Aulas (40-55)
Aula 40 e 43 (10 [1.ª, 2.ª, 3.ª] e 17/nov [2.ª, 3.ª]) Revisão de
características de Fernando Pessoa (ortónimo).
Lê
«Autopsicografia» (p. 27), de Fernando
Pessoa, e responde:
1. Na 1.ª quadra é apresentada uma tese.
Identifica-a e explica-a, considerando: a dor fingida pelo poeta (no poema)/a
dor sentida pelo poeta (na vida real); o paradoxo presente nos vv. 3-4.
«______________»
é a tese apresentada no poema. Significa que o poeta finge uma dor que não
coincide com a dor sentida na _____. A dor escrita é uma invenção, uma
transfiguração, criada pela _______.
2. A 2.ª quadra refere-se à sensação/sentimento que o poema
provoca nos leitores. Explicita o que sentem os leitores, considerando o jogo:
«as duas (dores) que ele (o poeta) teve» / «a dor lida» / «a (dor) que eles não têm».
Os
leitores sentem uma dor que não é a que o poeta sentiu, nem a que ele _______,
mas que é a sua não-dor.
3. Experimenta interpretar as metáforas
contidas na última estrofe, na qual se estabelece a dicotomia
«razão»/«coração» (intelecto/emoção). Relaciona essa dicotomia com a tese
apresentada na 1.ª estrofe.
A
última estrofe apresenta, metaforicamente, a relação entre ______ e _____. O
coração é um comboio de corda, regulado pelas __________. A razão é uma
realidade à parte, mas estimulada (entretida) pelo ___________.
4. Interpreta agora o título do poema, considerando os três
constituintes da palavra: auto
+ psico + grafia.
Tendo
em conta o significado de cada um dos elementos que compõem o título,
«autopsicografia» remete para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . .
5. Analisa a estrutura
formal do poema.
O
poema é constituído por três _____, de versos ______ (também designados versos
de «_____ maior»), com o esquema rimático ______ (portanto, em rima ______).
6. Expõe a teoria do «fingimento
poético» apresentada neste poema.
De
acordo com o poema, a criação poética assenta
no _______, na medida em que um poema não diz o que o poeta _______, mas aquilo
que imagina a partir do que anteriormente sentiu. O poeta é um fingidor, porque
escreve uma ________ fingida, fruto da razão e da imaginação, e não a emoção
sentida pelo coração, que apenas chega ao poema transfigurada, na tal emoção
________ poeticamente, imaginada. Quanto ao _______, apenas sente a emoção que
o poema lhe suscita, que será diferente da do próprio poema. A poesia, a arte,
é a intelectualização da ________.
Lê
«Isto» (p. 30), também do ortónimo, e responde, usando as frases já começadas:
1. Na 1.ª estrofe, o poeta opõe a
«imaginação»
(razão) ao «coração» (emoção). Qual deles utiliza?
Ao
escrever, o poeta usa ________.
2. Na 2.ª estrofe, compara todas as suas emoções (sonhos,
vivências, ausências, perdas) a um «terraço». Como interpretas essa
comparação?
As
emoções são semelhantes a _______________.
3. Nesse terraço de emoções, o poeta procura «outra coisa» — a
emoção estética. Qual o verso que a refere?
«.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . .. . . . . . .».
4. Para encontrar essa emoção estética, como escreve o poeta?
Sobre que escreve? (Interpreta os quatro primeiros versos da última estrofe.)
O
poeta escreve distanciado daquilo que sentiu anteriormente («__________»), sem
_______ («livre do meu enleio»).
5. Mostra a ironia presente neste poema.
O
último verso é irónico, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .
6. Analisa a estrutura
formal do poema.
O
poema apresenta grande regularidade formal: são três estrofes de cinco versos
(isto é, três _______), de ___ sílabas métricas, com o esquema rimático
_________ (portanto, de rima __________ e _________).
7. Estabelece a relação
entre os poemas «Isto» e
«Autopsicografia».
Os
poemas «Autopsicografia» e «Isto» têm como tema comum o _________. Neles, o
poeta expõe o seu conceito de poesia enquanto intelectualização da ______.
Completa o ponto 1 de «À letra»,
na p. 29:
1. Relê os versos finais de
«Autopsicografia» (p. 27) e atenta na forma verbal destacada: «Gira, a entreter
a razão, / Esse comboio de corda / Que se chama coração.» Completa as frases
seguintes com a forma do verbo «entreter», no tempo e no modo indicados entre
parênteses.
a. As dores reais do poeta
___________ (pretérito imperfeito do indicativo) a razão.
b. Espero que os versos «fingidos» ___________ (presente do
conjuntivo) os leitores.
c. Eu sempre me __________ (pretérito perfeito simples do
indicativo) com a obra pessoana.
[Questionário de gramática]
Não uses o manual nem nenhum outro material para além desta folha e de
lápis ou caneta. Em todos os casos, deves escrever um dos termos que ponho
entre parênteses no enunciado. Não é obrigatório que estejam representados nas
frases todos esses termos. (Se não souberes, evita escrever ao calhas.)
Versão com Quenda a chutar mal
Classifica quanto ao
processo irregular de formação de palavras
(extensão semântica, empréstimo, truncação, amálgama, sigla, acrónimo,
onomatopeia):
|
Kamela
(< Kamala + camela) |
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|
dossiê
(< fr. dossier) |
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|
Santi
(< Santiago) |
|
|
IVA
(pronunciado iva) |
|
|
vírus
[informática] < vírus |
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|
zumbir
(< do som do inseto a esvoaçar) |
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|
Ota
(< Otamendi) |
|
|
domótica
(< domos [‘casa’] + informática) |
|
|
SLB
(pronunciado esseelebê) |
|
Classifica quanto ao
valor aspetual (genérico, perfetivo, imperfetivo,
habitual, iterativo):
|
Quenda
chutou mal. |
|
|
O
King é o herói da aldeia. |
|
|
O
King costuma seguir a dona por toda a parte. |
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Olímpia
andava a passear pelos campos. |
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|
Olímpia
tem revelado, cada fim de semana, múltiplos sinais de Alzheimer. |
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Fernando
Pessoa bebia aguardente. |
|
Classifica quanto à
modalidade (deôntica, epistémica, apreciativa):
|
O
Benfica já não deve apurar-se para a próxima fase da Champions. |
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|
Segundo
as medidas de coação aplicadas, o rapaz que matou a mãe não pode sair da
instituição. |
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|
Ufa!
