Aula 97-98
Aula
97-98 (2/mar [1.ª, 3.ª]) Vai lendo o texto na p. 235 — trecho do
discurso proferido por Saramago aquando da cerimónia de entrega do Prémio Nobel
— e escolhe as melhores alíneas. Usa apenas esta página do manual.
Do primeiro período
(ll. 1-6) se pode concluir que José Saramago
a) já sabia alguma
coisa de lições de poesia quando entrou para a escola técnico-profissional que
frequentaria.
b) aprendeu noções
sobre poesia quando frequentou a escola onde também se preparou para a
profissão de serralheiro mecânico.
c) aprenderia alguma
coisa sobre poesia já na sua vida de trabalho, enquanto serralheiro mecânico.
d) aprendeu poesia,
mas tudo aldrabado, numas aulas que frequentou em Benfica, na JGF, salvo erro numa
sala do bloco D.
«andava a
preparar-se» (l. 4) e «exerceu» (l. 5) têm valor aspetual, respetivamente,
a) perfetivo,
imperfetivo.
b) imperfetivo,
perfetivo.
c) habitual, imperfetivo.
d) iterativo,
imperfetivo.
Segundo o segundo
período (ll. 6-12), Saramago
a) teve também bons
mestres de arte poética.
b) foi orientado no
conhecimento da poesia por bons mestres que ia encontrando à noite.
c) foi aprendendo
acerca da poesia como autodidata, frequentando bibliotecas e ao sabor dos
acasos das leituras.
d) aprendeu a arte
poética sem orientação, sem o assombro do navegante que inventa cada lugar que
descobre.
Do terceiro período (ll.
12-14) inferimos que
a) a leitura de O Ano da Morte de Ricardo Reis começou
na biblioteca da escola industrial que Saramago frequentou.
b) a escrita de O Ano da Morte de Ricardo Reis começou
na biblioteca da escola industrial que Saramago frequentou.
c) na biblioteca da
escola industrial que Saramago frequentou nasceu a inspiração para O Ano da Morte de Ricardo Reis.
d) foi na tipografia
da escola que Saramago frequentou que começou a produção de O Ano da Morte de Ricardo Reis.
Na revista Athena, Saramago, jovem adolescente,
a) publicaria O Ano da Morte de Ricardo Reis.
b) leria poemas de
Ricardo Reis, que sabia ser heterónimo de Fernando Pessoa.
c) leria poemas de
Ricardo Reis, ignorando tratar-se de um heterónimo de Pessoa.
d) leria poemas de
Ricardo Reis, julgando tratar-se de textos de Fernando Pessoa.
«cartografia
literária do seu país» (l. 19) é uma
a) hipérbole.
b) perífrase.
c) metáfora.
d) metonímia.
«um tal
Fernando Nogueira Pessoa» (l. 23) visa
a) acentuar como
Pessoa era ainda pouco conhecido.
b) mostrar com certa
ironia a ignorância do jovem Saramago.
c) sublinhar a
importância de Fernando Pessoa já então.
d) brincar com o
processo heteronímico.
O valor aspetual de
«chamava» (l. 25) e «custou» (l. 27) é, respetivamente,
a) imperfetivo,
perfetivo.
b) genérico,
perfetivo.
c) habitual,
imperfetivo.
d) iterativo,
imperfetivo.
«podia» (l. 31) tem
valor modal
a) epistémico (probabilidade).
b) deôntico
(permissão).
c) apreciativo.
d) epistémico
(obrigação).
Nas ll. 27-28, na oração
coordenada conclusiva introduzida por «por isso», desempenham as funções de
sujeito, complemento direto e complemento indireto, respetivamente,
a) «saber o que ela
significava», «tanto trabalho», «ao aprendiz de letras».
b) «ela», «tanto
trabalho», «ao aprendiz de letras».
c) «saber», «tanto
trabalho», «ao aprendiz de letras».
d) «aprendiz de
letras», «tanto trabalho», «o que ela».
«de cor» (l. 29) e
«muitos poemas de Ricardo Reis» (l. 29) desempenham as funções sintáticas de,
respetivamente,
a) complemento oblíquo,
sujeito.
b) modificador do
grupo verbal, complemento direto.
c) modificador do
grupo verbal, sujeito.
d) complemento
oblíquo, complemento direto.
No verso de Ricardo
Reis na l. 30 («Para ser grande[,] sê inteiro»), «Para ser grande» desempenha a
função de
a) sujeito.
b) modificador de frase.
c) modificador de
grupo verbal.
d) complemento
oblíquo.
Na frase «Põe quanto
és no mínimo que fazes (ll. 30-31), as funções sintáticas de «quanto és», «no
mínimo [que fazes]» e «que fazes» são, respetivamente,
a) sujeito,
complemento oblíquo, modificador apositivo do nome.
b) complemento
direto, modificador do grupo verbal, modificador apositivo do nome.
c) complemento
direto, complemento oblíquo, modificador restritivo do nome.
d) predicado, complemento
oblíquo, modificador restritivo do nome.
