Aula 11-12
Aula 11-12 (2 [5.ª], 4 [1.ª, 3.ª], 10/out [4.ª]) Correção de argumentos
redigidos na aula anterior.
Na p. 21, vai lendo o texto
B, um excerto da introdução aos Sermões, de Vieira, por Maria das
Graças Moreira de Sá, e circunda o sinónimo que melhor poderia substituir no
texto a palavra assinalada a negro. (Tirei cada grupo de quatro palavras de um
dicionário de sinónimos, o que mostra que os sinónimos de uma dada palavra não
se adequam a todos os contextos.)
Versão 1
legou (linha 1) — constrangeu | doou | ligou | herdou
sacro (2) — adorado | respeitável | venerável | sagrado
carácter (3) — tom | gosto | bofe | temperamento
cerimónia (6) — cortesia | solenidade | delicadeza | seca
atingia (7) — conseguia | percebia | bolava | tocava
deparar (8) — aparecer | vir | encarar | achar
abraçarem (9) — desposarem | digerirem | abarcarem |
concordarem
apegado (10) — preso | rente | contíguo | amparado
tensões (11) — rigidezes | voltagens | pressões | tesuras
prendem (13) — vinculam | atraem | capturam |acolhem
ocultamente (14) —
sobrenaturalmente | guardadamente | particularmente | escondidamente
apetecida (18) — ambicionada | agradada | anelada | mirada
sujeitavam (19) — obedeciam | dominavam | obrigavam | debelavam
regime (20) — sistema | complemento | governo |
regulamento
proporcionavam (22) — adaptavam | propiciavam | sugeriam
| ajustavam
naturais (22) — nativos | simples | verdadeiros | verosímeis
empreendida (24) — apreendida | cometida | deliberada |
delineada
desígnios (25) — ânimos | desenhos | propósitos | alvos
empenhado (25) — travado | interessado | recomendado | penhorado
política (29) — estratégia | esperteza | reputação | cerimónia
Versão 2
legou (linha 1) — deixou | ligou | herdou | constrangeu
sacro (2) — respeitável | venerável | sagrado | adorado
carácter (3) — gosto | título | temperamento | cunho
cerimónia (6) — solenidade | polidez | etiqueta | cortesia
atingia (7) — entendia | bolava | tocava | conseguia
deparar (8) — vir | encarar | achar | surgir
abraçarem (9) — unirem | envolverem | concordarem | encerrarem
apegado (10) — rente | contíguo | amparado | preso
tensões (11) — voltagens | pressões | tesuras | rigidezes
prendem (13) — atraem | capturam |acolhem | ligam
ocultamente (14) —
guardadamente | particularmente | furtivamente | sobrenaturalmente
apetecida (18) — agradada | anelada | mirada | cobiçada
sujeitavam (19) — domesticavam | submetiam | humilhavam | amansavam
regime (20) — complemento | governo | regulamento | processo
proporcionavam (22) — davam | sugeriam | ajustavam | causavam
naturais (22) — puros | filhotes | verosímeis | nativos
empreendida (24) — cometida | deliberada | delineada | apreendida
desígnios (25) — desenhos | intentos | alvos | ânimos
empenhado (25) — apostado | recomendado | penhorado | travado
política (29) — finura | cortesia | cerimónia | estratégia
A crónica que ouvimos, «Os
índios chamavam-lhe Padre Grande» (Sinais, TSF),
de Fernando Alves, pode ser
sintetizada com o apoio da estrutura de um texto argumentativo como os de que temos
tratado. Completa o que se segue:
[Tese] Pichagem da estátua, com
a alegação de que Vieira foi _____, é ato idiota.
[Argumento 1 + exemplos]
Quem o fez _____ as posições de Vieira, que vão até em sentido contrário daquelas
em que o «escrevinhador» parece acreditar. Leiam-se vários _____ de Vieira (Sexagésima;
Epifania; Santo António aos Peixes); pense-se no ódio que lhe
tinham os _____, nas perseguições que sofreu da ______ e, ao contrário, na estima
que lhe tinham os índios precisamente (era o seu «Pai _____»).
[Argumento 2 + exemplos] Os que cobriram com tinta a
estátua não têm ideias, apenas a vontade de censurar as de quem tinha uma perspetiva
humanista, informada por um _____ vivido. O próprio Vieira era ____ de negra; viajara
pela selva; atravessara e naufragara no _____; defendia com naturalidade a
diversidade dos povos.
Podes também responder aos
itens 1.2 e 1.3 na p. 32:
1.2 = ___; 1.3 = ___.
Transcrição da crónica de
Fernando Alves:
Terá a mão que passou
tinta vermelha na estátua do Padre António Vieira folheado, brevemente, o Sermão
da Sexagésima? Aquela mão que escreveu, a tinta vermelha, no plinto da
estátua do Largo Trindade Coelho em Lisboa, a palavra «DESCOLONIZA», terá ela
afagado uma só página do Sermão da Epifania? Terá o escrevinhador de
estátuas tentado, ao menos, ler um parágrafo, um só parágrafo, do Sermão de
Santo António aos peixes? Pudesse, entretanto, vá lá, o seu gesto insano
erguer uma ideia, um traço, um frémito com a nervura humanista de uma só frase
de um sermão do jesuíta a quem os colonos portugueses do Maranhão tanto odiaram
e a quem os oficiais do Santo Ofício consideraram herético. Os índios
chamavam-lhe «Padre Grande». Pessoa o considerou «imperador da língua
portuguesa».
A mão que cobre a boca da
sua estátua a golpes de tinta, impondo ao bronze uma outra cor, de censura e
banimento, apaga afinal o que ele pensou em voz alta sobre a cor do tempo, a
cor da pele dos homens no seu tempo. Filho do filho de uma mulher negra, ele
explicou aos seus contemporâneos a causa das diferentes colorações da pele.
Subiu rios na selva, naufragou mais do que uma vez no mar que Colombo tracejou,
umas nações se lhe revelaram mais brancas, outras mais pretas porque, escreveu
ele, «umas estão mais vizinhas, outras mais remotas ao sol». Eis o que não é
percetível a quem se move no lado escuro do mundo, lá onde os gestos não
transportam a palavra capaz de alumiar uma ideia.
Depois de visto o trecho
de Parasitas, marca os deíticos (pessoais, temporais, espaciais):
Da-song, para! Desculpe,
ele assustou-o?
Que querido... E chama-se Da-song?
Sim, é o nosso filho mais novo.
Da-song, anda cá dizer olá. Este é o Sr. Kevin!
Aquela é uma seta índia, mandámo-la vir dos Estados
Unidos.
Ele anda obcecado por índios desde o ano passado.
Índios? Tem personalidade de um fanboy?
Bom, é excêntrico e distrai-se facilmente.
O Da-song é um artista por natureza. Ora veja este
quadro.
É tão metafórico. Muito forte mesmo!
É, não é? Você tem olho para isto.
É um chimpanzé, não é?
Um autorretrato.
Claro!
Assumindo que já teríamos
os parágrafos com o argumento 1 e o argumento 2 do que seria um texto de
opinião sobre a vandalização da estátua do Padre Vieira no Largo Trindade
Coelho, escreve agora os parágrafos de Introdução e de Conclusão. A tinta.
Cerca de 75 palavras cada parágrafo.
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TPC — Porei em Gaveta de
Nuvens mais tarde (aliás, chamá-los-ei brevemente à Classroom para pequena
tarefa).
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