Tanta gramática! |
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|
Fernando
Pessoa nasceu em 1888. |
|
|
Tens
de estudar mais os valores modais. |
|
Classifica quanto à
função sintática os constituintes sublinhados (sujeito,
vocativo, modificador apositivo do nome, modificador restritivo do nome,
complemento do nome, complemento do adjetivo, predicado, complemento direto,
complemento indireto, complemento oblíquo, agente da passiva, predicativo do
sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal,
modificador de frase):
|
Fábio
Loureiro fugiu para Marrocos. |
|
|
Os
jornalistas elegeram Dembélé bola de ouro. |
|
|
Desenlacemos
as mãos. |
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|
Delegados
e subdelegados nomearam representante suplente dos alunos o Francisco. |
|
|
A
alteração do futebol do Benfica é mérito de Lukebakio. |
|
|
Em
Chaves, um cão matou uma criança. |
|
|
A
Cova da Moura, que visitei há anos para fazer inquéritos
dialetológicos, é pacata. |
|
|
Li
que a rapidez do automóvel trouxe novos estímulos. |
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|
Estão
aí as intercalares. |
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|
Mourinho,
que os fãs admiram, usa a Uber Eats. |
|
|
A
falecida avó do menino, que era de Faiões, também era muito boa
pessoa. |
|
|
Fernando
Valente, o principal suspeito, pode ser acusado até final do mês. |
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|
Quatro
dos golos foram marcados por Gyökeres. |
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|
Estou
certo de que a próxima edição será um sucesso. |
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|
Os
alunos ultrapassaram-me na chegada ao bloco. |
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|
A
Amorim os sportinguistas desejam muitas felicidades. |
|
|
A
tia faleceu, porque tinha um duende no peito. |
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|
O
afilhado de Marco Paulo ficou podre de rico. |
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|
Na
Europa consideram-nos muito simpáticos. |
|
|
Não
tremas, Terra, porque não queremos mais um terremoto. |
|
Versão
com advogado de Sócrates a renunciar
Classifica quanto ao
processo (irregular) de formação de palavras
(extensão semântica, empréstimo, truncação, amálgama, sigla, acrónimo,
onomatopeia):
|
chave
[‘solução’] < chave, ‘instrumento que abre portas, cofres, etc.’ |
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|
TAP
(pronunciado tape) |
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|
ronrom
(< do ruído da traqueia do gato) |
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|
Mana
(< Manaen) |
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nega
(< negativa) |
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Chalanix
(< Chalana + Asterix) |
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|
ateliê
(< fr. atelier) |
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|
TPC
(pronunciado tepecê) |
|
|
espanglês
(< espanhol + inglês) |
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Classifica quanto ao
valor aspetual (genérico, perfetivo, imperfetivo,
habitual, iterativo):
|
Pessoa
fazia traduções em firmas de amigos. |
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Em
Faiões, a criança foi atacada pelo cão. |
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|
A
Judiciária está a investigar a morte da criança. |
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|
A
família costumava visitar os avôs sempre que possível. |
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|
Esta
raça de cães tem ocasionado todas as semanas notícias tristíssimas. |
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|
A
cadela é do avô do menino. |
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Classifica quanto à
modalidade (deôntica, epistémica, apreciativa):
|
É
uma tristeza estudarem tão pouco! |
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A
renúncia do advogado de Sócrates deve ser uma estratégia da defesa. |
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|
A
juíza não pode pactuar com estas manobras dilatórias. |
|
|
Traz-me
o facalhão, Heliodoro. |
|
|
No
dia 20 a escola faz quarenta e quatro anos. |
|
Classifica quanto à
função sintática os constituintes sublinhados (sujeito,
vocativo, modificador apositivo do nome, modificador restritivo do nome,
complemento do nome, complemento do adjetivo, predicado, complemento direto,
complemento indireto, complemento oblíquo, agente da passiva, predicativo do
sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal,
modificador de frase):
|
Abriguem-se,
alunos, porque vem aí um exercício de prevenção. |
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|
Designaram
Joana Domingues representante dos alunos no Conselho Geral. |
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A
tradução de poemas é sempre um grande desafio. |
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|
Georgina
só agora regressou do hospital. |
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Os
dragartos acharam Bruno Lage uma ótima escolha. |
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Dentro
de poucos dias começam umas pequenas férias. |
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As
cheias em Barcelona preocupam-nos. |
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Há
cada vez mais mulheres interessadas em praticar longboard dancing. |
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O
homem que matou a sua companheira não sabe o que lhe passou pela
cabeça. |
|
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Olha
que são só dois douradinhos. |
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|
Matilde
Mourinho, que é joalheira, casou-se em Azeitão. |
|
|
Mourinho,
que os fãs adoram, encomenda muita coisa pela Uber Eats. |
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|
Filomena
Silva, a tia da grávida da Murtosa, passou dias e dias sem dormir. |
|
|
Porque
há eleições para a AE, a escola está
barulhenta. |
|
|
O
orçamento de estado foi aprovado pela maioria dos deputados. |
|
|
Na
prisão de Vale de Judeus, os telemóveis são
mais que muitos. |
|
|
Ao
Sporting só pagam a cláusula. |
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|
A
grávida da Murtosa continua desaparecida. |
|
|
Abraço-te
por mais este bom resultado. |
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|
Vem
sentar-te comigo. |
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Aula 41-42 (11 [1.ª, 2.ª], 13/nov [3.ª])
No Secundário (10.º ano), o estudo dos Lusíadas
centra-se em dois aspetos, para além da revisão da estrutura da obra: (i) mitificação do herói; (ii) reflexões do Poeta. Na aula de hoje
faremos uma síntese das estratégias usadas para a mitificação do herói.
Eis a parte B do Grupo I do exame de 2019, 2.ª fase. O texto era constituído pelas
estâncias 26 a 29 do canto VI de Os
Lusíadas. Resolve só a pergunta 5 e, se tiveres tempo, depois, a 6.
4.
Explicite as estratégias argumentativas utilizadas por Baco (estâncias 27 e 28)
para convencer Neptuno, Oceano e os outros deuses marinhos a serem seus
aliados.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5.
Apresente dois aspetos distintos que, na estância 29, evidenciem a mitificação
do herói, fundamentando cada um deles com uma transcrição pertinente.
[Resposta a 5 [para ajudar, fica esta
«tradução» da estância 29:
“Vistes que, com extraordinária ousadia, [os
homens, como Ícaro,] já tentaram voar pelo céu.
Vistes a sua tresloucada
audácia, arriscando-se ao mar com velas e com remos.
Vistes, e quotidianamente as estamos vendo
ainda, tais soberbas e insolências dos mortais, que receio venham a ser, dentro
de poucos anos, deuses do mar e do céu, enquanto que nós desceremos à categoria
de simples homens.”]:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6.
Complete as afirmações abaixo apresentadas, selecionando da tabela a opção
adequada a cada espaço. Na folha de respostas, registe apenas as letras e o
número que corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.
Nestas estâncias, são utilizados alguns recursos
expressivos frequentes em Os Lusíadas:
na expressão «peito oculto» (v. 3), está presente uma a)
; a apóstrofe ocorre, por
exemplo, em b) .
|
a) |
b) |
|
1.
personificação |
1.
«o mar irado» (v. 10) |
|
2.
anástrofe |
2.
«padre Oceano» (v. 13) |
|
3.
metáfora |
3.
«fracos e atrevidos» (v. 24) |
|
4.
comparação |
4.
