego ao destino, à tragédia, à honra. Comenta.
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .
Resolve a pergunta 9, no fim da p. 195, completando a minha
resposta:
9. « — Está perdido! —
tornou João da Cruz.
/ — Já o
estava.» (ll. 327-328). Explica a resposta de Simão, recordando a síntese da
sua vida apresentada na Introdução da obra («Amou, perdeu-se, e morreu
amando»).
A resposta de Simão sugere que o motivo da sua perdição não
corresponde ao homicídio de _______, mas, como se anunciara na Introdução, ao
amor contrariado pelas famílias e que determinou a sua desgraça. Por outro
lado, o próprio Simão tem consciência de que não é só o amor que o move mas o
seu ______, o seu sentido de honra, tão característico do herói romântico.
Resolve o ponto 10, no cimo da p. 196, escrevendo mesmo as
expressões corretas:
10. No texto, evidenciam se
diversas características da linguagem e do estilo de Camilo Castelo Branco.
Verifica-se o predomínio de momentos _______ (a) e o recurso
ao diálogo, marcado sobretudo por _____ (b), que conferem ao discurso um ritmo
_______ (c), e pela adequação do nível linguístico à _______ (d) das
personagens, o que contribui para a sua verosimilhança. Destaca-se também a
intervenção subjetiva do narrador, como acontece _______ (e).
Na próxima aula passaremos
já à «Conclusão» de Amor de
Perdição (os capítulos obrigatórios são «Introdução», «Conclusão» e dois à
escolha entre I, IV, X, XIX). Fica aqui o que se vai passar entretanto (desde o
cap. X, que terminou com a prisão de Simão):
Capítulo XI —
Domingos Botelho sabe da prisão de Simão e determina que ele seja tratado de
acordo com a lei. Simão aceita com indiferença esse tratamento e dá entrada na
prisão. Apresenta-se Mariana, para lhe dar apoio.
Capítulo XII —
O narrador transcreve parte de uma carta de Rita, recordando, cinquenta e sete
anos depois, a reação da família à prisão de Simão. Depois, relata-se o
julgamento de Simão, condenado a morrer na forca, «arvorada no local do
delito». Mariana entra num estado próximo da loucura.
Capítulo XIII —
Depois da prisão de Simão, Teresa é conduzida ao convento de Monchique e dá
sinais de fraqueza e doença. Nas cartas trocadas com Simão, expressa-se o
desgosto de ambos pela separação e pela próxima morte de Teresa.
Capítulo XIV — Tadeu de Albuquerque chega ao convento e
pretende levar Teresa para Viseu, que, todavia, recusa ir. A madre apoia
Teresa; Tadeu, apesar das diligências que faz, não consegue o que deseja.
Capítulo XV — Simão continua preso, na Cadeia da Relação, e
escreve as suas meditações sobre o seu destino. Visitado por João da Cruz,
Simão sabe que Mariana melhorou. É o ferrador quem leva uma carta a Teresa.
Entretanto, Mariana ficará a cuidar de Simão.
Capítulo XVI — Conta-se a história da fuga de Manuel Botelho,
irmão de Simão, com «uma dama desleal a seu marido». Trata-se de um incidente
que o narrador reconhece «não muito concertado com o seguimento da história»,
mas que mostra o modo de ser do pai de Manuel e Simão.
Capítulo XVII — João da Cruz está em casa e dedica-se ao
trabalho de ferrador. Entretanto, chega um estranho que dispara sobre ele,
matando-o, num ato de vingança. Mariana, estando na prisão com Simão, é
informada. Ambos reagem com grande emoção.
Capítulo XVIII — Pena de Simão é comutada em dez anos de degredo
para a Índia, também por causa de intervenção de Domingos Botelho (mais por
capricho de contrariar Albuquerque do que por amor paternal). Seria até
autorizado que a pena fosse cumprida na cadeia de Vila Real, mas Simão não
aceita. Mariana, agora sem pai, decide acompanhar Simão no degredo. Acentuam-se
as manifestações de dedicação a Simão, ao ponto de Mariana anunciar que se
suicidará, quando a sua companhia já não for necessária.