«quanto és» (l. 30)
é uma oração subordinada
a) substantiva
relativa.
b) substantiva
completiva.
c) adjetiva relativa
restritiva.
d) adjetiva relativa
explicativa.
As objeções de
Saramago (cfr. ll. 31-34) ao verso de
Ricardo Reis «Sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo» devem-se ao
facto de o autor de O Ano da Morte de
Ricardo Reis
a) não comungar da
ingenuidade e gosto pela natureza professados por Ricardo Reis.
b) não ter o mesmo
ideário estoico e epicurista de Reis.
c) duvidar da
atitude de que quem ensina os outros, dos «sábios».
d) não gostar de
analisar o mundo.
«a ocupação da
Renânia pelo exército nazista», «a guerra de Franco contra a República
espanhola», «a criação por Salazar das milícias fascistas portuguesas» (ll.
38-40) podem ser considerados
a) merónimos do
holónimo ‘Guerra’.
b) hipónimos do
hiperónimo ‘Acontecimentos de 1936’.
c) itens do campo
lexical ‘Guerra’.
d) itens do campo
semântico ‘Acontecimentos de 1936’.
«da Renânia» (l. 38)
desempenha a função sintática de
a) complemento do
nome.
b) complemento
oblíquo.
c) modificador do
grupo verbal.
d) modificador
restritivo do nome.
«Eis o espetáculo do
mundo» (l. 40) pode considerar-se implicar um ato ilocutório
a) declarativo.
b) expressivo.
c) compromissivo.
d) assertivo.
«meu poeta das
amarguras serenas e ceticismo elegante» (40-41) reporta-se
a) a Alberto Caeiro.
b) a Fernando
Pessoa.
c) ao próprio
Saramago.
d) a Ricardo Reis.
Este trecho na p.
235 é predominantemente
a) descritivo e argumentativo.
b) dialogal e narrativo.
c) narrativo.
d) explicativo.
Na p. 232 estão diversas frases aforísticas, conotativas,
de José
Saramago. A primeira está logo na imagem: «Sempre chegamos ao sítio
aonde nos esperam». Se me pedissem para a traduzir em linguagem mais
denotativa, escreveria:
[Aforismo de Saramago:] «Sempre chegamos
ao sítio aonde nos esperam»
[Tradução-paráfrase em linguagem mais
objetiva:] Todos acabam por cumprir o percurso de vida que lhes estava
destinado.
Procede do mesmo modo relativamente às frases em
«Oralidade, 2»:
«Gostar é provavelmente a melhor maneira de
ter, ter deve ser a pior maneira de gostar.» (O conto
da ilha desconhecida)
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«Há dentro de nós uma coisa que não tem
nome, essa coisa é o que somos.» (Ensaio
Sobre a Cegueira)
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«Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.» (Ensaio
Sobre a Cegueira)
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«A viagem não acaba nunca. Só os viajantes
acabam.» (Viagem
a Portugal)
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«Quero estar onde estiver
a minha sombra se lá é que estiverem os teus olhos.» (O Evangelho Segundo Jesus Cristo)
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«Nem a juventude sabe o que pode, nem a
velhice pode o que sabe.» (A
Caverna)
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«Às árvores pintadas não lhes caem as folhas.» (A Viagem do Elefante)
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«O espírito não vai a lado nenhum sem as
pernas do corpo, e o corpo não seria capaz de mover-se se lhe faltassem as asas
do espírito.» (Todos
os Nomes)
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Nos
atos de
fala diretos,
a intenção
comunicativa fica explícita no que é dito;
nos atos de fala indiretos, a
intenção comunicativa tem de ser captada pelo interlocutor.
Os
atos de fala classificam-se
segundo a força
ilocutória (o objetivo ilocutório):
diretivos
(pretende-se que o interlocutor atue de acordo com a vontade do locutor) — «Querem
abrir os livros na p. 321?»; «Abram os livros na p. 321».
assertivos
(assinala-se a posição do locutor relativamente à verdade do que diz) — «Não há
dúvida de que esta é a melhor frase»; «Admito que haja aqui um equívoco meu».
expressivos
(traduz-se o estado de espírito do locutor relativamente ao que diz) — «Entristece-me
que tenha partido»; «Muitos parabéns pelo teu teste».
compromissivos
(responsabilizam o locutor relativamente a uma ação futura) — «Não darei aula
no dia 5 de março»; «Prometo entregar os prémios Tia Albertina».
declarativos
(aquilo que se diz cria, por si só, uma nova realidade) — «Absolvo-te das falhas
cometidas»; «Fica aprovado com catorze valores».
Escreve um texto com pelo menos uma
abonação de cada um dos cinco tipos dos atos de fala. (Encontra um processo
gráfico que permita assinalar qual é o passo de cada tipo.) Deve haver ainda um
sexto caso, de ato indireto (indicá-lo-ás e a que tipo de ato ilocutório
corresponde).
Temas: Ucrânia-Rússia; covidices;
Sporting-Porto; Bruno de Carvalho; Saramago e/ou Nobel.
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