«humanos» (v. 32) |
https://www.rtp.pt/play/p4460/e808293/1986
Completa depois de vermos partes do episódio 1 da
série 1986, criada por Nuno Markl e realizada por Henrique Oliveira, e
de lermos umas estâncias de Os Lusíadas, de Camões:
|
Os
Lusíadas |
1986 |
|
Herói é ______. São os portugueses, incluindo,
no plano da viagem, os navegantes, com destaque para Vasco da Gama, e, no
plano da ______, os reis e outros famosos que praticaram atos gloriosos. |
Herói é individual. É ______, que alterna
entre o plano do sonho, em que se imagina em situações heroicas, e o plano da
______, em que sofre frustrações e é chamado à razão pelas outras
personagens, quando acorda. |
|
Sujeito e personagens
mitificam o herói |
Protagonista
«automitifica-se» |
|
Os portugueses vencem, com audácia e destemor,
perigos que o poeta vai superlativando. No canto V, o _____ assinala essa
superação (o gigante diz terem sido os portugueses os únicos que o venceram).
|
Tiago imagina-se um herói à imagem do
protagonista de Amanhecer Violento, capaz de alvejar o seu opositor em
defesa da heroína (que se percebe ser ______, ainda que caracterizada como
nas aventuras do filme a que se alude). |
|
Logo na Proposição o sujeito poético considerara
os feitos que relataria superiores aos narrados nas ______ antigas. É
frequente a comparação com outros heróis míticos (por exemplo, na Dedicatória
a D. Sebastião — cfr. p. 311, canto I, est. 18 —, os portugueses são
identificados com os _______). |
Além da emulação através de figuras do cinema e
da música, Tiago tem em conta também uma referência de ordem ______
(tendo-lhe sido aconselhados os Contos do Gin Tonic, de Mário-Henrique
Leiria, decide que não se pode comportar passivamente, como fazia, com maus
resultados, a ______ de um dos textos). |
|
Os discursos de Vasco da Gama ao Rei de ______
(cantos III-IV) e de Paulo da Gama ao Catual (VII) servem para recordar atos
heroicos dos portugueses fora do eixo da viagem, convencendo-nos, e aos
ouvintes indígenas, da excelência dos _______. |
A canção referida ironicamente por Marta, «_______
Boy», saída em 1985, da banda italiana Baltimora, e que estaria na moda à
época em que decorre a ação, leva o protagonista a imaginar-se no centro das
atenções, desta vez enquanto vedeta _______. |
|
Os deuses reconhecem o valor dos portugueses.
_______ interessa-se por eles, protege-os, defende-os perante Júpiter e há de
recompensar a sua bravura com a Ilha dos Amores. Já _____ receia ver-se
vencido pelos portugueses. |
Na sua vontade de corresponder a um perfil
heroico (aliás, «cool»), Tiago gaba-se de ser ____. Marta acabará por aceitar
o oferecimento de Tiago para essas funções, o que será a única _______
recebida pelo herói. |
|
A Ilha dos Amores (IX-X) é o prémio que
simboliza a imortalidade do herói épico. Os marinheiros são aí elevados à
condição de deuses, convivendo com as ______, que os procuram _______, ainda
que fingindo fugir-lhes. |
Em sonho, Tiago imagina que _______, num cenário
que lembra o que se diria adequado à Ilha dos Amores (ou a anúncio de
champôs), o procura _______, embora, na situação real, se limite a passar por
ele no bloco B. |
Vai até à p. 134 do manual. Usando, a certa
altura, o termo «mitificação do herói», escreve um comentário em que te
reportes quer às estâncias 145-146 do canto X dos Lusíadas quer à letra
de «Os Lusíadas» dos Anaquim. Faz, pelo menos, uma citação de cada um dos
textos. A caneta.
Os Lusíadas (Anaquim)
Este
é o nosso triste fado
Do vamos andando e do pobre coitado
Velha canção em que a culpa é do estado
Por ser o espelho do reinado
E
a história por mais do que uma vez
Foi mais cruel que a de Pedro e Inês
Levou-nos o que tanta falta nos fez
Sem deixar razões ou porquês
Temos
fuga ao fisco, estradas de alto risco
Temos valiosos costumes e tradições
Que eu não percebo se nos maldizemos
Quais as razões
Temos
chico-espertos, burlas e protestos
Temos tantos motivos para sorrir
Que eu nem imagino qual será a desculpa
Que vem a seguir
Gosto
tanto deste país
Só não entendo o que o faz feliz
Se é rir da miséria de outros quando a vemos
Ou chorar da nossa própria quando a temos
Gosto
tanto deste país
Só não entendo quando ele se diz
Senhor do futuro maduro, duro mas seguro
E eu juro que ainda não o vi
Os
queixumes, sei-os de cor
Endereçados a nosso senhor
Intercalados com suspiro ou dor
De um bom sofredor
Dentro
de momentos seguem-se os lamentos
Não há dinheiro para os medicamentos
Não há dinheiro para tanto sustento
Tão longe vão outros tempos
Gosto
tanto deste país
Só não entendo o que o faz feliz
Se é rir da miséria de outros quando a vemos
Ou chorar da nossa própria quando a temos
Gosto
tanto deste país
Só não entendo quando ele se diz
Senhor do futuro maduro duro mas seguro
Eu juro que ainda não o vi
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . .
[Solução para comentário
em torno de Anaquim, «Os Lusíadas» & Luís de Camões, Os Lusíadas,
canto X, 145-146:]
Quer as estâncias dos Lusíadas
(canto X, ests. 145-146) quer a letra da canção dos Anaquim transmitem a
deceção dos respetivos sujeitos poéticos, desiludidos com o estado da sociedade
portuguesa, numa decadência ilustrada com «fuga ao fisco, estradas de alto
risco», «chico-espertos, burlas», «não [haver] dinheiro para medicamentos»,
etc. (na canção) e sintetizada na afirmação de que a pátria «está metida / No
gosto da cobiça e na rudeza / Dhũa austera, apagada e vil tristeza» (145, vv.
6-8).
Não se esquecem os poetas,
porém, de mitificar os seus heróis e Portugal, o que se nota particularmente no
elogio dos portugueses dirigido a D. Sebastião no dístico final da estrofe 146
(«Olhai que sois [...] / Senhor só de vassalos excelentes») e, na canção, ainda
que em clave talvez irónica, na repetição do verso «Gosto tanto deste país».
Aliás, o título da canção, «Os Lusíadas», também tem de ser lido como ironia, uma vez que toda a letra é antiépica, recusa a glória que os verdadeiros Lusíadas tiveram como meta enaltecer.
Aula 44 (13 [1.ª], 14/nov [2.ª, 3.ª]) Correção de questionário de gramática.
Versão
com Quenda a chutar mal
|
Kamela
(< Kamala + camela) |
amálgama |
|
dossiê
(< fr. dossier) |
empréstimo |
|
Santi
(< Santiago) |
truncação |
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IVA
(pronunciado iva) |
acrónimo |
|
vírus
[informática] < vírus |
extensão
semântica |
|
zumbir
(< do som do inseto a esvoaçar) |
onomatopeia |
|
Ota
(< Otamendi) |
truncação |
|
domótica
(< domos [‘casa’] + informática) |
amálgama |
|
SLB
(pronunciado esseelebê) |
sigla |
|
Quenda
chutou mal. |
perfetivo |
|
O
King é o herói da aldeia. |
genérico |
|
O
King costuma seguir a dona por toda a parte. |
habitual |
|
Olímpia
andava a passear pelos campos. |
imperfetivo |
|
Olímpia
tem revelado, cada fim de semana, múltiplos sinais de Alzheimer. |
iterativo |
|
Fernando
Pessoa bebia aguardente. |
imperfetivo |
|
O
Benfica já não deve apurar-se para a próxima fase da Champions. |
epistémica |
|
Segundo
[..], o rapaz [...] não pode sair da instituição. |
deôntica |
|
Ufa!
