Aula 148-149
Aula
148-149 (20/mai [1.ª, 3.ª]) Correções (versos ao
estilo dos vários Pessoas e Sleepwalk).
Hoje leremos trecho do cap. XIII de O
Ano da Morte de Ricardo Reis. Podemos retomar as sínteses de cada capítulo,
preenchendo as dos capítulos 10 a 13:
Cap. X — Ricardo Reis escreve a Marcenda para a informar da nova
morada. Dias depois deixa o hotel. Na sua primeira noite na casa alugada,
recebe a visita de Fernando Pessoa e falam sobre solidão.
Cap. XI — Lídia vai visitar Ricardo Reis para verificar se está bem
instalado e ele acaba por beijá-la na boca. Dias depois, recebe a visita de (q)
_____, que, pela primeira vez na vida, é beijada por um homem.
Cap. XII — Lídia prontifica-se a cuidar da limpeza da nova casa e os
dois acabam por se envolver. Ricardo Reis escreve uma carta confusa a Marcenda.
Começa, entretanto, a trabalhar, substituindo temporariamente um colega
especialista em coração e pulmões. Esta situação leva-o a escrever novamente a
Marcenda. Entretanto, quase ao fim de um mês, recebe (r). _____ da
jovem, de Coimbra, anunciando que o visitará no consultório.
Cap. XIII — Ricardo Reis encontra-se com Fernando Pessoa junto à
estátua do Adamastor e os dois conversam acerca da relação de Reis (s)
_____ e sobre a vida e a morte. Ao chegar a casa, Ricardo Reis depara-se com (t)
_____ e, a propósito disso, falam da ida de Ricardo Reis à polícia, de Salazar
e de Hitler. Lídia, enquanto faz limpeza, é seduzida por Reis. Contudo, percebendo
que está com um problema de impotência, o médico repele-a, o que a deixa
tristíssima e sem perceber o que se passava. Marcenda aparece no consultório e
Ricardo propõe (u) ______. Ela recusa, alegando (v) ______.
No texto «Ricardo e Fernando»
(pp. 279-280) o diálogo entre as personagens do heterónimo e de Pessoa acaba
por ser pretexto para se abordar assuntos de «política».
Faz-se uma caracterização quase expositiva
acerca do Estado Novo e de Salazar (parágrafo das ll. 1-21), alude-se também a
Hitler e ao advento do nazismo na Alemanha (22-40) — de certo modo, este tópico
implica uma espécie de «prolepse subentendida», na medida em que supõe que os
leitores sabem o que se passaria depois já no enquadramento da Segunda Grande
Guerra, mesmo se os acontecimentos referidos não são posteriores ao tempo da
ação do romance (1935-1936). Só que o destaque dado ao nacional-socialismo
alemão e a Hitler justifica-se por factos que ainda não sucederam. A partir da
l. 41, aproveita-se a caracterização da situação alemã para se retomar a
crítica ao Estado Novo, agora sobretudo às ligações entre a Igreja e o Estado.
O manual assinala uma referência
intertextual («agora é que Portugal vai cumprir-se» alude ao último verso de
«Infante», o primeiro poema da segunda parte de Mensagem). Mas, mais
explicitamente, também «quando na Mensagem chamei santo a Portugal, lá está,
São Portugal» (ll. 51-52) retoma um poema de Mensagem, «Nun’Álvares
Pereira», no seu antepenúltimo verso.
Relê então «Ricardo e Fernando», nas pp.
279-280 do manual. Responde às perguntas 1.1 e 1.2 da p. 281, completando o que
já está lançado:
1.1 [o que falta são só contrações de preposição + artigo
(nunca preposições simples portanto)]
Um retrato crítico de Salazar, acentuado
____ designação de partes («um quarto»...) é dado ____ enumeração ___ diversas
facetas que este combinava — o paternalismo, a utilização ___ religião como um
___ pilares ___ seu poder, o discurso profético, a representação ___ papel de
salvador ___ Pátria, a política ___ «mão de ferro», continuadora de Sidónio
Pais.
1.2 [o que falta são duas citações]
Exprimem a crítica as afirmações: «_______»;
«______».
No texto abaixo — uma
resposta-modelo ao Grupo III de um exame, com texto de opinião, que procurámos
resolver recentemente, sobre importância das artes na formação —, marca o argumento
1, o respetivo exemplo, o argumento 2 e o seu exemplo.
