Aula 37-38
Aula
37-38 (28
[1.ª, 4.ª], 4/dez [3.ª, 5.ª]) Correção do questionário de compreensão de «O
cérebro dos golfinhos» (cfr. Apresentação).
Vai até à p. 60, onde temos o discurso de João Miguel Tavares no dia de
Portugal de 2019. Segundo o próprio diz, foi o primeiro filho da democracia a
presidir às comemorações do 10 de junho (ou seja, foi quem primeiro presidiu às
comemorações do Dia de Portugal tendo nascido já depois de ______).
O texto no manual não reproduz dois minutos e meio que ficariam
entre «liberdade.» (l. 12) e «Os portugueses» (l. 13). Ouvi-los-emos, para
tentares depois responder à pergunta que ponho a seguir (aproveita para emendar
a citação, que, na transcrição no manual, tem um erro):
Qual é, para o orador, a
diferença essencial entre a geração dos pais e a sua? Relaciona essa diferença
com a tese defendida no discurso («Não é fácil saber ______ é que estamos a
lutar hoje em dia», l. 16; precisamos que nos deem algo em que acreditar).
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Responde ainda, agora a
propósito dos primeiros dois parágrafos (ll. 5-12), ao que é perguntado no item
1.1 da p. 61 (relacionar deíticos com a função desta parte do texto).
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Há uma característica inevitável
da língua: a maneira como ela é diferente conforme a idade das pessoas,
os sítios que frequentam, os seus interlocutores. Esta característica tem o nome
de variação. E tem um resultado: a língua
de quem vive em determinado tempo é sempre muito diferente da dos seus antepassados.
A isso se chama mudança linguística.
As duas tabelas mostram um
caso de variação e mudança no campo particular das escolhas de nomes de pessoas.
Excecionalmente, até podemos trabalhar com referência a poucas décadas, porque,
sendo uma área da língua muito exposta às vaidades humanas e influenciada por
acontecimentos diretos — telenovelas, surgimento de vedetas de futebol, etc. —,
o ritmo das mudanças é anormalmente elevado.
Nas colunas já preenchidas estão os nomes mais
populares em cada década (a fonte dos dados é a 3.ª Conservatória do Registo
Civil de Lisboa). À direita, deixei espaço para tentares completar o top dos nomes
dos nascidos o ano passado.
Nomes femininos |
||||||
|
1960 |
1970 |
1980 |
1990 |
2000 |
2022 (segundo tu) |
1.º |
Maria |
Maria |
Ana |
Ana |
Ana |
|
2.º |
Ana |
Ana |
Carla/Maria |
Joana |
Maria |
|
3.º |
Isabel |
Carla |
Sónia |
Sara |
Inês |
Leonor |
4.º |
Anabela |
Paula |
Sandra |
Andreia |
Beatriz |
Matilde |
5.º |
Teresa |
Sandra |
Cláudia |
Cátia |
Mariana |
|
6.º |
Helena |
Isabel |
Susana |
Inês |
Joana |
Carolina |
7.º |
Cristina |
Anabela |
Andreia |
Catarina |
Catarina |
Beatriz |
8.º |
Elisabete |
Elisabete |
Patrícia |
Cláudia |
Sara |
Margarida |
9.º |
Fernanda |
Elsa |
Marta |
Vanessa |
Carolina |
Francisca |
10.º |
Luísa |
----------- |
Cátia |
Maria |
Daniela |
|
Nomes masculinos |
||||||
|
1960 |
1970 |
1980 |
1990 |
2000 |
2022 (segundo tu) |
1.º |
José |
Paulo |
Ricardo |
João |
João |
|
2.º |
António |
José |
Pedro |
Tiago |
Diogo |
|
3.º |
João |
João |
Nuno |
André |
Pedro |
|
4.º |
Luís |
Luís |
João |
Pedro |
Tiago |
Tomás |
5.º |
Carlos |
Carlos |
Bruno |
Ricardo |
André |
Duarte |
6.º |
Pedro |
António |
Carlos |
Diogo |
José |
Lourenço |
7.º |
Paulo |
Rui |
Paulo |
Fábio |
Miguel |
Santiago |
8.º |
Fernando |
Pedro |
Rui |
Nuno |
Francisco |
Martim |
9.º |
Manuel |
Nuno |
Hugo/Luís |
Bruno |
Gonçalo |
Miguel |
10.º |
Rui |
Jorge |
Tiago |
Miguel |
Ricardo |
|
Em 1990, o nome «Vanessa»
foi o nono mais escolhido (por influência estrangeira, decerto relacionada com estarem
então na moda a atriz inglesa Vanessa Redgrave e a cantora francesa Vanessa
Paradis). Quanto a «Albertina», há décadas que não está na moda; mas, por
exemplo, uma minha tia-avó chamava-se «Maria Albertina».
Isso leva-nos à canção «Maria
Albertina», que, composta por António Variações, em 1983, foi depois recriada
em 2004, pelos Humanos:
Maria Albertina
Maria
Albertina, deixa que eu te diga:
Ah...
Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Maria
Albertina, deixa que eu te diga:
Ah...
Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
David Fonseca, Manuela
Azevedo, Camané, Humanos, Lisboa, EMI
— Valentim de Carvalho, 2004
Escreve um comentário a «Maria Albertina». Nesse comentário (com, pelo
menos, cem palavras [100-150 palavras]), explicitarás em que medida a letra da
canção apresenta uma crítica à escolha de nomes no nosso país. Inclui, pelo
menos, uma citação. A caneta.
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TPC — Lê no manual as páginas sobre «Coesão textual» (pp. 368-371); na
p. 368, podes também rever o que já sabemos sobre «Coerência textual».
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