Monday, September 06, 2021

Aula 148-149

Aula 148-149 (20/mai [1.ª, 3.ª]) Correções (versos ao estilo dos vários Pessoas e Sleepwalk).

Hoje leremos trecho do cap. XIII de O Ano da Morte de Ricardo Reis. Podemos retomar as sínteses de cada capítulo, preenchendo as dos capítulos 10 a 13:

Cap. X — Ricardo Reis escreve a Marcenda para a informar da nova morada. Dias depois deixa o hotel. Na sua primeira noite na casa alugada, recebe a visita de Fernando Pessoa e falam sobre solidão.

Cap. XI — Lídia vai visitar Ricardo Reis para verificar se está bem instalado e ele acaba por beijá-la na boca. Dias depois, recebe a visita de (q) _____, que, pela primeira vez na vida, é beijada por um homem.

Cap. XII — Lídia prontifica-se a cuidar da limpeza da nova casa e os dois acabam por se envolver. Ricardo Reis escreve uma carta confusa a Marcenda. Começa, entretanto, a trabalhar, substituindo temporariamente um colega especialista em coração e pulmões. Esta situação leva-o a escrever novamente a Marcenda. Entretanto, quase ao fim de um mês, recebe (r). _____ da jovem, de Coimbra, anunciando que o visitará no consultório.

Cap. XIII — Ricardo Reis encontra-se com Fernando Pessoa junto à estátua do Adamastor e os dois conversam acerca da relação de Reis (s) _____ e sobre a vida e a morte. Ao chegar a casa, Ricardo Reis depara-se com (t) _____ e, a propósito disso, falam da ida de Ricardo Reis à polícia, de Salazar e de Hitler. Lídia, enquanto faz limpeza, é seduzida por Reis. Contudo, percebendo que está com um problema de impotência, o médico repele-a, o que a deixa tristíssima e sem perceber o que se passava. Marcenda aparece no consultório e Ricardo propõe (u) ______. Ela recusa, alegando (v) ______.

No texto «Ricardo e Fernando» (pp. 279-280) o diálogo entre as personagens do heterónimo e de Pessoa acaba por ser pretexto para se abordar assuntos de «política».

Faz-se uma caracterização quase expositiva acerca do Estado Novo e de Salazar (parágrafo das ll. 1-21), alude-se também a Hitler e ao advento do nazismo na Alemanha (22-40) — de certo modo, este tópico implica uma espécie de «prolepse subentendida», na medida em que supõe que os leitores sabem o que se passaria depois já no enquadramento da Segunda Grande Guerra, mesmo se os acontecimentos referidos não são posteriores ao tempo da ação do romance (1935-1936). Só que o destaque dado ao nacional-socialismo alemão e a Hitler justifica-se por factos que ainda não sucederam. A partir da l. 41, aproveita-se a caracterização da situação alemã para se retomar a crítica ao Estado Novo, agora sobretudo às ligações entre a Igreja e o Estado.

O manual assinala uma referência intertextual («agora é que Portugal vai cumprir-se» alude ao último verso de «Infante», o primeiro poema da segunda parte de Mensagem). Mas, mais explicitamente, também «quando na Mensagem chamei santo a Portugal, lá está, São Portugal» (ll. 51-52) retoma um poema de Mensagem, «Nun’Álvares Pereira», no seu antepenúltimo verso.

Relê então «Ricardo e Fernando», nas pp. 279-280 do manual. Responde às perguntas 1.1 e 1.2 da p. 281, completando o que já está lançado:

1.1 [o que falta são só contrações de preposição + artigo (nunca preposições simples portanto)]

Um retrato crítico de Salazar, acentuado ____ designação de partes («um quarto»...) é dado ____ enumeração ___ diversas facetas que este combinava — o paternalismo, a utilização ___ religião como um ___ pilares ___ seu poder, o discurso profético, a representação ___ papel de salvador ___ Pátria, a política ___ «mão de ferro», continuadora de Sidónio Pais.

1.2 [o que falta são duas citações]

Exprimem a crítica as afirmações: «_______»; «______».

No texto abaixo — uma resposta-modelo ao Grupo III de um exame, com texto de opinião, que procurámos resolver recentemente, sobre importância das artes na formação —, marca o argumento 1, o respetivo exemplo, o argumento 2 e o seu exemplo.

