Aula 85-86
Aula 85-86 (11/fev [1.ª, 3.ª]) O exame de 2018, 1.ª fase, incluía um texto de Mensagem,
de Fernando
Pessoa, «[Screvo meu livro à beira-mágoa]» (está na p. 81 dos livros sobre as
mesas).
Como já lhes disse quando vimos a estrutura
da obra, trata-se de poema bastante singular: é o único de Mensagem sem título; parece que se refere ao próprio autor (seria o
poeta o terceiro dos profetas (cfr.
«Avisos») do Quinto Império: Bandarra, Padre Vieira, Fernando Pessoa); usa um
estilo mais lírico, mais intimista, do que o resto de Mensagem.
Porém, nada disto era aflorado na prova de
exame, a não ser talvez na pergunta 3.
Grupo I — Parte A
Leia o poema.
1 Screvo meu livro à beira-mágoa.
Meu
coração não tem que ter.
Tenho
meus olhos quentes de água.
Só
tu, Senhor, me dás viver.
5 Só te sentir e te pensar
Meus
dias vácuos enche e doura.
Mas
quando quererás voltar?
Quando
é o Rei? Quando é a Hora?
Quando
virás a ser o Cristo
10 De a quem morreu o falso Deus,
E
a despertar do mal que existo
A
Nova Terra e os Novos Céus?
Quando
virás, ó Encoberto,
Sonho
das eras português,
15 Tornar-me mais que o sopro incerto
De
um grande anseio que Deus fez?
Ah,
quando quererás, voltando,
Fazer
minha esperança amor?
Da
névoa e da saudade quando?
20 Quando, meu Sonho e meu Senhor?
Fernando Pessoa,
Mensagem, edição de Fernando Cabral
Martins, Lisboa, Assírio & Alvim, 1997.
1. Caracterize o estado de alma do sujeito poético,
expresso nos seis primeiros versos.
2. Justifique o recurso simultâneo à anáfora e à
frase interrogativa a partir do sétimo verso do poema.
3. Explique, com base nas duas últimas estrofes, por
que razão o sujeito poético pode ser considerado um profeta.
4. Identifique duas características do discurso
lírico de Mensagem presentes no poema
e transcreva um exemplo significativo para cada uma delas.
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Classifica o ato ilocutório presente
em cada uma das intervenções (de Último a
sair, expulsão de Débora):
[ Os atos ilocutórios podem ser agrupados
consoante a força ilocutória (o objetivo ilocutório) que apresentam:
diretivos (pretende-se que o interlocutor atue
de acordo com a vontade do locutor) — «Querem abrir os livros na p. 321?»;
«Abram os livros na p. 321».
assertivos (assinala-se a posição do locutor
relativamente à verdade do que diz) — «Não há dúvida de que esta é a melhor
frase»; «Admito que haja aqui um equívoco meu».
expressivos (traduz-se o estado de espírito do
locutor relativamente ao que diz) — «Entristece-me que tenha partido»; «Muitos
parabéns pelo teu teste».
compromissivos (responsabilizam o locutor
relativamente a uma ação futura) — «Não darei aula no dia 1 de fevereiro»;
«Prometo entregar os prémios Tia Albertina».
declarativos (aquilo que se diz cria, por si
só, uma nova realidade) — «Absolvo-te das falhas cometidas»; «Fica aprovado com
catorze valores». ]
Eliminada.
(no gráfico) |
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Os
portugueses acabaram de decidir. |
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Fogo,
meu! (dito por Luciana Abreu) |
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Baza! |
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Vou
ser a única mulher aqui na casa. (Luciana,
chorosa) |
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Tem
dois minutos para abandonar a casa. |
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Ah!
Lindo, lindo, lindo! (Roberto Leal a
ver Débora a abraçar Unas) |
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Porque
é que fizeste isso, Débora? (por Unas) |
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Só
tenho pena de não ter comido o açoriano. |
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Amo-te
Débora! (por Débora) |
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*
Sim, vou descongelar duas portadas para o jantar do César. |
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Completa depois de vermos o passo
de O último a sair.
Frases de O último a sair — «Terapia de relaxamento» |
v a
l o r
e s |
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temporal |
aspetual |
modal |
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Aprendi
em Algés uma técnica de relaxamento à base de peixe. |
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XXXXXXX |
Isto
é só malucos, meu, fogo! |
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________ |
________ |
Não posso explicar antes [ser à base de peixe]. |
simultaneidade |
XXXXXXX |
________ |
Fecha os olhos, vai respirando. |
________ |
________ ________ |
deôntico
(obrigação) |
Estás
a sentir? |
________ |
imperfetivo |
XXXXXXX |
Não
andamos aqui a mandar com uma sardinha uns aos outros. |
________ |
________ |
XXXXXXX |
Com
uma dourada é que é! |
XXXXXXX |
XXXXXXX |
________ |
Andaram a mexer no armário dos medicamentos... |
________ |
________ |
XXXXXXX |
Eu
estou parvo, de certeza absoluta. |
________ |
________ |
________ |
Tens de tomar a raia de oito em oito horas. |
________ |
________ |
________ |
Estragou
a raia. |
________ |
________ |
XXXXXXX |
Porque isto está a afetar-me mesmo! |
________ |
________ |
________ ________ |
Depois de revermos curto trecho de série biográfica sobre
Garrett, completa:
Frei Luís de
Sousa |
Birdman, ou a inesperada virtude da
ignorância |
Peça,
escrita por Almeida Garrett, aproveita história, em parte, ______ e já
abordada por outros autores. |
Peça
é adaptação — feita pelo próprio Riggan? — de um romance de ______, De que falamos quando falamos de amor. |
Garrett
preocupou-se muito com a boa receção da peça: fez ele próprio uma primeira
leitura da peça no Conservatório, em 1843, acompanhada de um texto teórico
(«Memória ao _____ Real»). No mesmo ano fez ainda outra leitura mais
familiar. |
Riggan
Thomson preocupa-se com o sucesso da peça, que vê como redentora, a forma de
deixar de ser identificado apenas com o ator de Birdman. Nas leituras do original entre atores, aconselha, vigia;
ansioso, acaba por ______ um dos atores que considerava inábil. |
Na primeira
representação, ainda em 1843, no teatro da Quinta do Pinheiro (o atual Teatro
Tália) e em contexto quase familiar, Garrett representou o papel de ______ (e
terá sido decerto também o encenador). |
O herói do filme
desempenha um papel e é também o ______, mas logo nas primeiras
representações (ensaios ainda perante público: ensaios gerais, ante-estreias)
é desautorizado pelo ator que contratara. |
A segunda representação
foi no Teatro do ______ (por profissionais), em 1847, e em 1850 a peça subiu
ao palco do Teatro Nacional. |
Todo o filme se passa num
teatro da ______, vista como o desafio máximo na carreira dos atores e na
avaliação do sucesso de uma peça. |
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