Tanta gramática! |
apreciativa |
|
Fernando
Pessoa nasceu em 1888. |
epistémica |
|
Tens
de estudar mais os valores modais. |
deôntica |
|
Fábio
Loureiro fugiu para Marrocos. |
complemento
oblíquo |
|
Os
jornalistas elegeram Dembélé bola de ouro. |
predicativo
do complemento direto |
|
Desenlacemos
as mãos. |
predicado |
|
Delegados
e subdelegados nomearam representante suplente dos alunos o Francisco. |
predicativo
do complemento direto |
|
A
alteração do futebol do Benfica é mérito de Lukebakio. |
complemento
do nome |
|
Em
Chaves, um cão matou uma criança. |
modificador
do grupo verbal |
|
A
Cova da Moura, que visitei há anos para fazer inquéritos
dialetológicos, é pacata. |
complemento
direto |
|
Li
que a rapidez do automóvel trouxe novos estímulos. |
complemento
direto |
|
Estão
aí as intercalares. |
sujeito |
|
Mourinho,
que os fãs admiram, usa a Uber Eats. |
modificador
apositivo do nome |
|
A
falecida avó do menino, que era de Faiões, também era muito boa
pessoa. |
sujeito |
|
Fernando
Valente, o principal suspeito, pode ser acusado até final do mês. |
modificador
apositivo do nome |
|
Quatro
dos golos foram marcados por Gyökeres. |
agente
da passiva |
|
Estou
certo de que a próxima edição será um sucesso. |
complemento
do adjetivo |
|
Os
alunos ultrapassaram-me na chegada ao bloco. |
complemento
direto |
|
A
Amorim os sportinguistas desejam muitas felicidades. |
complemento
indireto |
|
A
tia faleceu, porque tinha um duende no peito. |
modificador
do grupo verbal |
|
O
afilhado de Marco Paulo ficou podre de rico. |
predicativo
do sujeito |
|
Na
Europa consideram-nos muito simpáticos. |
complemento
direto |
|
Não
tremas, Terra, porque não queremos mais um terremoto. |
vocativo |
Versão
com advogado de Sócrates a renunciar
|
chave
[‘solução’] < chave, ‘instrumento que abre portas, cofres, etc.’ |
extensão
semântica |
|
TAP
(pronunciado tape) |
acrónimo |
|
ronrom
(< do ruído da traqueia do gato) |
onomatopeia |
|
Mana
(< Manaen) |
truncação |
|
nega
(< negativa) |
truncação |
|
Chalanix
(< Chalana + Asterix) |
amálgama |
|
ateliê
(< fr. atelier) |
empréstimo |
|
TPC
(pronunciado tepecê) |
sigla |
|
espanglês
(< espanhol + inglês) |
amálgama |
|
Pessoa
fazia traduções em firmas de amigos. |
imperfetivo |
|
Em
Faiões, a criança foi atacada pelo cão. |
perfetivo |
|
A
Judiciária está a investigar a morte da criança. |
imperfetivo |
|
A
família costumava visitar os avôs sempre que possível. |
habitual |
|
Esta
raça de cães tem ocasionado todas as semanas notícias tristíssimas. |
iterativo |
|
A
cadela é do avô do menino. |
genérico |
|
É
uma tristeza estudarem tão pouco! |
apreciativa |
|
A
renúncia do advogado de Sócrates deve ser uma estratégia da defesa. |
epistémica |
|
A
juíza não pode pactuar com estas manobras dilatórias. |
deôntica |
|
Traz-me
o facalhão, Heliodoro. |
deôntica |
|
No
dia 20 a escola faz quarenta e quatro anos. |
epistémica |
|
Abriguem-se,
alunos, porque vem aí um exercício de prevenção. |
vocativo |
|
Designaram
Joana Domingues representante dos alunos no Conselho Geral. |
predicativo
do complemento direto |
|
A
tradução de poemas é sempre um grande desafio. |
complemento
do nome |
|
Georgina
só agora regressou do hospital. |
complemento
oblíquo |
|
Os
dragartos acharam Bruno Lage uma ótima escolha. |
predicativo
do complemento direto |
|
Dentro
de poucos dias começam umas pequenas férias. |
sujeito |
|
As
cheias em Barcelona preocupam-nos. |
complemento
direto |
|
Há
cada vez mais mulheres interessadas em praticar longboard dancing. |
complemento
do adjetivo |
|
O
homem que matou a sua companheira não sabe o que lhe passou pela
cabeça. |
modificador
restritivo do nome |
|
Olha
que são só dois douradinhos. |
complemento
direto |
|
Matilde
Mourinho, que é joalheira, casou-se em Azeitão. |
sujeito |
|
Mourinho,
que os fãs adoram, encomenda muita coisa pela Uber Eats. |
complemento
direto |
|
Filomena
Silva, a tia da grávida da Murtosa, passou dias e dias sem dormir. |
modificador
apositivo do nome |
|
Porque
há eleições para a AE, a escola está
barulhenta. |
modificador
do grupo verbal |
|
O
orçamento de estado foi aprovado pela maioria dos deputados. |
agente
da passiva |
|
Na
prisão de Vale de Judeus, os telemóveis são
mais que muitos. |
modificador
do grupo verbal |
|
Ao
Sporting só pagam a cláusula. |
complemento
indireto |
|
A
grávida da Murtosa continua desaparecida. |
predicativo
do sujeito |
|
Abraço-te
por mais este bom resultado. |
complemento
direto |
|
Vem
sentar-te comigo. |
predicado |
A parte B do Grupo
I da prova de exame de Português mais recente (2024, 2.ª fase) aproveitava
uma ode de Ricardo Reis. (A
parte A do mesmo Grupo I usava um texto de A Cidade e as Serras,
de Eça de Queirós; a parte C — ou item 7 — pedia uma «breve
exposição» em que se compararia uma pintura de René Magritte e o texto da parte
A.)
PARTE B
Leia o poema e as notas.
As rosas amo dos jardins
de Adónis1,
Essas volucres2
amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.
5 A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e
acabam
Antes que Apolo3 deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida
um dia,
10 Inscientes4, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.
Ricardo
Reis, Poesia,
edição de Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 2000, pp.
13-14.
NOTAS
1 Adónis – jovem da mitologia grega, símbolo
de beleza masculina.
2 volucres – efémeras.
3 Apolo – deus grego do sol.
4 Inscientes – ignorantes.
* 4. Explicite a importância
da referência aos elementos da natureza para o desenvolvimento do pensamento do
sujeito poético.
. . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . .
[Solução possível:
As rosas representam a
efemeridade da vida. São «volucres» (v. 2), pois, «em o dia em que nascem» (v.
3), morrem, pelo que ilustram o carácter transitório da existência. Por outro
lado, uma vez que «nascem nascido já o Sol» (v. 6) e perecem antes que ele se
ponha, «a luz para elas é eterna» (v. 5), o que deve inspirar os humanos a
aproveitarem moderadamente a vida, conscientes da sua finitude, semelhante à de
«um dia» (v. 9) das rosas.
O curso diurno do sol
representa a duração da vida: para a rosa, um dia; para o ser humano, uma
passagem efémera («O pouco que duramos» ‒ v. 12).]
* 5. Explique os quatro
últimos versos do poema, tendo em conta o ideal de vida defendido pelo sujeito
poético.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . .
