Aula 41-42
Aula
41-42 (5
[1.ª, 4.ª], 11 [3.ª], 15/dez [5.ª]) Correção de apreciação crítica a cartazes
com frases «de ódio» (cfr. Apresentação).
Vai
lendo «Rapinar» e circundando a melhor alínea de cada item. Não consultes o
manual nem outras folhas tuas.
Este texto é excerto
a) de um sermão de Santo António.
b) do «Sermão de Santo
António [aos peixes]», de Vieira.
c) do capítulo III do
sermão que temos vindo a estudar em aula.
d) de um sermão de Vieira.
O pretexto para as ideias
defendidas pelo orador neste trecho está sintetizado logo nas ll. 1-4:
a) tendo D. João III pedido
informação sobre a Índia, respondeu-lhe S. Francisco Xavier que se roubava muito.
b) tendo el-rei D. João
III procurado saber se se roubava muito na Índia, escreveu-lhe afirmativamente S.
Francisco Xavier.
c) tendo D. João III querido
saber o estado da Índia, respondeu S. Francisco Xavier que se conjugavam muito certos
verbos.
d) Santo António informou D.
João III que, na Índia, o verbo rapio
se conjugava por todos os modos.
«se usa igualmente a mesma
conjugação» (l. 6) significa
a) ‘também se rouba’.
b) ‘usa-se o mesmo verbo’.
c) ‘conjuga-se do mesmo modo’.
d) ‘escreve-se, lê-se, ouve-se,
fala-se com o mesmo verbo’.
A repetição de «Furtam
pelo modo» (ll. 12, 14, 15, 17, 19, 20, 21) constitui
a) um mecanismo de coesão
referencial.
b) uma anáfora.
c) uma ironia.
d) um mecanismo de coesão
frásica.
Os vários modos verbais
mencionados — indicativo, imperativo, conjuntivo, etc. (l. 9 e ss.) — são
a) invenções do orador, neologismos,
funcionando como reflexão metalinguística.
b) ‘modos de roubar’, no
seu sentido mais denotativo.
c) palavras divergentes.
d) termos gramaticais, denotativamente,
mas conotam as diversas maneiras de roubar.
O pronome «elas» (l. 28) é
uma
a) catáfora cujo referente
é «as miseráveis províncias» (ll. 26-27).
b) anáfora cujo antecedente
é «as miseráveis províncias» (ll. 26-27).
c) anáfora cujo referente
é «todas as pessoas» (l. 23).
d) catáfora cujo antecedente
é «todas as pessoas» (l. 23).
«roubadas e consumidas»
(l. 28) é
a) predicativo do complemento
direto.
b) predicativo do sujeito.
c) modificador restritivo
do nome.
d) complemento direto.
Vai lendo «Ao
encontro do preciosismo» e circunda a melhor alínea de cada item. Não consultes
o manual nem outras folhas tuas.
«isso» (l. 5) é
a) deítico espacial.
b) deítico pessoal.
c) deítico temporal.
d) anáfora.
«Há dias» e «recebi» (l.
8) funcionam como marcas deíticas
a) temporal e pessoal-temporal,
respetivamente.
b) temporal e espacial, respetivamente.
c) de tempo.
d) temporal e pessoal-espacial,
respetivamente.
Na publicação original
desta crónica, a parte omitida pelo manual a seguir a «solicitada» (p. 19) — cfr. «(...)» — diz o seguinte: «por outro
lado, fica engraçada se involuntariamente certeira, porque a pobre revista,
mar, aventura, talvez viagens, vinha de facto de encontro aos meus interesses».
Significa isto que o cronista
a) até gostava de alguns dos
assuntos tratados na revista.
b) não tinha interesse na
revista.
c) tinha interesses coincidentes
com os conteúdos tratados na revista.
d) até, segundo tudo indicava,
poderia vir a gostar da revista.
