Saturday, September 09, 2023

Aula 41-42

Aula 41-42 (5 [1.ª, 4.ª], 11 [3.ª], 15/dez [5.ª]) Correção de apreciação crítica a cartazes com frases «de ódio» (cfr. Apresentação).



Vai lendo «Rapinar» e circundando a melhor alínea de cada item. Não consultes o manual nem outras folhas tuas.

 

Este texto é excerto

a) de um sermão de Santo António.

b) do «Sermão de Santo António [aos peixes]», de Vieira.

c) do capítulo III do sermão que temos vindo a estudar em aula.

d) de um sermão de Vieira.

 

O pretexto para as ideias defendidas pelo orador neste trecho está sintetizado logo nas ll. 1-4:

a) tendo D. João III pedido informação sobre a Índia, respondeu-lhe S. Francisco Xavier que se roubava muito.

b) tendo el-rei D. João III procurado saber se se roubava muito na Índia, escreveu-lhe afirmativamente S. Francisco Xavier.

c) tendo D. João III querido saber o estado da Índia, respondeu S. Francisco Xavier que se conjugavam muito certos verbos.

d) Santo António informou D. João III que, na Índia, o verbo rapio se conjugava por todos os modos.

 

«se usa igualmente a mesma conjugação» (l. 6) significa

a) ‘também se rouba’.

b) ‘usa-se o mesmo verbo’.

c) ‘conjuga-se do mesmo modo’.

d) ‘escreve-se, lê-se, ouve-se, fala-se com o mesmo verbo’.

 

A repetição de «Furtam pelo modo» (ll. 12, 14, 15, 17, 19, 20, 21) constitui

a) um mecanismo de coesão referencial.

b) uma anáfora.

c) uma ironia.

d) um mecanismo de coesão frásica.

 

Os vários modos verbais mencionados — indicativo, imperativo, conjuntivo, etc. (l. 9 e ss.) — são

a) invenções do orador, neologismos, funcionando como reflexão metalinguística.

b) ‘modos de roubar’, no seu sentido mais denotativo.

c) palavras divergentes.

d) termos gramaticais, denotativamente, mas conotam as diversas maneiras de roubar.

 

O pronome «elas» (l. 28) é uma

a) catáfora cujo referente é «as miseráveis províncias» (ll. 26-27).

b) anáfora cujo antecedente é «as miseráveis províncias» (ll. 26-27).

c) anáfora cujo referente é «todas as pessoas» (l. 23).

d) catáfora cujo antecedente é «todas as pessoas» (l. 23).

 

«roubadas e consumidas» (l. 28) é

a) predicativo do complemento direto.

b) predicativo do sujeito.

c) modificador restritivo do nome.

d) complemento direto.



               Vai lendo «Ao encontro do preciosismo» e circunda a melhor alínea de cada item. Não consultes o manual nem outras folhas tuas.

 

«isso» (l. 5) é

a) deítico espacial.

b) deítico pessoal.

c) deítico temporal.

d) anáfora.

 

«Há dias» e «recebi» (l. 8) funcionam como marcas deíticas

a) temporal e pessoal-temporal, respetivamente.

b) temporal e espacial, respetivamente.

c) de tempo.

d) temporal e pessoal-espacial, respetivamente.

 

Na publicação original desta crónica, a parte omitida pelo manual a seguir a «solicitada» (p. 19) — cfr. «(...)» — diz o seguinte: «por outro lado, fica engraçada se involuntariamente certeira, porque a pobre revista, mar, aventura, talvez viagens, vinha de facto de encontro aos meus interesses». Significa isto que o cronista

a) até gostava de alguns dos assuntos tratados na revista.

b) não tinha interesse na revista.

c) tinha interesses coincidentes com os conteúdos tratados na revista.

d) até, segundo tudo indicava, poderia vir a gostar da revista.

 

«meus caros» (l. 21) é

a) sujeito.

b) modificador apositivo do nome.

c) vocativo.

d) modificador restritivo do nome.

 

O erro na mensagem publicitária que levou o cronista a reagir consiste em falha de

a) coesão lexical.

b) coesão frásica.

c) coerência.

d) coesão referencial.

 

O referente de «[d]isso» (l. 23) é

a) todo o parágrafo anterior (l. 22).

b) «o certo é que respondi» (l. 23).

c) «Sabe-se lá quem está do outro lado...» (l. 22).

d) todo o parágrafo anterior (l. 22) e, provavelmente, mais uma sua parte omitida no manual.

 

O trecho do original que foi omitido na linha 23 após «respondi» seria:

a) «Fosse incontinência da vontade (vulgo, acrasia), ou intermitência de juízo (vulgo, afronésia), ou... whatever, respondi».

b) «Quiçá por falta de vontade ou por intermitência de aborrecimento, ou... whatever, respondi».

c) «Fosse por falta de vontade (vulgo, acrasia), ou por muito juízo (vulgo, afronésia), respondi».

d) «Fosse por ter pisado um cocó de cão ou por alguma outra razão, respondi».

 

«irónico, variante de melindre» (l. 29) caracteriza

a) a resposta do «publicitário», que, sob a capa irónica, mostrava ter-se agastado.

b) o cronista, que respondera com ironia, melindrado pela mensagem.

c) a resposta do cronista à mensagem recebida.

d) o cronista, que disfarçava com ironia o ter ficado irritado com o atrevimento da resposta.

 

O pronome «me» (l. 30) desempenha a função sintática de

a) complemento indireto.

b) complemento direto.

c) complemento oblíquo.

d) sujeito.