[Solução possível:
Face à constatação da
efemeridade da vida, o sujeito poético aconselha Lídia a que viva o momento
presente («Assim façamos nossa vida um dia» ‒ v. 9), de acordo com o
princípio epicurista do carpe diem, único caminho
para a felicidade e para a ausência de dor, assumindo uma atitude de
indiferença face à passagem do tempo, num esforço de autodisciplina. Exorta-a a
assumir uma atitude deliberada de aceitação da efemeridade da vida e da
inevitabilidade da morte («há noite antes e após / O pouco que duramos» ‒ vv. 11-12).]
6. Complete as afirmações
abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço. Na folha de
respostas, registe apenas as letras – a) e b) – e, para cada uma
delas, o número que corresponde à opção selecionada.
No poema apresentado, constata-se o classicismo da poesia de
Ricardo Reis, nomeadamente através do recurso à _______ [a)], nos versos
7 e 8. O carácter moralista da poesia deste heterónimo pessoano é indiciado
pelo uso de verbos conjugados na primeira pessoa do modo conjuntivo, como ocorre
_______ [b)]
|
a) |
b) |
|
1. perífrase 2. hipérbole 3. metonímia |
1. no verso 12 2. no verso 1 3. no verso 9 |
Aula 45-46 (18 [3.ª], 21 [1.ª], 22/nov [4.ª])
|
v. 1 |
Neste verso, podemos
notar a ______ adjetivação que qualifica «música». Além disso, como acontece
geralmente quando os adjetivos precedem os nomes, pelo menos «pobre» não tem
aqui o seu sentido mais objetivo (denotativo), antes adquire um valor
subjetivo (________), talvez próximo de ‘infeliz’, ‘saudosa’ (na verdade, não
sei bem). |
|
v. 2 |
O «por que» não pode ser
confundido com a conjunção subordinativa causal «________». Com efeito,
equivale a «por qual [agrado]», sendo o «que» um determinante relativo. No
outro dia, exemplifiquei a mesma situação com «por que motivo» ou «por que
razão». |
|
v. 3 |
«lágrimas» não rima com
«música». Ou seja, a rima desta quadra não é completamente _______, é
A-B-C-B, só os vv. 2 e 4 rimam, como é habitual nas quadras verdadeiramente
populares. |
|
v. 4 |
Embora feche a frase,
«Meu olhar parado» desempenha a função sintática de _______ (ou seja, há um
leve hipérbato, uma vez que a ordem mais natural da frase seria com o sujeito
à cabeça: «Meu olhar parado enche-se de lágrimas»). |
|
v. 5 |
Nota que é «Recordo»
(não é «Relembro, como vocês diriam). O mais interessante é o complemento
direto «outro ouvir-te», com um _______ (e pronome) a servir de nome. |
|
v. 6 |
O «te» é complemento
______ (na 3.ª pessoa, teríamos «a» ou «o», não «lhe»). Verifiquemos a
métrica: este verso é _________. (Tem em conta que «te ou» conta como uma só
sílaba: «t’ou».) Todos os versos do poema são de redondilha menor. |
|
v. 7 |
«Nessa minha infância»
parece acolher a possibilidade de o poeta ter tido _______ infâncias, o que
talvez remeta para a distinção entre a infância vivida efetivamente, mas com
o poeta inconsciente da felicidade que ela lhe poderia trazer, e aquela que
ele agora racionaliza (no fundo, fictícia). Isto lembra-nos outros tópicos do
ortónimo: a ‘dor de pensar’ e o ‘________ artístico’. |
|
v. 8 |
O referente do termo
anafórico «ti» é «________». (Já agora: podemos dizer que o «te» do v. 5 faz
parte da mesma cadeia anafórica.) |
|
v. 9 |
Em «ânsia tão raiva», o
que há de original é usar-se um _____ («raiva») quando se esperaria um
adjetivo («______»). |
|
v. 10 |
Neste verso o
complemento direto («aquele outrora») integra um determinante («aquele») e um
______ («outrora»). Usa-se um advérbio como se fosse um nome. |
|
v. 11 |
Provavelmente, neste
verso alude-se à impossibilidade de conjugar _____ e sentimentos espontâneos
(que levava o poeta a invejar gatos e ceifeiras). O paradoxo é o de que só se
pode ser feliz se não se souber que se está a ser feliz. |
|
v. 12 |
«Fui-o outrora agora» é
um verso que, em termos das regras de coesão e coerência, seria reprovado.
Mas, é claro, o valor de um texto literário está mesmo na originalidade com
que são quebradas essas regras. O sujeito poético assume que, no presente,
quando racionaliza uma felicidade que não sabe se, no _____, sentiu
efetivamente, é feliz (decerto nos termos do que estipulou no chamado
‘fingimento artístico’). |
Relanceia,
à esquerda, «Pedrouços» (p. 44) e o esquema que explica estoutro texto de
nostalgia da infância.
Escreve a função sintática ao lado dos
segmentos que fui sublinhando, da letra de «A Paixão (segundo Nicolau da
Viola)» (Rui Veloso, Mingos &
Samurais, 1990).
«A Paixão (segundo Nicolau
da Viola)»
(Carlos Tê / Rui Veloso-Carlos Tê)
Tu eras aquela que eu
mais queria ________
Para me dar algum
conforto e companhia ________
Era só contigo que eu
sonhava andar
Para todo o lado e até quem
sabe talvez casar
Ai o que eu passei só por
te amar
A saliva que eu gastei para
te mudar
Mas esse teu mundo
era mais forte do que eu ______
E nem com a força da música
ele se moveu
Mesmo sabendo que não
gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
P’ra te levar ao
concerto que havia no Rivoli ______
E era só a ti que eu mais
queria
Ao meu lado no concerto
nesse dia ______ ______
Juntos no escuro de mão
dada a ouvir
Aquela música maluca sempre
a subir
Mas tu não ficaste nem meia
hora
Não fizeste um esforço p’ra
gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande
lição
Não se
ama alguém que não ouve a mesma canção ______
Mesmo sabendo que não
gostavas ______
Empenhei o meu anel de rubi
P’ra te levar ao concerto que
havia no Rivoli ______
Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a
fazer
A minha paixão por ti era
um lume
Que não tinha mais lenha por onde arder ______
Mesmo sabendo que não
gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
P’ra te levar ao
concerto que havia no Rivoli ______
Lido «O avô e o neto» (p. 42), explica a
dimensão narrativa do poema, delimitando os momentos do episódio relatado e
mostrando como a nostalgia da infância é tratada.
. .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Escreve frases introduzidas por «Lembro-me
que», que reportem um episódio, um simples incidente, bom ou mau, possivelmente
insignificante, mas que ficou registado para sempre na tua memória. (Cfr.
frases de Luís Maio — na Fugas —, no
estilo que pretendo.)
Lembro-me que ... .
Lembro-me que ... .
Lembro-me que ... .
Lembro-me que ... .
Lembro-me que ... .
Lembro-me que ... .
TPC — Volto a pedir para leres o que escrevi em «Como vai ser o "Projeto de leitura"», para me poderes dizer alguma coisa sobre o assunto.
Aula 47 (17 [2.ª, 3.ª], 18/nov [1.ª]) A Parte B do Grupo I da prova nacional de Português do ano passado (2024, 1.ª fase) usou um texto de Álvaro de Campos que tem que ver com a nostalgia da infância (que já conhecemos quer no ortónimo quer, precisamente, em Álvaro de Campos).
