Percurso de Ricardo Reis no capítulo III
Há dois anos pedira aos alunos que tentassem perceber num mapa de Lisboa o percurso do passeio que Ricardo Reis
empreendia no último dia do ano (a
partir do quarto parágrafo do capítulo III de O ano da morte de Ricardo Reis: «Deixou de chover, o céu
aclarou, pode Ricardo Reis, sem risco de molha incómoda, dar um passeio antes
do almoço»).
A correção apresentei-a em
forma de vídeo (em captura da imagem do computador comigo a usar o GoogleMaps e a comentar o passeio). Tenham piedade da minha falta de jeito. Tive de
dividir o percurso em dois filmes (um de cerca de doze minutos; o outro, de
três), porque não conseguia acertar com a Rua do Século. Até a conheço
relativamente bem, mas sempre tive esta dificuldade em escolher a entrada a partir do Príncipe Real.
Ainda
a propósito da aula passada e das menções intertextuais (à Divina Comédia, aos Três
Mosqueteiros, à Eneida — lembremos sempre que é modelo preferencial, embora não único,
dos Lusíadas —, ao Dom Quixote), ficam a seguir uns vídeos
educativos.
A Eneida está imitada nos Lusíadas logo no verso inicial,
precisamente o citado em O Ano da Morte
de Ricardo Reis e escandido (dividido na métrica) no vídeo.
E,
depois, a Divina Comédia, de Dante. (À margem: o vocábulo «dantesco» está a ser por estes dias tão mal usado. «Dantesco» = 'que lembra o horror das descrições de Dante na sua Divina Comédia'.)
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