«meus caros» (l. 21) é
a) sujeito.
b) modificador apositivo
do nome.
c) vocativo.
d) modificador restritivo
do nome.
O erro na mensagem publicitária
que levou o cronista a reagir consiste em falha de
a) coesão lexical.
b) coesão frásica.
c) coerência.
d) coesão referencial.
O referente de «[d]isso»
(l. 23) é
a) todo o parágrafo anterior
(l. 22).
b) «o certo é que
respondi» (l. 23).
c) «Sabe-se lá quem está
do outro lado...» (l. 22).
d) todo o parágrafo anterior
(l. 22) e, provavelmente, mais uma sua parte omitida no manual.
O trecho do original que
foi omitido na linha 23 após «respondi» seria:
a) «Fosse incontinência da
vontade (vulgo, acrasia), ou intermitência de juízo (vulgo, afronésia), ou... whatever, respondi».
b) «Quiçá por falta de vontade
ou por intermitência de aborrecimento, ou... whatever, respondi».
c) «Fosse por falta de vontade
(vulgo, acrasia), ou por muito juízo (vulgo, afronésia), respondi».
d) «Fosse por ter pisado um
cocó de cão ou por alguma outra razão, respondi».
«irónico, variante de melindre»
(l. 29) caracteriza
a) a resposta do «publicitário»,
que, sob a capa irónica, mostrava ter-se agastado.
b) o cronista, que respondera
com ironia, melindrado pela mensagem.
c) a resposta do cronista
à mensagem recebida.
d) o cronista, que disfarçava
com ironia o ter ficado irritado com o atrevimento da resposta.
O pronome «me» (l. 30) desempenha
a função sintática de
a) complemento indireto.
b) complemento direto.
c) complemento oblíquo.
d) sujeito.
Para o cronista (cfr. ll. 30-31), o sentido de «preciosismo»
era
a) ‘uso errado de uma palavra
ou expressão’.
b) ‘uso de palavra rara
para evitar o recurso a um estrangeirismo’.
c) ‘bom uso da língua’.
d) ‘uso de um estrangeirismo
em vez da correspondente palavra vernácula’.
O ano passado falámos de empréstimos,
um dos processos irregulares de formação
de palavras. Os empréstimos permitem reconhecer as fases históricas em que
predominaram influências de certos países.
No
quadro em baixo, preenche a coluna que ainda está vazia. Depois, completa as lacunas
do texto. Descobrirás as relações entre a época de entrada no português de determinado
estrangeirismo, a língua de que veio essa palavra e a sua área temática.
Empréstimo |
Língua de origem |
Data da primeira ates- tação em português |
Área temática |
Desporto |
Inglês |
XIX (sport) |
|
Futebol |
Inglês |
XX |
|
Jóquei |
Inglês |
1858 |
|
Serenata |
Italiano |
1813 |
|
Maestro |
Italiano |
1858 |
|
Ária ('peça musical melodiosa') |
Italiano |
XVIII |
|
Bijuteria |
Francês |
1881 |
|
Vitrine |
Francês |
1873 |
|
Toilete |
Francês |
1899 |
|
Biombo |
Japonês |
XVI (beòbus) |
|
Quimono ('um tipo de
roupão') |
Japonês |
XVI (quimão) |
|
Catana ('espada curta') |
Japonês |
XVI |
Armas |
Trovar ('cantar versos') |
Provençal |
XIII |
|
Refrão |
Provençal |
XIV |
|
Rouxinol |
Provençal |
XIV (rousinol) |
|
Vilancete ('poema de tema
campestre') |
Castelhano |
XVI |
|
Endecha ('poema triste') |
Castelhano |
XVI |
|
Picaresco ('género literário
satírico') |
Castelhano |
XVII |
|
Maracujá |
Tupi |
1587 |
|
Mandioca |
Tupi |
1549 |
|
Piripiri |
Tupi |
1587 |
(Etimologias e datas segundo Antônio Geraldo da Cunha, Dicionário Etimológico Nova Fronteira da
Língua Portuguesa, 1982)
Os provençalismos
(empréstimos do ______, uma língua antiga do sul de França) testemunham a importância
da literatura provençal na poesia galego-portuguesa medieval. Como consequência
da expansão portuguesa, a língua _____ deu-nos termos relativos a objetos que o
ocidente até então desconhecia. Do mesmo modo, os tupinismos que escolhi reportam-se a nomes de _______ que os europeus
foram encontrar no Brasil pela primeira vez. O castelhano deixou-nos muitas palavras do âmbito da literatura, que
entraram no português sobretudo nos séculos ___ e ___, a época do apogeu da
cultura espanhola, que aliás coincidiu com a dinastia filipina. Sobre os galicismos (estrangeirismos franceses),
lembre-se que durante o século ___ foi forte a influência francesa em vários campos,
entre os quais o da ______, como provam os exemplos. No campo musical, pela
mesma altura e já antes, era a _________ que inspirava os outros países. Na
transição para o século XX, uma série de desportos criados em ________ foram
adotados em outros países e, claro, com esses desportos vieram os termos respetivos.