PARTE B
Leia o poema.
Depus a máscara e vi-me ao espelho...
Era a criança de há quantos anos...
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
5 É-se sempre
a criança,
O passado que fica,
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor.
10 Assim sou a
máscara.
E volto à normalidade como a um términus de linha.
Álvaro de Campos, Poesia, edição de Teresa Rita Lopes,
Lisboa, Assírio & Alvim, 2002, p. 514.
*4. Explique a importância da
máscara na construção da dualidade do sujeito poético, tal como é apresentada
ao longo do poema.
*5. Depois de tirar a
máscara, o sujeito poético opta por tornar a pô-la.
Justifique essa opção, com
base em dois aspetos significativos.
6. Considere as afirmações
seguintes sobre o poema.
I. O ato de se ver ao
espelho sugere o desejo de autoconhecimento por parte do sujeito poético.
II. O sujeito poético anseia
voltar a viver o seu tempo de infância.
III. A coexistência de versos
longos e de versos curtos contribui para o ritmo do poema.
IV. O recurso às reticências,
no verso 3, indicia a frustração sentida pelo sujeito poético.
V. No texto, evidenciam-se
características da linguagem poética de Álvaro de Campos, como a liberdade
formal e o uso de anáforas.
Identifique as três afirmações verdadeiras. Escreva, na
folha de respostas, os números que correspondem às afirmações selecionadas.
Depois
de vermos parte do segundo episódio de O
Programa do Aleixo, série 2, na linha sob os constituintes destacados identifica
a função
sintática que desempenham.
Na Rússia, uma mulher sobreviveu ao ataque de um urso polar.
________ _____________________
Os ursos polares são os branquinhos, Busto.
____________
____
Como os ursos são
branquinhos, toda a gente lhes
quer fazer festinhas.
___ ________
Ø [Eu] Sempre soube que os ursos polares eram os mais
perigosos.
Sujeito (subentendido) _________________________________
O Busto julga-se mais
biólogo do que os outros.
___
______________________
Diz-me o nome da tua rede wireless para eu me ligar à internet.
___ _____________________
O nome que eu tinha era «BrunoAleixo2000» e a internet estava lenta.
__________ ____
Olha, chegou o Bussaco.
_________
Os ursos polares não
caem em truques básicos.
______________ ________________
Fui para o Polo Norte a pé.
_____________ ____
Eu acho que a minha prima deve ser boa.
__________________________
O Nélson acha a prima boa.
_______
___
Classifica as orações sublinhadas:
O
prometido é devido (Carlos
Tê / Rui Veloso)
Naquele trilho secreto,
Com
palavras santo e senha,
Eu
fui língua e tu, dialeto,
Eu
fui lume e tu foste lenha.
Fomos
guerras e alianças, ____________________
Tratados
de paz e pessangas,
Fomos sardas, pele e tranças, ...............................................
Popeline, seda e ganga.
Recordo
aquele acordo,
Bem
claro e assumido:
Eu
trepava um eucalipto _____________________
E tu tiravas o vestido. _____________________
Dessa
vez, tu não cumpriste
E
faltaste ao prometido;
Eu
fiquei sentido e triste.
Olha que isso não se faz: _______________
Disseste que,
se eu fosse audaz, ________________
Tu tiravas o vestido. ...........................................
O
prometido é devido.
Rompi
eu as minhas calças, ______________________
Esfolei
mãos e joelhos
E
tu reduziste o acordo _______________________
A
um montão de cacos velhos.
Eu,
que vinha de tão longe __________________________
(do
outro lado da rua),
Fazia
o que tu quisesses _________________________
Só
para te poder ver nua.
Quero
já os almanaques __________________________
Do
fantasma e do patinhas,
Os
falcões e os mandrakes.
Tão
cedo, não terás novas minhas.
TPC — Vai relanceando a ficha corrigida sobre frase complexa.
Aula 48 (18 [1.ª], 24 [2.ª], 28/nov [3.ª]) Correção dos «Lembro-me». Assistência a declamações de «Nêspera» e «Exageros», de Mário-Henrique Leiria, por Mário Viegas.
Já conheces textos «deambulatórios». Lemos poemas de Cesário Verde em que o sujeito poético vai observando o contexto e refletindo sobre ele, ou pensando em si próprio, à medida que passeia pela cidade. Alberto Caeiro também poderia escrever textos assim, ainda que observando paisagens campesinas (e evitando refletir muito ou, pelo menos, dizendo-nos que não refletiria).
Podemos criar texto no
mesmo estilo, de quem vai andando (e pensando), mas em prosa — ou em prosa
quase poética.
Cada período deve ter mais
uma palavra que o anterior. Um dos critérios para aferir qualidade do resultado
é não se perceber que havia algum constrangimento formal. Exemplo:
Passeio. Melhor, divago. Erro sem destino. Vou não sei aonde. Esta
Lisboa que observo assusta-me. E, no entanto, conheço-a desde criança.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Classifica quanto à função
sintática os segmentos sublinhados:
Antes Dela [aliás, porque não pode haver contração: de
ela] Dizer Que Sim (Bárbara Tinoco)
Ele não sabe o nome dela
Tem medo de perguntar
Ela é como atriz de novela _________________________________
Que ele gosta de ver sonhar
Ela não sabe o nome dele
Tem medo de perguntar
E, se as promessas coradas _________________________________
Foram bebida a falar,
E ele não contou
Mas ela não escondeu
Com quem a noite passou, _________________________________
Jura ela o seu Romeu
Ele quer mais
Ela também
Talvez por isso nesse dia
Ele foi vê-la à luz do dia _________________________________
Ele gosta das formas dela _________________________________
E ela diz que ele tem bom ar
O mundo finge não saber _________________________________
Que ele não é rapaz de fiar
Ela tem um novo sorriso
Mas medo de o partilhar _________________________________
Ele gosta mais do que é preciso
De a desafiar
Ele, que sabia de cor _________________________________
As moças mais fáceis,
Engates mais rascas;
Ela, que ficava em casa fechada _____________________________
Com medo de ser
Só mais um rabo de saias;
Ele agora diz que a ama, _________________________________
Dormem juntos só a dormir
Gosta dela de pijama
E ela de o corrigir…
Ela
agora diz que o ama,
Dormem
juntos só a dormir,
Gosta
dele desarmado,
E
ele de a ver despir.
E
as velhinhas, na cidade,
Sussuram no meu tempo não era assim,
Oh
onde já se viu dois enamorados,
Com
cara de parvos,
Antes
de ela dizer que sim.
Mas
ele ainda se lembra,
De
descer aquelas escadas,
Ganhar
coragem, perguntar,
E
como raio tu te chamas.
Ela
fingiu-se de irritada,
Ofendida
pela trama, ________________________________
Reuniu coragem para o amar, ____________________________
Perguntou
e tu como raio te chamas.
Aula 49-50 (24 [1.ª], 28/nov [2.ª, 3.ª]) Correção de comentário a «O avô e o neto» ou de textos deambulatórios.
[Solução possível para
comentário a «O avô e o neto»:
O poema configura uma narrativa, uma vez que recria um
episódio com personagens (avô
e neto), as suas ações e as suas falas.
É possível delimitar dois momentos: as três primeiras
estrofes centram-se na reação emotiva do avô, «ao ver o neto a brincar» (v. 1);
as três seguintes focam essencialmente o neto e a naturalidade da sua
brincadeira e das suas palavras.
