Aula 102-103
Aula
102-103 (8 [1.ª], 9/mar [3.ª]) Correção do item
sobre travessão no poema de Ana Luísa Amaral (e ouvindo «As pequenas gavetas do amor»).
Para encontrarmos um motivo que oponha a
poesia de Ana Luísa Amaral às de Miguel Torga e Eugénio
de Andrade, talvez pudéssemos centrarmo-nos no que mais influencia
cada uma das três escritas. Ana Luísa
Amaral aproveita mais a poesia de outros escritores — os seus poemas têm
muitas vezes marcas de intertextualidade evidentes —, o que é associável ao facto
de ser professora de literatura e ter investigado poetisas como Emily Dickinson
e Sylvia Plath (mas também Pessoa é, por vezes, objeto de trabalho intertextual).
Os poemas de Ana Luísa Amaral são de amor e do quotidiano.
Miguel Torga e Eugénio de Andrade estão
mais isolados, são mais independentes ou menos cosmopolitas. No caso de Miguel
Torga, a escolher um inspirador constante da sua poesia, talvez
devêssemos apontar a terra, a natureza, um certo Portugal.
De Torga já conhecemos «Sísifo» (p. 190) e
«Sagres» (191). Lê agora «Orfeu Rebelde»
(p. 187).
Explica o título, associando-o à «teoria»
que o sujeito poético faz acerca da sua poesia.
. . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
Ao assistirmos ao início do documentário Miguel Torga, o meu Portugal, vai
verificando as citações de Miguel Torga postas em caixas na p. 193 (item 4). Ordena-as
segundo a ordem que têm no filme:
1.ª = G; 2.ª
= ___; 3.ª = ___; 4.ª = ___; 5.ª = ___; 6.ª = ___.
Diz qual é a estúpida citação que está a mais
na lista: ___.
Quanto ao item 3 (na p. 192, mas com as
alterações que introduzi), assinala com V ou F:
I — Eduardo Lourenço
afirma que
A. Miguel Torga analisou Portugal sem conhecer
Frederico Varandas.
B. Miguel Torga fez o retrato de Portugal.
C. Miguel Torga retratou um Portugal integrado
na Europa.
D. Nos portugueses, Miguel Torga admirava a
assiduidade e a pontualidade.
E. Aquilino Ribeiro e Miguel Torga são os
grandes retratistas de Portugal.
II — António Barreto
afirma que
F. Miguel Torga mostrou a Natureza de uma
região do país.
G. O sofrimento é uma dominante na obra de
Miguel Torga, mas não na sua poesia.
H. A pobreza, a inveja, o desconhecimento de
si mesmos, o lerem mal os enunciados das tarefas são alguns dos defeitos dos
portugueses revelados por Miguel Torga.
I. Miguel Torga desejava que os portugueses
fossem capazes de olhar a realidade e não vivessem a pensar só nos testes de
Matemática.
III — José Manuel
Mendes afirma que
J. Miguel
Torga considera Portugal o reino das sombras.
Lê «Regresso» (p. 186), bem como o texto
crítico «A terra-mãe acolhe o poeta». Escreve um comentário acerca de «Regresso». Inclui
citações do poema e também do texto crítico em baixo na mesma página.
[Copiámos
esta solução:]
Estas três
quadras evidenciam o caráter telúrico da poesia de Torga salientado no estudo
de Clarice Zamonaro Cortez. Segundo o sujeito poético, o regresso ao espaço das
origens (e, por isso, à infância) é até celebrado pela natureza.
Personificações como «os rijos carvalhos me acenaram», «cantava cada fonte à
sua porta», «o céu abriu-se num sorriso», «deitei-me ao colo dos penedos»
acentuam que os sentimentos de intimidade de alegria pelo reencontro são
mútuos.
Afinal, como
salienta Clarice Cortez, o pseudónimo do poeta corresponde ao nome de «arbusto
duro e torcido das serranias transmontanas». É natural que seja nesta
específica terra-mãe, agreste e de penedios, que o eu encontre o seu «velho
paraíso».
TPC — Lê as fichas corrigidas sobre Complemento do nome e Complemento do adjetivo.
#
<< Home