Capítulo XIX — Teresa pede a Simão que
aceite cumprir pena na cadeia (em Vila Real), que assim ainda haveria esperança
para ambos, mas ele recusa essa solução. Teresa escreve-lhe que, assim, ela
morrerá.
Capítulo XX — Simão é conduzido à nau que o levará ao
degredo. Já a bordo, vê Teresa. A nau passa diante do convento, no momento em
que Teresa desfalece e morre.
Leituras em voz alta (de sonetos de Antero) para Liga dos
Campeões
TPC
— Continua a procurar avançar na leitura da obra de Eça que tenhas escolhido (A
Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias).
Aula 95-96 (17 [3.ª, 1.ª], 18 [4.ª], 22/abr [5.ª]) Correção de redação com comparação de «Antes de ela dizer que sim» e Amor de Perdição.
Leitura de resumos dos
capítulos XI-XIX e assistência a trecho de filme de Manoel de Oliveira (cfr.
3.52.00 a 3.55.00) com cenas que antecedem a «Conclusão».
O constituinte «num
beliche de passageiro» (l. 1) desempenha a função sintática de
a) complemento agente da
passiva.
b) complemento indireto.
c) complemento oblíquo.
d) modificador do grupo
verbal.
A conjunção coordenativa
copulativa «e» (l. 1) constitui um mecanismo de coesão
a) lexical.
b) frásica.
c) referencial.
d) interfrásica.
Em «tê-lo-ia» (l. 5), o
pronome é
a) catáfora de «Simão
Botelho» (l. 4).
b) anáfora de «O ouvido»
(l. 5).
c) anáfora de «[um] arame»
(l. 5).
d) anáfora de «Simão
Botelho» (l. 4).
A «voz única no silêncio
da terra e do céu» (l. 7) reporta-se
a) ao comandante.
b) a Mariana.
c) a Simão.
d) ao vento.
Através da oração adjetiva
relativa explicativa «que era dela» (l. 9) percebemos que
a) no maço enviado haveria
cartas de Simão.
b) a carta em causa era de
Mariana.
c) a carta em causa não
tivera a intermediação da mendiga.
d) o maço das cartas fora
enviado por Teresa.
No período (e oração) que
constitui a l. 11, o predicado é
a) «Dizia assim».
b) «Dizia».
c) «Dizia assim a carta».
d) «a carta».
Em vez de «se me Deus não
engana» (l. 13), diríamos hoje «se Deus não me engana». Em qualquer dos casos,
o pronome desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) sujeito.
c) complemento oblíquo.
d) complemento indireto.
Na mesma l. 13, «em
descanso» é
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) modificador do grupo
verbal.
d) predicativo do sujeito.
A «esposa do Céu» (l. 15)
remete para
a) Teresa.
b) Nossa Senhora.
c) Rita.
d) Mariana.
«a última esperança» (l.
25) alude à circunstância de
a) Simão não ter aceitado
uma derradeira comutação da pena, preferindo o degredo.
b) Teresa estar a morrer
(ou já ter morrido até).
c) Simão ter confessado a
Mariana que nunca a amaria senão como irmã.
d) o Sporting poder perder
pontos em Vila Nova de Famalicão.
A paisagem que se infere
de «Estou vendo a casinha que tu descrevias defronte de Coimbra, cercada de
árvores, flores e aves» (ll. 36-37) corresponde
a) à paisagem romântica
típica (agreste, espontânea) e aludirá a Romeu e Julieta.
b) à paisagem
característica das cantigas de amor medievais.
c) ao ambiente que Simão
encontraria no degredo, na Índia.
d) a um lugar calmo,
simples, recatado (locus amœnus) e
parece remeter também para Pedro e Inês.
A carta transcrita (ll.
