Aula 31-32
Aula 31-32 (13
[5.ª], 14 [1.ª, 4.ª], 22/nov [3.ª]) Correção do tepecê; correção da apreciação
crítica entregue (cfr. Apresentação).
O que fizemos na última aula para os três
peixes que são criticados na primeira metade do cap. V do «Sermão de Santo António» — roncadores, «pegadores»,
voadores — fá-lo-emos agora para o peixe (na verdade, um molusco cefalópode)
abordado nas pp. 53-54, o polvo.
Assim, vai preenchendo as tabelas:
Peixe |
Repreensão |
Linhas |
polvo |
«Se está nos limos, ________; se está na areia,
_________; se está no lodo, _________; e[,] se está em alguma pedra, como
mais ordinariamente costuma estar, __________» |
158-160 |
Volta a surgir a analogia entre características do animal e vícios dos homens, ilustrados com peripécias bíblicas e contraditados
pelo bom exemplo de António:
Peixe |
Característica dos homens que está a ser criticada |
Outros maus exemplos |
Linhas a consultar |
O bom exemplo de Santo António |
|||
polvo |
_________ |
Judas abraçou Cristo mas foram outros que o ______
(o polvo abraça e, com os próprios braços, faz as _______). |
162-168 |
António foi o mais puro exemplar de ______; nele
nunca houve _______. |
181-184 |
Sobre as características que o Padre Vieira
critica no polvo (ll. 151-162):
retrato do polvo |
que o faz assemelhar-se
a.../ ou fingir |
capelo
(na cabeça) |
_____ |
_______
(braços) |
estrela |
falta
de ossos ou de espinha |
_____,
mansidão |
Desta
aparência modesta, desta «hipocrisia tão santa», resulta ser o polvo o maior
traidor do mar: |
|
por
malícia, muda de cor conforme o ambiente (como, mas apenas por _____, faz o
camaleão) |
lança
os braços e prende os _____ e os desacautelados |
Indica os recursos expressivos assinaláveis nos
passos seguintes. Usa:
metáfora [duas vezes]| apóstrofe
| comparação | antítese | interrogação retórica | anáfora
a) «O Polvo, com aquele seu
capelo na cabeça, parece um Monge» | ________
b) «E debaixo desta aparência tão modesta, ou
desta hipocrisia tão santa, [...]» | _________
c)
«Consiste esta traição do Polvo primeiramente em se vestir ou pintar das mesmas
cores de todas aquelas cores a que está pegado» | _________
d) «Se
está nos limos, faz-se verde; se está na areia, faz-se branco; se está no lodo,
faz-se pardo; e, se está em alguma pedra, [...] faz-se da cor da mesma pedra» |
________
e) «E daqui que sucede?» | ________
f) «[...]
e o salteador, que está de emboscada dentro do seu próprio engano, lança-lhe os
braços de repente» | ________
g) «Vê, peixe aleivoso e vil, qual é a tua maldade
[...]» | ________
Em À procura de Dory, o polvo
(Hank) tem algumas das características atribuídas aos polvos no «Sermão de
Santo António» mas revela outras em que o Padre Vieira não pensara. No filme —
de que veremos sobretudo as partes em que intervém Hank —, o polvo começa por
parecer interesseiro e rezingão mas, progressivamente, vai-se tornando quase
frágil e simpático. No «Sermão de Santo António», o percurso é o contrário:
realça-se a aparência de santidade do polvo, para se vincar depois a
hipocrisia, a maldade.
Na tabela, podes usar
alguns destes adjetivos ou outros que te pareçam pertinentes:
dedicado | irritável |
irritadiço | esforçado | receoso | prestável | derrotista | sensível |
afectuoso | individualista | solitário | persuasivo | influenciável |
introvertido | afável | delicado | astucioso | manhoso | carinhoso | otimista |
calculista.