O futuro da humanidade é
indissociável do progresso científico e tecnológico, mas, tal como no passado,
não deixará de implicar a valorização das artes, enquanto dimensão fundamental
de uma formação de base humanista.
Na verdade, o conhecimento
científico e tecnológico desenvolve-se a um ritmo intenso, o que nos coloca
enormes desafios, entre os quais a urgência da construção de uma sociedade
centrada na pessoa e na dignidade humana como valores fundamentais. Deste modo,
a interseção da arte e da tecnologia é um assunto cada vez mais mobilizador e o
caso da Royal College of Arts, uma das melhores universidades de design
do mundo, torna-se emblemático. Esta instituição anunciou recentemente um plano
que aposta no potencial de jovens profissionais que consigam misturar soluções
tecnológicas e criatividade artística.
Podemos, sem dúvida,
questionar: a tecnologia será capaz de eliminar as mais belas expressões de
arte? Creio que a resposta será negativa porque a humanidade nunca perderá
valores essenciais como a sensibilidade e a criatividade. Pelo contrário, a
tecnologia, cada vez mais veloz e ousada, abre enormes perspetivas para
profundas mudanças na literatura, na música, nas artes plásticas, na
arquitetura. Lembremo-nos da importância da tecnologia durante a pandemia na
transmissão de vários eventos artísticos online, como, por exemplo, os
vários concertos em streaming disponibilizados pela Casa
da Música, no Porto.
Em suma, a tecnologia e a
ciência têm vindo a transformar profundamente o homem e o mundo como os
conhecíamos, mas também têm contribuído para o desenvolvimento de ideias e de
projetos que visam a promoção do desenvolvimento da sensibilidade estética e
artística em diferentes suportes tecnológicos.
[266
palavras; resposta modelo roubada a uma sebenta da Areal Editores]
Mostra de que forma a pintura de René Magritte se pode
relacionar com as representações do amor em O ano da morte de Ricardo Reis,
num texto de opinião, com entre duzentas palavras a duzentas e cinquenta
palavras. A tinta. Duas citações.
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Leituras em voz alta (Liga dos Campeões e
Liga Europa)
Vamos continuar a procurar analogias entre Cantar 2 e Frei
Luís de Sousa. Há uma semelhança óbvia quanto ao que é determinante para o
desfecho de filme e peça — uma personagem ausente cujo regresso pode resultar
num fim feliz ou num fim trágico.
Terceiro
trecho deCantar 2 |
Frei
Luís de Sousa, ato II |
Há concentração no _____
e no tempo. Tudo vai decorrer no mesmo edifício, a Crystal Tower, embora em
andares diferentes. Toda a ação está condensada, dado o prazo definido pelo
lobo-magnata _____. É ele que avaliará o resultado, como promete num cartão:
«Não faças ____, Moon. Senão, ...». |
Como é regra das
tragédias, há concentração no espaço e no _____. Este ato II e o ato III
decorrem no mesmo palácio, embora em duas _____ diferentes. Toda a ação
destes dois atos fica condensada em vinte e quatro horas (o ato I decorrera
sete dias antes). O ____, porém, já tudo determinou. |
O regresso de ______
decidirá a vida do grupo de Moon. Havia ____ anos que desaparecera da vista
do público, desde que morrera a sua mulher e se recolhera numa mansão
inexpugnável. Para tentar convencer Clay a regressar, Miss Crawley, num
espampanante carro vermelho, desloca-se à fortaleza do leão misantropo, não
se esquecendo de levar uma cesta de fruta como presente, mas é brutalmente
____, regressando a Redshore City cheia de mazelas. |
O regresso de ______
decidirá a vida da família Coutinho. Havia ____ anos que desaparecera na
batalha de Alcácer Quibir (sete anos depois casou Madalena com Manuel;
passaram entretanto mais catorze anos: Maria, filha do casal, terá agora
treze anos). Neste caso, as personagens não vão em busca de D. João, mas
instalam-se na que fora a sua casa. Madalena reage ao confronto com o velho
ambiente com o mesmo ____ de Miss Crawley após ter tentado chegar à fala com
Clay. |
Entretanto a jovem loba
____, filha de Crystal, aproveita as vertigens de Rosita para se ______ na
preparação do espetáculo. |
Entretanto, a jovem ____,
filha do pecado, aproveita o novo espaço para tentar _____ o passado da mãe
(quem era aquele retratado?). |
TPC — Lê as pp. 242-244 do manual, que tratam de Salazar, e as
pp. 239-241, sobre «A Alemanha nazi» e «A Guerra Civil de Espanha».
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