Tuesday, September 07, 2021

Aula 102-103

Aula 102-103 (8 [1.ª], 9/mar [3.ª]) Correção do item sobre travessão no poema de Ana Luísa Amaral (e ouvindo «As pequenas gavetas do amor»).

Para encontrarmos um motivo que oponha a poesia de Ana Luísa Amaral às de Miguel Torga e Eugénio de Andrade, talvez pudéssemos centrarmo-nos no que mais influencia cada uma das três escritas. Ana Luísa Amaral aproveita mais a poesia de outros escritores — os seus poemas têm muitas vezes marcas de intertextualidade evidentes —, o que é associável ao facto de ser professora de literatura e ter investigado poetisas como Emily Dickinson e Sylvia Plath (mas também Pessoa é, por vezes, objeto de trabalho intertextual). Os poemas de Ana Luísa Amaral são de amor e do quotidiano.

Miguel Torga e Eugénio de Andrade estão mais isolados, são mais independentes ou menos cosmopolitas. No caso de Miguel Torga, a escolher um inspirador constante da sua poesia, talvez devêssemos apontar a terra, a natureza, um certo Portugal.

De Torga já conhecemos «Sísifo» (p. 190) e «Sagres» (191). Lê agora «Orfeu Rebelde» (p. 187).

Explica o título, associando-o à «teoria» que o sujeito poético faz acerca da sua poesia.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Ao assistirmos ao início do documentário Miguel Torga, o meu Portugal, vai verificando as citações de Miguel Torga postas em caixas na p. 193 (item 4). Ordena-as segundo a ordem que têm no filme:

1.ª = G; 2.ª = ___; 3.ª = ___; 4.ª = ___; 5.ª = ___; 6.ª = ___.

Diz qual é a estúpida citação que está a mais na lista: ___.

Quanto ao item 3 (na p. 192, mas com as alterações que introduzi), assinala com V ou F:

I — Eduardo Lourenço afirma que

A. Miguel Torga analisou Portugal sem conhecer Frederico Varandas.

B. Miguel Torga fez o retrato de Portugal.

C. Miguel Torga retratou um Portugal integrado na Europa.

D. Nos portugueses, Miguel Torga admirava a assiduidade e a pontualidade.

E. Aquilino Ribeiro e Miguel Torga são os grandes retratistas de Portugal.

II — António Barreto afirma que

F. Miguel Torga mostrou a Natureza de uma região do país.

G. O sofrimento é uma dominante na obra de Miguel Torga, mas não na sua poesia.

H. A pobreza, a inveja, o desconhecimento de si mesmos, o lerem mal os enunciados das tarefas são alguns dos defeitos dos portugueses revelados por Miguel Torga.

I. Miguel Torga desejava que os portugueses fossem capazes de olhar a realidade e não vivessem a pensar só nos testes de Matemática.

III — José Manuel Mendes afirma que

J. Miguel Torga considera Portugal o reino das sombras.

 

Lê «Regresso» (p. 186), bem como o texto crítico «A terra-mãe acolhe o poeta». Escreve um comentário acerca de «Regresso». Inclui citações do poema e também do texto crítico em baixo na mesma página.

[Copiámos esta solução:]

Estas três quadras evidenciam o caráter telúrico da poesia de Torga salientado no estudo de Clarice Zamonaro Cortez. Segundo o sujeito poético, o regresso ao espaço das origens (e, por isso, à infância) é até celebrado pela natureza. Personificações como «os rijos carvalhos me acenaram», «cantava cada fonte à sua porta», «o céu abriu-se num sorriso», «deitei-me ao colo dos penedos» acentuam que os sentimentos de intimidade de alegria pelo reencontro são mútuos.

Afinal, como salienta Clarice Cortez, o pseudónimo do poeta corresponde ao nome de «arbusto duro e torcido das serranias transmontanas». É natural que seja nesta específica terra-mãe, agreste e de penedios, que o eu encontre o seu «velho paraíso».

TPC — Lê as fichas corrigidas sobre Complemento do nome e Complemento do adjetivo.

 

 

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