Aula 119-120
Aula 119-120 (1/abr [1.ª, 3.ª]) Correção dos comentário comparativo entre «Paizinho» e
«Pequena elegia de setembro».
Seguem-se as quatro versões de um trabalho
sobre gramática (funções sintáticas). Ponho primeiro o enunciado comum às
quatro versões:
Sem consultares outros elementos além desta
folha, classifica quanto à função sintática (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase; complemento direto, complemento indireto, complemento
oblíquo, complemento agente da
passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome, complemento do nome; complemento do adjetivo) os segmentos
sublinhados. Não é obrigatório que estejam representadas todas as funções e
pode haver funções que apareçam mais do que uma vez.
Versão com Bruno
Sacaninhas, para
a próxima, estudem mais gramática. |
vocativo |
Bruno olhou-nos com o ódio de um louco. |
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Os franceses acharam
Albuquerque um herói. |
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O mítico Jorge Jesus já chegou à Arábia Saudita. |
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Jacinto, não frequentarás o casino esta noite. |
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Se morresse, Jorge de
Albuquerque seria comido pela tripulação. |
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O chinês, obcecado por
apostas, consultou as odds da
UELVA. |
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Scolari nomeará capitão de equipa o
Paulinho. |
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Fala-me, musa, do homem
astuto que tanto vagueou. |
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Desta sopa eu gosto. |
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Este ano ocorrerão muitos incêndios. |
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Lá terminou o secante discurso
que demorou três cantos. |
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A contribuição de Portugal
para o orçamento europeu é escassa. |
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Os jogadores marroquinos estarão em jejum. |
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Meus caros, a convicção de
que faltavam cocós de cão estava errada. |
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Se pensarmos bem, Briony até é boa
rapariga. |
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Comemos mais quando chove. |
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Encomendei as garoupas que me
recomendaste. |
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Quem sabe sabe. |
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É uma seca estar apaixonado. |
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Saudaram-nos efusivamente. |
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Versão com iguana
Sacaninhas, para
a próxima, estudem mais gramática. |
vocativo |
Beijo-te, minha
querida iguana venenosa. |
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Camões, eu dou-te
inspiração. |
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A Mesa
da Assembleia Geral declarou Bruno destituído. |
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A Nau
Santo António regressou ao ponto de partida. |
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Na Ilha dos Amores, as
ninfas corriam pela floresta. |
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Os
alunos, preocupados com a falta de cocós de cão, gritavam. |
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Marta
Soares nomeou presidente de uma comissão Henrique Monteiro. |
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Albuquerque
quis agradecer a Atouguia tê-lo salvo. |
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Lembro-me do camelo
sorridente de Agadir. |
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Ontem,
no Estádio da Luz, estavam Dona Dolores Aveiro e Georgina. |
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A escassez de combustível
era gritante. |
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Fiquem quietos, que
eu já venho, e não copiem. |
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A
convicção de que a Uelva tem corruptos no seu seio está disseminada. |
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Rodrigo
de Atouguia, que era da Atouguia, socorreu-os. |
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Acham-me triste? |
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É bué fixe errar
respostas. |
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Quem tudo quer tudo perde. |
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Entreguei as armas que
Zelensky requisitou. |
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Morremos cedo porque a
vida é bela. |
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Ainda
que Robbie nada fizesse, Briony ficou ciumenta. |
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Versão com cobardolas
Sacaninhas, para
a próxima, estudem mais gramática. |
vocativo |
Os corsários julgaram os
portugueses uns cobardolas. |
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Se morrer, comam-me à
vontade — disse Albuquerque. |
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Já chegámos ao Brasil? |
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A nostalgia dos anos oitenta domina 1986. |
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Capitão, comemos os cadáveres? |
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— As ninfas escaparam-se-nos
— lamentou Leonardo. |
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A UELVA declarou improcedente
o recurso de Afonso. |
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Dos livros de viagens de Bill
Bryson gosto bastante. |
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Esta sexta começará o Mundial da FILVA. |
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Bruno esclareceu os sócios durante
seis horas secantes. |
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A absolvição do réu desesperou-me. |
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Parecem muitos asseados os camelos de Agadir.