 

Para o cronista (cfr. ll. 30-31), o sentido de «preciosismo» era

a) ‘uso errado de uma palavra ou expressão’.

b) ‘uso de palavra rara para evitar o recurso a um estrangeirismo’.

c) ‘bom uso da língua’.

d) ‘uso de um estrangeirismo em vez da correspondente palavra vernácula’.

O ano passado falámos de empréstimos, um dos processos irregulares de formação de palavras. Os empréstimos permitem reconhecer as fases históricas em que predominaram influências de certos países.

No quadro em baixo, preenche a coluna que ainda está vazia. Depois, completa as lacunas do texto. Descobrirás as relações entre a época de entrada no português de determinado estrangeirismo, a língua de que veio essa palavra e a sua área temática.

Empréstimo

Língua de origem

Data da primeira ates-

tação em português

Área temática

Desporto

Inglês

XIX (sport)

 

Futebol

Inglês

XX

Jóquei

Inglês

1858

Serenata

Italiano

1813

 

Maestro

Italiano

1858

Ária ('peça musical melodiosa')

Italiano

XVIII

Bijuteria

Francês

1881

 

Vitrine

Francês

1873

Toilete

Francês

1899

Biombo

Japonês

XVI (beòbus)

 

Quimono ('um tipo de roupão')

Japonês

XVI (quimão)

Catana ('espada curta')

Japonês

XVI

Armas

Trovar ('cantar versos')

Provençal

XIII

 

Refrão

Provençal

XIV

Rouxinol

Provençal

XIV (rousinol)

Vilancete ('poema de tema campestre')

Castelhano

XVI

 

Endecha ('poema triste')

Castelhano

XVI

Picaresco ('género literário satírico')

Castelhano

XVII

Maracujá

Tupi

1587

 

Mandioca

Tupi

1549

Piripiri

Tupi

1587

(Etimologias e datas segundo Antônio Geraldo da Cunha, Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, 1982)

Os provençalismos (empréstimos do ______, uma língua antiga do sul de França) testemunham a importância da literatura provençal na poesia galego-portuguesa medieval. Como consequência da expansão portuguesa, a língua _____ deu-nos termos relativos a objetos que o ocidente até então desconhecia. Do mesmo modo, os tupinismos que escolhi reportam-se a nomes de _______ que os europeus foram encontrar no Brasil pela primeira vez. O castelhano deixou-nos muitas palavras do âmbito da literatura, que entraram no português sobretudo nos séculos ___ e ___, a época do apogeu da cultura espanhola, que aliás coincidiu com a dinastia filipina. Sobre os galicismos (estrangeirismos franceses), lembre-se que durante o século ___ foi forte a influência francesa em vários campos, entre os quais o da ______, como provam os exemplos. No campo musical, pela mesma altura e já antes, era a _________ que inspirava os outros países. Na transição para o século XX, uma série de desportos criados em ________ foram adotados em outros países e, claro, com esses desportos vieram os termos respetivos. Hoje em dia, o inglês é o maior fornecedor de estrangeirismos (nas tecnologias, por exemplo, predominam nitidamente os anglicismos).

Os estrangeirismos — ou seja, os empréstimos na fase em que ainda são percebidos como estranhos à língua em que se integraram — são criticados por quem tem uma atitude conservadora relativamente à língua portuguesa. A luta contra os estrangeirismos levou a que alguns gramáticos mais fanáticos procurassem substituí-los por palavras que eles próprios inventaram, segundo padrões portugueses. São elas resultado de exagerado purismo, o preciosismo referido no artigo de Abel Barros Baptista.

Verifica se alguma das propostas venceu nos hábitos de hoje ou se foram os estrangeirismos que triunfaram na língua corrente. Marca os neologismos que, apesar de tudo, ainda se usem (haverá só um ou dois). Marca também a proposta que consideres mais ridícula. Por fim, adivinha a origem dos estrangeirismos, escrevendo f(rancês) ou i(nglês).

Neologismos propostos por gramáticos

Estrangeirismos

Origem

Nasóculos

Pince-nez ('óculo de mola')

 

Preconício

Reclame

 

Lucivelo, abajúrdio

Abajur (Abat-jour)

 

Ancenúbio

Nuance

 

Ludâmbulo

Turista

 

Ludopédio, balípodo, pedibola, furta-bola, bolapé

Futebol

 

Rabo de galo

Cocktail

 

Cardápio

Menu

 

Vesperal

Matiné (Matinée)

 

Bosquejo

Sketch

 

Ampara-seios, estrófio, mamilar

Sutiã (Soutien)

 

Tabuínha de chocolate

Tablete de chocolate

 

Alviçareiro

Repórter

 

Runimol

Avalanche

 

Legicídio social

Golpe de estado

 

Venaplauso

Claque

 

Haurinxugo, hauricanulação

Drenagem ('escoamento')

 

Escreve um texto expositivo ou de opinião sobre assunto que escolherás (procura talvez assunto em que te sintas bastante seguro, especialista, mesmo se muito específico).

Não escolhas tópico ensinado em disciplinas escolares. Usa pelo menos doze conectores (de sentidos diferentes) dos que estão na tabela da p. 372, sublinhando-os.

Talvez 150-200 palavras.

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TPC — Consulta o Dicionário de estrangeirismos clicável a partir de Gaveta de Nuvens (não fiques só pela letra A) Escolhe três estrangeirismos, de línguas de origem diferentes. Cria um equivalente vernáculo, com formação percetível e, eventualmente, alguma graça.

 

 

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