Aula 143-144
Aula 143-144 (13/mai [1.ª, 3.ª]) Correção da redação de
Grupo III sobre importância da formação em artes.
Continuemos
as sínteses de capítulos surripiadas a um manual da Leya:
VIII
(resto) — (m.) ______ marca um
encontro com Ricardo Reis, no Alto de Santa Catarina. Enquanto aguarda por ela,
Reis é "visitado" por Fernando Pessoa que o questiona sobre as suas
relações amorosas. Durante o encontro, a filha do doutor Sampaio pede a Ricardo
Reis que lhe escreva a dar notícias da entrevista para que fora intimado.
IX —
Ricardo Reis vai à polícia e é interrogado num clima de suspeição. Regressado
ao hotel, diz a Lídia que tudo correu bem e escreve a Marcenda
tranquilizando-a. Mais tarde, informa a criada de que vai deixar o Bragança, e
esta prontifica-se a ir visitá-lo nos seus dias de folga. Ricardo Reis aluga
casa (n.) _______ defronte à estátua (o.) _______.
Tendo lido «A Contrafé» na última sexta-feira, podem hoje
reler na diagonal o passo consequente, o interrogatório nas instalações da
PVDE. Eram estas na Rua António Maria Cardoso, que ficou para sempre a isso
associada. A «António Maria Cardoso» ainda é, para a minha geração ou para a
anterior, metonímia de PIDE. Hoje esse prédio está transformado em
apartamentos.
O
texto intitula-se «Na sede da PVDE», está nas pp. 270 a 274 do manual, é
portanto longo, mas já o conhecerão pela leitura do próprio livro de Saramago.
Na
p. 270, a partir da l. 25, ainda se refere brevemente o caminho entre o Hotel
Bragança e a PVDE, na Rua António Maria Cardoso. Mas o percurso está mais bem
descrito ainda na parte que lemos na última aula (na voz de Salvador, que o
explica a Reis):
«primeiro sobe a Rua do Alecrim até à esquina da igreja,
depois vira à direita, ainda outra vez à direita, adiante há um cinema, o Chiado
Terrasse, do outro lado da rua está o Teatro de S. Luís, rei de França, são
bons lugares para distrair-se uma pessoa, artes de luz e de palco, a polícia é
logo a seguir, não tem nada que errar, ou terá sido por ter errado tanto que o
chamaram cá» (p. 268 do manual).
Em vez de respondermos
às perguntas na p. 274, vejamos este quadro que já reúne o fundamental, que é a
caracterização das várias sequências do texto. Acrescentarás apenas, na
coluna da direita, as palavras em falta.
linhas |
sequência |
comentário |
1-25 |
argumentativa |
Como acontece em textos argumentativos,
defende-se uma tese, a de que a natureza não é indiferente às «dores e
sentimentos humanos», apresentando-se o _______ de não poder justificar-se de
outro modo o temporal que atingia o país há tanto tempo e dando-se exemplos
(a raiva, no Alentejo; as bexigas, o tifo, «as duzentas pessoas que vivem em
três andares», no Porto; a ida de Ricardo Reis à sede da _____). |
25-72 |
narrativa |
Como é próprio das sequências narrativas, são usados
diversos verbos que indicam ações («vai», «soprando», «virar», «entra»,
«mostra», «foi», «leva», «precipitou-se», «travou», «Seguiu», «bateu»,
«abriu-a», «ordenou», «pousou-a», «lançou-lhe», «Tirou», «soergueu-se»,
«leu», «comparou», «tomou», «colocou») conjugados no presente do indicativo e
no ______ perfeito. São usados advérbios com valor de tempo («agora», «ainda»,
«depois», «enfim», «depois», «agora», «agora sim») e de ______ («Aqui», «daqui», «por ali», «ali
perto»). |
73-163 |
dialogal |
O narrador dá a palavra às personagens, num diálogo que
parece considerar suficientemente esclarecedor para dispensar comentários. O
inquérito, considerado pelo próprio Reis como «mais de devassa que de
conversa», cobre a vida pessoal, sem qualquer justificação, criando ciladas e
procurando contradições. Esta sequência dialogal termina com intervenção de
______, cujo cheiro intenso a cebola e a náusea que provoca podem servir de
metáforas para o ambiente pestilento da opressão e do seu efeito sobre as
vítimas. |
164-178 |
descritiva |
Nestas linhas, o ______ exprime finalmente a sua posição
perante o sucedido. Com efeito, o desejo expresso de um terramoto e, sobretudo, a dúvida
sobre se os ossos do agente e do seu superior algum dia poderiam considerar-se «limpos» são elucidativos do ponto de vista do narrador. |
Dá
um título (um título-frase, quase uma epígrafe) ao texto que estivemos a reler
e a que as autoras do manual chamaram «Na sede da PVDE». O teu título-frase
deve ser expressivo, mostrar compreensão do texto e ter uma oração
subordinada adverbial (temporal, causal, condicional, final, concessiva), seguindo-se
a respetiva subordinante.
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A
prova de exame de há dois anos, 1.ª fase, tinha uma pergunta sobre O Ano da
Morte de Ricardo Reis, precisamente sobre a importância do enquadramento
histórico e sociológico. Repara que a pergunta apresentava em alternativa O
Ano da Morte de Ricardo Reis e Memorial do Convento, porque as
escolas podem optar por uma destas duas obras de Saramago. (Isto aliás
lembra-nos que podem fazer o mesmo com outras obras de leitura integral — Farsa
de Inês Pereira ou Auto da Feira, de Gil Vicente; Os Maias ou
A Ilustre Casa de Ramires, de Eça de Queirós — ou mesmo com Amor de
Perdição, de Camilo Castelo Branco.) Era uma pergunta do Grupo I, mas da
parte C, aquela que implica escrever sobre assunto literário mas sem texto
prévio:
[Prova
de exame 2019, 1.ª fase]
Grupo I, Parte C
7. Do
diálogo de José Saramago com o «passado» emerge, em romances como Memorial
do Convento e O Ano da Morte de Ricardo Reis, uma visão crítica
sobre o tempo histórico representado e sobre a sociedade desse tempo. Escreva
uma breve exposição na qual comprove a afirmação anterior, baseando-se na sua
experiência de leitura de um dos romances mencionados.
A
sua exposição deve incluir:
• uma
introdução
ao tema;
•
um desenvolvimento no qual explicite dois aspetos que são objeto de crítica pelo narrador, fundamentando cada um
desses aspetos em, pelo menos, um exemplo pertinente;
• uma
conclusão
adequada ao desenvolvimento do tema.
Comece
por indicar, na folha de respostas, o título da obra por si selecionada.
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Explicita nesta folha se vais fazer o exame
de Português, circundando o que corresponda à tua situação: Vou / Não
vou / Ainda não sei bem.
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