Wednesday, September 08, 2021

Aula 65-66

Aula 65-66 (14/jan [1.ª, 3.ª]) Correção de apreciação crítica feita na penúltima aula e de tabela sobre figuras de estilo em Uivo (cfr. Apresentação).

Fernando Pessoa, Mensagem

Paratexto e estrutura

Faz a referência bibliográfica (autor, título, cidade da editora, editora, ano da edição).

A primeira fonte destes elementos deve ser o frontispício (página [3], neste caso). Quando haja dados de que não possamos certificar-nos pela folha de rosto (o referido frontispício), recorreremos ao colofão (na última folha), à ficha técnica, à capa, etc.: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Este livro não numera a edição. Se o fizesse, esse elemento poderia constar logo após o título. E poríamos a seguir à data da edição e entre parênteses o ano da 1.ª edição, 1934.

Verifica estas partes do livro (matéria que se integra no estudo do paratexto):

Capa: tem um ________ (poema visual) que usa versos de Pessoa e desenha a efígie do poeta.

Contracapa: reproduz o poema «__________», o primeiro texto de Mensagem; em baixo, vêm os logótipos dos ___________.

Lombada: tem só o ______ da obra.

Colofão (ou, à latina, colofon): em vez do tradicional «Acabou de imprimir-se a […]», contém uma espécie de _______.

O anterrosto repete o desenho caligramático da capa. No entanto, há na p. ____ o que poderia ser o verdadeiro anterrosto, já que a página tem apenas o título, como é característico das páginas três. Terá sido lapso (e a ordem das pp. 5 e 3 ter saído mal, sendo a p. 1 uma mera folha de guarda)?

No miolo do livro há, no cabeçalho, o título corrente, nas páginas ímpares, e nome do autor, nas ________. Nesse espaço, dito dos «títulos correntes», vem «Índice» na parte do livro que lhe corresponde.

Na p. [7], temos a epígrafe: «_________» (‘Bendito Deus Nosso Senhor que nos deu o Sinal’).

Preenche as quadrículas vagas da tábua seguinte, sobre a estrutura de Mensagem:

Primeira parte / Brasão

Os Campos

O dos Castelos

 

 

Ulisses

Viriato

O Conde D. Henrique

D. Tareja

D. Afonso Henriques

D. Dinis

D. João o Primeiro

D. Filipa de Lencastre

As Quinas

 

D. Fernando, Infante de Portugal

D. Pedro, Regente de Portugal

D. João, Infante de Portugal

D. Sebastião, Rei de Portugal

A Coroa

Nun’Álvares Pereira

 

[A Cabeça do Grifo:] O Infante D. Henrique

[Uma Asa do Grifo:] D. João o Segundo

[A Outra Asa do Grifo:] Afonso de Albuquerque

Segunda parte / Mar Português

O Infante

 

Padrão

O Mostrengo

Epitáfio de Bartolomeu Dias

Os Colombos

Ocidente

Fernão de Magalhães

Ascensão de Vasco da Gama

 

A Última Nau

Prece

 

Os Símbolos

 

O Quinto Império

O Desejado

As Ilhas Afortunadas

 

 

O Bandarra

António Vieira

«Screvo meu livro à beira-mágoa»

Os Tempos

Noite

Tormenta

Calma

Antemanhã

 

De que tratam as três partes de Mensagem?

A 1.ª parte, «Brasão», trata da fase de _______ de Portugal e seu crescimento. A 2.ª parte, «Mar Português», versa a ________ de Portugal, os Descobrimentos. A 3.ª parte, «O Encoberto», trata da estagnação da pátria e, profeticamente, do seu ressurgimento.

«Brasão» tem _______ {numeral, mas por extenso} poemas, repartidos por cinco partes, que aproveitam classificações heráldicas (campos; castelos, quinas; coroa; timbre). A primeira destas sub-partes funciona como introdução às dezassete _________, abordadas em cada poema, que representam características do povo português. A epígrafe de «Brasão» é «_________», um oxímoro (‘Guerra sem guerra’).

A parte «Mar Português» é constituída por ____ poemas e não tem outra repartição. A epígrafe desta parte, «_______» (‘Posse do mar’), alude à saga dos descobrimentos. Desta parte já referimos em aula um dos poemas, precisamente o homónimo da secção, «__________», a propósito da frase tornada proverbial «Tudo vale a pena, se a alma não é pequena».

A parte «O Encoberto» implica a visão esotérica de Pessoa, uma síntese de história, mito e profecia. Esta parte situa-se depois do desastre de ________. Está aliás toda centrada na figura do rei _____, o encoberto. Logo pelos títulos se vê que a organização, agora, decorre mais do simbolismo, não se adotando tanto o formato ‘galeria de personagens’. A epígrafe é «________» (‘Paz nos céus’), que corresponderá ao estado ideal conseguido com o profetizado Quinto Império.

Pelo índice, repara nas datas predominantes da elaboração dos poemas. Os poemas da primeira parte são quase todos posteriores a ____, ou deste exato ano. Os textos de «Mar Português» são maioritariamente de __-__, a época do sidonismo. Finalmente, o ano mais representado na terceira parte é 1934 (precisamente, o ano da publicação de Mensagem, penúltimo da vida de Pessoa, quando o Estado Novo se implantava).

Vejamos a estrutura formal, em termos de versificação, de Mensagem.

Que tipo de estrofe predomina? {circunda os quatro tipos que consideres mais presentes, após folheares o livro sem grandes demoras} Dísticos, tercetos, quartetos ou quadras, quintilhas, sextilhas, sétimas, oitavas, nonas ou novenas, décimas, centésimas.

Os versos {escolhe} são brancos / têm rima / são amarelos.

O metro (o número de sílabas métricas) predominante deve ser o {escolhe} monossílabo, dissílabo, trissílabo, tetrassílabo, pentassílabo (ou redondilha menor), hexassílabo, heptassílabo (ou redondilha maior), octossílabo, eneassílabo, decassílabo, hendecassílabo, dodecassílabo (alexandrino).

O único poema que não tem título é o terceiro aviso, que está na p. ____. É o único texto em que o assunto parece ser o próprio poeta.

O último verso de Mensagem é «_______», seguindo-se-lhe a fórmula de despedida latina, «______» (‘Saúde [Força, Felicidade], Irmãos’).

Regressando à tabela na outra folha, põe um visto ao lado dos poemas que estejam no nosso manual (pp. 102-112 e 122).

Cria um caligrama, cujo tema será da tua lavra. Não te preocupes apenas com o desenho dos versos (que não têm de ser rimados), tenta que o texto seja também inteligente.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Ginsberg a ler Howl (Uivo), em 1959 (só áudio):

TPC — No manual, lê as pp. 98-100 e relanceia também o quadro na p. 101.

 

 

#