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Permaneceram na carcaça da
nau os esfomeados portugueses. |
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Choravam, angustiados com
a falta de itens com cocó de cão. |
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Embora Cee seja sua irmã, Briony é loura. |
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O gato roubou-te o peixe enquanto
jantávamos. |
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Adorei o filme que o crítico detestou. |
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Quem vai ao mar perde o lugar. |
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É uma pena ter de te deixar. |
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O esquimó roubou-nos. |
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Versão com animal nojento
Sacaninhas, para
a próxima, estudem mais gramática. |
vocativo |
Abraça-me,
estúpido animal nojento e doce. |
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Efetivamente, é assim. |
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Considero
Ryan burra que dói. |
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A seleção de Portugal já
foi para Moscovo. |
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Contente com o seu cocó, o camelo ria-se. |
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O professor
tratou como sacaninhas os seus alunos. |
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Continua a sorrir o camelo
de Agadir. |
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Não me esqueço dos prémios
Tia Albertina. |
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Esta
semana fecha a Feira do Livro e ainda não fui lá. |
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A ambição de fazendas
cegava o Samorim. |
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Na
recolha de rolhas, a colaboração dos alunos é essencial. |
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Digo-vos, têm aqui
um complemento direto. |
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Jorge
de Albuquerque permaneceu na luta contra os franceses. |
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Na capitania,
Albuquerque mostrara ser bom chefe militar. |
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Consideram-me
burro. |
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Já é habitual estarmos
em desacordo. |
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Comprei o DVD que
a FNAC promovia. |
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Quem ama tem medo de perder. |
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Quando a esmola é muita, o pobre desconfia. |
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Se acharem bem, saltamos esta parte do
filme. |
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«Os maridos das outras» (Miguel Araújo)
Toda
a gente sabe que os homens são brutos
Que deixam camas por fazer
E coisas por dizer.
São muito pouco
astutos, muito pouco astutos.
Toda a gente sabe que
os homens são brutos.
Toda a gente sabe que
os homens são feios
Deixam conversas por
acabar
E roupa por apanhar.
E vêm com rodeios, vêm
com rodeios.
Toda a gente sabe que
os homens são feios.
Mas os maridos das
outras não
Porque os maridos das
outras são
O arquétipo da
perfeição
O pináculo da criação.
Dóceis criaturas, de
outra espécie qualquer
Que servem para fazer
felizes as amigas da mulher.
E tudo os que os homens
não...
Tudo que os homens
não...
Tudo que os homens não...
Os maridos das outras
são
Os maridos das outras
são.
Toda a gente sabe que
os homens são lixo
Gostam de músicas de que
ninguém gosta
Nunca deixam a mesa
posta.
Abaixo de bicho, abaixo
de bicho.
Toda a gente sabe que
os homens são lixo.
Toda a gente sabe que
os homens são animais
Que cheiram muito a
vinho
E nunca sabem o
caminho.
Na na na na na na, na
na na na na.
Toda a gente sabe que
os homens são animais.
Mas os maridos das
outras não
Porque os maridos das
outras são
O arquétipo da
perfeição
O pináculo da criação.
Amáveis criaturas, de
outra espécie qualquer
Que servem para fazer
felizes as amigas da mulher.
E tudo os que os homens
não...
Tudo que os homens
não...
Tudo que os homens
não...
Os maridos das outras
são
Os maridos das outras
são
Os maridos das outras
são.
Vai ouvindo a canção cuja letra pus em cima.
Relaciona-a com o tópico essencial da parte da Farsa de Inês Pereira que se transcreve. Inclui, pelo menos, uma
citação da peça.
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[Solução possível:]
A canção de Miguel Araújo remete para um
perfil ideal de marido, inalcançável (que se opõe ao que «[t]oda a gente sabe
que os homens são»). Esse marido virtual, que parece só um produto do
ressentimento de quem tem os maridos reais, lembra a demanda de Inês Pereira por
um homem «discreto», «que saiba tanger viola».
Ficará ela a perceber que, afinal, todos os
homens são «brutos», «lixo», «animais»? É verdade que as expetativas de Inês já
estão circunscritas, uma vez que diz não se importar que o pretendente seja
«mal feito, feo, pobre» e até está disposta a pouco comer e beber («com ua
borda de boleima / e ua vez d’água fria / nam quero mais cada dia»).
Liga dos Campeões
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