O sujeito poético narra uma situação ilustrativa da
nostalgia da infância. O avô, «ao ver o neto a brincar» (v. 1), sente uma
tristeza motivada pelas saudades do seu tempo de criança e deseja poder voltar
a esses momentos (vv. 3-6). Ao recordar o passado, lembra a tristeza inocente
que advinha da desconstrução dos seus castelos de brincar. Associam-se, assim,
uma tristeza presente relativa ao passado e a recordação de uma tristeza vivida
nesse passado.
A fala do neto revela a inocência típica das crianças,
ao pensar que o choro do avô se deve à queda da construção. ]
Na p. 38, lê «Às vezes, em sonho triste».
As estrofes são {escolhe, mas no futuro terás de
saber de cor estes nomes} dísticos / tercetos / quadras / quintilhas /
sextilhas / setilhas / oitava / novena ou nona / décima.
Quantas rimas diferentes há em cada estrofe? Há ______,
exceto no caso da terceira estrofe, em que teríamos um esquema rimático
__-__-__-__-__.
Vê,
no entanto, este detalhe do manuscrito de Pessoa e propõe uma nova decifração
do v. 13 do poema (ou v. 3 da estrofe em causa), tendo em conta o esquema
rimático mais esperável:
O verso que Pessoa efetivamente escreveu foi . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .
Faz a divisão em sílabas métricas do verso que
corresponda ao teu número de pauta (se fores de 21 em diante, subtrai vinte,
escolhendo o v. 1, depois o v. 2, etc.); e classifica o verso em termos de métrica:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Responde às perguntas 1 a 4 no manual, completando as
respostas que já pus.
1. Ao longo do poema, o
sujeito poético descreve um «país» imaginado. Comprova o carácter idealizado
desse lugar.
Ao longo do poema, descreve-se um «país» _______, que existe
apenas «em sonho triste» (v. 1) e como resposta aos «desejos» (v. 2) do ______
poético. Trata-se de um espaço sem existência ____, acessível apenas nos
momentos de «longínquo divagar» (v. 15).
2. Seleciona a opção de resposta adequada para completar as
afirmações. [Vê as alíneas com as alternativas no manual]:
O vocabulário utilizado no texto contribui para acentuar o
carácter onírico do local descrito. Assim, o advérbio «longinquamente» (v. 3)
assinala ______ entre a existência concreta do «eu» e o «país» sonhado, cuja irrealidade
é reforçada através do adjetivo _____.
3. Explicita o modo como é
vivida a passagem do tempo, tendo em conta a segunda estrofe do poema.
De acordo com a segunda estrofe, a experiência da passagem do
tempo é marcada pela espontaneidade ou ______ — «Vive-se como se nasce / Sem o
querer nem saber» (vv. 6-7) — e pela _____ cíclica da vida — «O tempo morre e
renasce / Sem que o sintamos correr.» (vv. 9-10). Deste modo, tratando-se de um
tempo circular, não-linear, não há consciência da sua _______.
4. Identifica o recurso
expressivo presente no verso 17 — «É uma infância sem fim.» — e relaciona o seu
valor com as características do «país» descrito ao longo do poema.
A ______,
associando a existência no país onírico a uma «infância» ilimitada, resume o
ambiente de felicidade e de ingenuidade que o sujeito poético imagina, num
espaço/tempo marcado pela ______ de pensamentos e pela inocência próprios da
meninice.
Usaremos a prova de exame de 2019 (1.ª fase), que
aproveitava um texto igualmente «catalogado» como sobre ‘sonho e realidade’.
Responde aos três itens que constituíam a Parte
A do Grupo I — no caso do item 2 podes aproveitar na tua resposta o que,
nos «Critérios de classificação», se recomendava como tópicos alegáveis, ainda
que, de qualquer modo, tenhas de compor essa síntese em texto e possas
acrescentar ideias tuas.
Bem sei que há ilhas lá ao sul de
tudo
Onde há paisagens que não pode
haver.
Tão belas que são como que o veludo
Do tecido que o mundo pode ser.
5 Bem
sei. Vegetações olhando o mar,
Coral, encostas, tudo o que é a
vida
Tornado amor e luz, o que o sonhar
Dá à imaginação anoitecida.
Bem sei. Vejo isso tudo. O mesmo
vento
10 Que
ali agita os ramos em torpor
Passa de leve por meu pensamento
E o pensamento julga que é amor.
Sei, sim, é belo, é longe, é
impossível,
Existe, dorme, tem a cor e o fim,
15 E,
ainda que não haja, é tão visível
Que é uma parte natural de mim.
Sei tudo, sei, sei tudo. E sei
também
Que não é lá que há isso que lá
está.
Sei qual é a luz que essa paisagem
tem
20 E
qual a rota que nos leva lá.
Fernando Pessoa, Poesia do Eu, edição de Richard Zenith,
2.ª ed., Lisboa, Assírio & Alvim, 2008, pp. 314-315.
1. Nas três primeiras estrofes, o sujeito poético descreve um
lugar idealizado. Apresente duas características desse espaço e exemplifique
cada uma delas com uma transcrição pertinente.
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2. Explique o conteúdo dos versos 3 e
4 e relacione-o com a temática pessoana em evidência no poema.
[tópicos nos «Critérios de classificação», sobre o item 2:
Devem ser abordados os tópicos
seguintes, ou outros igualmente relevantes:
‒ comparação entre a beleza das ilhas e o «veludo», para sugerir a suavidade/a
felicidade que o mundo pode proporcionar, se existir harmonia/se a tessitura
dos seus elementos for harmoniosa;
‒ enquadramento na temática do sonho e da realidade, na
medida em que as ilhas imaginadas permitem ao sujeito poético vislumbrar um
mundo de plenitude a que, no entanto, só pode aceder através do sonho. ]
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3. Explicite dois sentidos das
anáforas e das suas variantes (versos 1, 5, 9, 13, 17 e 19), tendo em conta o
desenvolvimento temático do poema.
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[copiar:
As anáforas «Bem sei» (vv.
1, 5, 9) sublinham a certeza de que o espaço descrito é um espaço de
felicidade, mas também de que, sendo fruto do sonho, é inacessível.
Já nas estrofes finais, a
repetição de «Sei» (vv. 13, 17, 19), aliás ele próprio reforçado («Sei, sim»,
v. 13; «Sei, sei, sei tudo», v. 17»; e «sei também», v. 17), realça a afirmação
de que o sonho é inerente à essência do sujeito poético.]
TPC — Lê esta ficha corrigida sobre Os Lusíadas.
Aula 51 (27 [1.ª], 28/nov [2.ª], ?/dez [3.ª]) Vamos ver as partes B e C do Grupo I da prova de exame de 2023 (1.ª fase). A parte A apresentava três itens (1, 2, 3) todos com escrita e sobre dois textos de José Saramago (um de O ano da morte de Ricardo Reis; e outro de Memorial do Convento); esses três itens, de interpretação dos textos, eram para responder por todos os alunos, independentemente de terem estudado nas suas escolas O ano da morte ou o Memorial.
Parte
B
Leia
o poema e as notas.
Quem
vê, Senhora, claro e manifesto1
o lindo ser de vossos olhos
belos,
se não perder a vista só em
vê-los,
já não paga o que deve a vosso
gesto2.