Comportamentos do polvo Hank |
Caracterização (por adjetivos) |
Disfarça-se de gato, de parede, de planta, de
corrimão, etc. |
Escondido, dissimulado, ocultado (mas sem se
conotar nada disto com a psicologia) |
Tenta convencer Dory a dar-lhe a etiqueta. |
Insinuante, ______, quase malicioso, ____, _____,
astuto; ligeiramente interesseiro, _____. |
Mostra-se diligente a conduzir Dory nos seus
percursos, a ajudá-la, mesmo contrariado. |
Solidário, solícito, ______, ______, prestimoso,
_____. |
Esconde-se e disfarça-se para não ser tocado
pelas crianças, de quem tem pavor. |
Medroso, timorato, ______ (talvez por estar
ainda traumatizado por ter perdido tentáculo). |
Chega a gritar com Dory, impaciente por ela não
lhe dar a etiqueta, quase lha tirando à força, mas acaba por se retrair e
controlar-se. |
Primário, _____, _____, mas, no fundo, com boa
índole. |
«Não quero ninguém com quem me preocupar. Tu
tens sorte: sem memórias, sem problemas». |
Pessimista, cético, _____; _____, _____, associal,
______. |
Não gosta de conversas nem de perguntas. Quer
viver dentro de caixa de vidro, sozinho, sem ter de conversar com ninguém. |
|
[no momento da separação:] «Vai ser
difícil eu esquecer-te, miúda»; «Estás bem?». |
Meigo, ______, ______, terno, cordial, _____,
______, ______. |
Preferia ficar preso, em exposição, mas deixa-se
conduzir por Dory (e, já antes da insistência dos outros peixes, aceitara
fugir a seu pedido). |
Inseguro, ______. |
[quase no final:] «Dou-me bem com a
loucura!». |
Entusiástico, arrebatado, ______. |
Destas
características de Hank assinala apenas, circundando-as, as que seriam
aplicáveis ao polvo de Vieira:
dedicado
| irritável | irritadiço | esforçado | receoso | prestável | derrotista |
sensível | afetuoso | individualista | solitário | persuasivo | influenciável |
introvertido | afável | dissimulado | insinuante | malicioso | astuto |
interesseiro | solidário | solícito | prestimoso | medroso | timorato |
primário | pessimista | cético | meigo | terno | cordial | inseguro |
entusiástico | arrebatado
Escreve
um comentário que aborde — em conjunto — o que é perguntado nos itens 1.1 e 1.2
de «Letras prévias», na p. 49 do manual.
«Fachada» (Tiago Bettencourt, 2019.
Rumo ao eclipse, 2020):
Não queiras sair sempre a
ganhar
Se a derrota o que te dá deformas
O que te transforma o lado mais fraco
E em tempo incerto saber confiar
Não queiras sair sempre a ganhar
Não escondas a pele por trás do medo
Coração sincero não disfarça a cor
Não mudes de assunto para parecer melhor
Como escada vais subindo
Cada dia descobrindo
Qual o plano que se segue
P’ra que a escada não se quebre
O teu corpo já cansado
Deste jogo disfarçado
Consumido pelo fеl
Teu castelo de papеl
Não passes por cima de quem te fez bem
Não deixes que a gula guie os teus passos
Respira na sombra, pensa melhor
Não finjas ser reto quando te convém
Não passes por cima de quem te quis bem
Pessoas já olham e falam baixinho
Não mudes de assunto, não juntes veneno
Assume o desvio enquanto é pequeno
Como escada vais subindo
Cada dia descobrindo
Qual o plano que se segue
P’ra que a escada não se quebre
O teu corpo já cansado
Deste jogo disfarçado
Consumido pelo fel
Teu castelo de papel
Queres passar a frase certa
P’ra acalmar a ferida aberta
Dizes que não viste nada
Mas eu sei que é só fachada
Como quem nunca viu nada
Mas eu sei que é só fachada
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TPC
— No final desta aula, serão chamados à Classroom.
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