Aula 8R-8
Aula 8R-8
(29 [1.ª], 30/set [3.ª]) Correção de questionário sobre «De Verão», de Cesário
Verde. Devolução de respostas a item 7 de prova recente (2021, 2.ª fase) e poucas
correções. (Cfr. Apresentação.)
Retomamos a revisão da gramática com as orações
subordinadas adverbiais (cfr.
p. 14 do anexo). As subordinadas adverbiais desempenham funções sintáticas de modificadores (do grupo verbal — causais, finais e temporais — ou da frase — condicionais e concessivas).
Nos cinco
períodos a seguir (de «A sua tia faleceu derivado a complicações», série Meireles),
temos frases simples e frases complexas. Todas elas têm um modificador (que, neste caso,
exprime causa), mas, por vezes, essa função é desempenhada por uma oração (uma subordinada adverbial causal).
1. A sua tia
faleceu devido a uma condição rara.
5. Como tinha um
duende no peito, a sua tia faleceu.
Distingue
as frases complexas e as simples:
Têm duas orações
as frases n.º ___ e n.º ___, que são também as que têm dois predicados (cujas
formas verbais são: _____ e _____; _____ e ____). São, portanto, frases ______. Ao contrário, são frases simples as n.º ___, n.º ___ e
n.º ___, cada uma com uma única oração.
Em cada uma das
duas frases complexas há uma oração subordinante
e outra subordinada. Sublinha as
orações subordinantes (as que poderiam aparecer sozinhas) e circunda as
subordinadas (já fui dizendo que, neste caso, são subordinadas adverbiais causais). As palavras que introduzem essas
orações («porque» e «________») são conjunções
subordinativas causais.
Regressemos às
frases simples. Nelas, há um sujeito
(«_______») e um predicado,
incluindo-se aí o modificador do grupo
verbal (respetivamente: «devido a uma condição rara», «_______» e «_______»).
Podemos
reescrever as frases, substituindo os modificadores não oracionais por orações
[completa 2’ e 3’] e vice versa [completa
5’]. (Repara que já o fiz para 1 e para 4. Nas orações há verbo, que marquei a
itálico; nos modificadores não oracionais, não.)
1.
A sua tia faleceu devido a uma
condição rara.
1’.
A sua tia faleceu | porque se deu uma condição rara.
2’.
A sua tia faleceu | _____________.
3’.
A sua tia faleceu | visto que ___________.
4’.
A sua tia faleceu por causa da repetição da palavra «pinhal».
5.
Como tinha um duende no peito, | a
sua tia faleceu.
5’.
____________, a sua tia faleceu.
Quando a oração subordinada adverbial precede a subordinante
ou fica intercalada, deve ser isolada por vírgulas
(se estiver depois da subordinante, é aceitável que não se ponha vírgula,
embora, por mim, ainda prefira ir pondo vírgula também). A posição da subordinada causal relativamente à subordinante costuma
poder alterar-se (mas, por exemplo, no caso da frase 5 — com «como» —, a
subordinada tem de estar antes da subordinante).
Nota ainda que «A
sua tia faleceu derivado a complicações» é uma frase simples, em que «derivado
a complicações» é o ___________. No entanto, a expressão «derivado a» não é
correta (o que se deve dizer é: «devido a»).
Nos três períodos que se seguem (6-8),
temos exemplos de frases com orações
subordinadas adverbiais causais não finitas (infinitiva, gerundiva, participial).
Distribui estas últimas designações por cada uma das orações sublinhadas.
6.
Por ter um duende no peito, a sua tia faleceu. / _________
7.
Tendo um duende no peito, a sua tia faleceu. / _________
8.
Alojado o duende no peito, a sua tia faleceu. / _________
Muitos romances, contos e filmes têm tomado
a figura de Fernando Pessoa (ou dos seus heterónimos) como personagem, mais ou
menos ficcionada depois. Escreve tu também um trecho narrativo — fragmento
de um texto «literário» maior que não tem de ficar completo — cujo início será
o apontamento que copiei do espólio de Pessoa e se percebe ser um recado
deixado por uma Adelaide.
O narrador pode ser homodiegético ou
heterodiegético. Aliás, todos os aspetos da estrutura narrativa ficam ao teu
critério. (E não tens de te preocupar demasiado com a coerência com dados históricos
da biografia de Pessoa.)
“Sr. Pessoa, // Precisei de sair. Está o
jantar pronto: é só sentar à mesa, tirar do lume e comer. // Adelaide”. . . . .
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Nos espaços à direita da letra da canção,
escreve a função sintática dos constituintes que sublinhei:
«Nos desenhos
animados (Nunca acaba mal)»
(Os Azeitonas)
Eu
quero a sorte de um cartoon ______
Nas
manhãs da RTP1 _______
És
o meu Tom Sawyer _______
E
o meu Huckleberry Finn
E
vens de mascarilha e espadachim ______
Lá
em cima, há planetas sem fim ______
Tu
és o meu super-herói ______
Sem
tirar o chapéu de cowboy
Com
o teu galeão e uma garrafa de rum
Eu
era tua e de mais nenhum ______
Um
por todos e todos por um
Nos
desenhos animados
Eu
já conheço o fim
O
bem abre caminho ______
A
golpe de espadachim ______
E
o príncipe encantado
Volta
sempre para mim ______
Eu
sou a Jane e tu, Tarzan ______
A
Julieta do meu D’Artagnan
Se
o teu cavalo falasse
Tinha
tanto para contar
Ao
fantasma debaixo dos meus lençóis ______
Dos
tesouros que escondemos dos espanhóis ______
Nos
desenhos animados
Eu
já conheço o fim
O
bem abre caminho
A
golpe de espadachim
E
o príncipe encantado
Volta
sempre para mim _____
Quando
chegar o final _____
Já
podemos mudar de canal
Nos
desenhos animados
É
raro chover _____
E
nunca, quase nunca acaba mal.
TPC — Se puderes, relanceia a boa análise de «De Verão» que porei
em Gaveta de Nuvens.
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