12-66) é um texto encaixado cujo narrador é
a) homodiegético.
b) externo.
c) omnisciente.
d) heterodiegético.
A
oração «que levantava a cabeça ao menor movimento dele» (ll. 67-68) desempenha
a função de
a) modificador apositivo.
b) modificador restritivo.
c) complemento oblíquo.
d) complemento direto.
No período «Rogo-lhe que
vá, porque não é necessário o seu sacrifício» (l. 72), temos
a) subordinante +
subordinada adverbial causal.
b) subordinante +
subordinada substantiva completiva + subordinada adverbial causal.
c) subordinante +
subordinada substantiva relativa + subordinada adverbial causal.
d) subordinante +
subordinada adjetiva relativa explicativa + subordinada adverbial causal.
Na fala das ll. 86-87,
Simão
a) quer tranquilizar o
capitão, que sabe estar do seu lado.
b) ironiza, para
amesquinhar o capitão.
c) mente, determinado a
tentar o suicídio depois.
d) está irritado com o
capitão.
Nas linhas 88-92, o
comandante
a) diz ir descer ao
quarto, despede-se de Simão e de Mariana.
b) diz ir descer ao
quarto, para conversar a sós com Mariana.
c) pede a Simão que desça
ao quarto, Simão anui, mas diz sofrer mais, e ainda fica no convés.
d)
sugere a Simão que vá para o quarto, Simão assente (embora diga ir sofrer mais)
e descem ambos.
«A
submissão é uma ignomínia, quando o poder paternal é uma afronta» é uma frase
célebre de uma das cartas de Simão a Teresa (cap. VIII).
Discute a sua modernidade,
num breve texto de opinião (ca. 150 palavras) que tenha em conta o que já
conheces da obra.
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Põe ao lado das
expressões sublinhadas uma destas siglas: Adj. Rel. = oração subordinada adjetiva relativa; Subst.
Compl. = oração subordinada
substantiva completiva; Subst. Rel. = oração subordinada
substantiva relativa:
Nunca
me fui embora
(Lena
d’Água)
Eu já nem quero outra
coisa
Além de ficar bem onde
estou
A casa onde nasci _______________
O bairro onde cresci ________________
O tempo que eu vivi ________________
A vida que eu escolhi ________________
Não trocava o que eu
tenho ________________
Por quem eu não sou ________________
Sinto que já perdi
muita coisa _______________
Mas, para perder, eu
tive de encontrar
O muito que eu errei _______________
O tanto (que) eu
passei ________________
Tudo que eu larguei _______________
E a todos que abracei ________________
Foi uma aventura e tanto
E eu aqui estou
Há sempre um dia novo
À espera de quem se
põe a jeito _______________
E faz acontecer um pouco
E se dá também
E nem supõe que é
capaz _______________
Há sempre um dia novo
À espera de alguém
E falta ainda tanta
coisa
Ainda tenho tanto para
contar
Um amor para ser
Um dia para tentar
Um amor para ter
E mais para cantar
E a vida não pense que
me vai escapar ______________
Há sempre um dia novo
À espera de quem se põe
a jeito
E faz acontecer um pouco
E se dá também
E nem supõe que é capaz
Há sempre um dia novo
À espera de alguém
TPC
— Vai lendo, pelo menos, os primeiros capítulos da obra de Eça que tenhas
escolhido — A Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias. Livros de
resumos ou filmes não servem para este efeito.
Aula 97-98 (22 [3.ª], 23 [1.ª, 4.ª], 26/abr [5.ª]) Ainda esclarecimentos, correções.
Correção de questionário
de compreensão (sobre Conclusão de Amor de Perdição, 1.ª parte).
Depois de leres a parte final da Conclusão
de Amor de Perdição (pp. 204-206, ll.
93-183), completa o lado esquerdo da tabela.