O futuro da humanidade é indissociável do progresso científico e tecnológico, mas, tal como no passado, não deixará de implicar a valorização das artes, enquanto dimensão fundamental de uma formação de base humanista.

Na verdade, o conhecimento científico e tecnológico desenvolve-se a um ritmo intenso, o que nos coloca enormes desafios, entre os quais a urgência da construção de uma sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores fundamentais. Deste modo, a interseção da arte e da tecnologia é um assunto cada vez mais mobilizador e o caso da Royal College of Arts, uma das melhores universidades de design do mundo, torna-se emblemático. Esta instituição anunciou recentemente um plano que aposta no potencial de jovens profissionais que consigam misturar soluções tecnológicas e criatividade artística.

Podemos, sem dúvida, questionar: a tecnologia será capaz de eliminar as mais belas expressões de arte? Creio que a resposta será negativa porque a humanidade nunca perderá valores essenciais como a sensibilidade e a criatividade. Pelo contrário, a tecnologia, cada vez mais veloz e ousada, abre enormes perspetivas para profundas mudanças na literatura, na música, nas artes plásticas, na arquitetura. Lembremo-nos da importância da tecnologia durante a pandemia na transmissão de vários eventos artísticos online, como, por exemplo, os vários concertos em streaming disponibilizados pela Casa da Música, no Porto.

Em suma, a tecnologia e a ciência têm vindo a transformar profundamente o homem e o mundo como os conhecíamos, mas também têm contribuído para o desenvolvimento de ideias e de projetos que visam a promoção do desenvolvimento da sensibilidade estética e artística em diferentes suportes tecnológicos.

[266 palavras; resposta modelo roubada a uma sebenta da Areal Editores]



Mostra de que forma a pintura de René Magritte se pode relacionar com as representações do amor em O ano da morte de Ricardo Reis, num texto de opinião, com entre duzentas palavras a duzentas e cinquenta palavras. A tinta. Duas citações.

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Leituras em voz alta (Liga dos Campeões e Liga Europa)

Vamos continuar a procurar analogias entre Cantar 2 e Frei Luís de Sousa. Há uma semelhança óbvia quanto ao que é determinante para o desfecho de filme e peça — uma personagem ausente cujo regresso pode resultar num fim feliz ou num fim trágico.

Terceiro trecho deCantar 2

Frei Luís de Sousa, ato II

Há concentração no _____ e no tempo. Tudo vai decorrer no mesmo edifício, a Crystal Tower, embora em andares diferentes. Toda a ação está condensada, dado o prazo definido pelo lobo-magnata _____. É ele que avaliará o resultado, como promete num cartão: «Não faças ____, Moon. Senão, ...».

Como é regra das tragédias, há concentração no espaço e no _____. Este ato II e o ato III decorrem no mesmo palácio, embora em duas _____ diferentes. Toda a ação destes dois atos fica condensada em vinte e quatro horas (o ato I decorrera sete dias antes). O ____, porém, já tudo determinou.

O regresso de ______ decidirá a vida do grupo de Moon. Havia ____ anos que desaparecera da vista do público, desde que morrera a sua mulher e se recolhera numa mansão inexpugnável. Para tentar convencer Clay a regressar, Miss Crawley, num espampanante carro vermelho, desloca-se à fortaleza do leão misantropo, não se esquecendo de levar uma cesta de fruta como presente, mas é brutalmente ____, regressando a Redshore City cheia de mazelas.

O regresso de ______ decidirá a vida da família Coutinho. Havia ____ anos que desaparecera na batalha de Alcácer Quibir (sete anos depois casou Madalena com Manuel; passaram entretanto mais catorze anos: Maria, filha do casal, terá agora treze anos). Neste caso, as personagens não vão em busca de D. João, mas instalam-se na que fora a sua casa. Madalena reage ao confronto com o velho ambiente com o mesmo ____ de Miss Crawley após ter tentado chegar à fala com Clay.

Entretanto a jovem loba ____, filha de Crystal, aproveita as vertigens de Rosita para se ______ na preparação do espetáculo.

Entretanto, a jovem ____, filha do pecado, aproveita o novo espaço para tentar _____ o passado da mãe (quem era aquele retratado?).

TPC — Lê as pp. 242-244 do manual, que tratam de Salazar, e as pp. 239-241, sobre «A Alemanha nazi» e «A Guerra Civil de Espanha».

 

 

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