Hoje em dia, o inglês é o maior fornecedor de estrangeirismos (nas tecnologias,
por exemplo, predominam nitidamente os anglicismos).
Os estrangeirismos — ou seja, os empréstimos
na fase em que ainda são percebidos como estranhos à língua em que se integraram
— são criticados por quem tem uma atitude conservadora relativamente à língua
portuguesa. A luta contra os estrangeirismos levou a que alguns gramáticos mais
fanáticos procurassem substituí-los por palavras que eles próprios inventaram, segundo
padrões portugueses. São elas resultado de exagerado purismo, o preciosismo referido no artigo de Abel
Barros Baptista.
Verifica
se alguma das propostas venceu nos hábitos de hoje ou se foram os estrangeirismos
que triunfaram na língua corrente. Marca os neologismos que, apesar de tudo,
ainda se usem (haverá só um ou dois). Marca também a proposta que consideres
mais ridícula. Por fim, adivinha a origem dos estrangeirismos, escrevendo f(rancês) ou i(nglês).
Neologismos propostos por gramáticos |
Estrangeirismos |
Origem |
Nasóculos |
Pince-nez ('óculo de
mola') |
|
Preconício |
Reclame |
|
Lucivelo, abajúrdio |
Abajur (Abat-jour) |
|
Ancenúbio |
Nuance |
|
Ludâmbulo |
Turista |
|
Ludopédio, balípodo, pedibola,
furta-bola, bolapé |
Futebol |
|
Rabo de galo |
Cocktail |
|
Cardápio |
Menu |
|
Vesperal |
Matiné (Matinée) |
|
Bosquejo |
Sketch |
|
Ampara-seios, estrófio,
mamilar |
Sutiã (Soutien) |
|
Tabuínha de chocolate |
Tablete de chocolate |
|
Alviçareiro |
Repórter |
|
Runimol |
Avalanche |
|
Legicídio social |
Golpe de estado |
|
Venaplauso |
Claque |
|
Haurinxugo, hauricanulação |
Drenagem ('escoamento') |
|
Escreve um texto expositivo ou de opinião sobre assunto que
escolherás (procura talvez assunto em que te sintas bastante seguro,
especialista, mesmo se muito específico).
Não escolhas tópico ensinado em disciplinas escolares. Usa
pelo menos doze conectores (de sentidos diferentes) dos que estão na tabela da
p. 372, sublinhando-os.
Talvez 150-200 palavras.
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TPC — Consulta o Dicionário de estrangeirismos clicável a
partir de Gaveta de Nuvens (não
fiques só pela letra A) Escolhe três estrangeirismos, de línguas de origem diferentes.
Cria um equivalente vernáculo, com formação percetível e, eventualmente, alguma
graça.
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