Camilo Castelo Branco, Amor de
Perdição |
Mário Barroso, Um Amor de Perdição |
Crime |
|
No dia em que Teresa seria
transferida para o convento de _____, no Porto, Simão, contra o pedido da
amada, vai à saída dela do convento em Viseu, luta com _____ e mata-o a tiro. |
No dia em que Teresa seria
transferida para o _____, Simão, contra o pedido da amada, aparece quando já
chegara a ambulância, luta com segurança e mata _____ a tiro. |
Prisão |
|
É Rita Preciosa que avisa o marido, o corregedor
_____ Botelho, de que Simão matara Baltasar Coutinho e está preso. |
É o marido, juiz, que avisa (Rita) Preciosa de
que tinham _____ Simão porque matara um homem. |
Condenação |
|
Simão é condenado à forca,
mas o tribunal de segunda instância comuta a pena para ____ anos de degredo
na Índia e, «instigado mais do seu capricho que do amor paternal», Domingos
Botelho consegue até que pudesse cumpri-la na cadeia de Vila Real, o que Simão
_____ («queria a liberdade do degredo»). |
Simão não aceita alegar legítima defesa, como o
aconselha o advogado, visita lá de casa, mas de quem o acusado _____, como
aliás das ajudas dos pais e das visitas de todos. |
Teresa morre |
|
Mariana acompanha Simão na
cadeia, costurando, cozinhando, cuidando da limpeza do quarto. Teresa, sempre
por carta, pede a Simão que aceite cumprir a pena na cadeia de Vila Real
(«[e]m dez anos terá _____ meu pai e eu serei tua esposa»)]; porém, como Simão
está determinado a partir para o degredo, Teresa anuncia-lhe que morrerá.
Mais tarde, em carta que Simão relerá já na nau, concretiza mesmo: «Rompe a
manhã. Vou ver a minha última aurora... a última dos meus ___ anos!» [cfr. p. 203, l. 62]. |
Na prisão, Simão só aceita visitas de Mariana,
que lhe vai dando conta da progressiva _____ de Teresa. Não come (ao longo do
filme, veladamente, há alusões a problemas de anorexia no passado de Teresa),
fala na morte, ri-se, diz que se reunirá a Simão no céu. Morre ____ dias
depois de entrar em coma. |
Mariana segue Simão |
|
Enquanto estava com Simão na
prisão, Mariana sabe que o seu pai foi assassinado por vingança do filho de
Bento Machado, o recoveiro que _____________ matara em legítima defesa.
Mariana deixa a casa à tia e o resto da herança nas mãos de Simão, que já decidiu
ir acompanhar no ___ para a Índia. |
Na presença da filha, João da Cruz é assassinado
pelo filho do alferes _________________, vítima da sua legítima reação nos
tempos da guerra do ultramar. Mariana vende a oficina do pai, aluga quarto
perto do hospital e consegue ir visitando Simão. |
Simão morre |
|
Simão assegura ao capitão que
não se ____ [cfr. p. 204, l. 86]. O
médico que visita a nau a pedido do comandante faz prognóstico de que Simão
teria uma ___ maligna e morreria no caminho [cfr. p. 204, l. 103]. Saindo a nau barra fora, os ____ também não
favoreceram o estado de saúde de Simão [cfr.
p. 205]. Cerca de _____, já depois do sexto dia de viagem, ao nono da doença,
começou a delirar (lembrou então o plano da «casinha na margem do _____») [cfr. p. 205]. O primeiro ____ de
Mariana a Simão foi dado assim que este morreu [cfr. p. 206]. |
Simão, que se sente culpado da morte de Teresa,
deixa de falar e de comer e é transferido para hospital. No hospital tentam
alimentá-lo à força, mas ele retira os tubos que conduziam o soro, e acaba
por se suicidar com um ___, que não se sabe como obteve. |
Mariana suicida-se |
|
Mariana, no momento em que o
cadáver de Simão era lançado ao mar, suicidou-se, atirando-se de modo a
acompanhá-lo, levando no ______ os papéis de Simão e Teresa. Uma _____ fez
que o corpo de Simão viesse ao seu encontro e o pudesse _____, seguindo-o
para o fundo. Apercebendo-se do salto de Mariana, o _______ ainda ordena que
tentem salvá-la, o que não foi possível [cfr. p. 206]. |
Mariana não foi ao funeral de Simão. Ter-se-á
suicidado, abrindo o gás, embora as autoridades considerassem ter-se tratado
de acidente. Junto dela foi encontrada a _____ onde apontava as mensagens
entre Teresa e Simão. Só acompanharam o funeral de Mariana Rita e Zé Xavier. |
Testemunhos escritos |
|
_____ veem à flor da água um rolo de papéis que
recolhem na _____, que os leitores percebem ser a correspondência de Teresa e
Simão. [cfr. p. 206] (Estas cartas
terão apoiado a narrativa, que muitas vezes as ____.) |
Rita, junto ao rio, já depois da morte de Simão,
relê apontamentos de _____ com os recados apontados para fazer comunicar
Teresa e Simão. (Estes apontamentos terão sido aproveitados em outros
momentos do filme.) |
Voltando ao primeiro nível narrativo |
|
Já depois da conclusão, um
parágrafo adicional diz-nos que «vive ainda, em Vila Real de Trás-os-Montes,
a senhora D. ____ Emília da Veiga Castelo Branco, a irmã predileta d[e Simão
Botelho]» e que ____ Botelho, pai do autor, falecera havia vinte e seis anos. |
Já depois de fechada a ação da intriga
principal, vemos Rita, a irmã predileta de Simão, e Zé Xavier, juntos no que
podemos supor ser uma ____ mais otimista do que a do segundo nível narrativo. |
Escreve um comentário
sobre ....................., cumprindo esta matriz sintática:
1.º período = [Sujeito subentendido]
+ Verbo (transitivo-predicativo) + Complemento direto + Predicativo do
complemento direto.
2.º período = Modificador de frase +
Sujeito + Modificador apositivo + Verbo (copulativo) + Predicativo do sujeito.
| 3.º período = Sujeito + Verbo + Complemento direto. | 4.º período
= [Sujeito subentendido] + Verbo + Complemento indireto + Complemento direto. |
5.º período = Sujeito + Verbo + Complemento oblíquo + Modificador do
grupo verbal.
6.º período = Modificador do grupo
verbal + Sujeito + Verbo (copulativo) + Predicativo do sujeito. | Períodos a
seguir (se tiveres tempo) = Sem matriz imposta.
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aula 99-100 (24 [3.ª, 1.ª], 29 [5.ª], 30/abr [4.ª]) Correção de texto segundo matriz sintática.
Passamos
de Camilo (um romântico, ainda que na sua fase final também tenha
escrito ao gosto realista) para um poeta da geração seguinte, Cesário Verde.
Lerás
a «A débil», a que retirei a última palavra de quase todos os versos. Deixei a
primeira e a última quadra completas. Por elas ficas a saber que em cada
estrofe há rima interpolada e emparelhada, num esquema a-b-b-a.
Quanto à métrica, por esses oito versos se vê que se trata de decassílabos.
Tentarás
colocar nos espaços estas palavras deles retirados.
suspirando
/ suspeites / monarca / bordado / turbulento / respeito / loura / miserável / brando
/ imaculada / entanto / sossego / ostentação / pisada / quieta / corruptora /
sinto / matinais / cabeça / pedestal / fina / peito / braço / saudável / envidraçada
/ espessa / natural / tanto / casares / nação / pretos / embaraçada / poeta
A Débil
Eu, que sou feio, sólido,
leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.
Sentado à mesa dum café devasso,
Ao avistar-te, há pouco, fraca e __________,
Nesta Babel tão velha e ____________,
Tive tenções de oferecer-te o ___________.
E, quando socorreste um _____________,
Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque ____________
Que me tornas prestante, bom, __________.
«Ela aí vem!» disse eu para os demais;
E pus-me a olhar, vexado e ____________,
O teu corpo que pulsa, alegre e __________,
Na frescura dos linhos ____________.
Via-te pela porta _____________;
E invejava, — talvez que não o
___________! —
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, ____________.
Ia passando, a quatro, o patriarca.
Triste eu saí. Doía-me a _____________.
Uma turba ruidosa, negra, _____________,
Voltava das exéquias dum _____________.
Adorável! Tu, muito _____________,
Seguias a pensar no teu _____________;
Avultava, num largo arborizado,
Uma estátua de rei num _____________.
Sorriam, nos seus trens, os titulares;
E ao claro sol, guardava-te, no __________,
A tua boa mãe, que te ama ____________,
Que não te morrerá sem te ____________!
Soberbo dia! Impunha-me _____________
A limpidez do teu semblante grego;
E uma família, um ninho de ____________,
Desejava beijar sobre o teu ____________.
Com elegância e sem ______________,
Atravessavas branca, esbelta e ___________,
Uma chusma de padres de batina,
E de altos funcionários da ____________.
«Mas se a atropela o povo ____________!
Se fosse, por acaso, ali ____________!»
De repente, paraste _____________
Ao pé dum numeroso ajuntamento.
E eu, que urdia estes fáceis esbocetos,
Julguei ver, com a vista de ___________,
Uma pombinha tímida e ____________
Num bando ameaçador de corvos
__________.
E foi, então, que eu, homem varonil,
Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.
Cesário Verde, O Livro de Cesário Verde
Vai respondendo, ou completando respostas,
a estes itens (que roubei a Palavras 11):
1. Na primeira estrofe, sentado num café, o sujeito
poético observa quem passa e observa-se a si mesmo. Completa o quadro e mostra
a paradoxal complementaridade entre o sujeito poético e a mulher que passa.
Resp.:
«Eu» |
«feio» |
«_____» |
«_____» |
«Ela» |
«_____» |
«frágil» |
«_____» |
Os
adjetivos usados em cada um dos casos, embora antitéticos, sugerem que se podem
complementar, na perspetiva de que os opostos se atraem. O «eu», consciente da
sua degradação, diz-se capaz de lhe ser leal, adotando os valores por ela
representados (recato, honestidade).
2. Aos olhos do «eu», a cidade surge como uma
influência perversa. Transcreve os versos que comprovam esta afirmação:
Resp.: O sujeito poético está «[s]______»
(v. 5), «[n]_______» (v. 7) e bebe «_______» (v. 10).
3. Identifica na primeira estrofe três recursos
expressivos relacionados com a figura feminina e explicita o seu valor.
Resp.: Os três recursos são a
tripla adjetivação, em «______, ______, ______» (v. 2); a hipálage, em
«____________» (v. 4); e a ____ em «[existência] de cristal» (v. 4). Pretende-se
caracterizar o tipo de vida associado à figura feminina: uma existência pura,
transparente, imaculada, perfeita, como o cristal.
4. Mostra como a «débil» é colocada em oposição a
outras forças.
Resp.: A
figura feminina, na sua brancura e luminosidade, é «recatada», enquanto a turba
é «ruidosa, ______, ______». Os traços sombrios e ameaçadores da multidão
contrastam, vivamente, com a naturalidade e a brandura da jovem que passa.
[Pergunta que surgirá em slide]
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . .
Preenche a coluna da direita, classificando
a função sintática do constituinte sublinhado na coluna da esquerda. (A
coluna do centro é apenas para ajudar.)
Frase (de O último a
sair ou sobre o mesmo passo) |
A ter em atenção |
Função sintática |
Segundo Unas, o público verá Filipa como boa (e não como burra). |
Considerá-la-á boa (e não burra). |
|
Porque está há semanas no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada. |
Sente
encarquilhada a pele. |
|
Porque está há semanas no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada. |
subordinada adverbial causal |
|
Na verdade,
só esteve alguns minutos no jacúzi. |
* É na verdade que só esteve ... |
|
Débora diz a Unas
que está farta daquelas conversas. |
«farta», sem mais, ficaria incompleto |
|
Esta reunião faz-me lembrar a minha infância lá em Trás-os-Montes. |
faz-me lembrá-la |
|
Temos o direito de
sonhar, nesta casa. |
só nome «direito» ficaria incompleto |
|
Temos o direito de
sonhar, nesta casa. |
√ Que acontece nesta casa? Temos ... |
|
Vou-vos perguntar. |
Vou-*os [√-lhes]
perguntar |
|
Se ganhassem o
Euromilhões, o que é que faziam? |
subordinada adverbial condicional |
|
Acho que comprava uma casa junto ao mar. |
subordinada substantiva completiva |
|
Eu comprava um
banco. |
Eu ... e tu também. |
|
Ó Filipa, se comprares um banco não
ficas com o dinheiro das pessoas. |
«autónomo», entre
vírgulas |
|
Todos me disseram que
eu não tinha lá dinheiro. |
todos mo
disseram |
|
Vamos fazer uma
coisa que eu acho do agrado de todos. |
«eu» é o sujeito |
|
Vamos fazer uma
coisa que eu acho do agrado de todos. |
acho-a assim ou
assado |
|
Mandava fazer uma igreja linda, revestida a casca de sapateira. |
= , que seria
revestida... |
|
Mandava fazer uma igreja linda, revestida a casca de sapateira. |
= que seria linda |
|
Punha primeiro
o dinheiro a render. |
√ Que fazia ela primeiro? Punha ... |
|
Continuo a não
gostar da minha personagem. |
cfr.
verbo copulativo |
|
Eu ia para África. |
*Que faz ela para África? Ia. |
|
Este assunto, de
África, tira-me a fome. |
Estes assuntos ...
tiram ... |
|
Precisas de
água para ir à internet? |
*Que faz ela de água? Precisa ... |
|
Por todos foi
ouvida a voz da casa. |
cfr. Todos ouviram a voz da
casa |
|
Por todos
foi ouvida a voz da casa. |
auxiliar «ser»,
preposição |
|
Classifica as orações
sublinhadas:
Não há estrelas no céu (Rui Veloso)
Não há estrelas no céu
a dourar o meu caminho:
Por mais amigos que tenha,
sinto-me sempre sozinho. ______________
De que vale ter a chave de casa para entrar,
Ter uma nota no bolso pr’a cigarros e bilhar?
A primavera da vida é bonita de viver:
Tão depressa o sol brilha, como, a seguir, está
a chover. ______________
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr’a me tramar!
Passo horas no café, sem saber para onde ir:
Tudo à volta é tão feio, [que] só me apetece
fugir. ______________
Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar;
De manhã ouço o conselho que o velho tem pr’a me
dar. ______________
A primavera da vida é bonita de viver:
Tão depressa o sol brilha,
como a seguir está a chover. ______________
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr’a me tramar!
Vou
por aí, às escondidas,
A
espreitar às janelas,
Perdido
nas avenidas
E
achado nas vielas.
Mãe,
o meu primeiro amor
Foi
um trapézio sem rede;
Sai
da frente, por favor,
[Que]
estou entre a espada e a parede.
______________
Não
vês como isto é duro:
______________
Ser
jovem não é um posto,
Ter
de encarar o futuro
Com
borbulhas no rosto.
Porque
é que tudo é incerto?
Não
pode ser ser sempre assim.
Se
não fosse o Rock and Roll, ______________
O
que seria de mim?
A primavera da vida é bonita de viver:
Tão depressa o sol brilha como, a seguir, está a
chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar; coordenada assindética
Parece que o mundo inteiro se uniu pr’a me
tramar! ______________
Não
há estrelas no céu,
estrelas
no céu,
....
TPC
— Vai lendo, pelo menos, os primeiros capítulos da obra de Eça que tenhas
escolhido — A Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias. Livros de
resumos ou filmes não servem para este efeito.
#
<< Home