5 Este
me parecia preço honesto;
mas eu, por de vantagem
merecê-los,
dei mais a vida e alma por
querê-los,
donde já me não fica mais de
resto.
Assi que a vida e
alma e esperança
10 e
tudo quanto tenho, tudo é vosso,
e o proveito disso eu só o levo.
Porque é tamanha
bem-aventurança3
o dar-vos quanto tenho e quanto
posso
que, quanto mais vos pago, mais
vos devo.
Luís
de Camões, Rimas, edição de A. J. da Costa Pimpão, Coimbra, Almedina,
1994, p. 125.
Notas
1
claro e manifesto – de forma clara e incontestável. | 2 gesto –
rosto. | 3 bem-aventurança – grande felicidade.
* 4. Explicite,
com base em dois aspetos significativos, o modo como o sujeito poético reage à
figura feminina evocada no poema. Fundamente a sua resposta com transcrições
pertinentes.
.
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[Solução possível:
O sujeito poético mostra fascínio pela beleza da Senhora,
refletida nos seus olhos, ideia patente em «o lindo ser de vossos olhos belos,
/ se não perder a vista só em vê-los» (vv. 2 e 3).
A veneração pela amada leva o poeta a explicitar
submeter-se-lhe, como fica evidente na entrega total do sujeito poético («tudo
quanto tenho, tudo é vosso» – v. 10).
Note-se ainda a felicidade do sujeito poético, que deriva da
sua entrega plena à amada («é tamanha bem-aventurança / o dar-vos quanto tenho
e quanto posso» – vv. 12 e 13).]
* 5. Considere as afirmações seguintes
sobre o soneto.
(A) O sujeito poético dirige-se à
Senhora através de uma apóstrofe.
(B)
A expressão «perder a vista» (verso 3) é usada com sentido metafórico.
(C)
O sujeito poético arrepende-se de desejar algo cujo preço elevado o impede de
saldar a dívida.
(D) O poema ilustra o estilo engenhoso
do poeta, nomeadamente no último terceto, quando recorre à antítese e ao
paralelismo alcançado através do jogo de palavras.
(E)
Entre a Senhora e o sujeito poético existe uma relação de igualdade.
Identifique as duas afirmações
falsas.
6. Selecione a opção que completa
corretamente a frase seguinte.
Na segunda quadra, o sujeito
poético pretende enfatizar
(A) a sua entrega incondicional, a fim de ser merecedor
de admirar a beleza singular dos olhos da Senhora.
(B) o seu descontentamento por ter de pagar o «preço
honesto» exigido a quem contempla a Senhora.
(C) o contraste entre o preço a pagar para contemplar a
Senhora e a bem-aventurança que alcança.
(D) a ideia de que, ao dar a vida e a alma para ser
merecedor da beleza da Senhora, se iguala aos outros.
PARTE C
Leia a cantiga de amor a seguir
transcrita, tendo em vista o estabelecimento de uma comparação com o soneto
camoniano apresentado na Parte B desta prova.
A
dona que eu am’e tenho por senhor
amostrade-mi-a, Deus, se vos en
prazer for1,
senom dade-mi2
a morte.
A que tenh’eu por lume3
destes olhos meus
5 e
por que choram sempr’, amostrade-mi-a, Deus,
senom dade-mi a
morte.
Essa que vós fezestes melhor
parecer
de quantas sei, ai, Deus!,
fazede-mi-a veer4,
senom dade-mi a
morte.
10 Ai
Deus! que mi a fezestes mais ca mim amar5,
mostrade-mi-a, u6
possa com ela falar,
senom dade-mi a
morte.
Cantigas Medievais
Galego-Portuguesas,
Vol. I, edição de Graça Videira Lopes, Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal,
2016, pp. 151-152.
Notas
1
amostrade-mi-a, Deus, se vos en prazer for – mostrai-ma, Deus, se vos
agradar. | 2 dade-mi – dai-me. | 3 lume – luz. | 4 fazede-mi-a
veer – fazei-me vê-la. | 5 mi a fezestes mais ca mim amar – fizeste
com que eu a amasse mais do que a mim próprio. | 6 u – onde.
* 7. Escreva uma breve exposição na qual
compare os poemas das partes B e C quanto às ideias expressas.
A sua exposição deve incluir:
• uma
introdução;
• um desenvolvimento no qual explicite
um aspeto em que os poemas se aproximam e um aspeto em que os poemas se
distinguem;
• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do
texto
[ Indicações
do IAVE para os classificadores:
Relativamente a cada aspeto, deve
ser abordado um dos tópicos seguintes, ou outro igualmente relevante.
Os poemas aproximam-se, na medida em que:
− ambos os sujeitos poéticos revelam
uma profunda devoção pelas suas senhoras, o que se evidencia no facto de o
sujeito poético do soneto de Camões descrever a amada como aquela a quem deu «a
vida e alma e esperança / e tudo quanto tenho, tudo é vosso» (vv. 9 e 10),
enquanto o sujeito poético da cantiga de amor descreve a amada como a luz dos
seus olhos (v. 4) / aquela que ama mais do que a si mesmo (v. 10) / aquela a
quem serve / presta vassalagem (v. 1);
− ambos os sujeitos poéticos
enaltecem as damas por quem estão apaixonados, destacando a sua beleza, o que
está patente no facto de o sujeito poético do soneto de Camões descrever a
«Senhora» como alguém cujos olhos belos fascinam quem a vê («o lindo ser de
vossos olhos belos, / se não perder a vista só em vê-los» – vv. 2 e 3),
enquanto o sujeito poético da cantiga de amor descreve a amada como um ser
criado por Deus, que a fez a mais bela de todas as mulheres (vv. 7 e 8).
Os poemas distinguem-se, na medida em que:
− no soneto, o sujeito poético
exprime comprazimento na entrega total de si à dama, o que se evidencia, por
exemplo, nos versos 7 e 8 («dei mais a vida e alma por querê-los, / donde já me
não fica mais de resto.») e nos versos 12 e 13 («é tamanha bem-aventurança / o
dar-vos quanto tenho e quanto posso»), enquanto, na cantiga de amor, o sujeito
poético expressa o seu sofrimento amoroso (coita d’amor), pedindo a Deus que
lhe dê a morte, se não puder ver a amada (vv. 2 e 3, 5 e 6, 8 e 9) ou com ela
falar (vv. 11 e 12);
− no soneto, o sujeito poético faz
referência aos olhos femininos para enfatizar a beleza da «Senhora», como se
constata em «Quem vê, Senhora, claro e manifesto / o lindo ser de vossos olhos
belos» (vv. 1 e 2), enquanto, na cantiga de amor, o sujeito poético se refere
aos seus próprios olhos para evidenciar o seu sofrimento devido à ausência da
amada, como se verifica em «destes olhos meus / e por que choram sempr’» (vv. 4
e 5) ]
Escreve a introdução:
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[cópia de um modelo de solução:]
A lírica camoniana de escola clássica, em que se incluem os
sonetos, revela uma atitude de adoração do sujeito poético pela mulher amada
que nos recorda a que, talvez ainda mais hiperbolicamente, exibiam os trovadores medievais nas suas cantigas de
amor. (Ao contrário, muitas composições do Camões mais tradicional parecem
pertencer à linhagem das cantigas de amigo, com o seu ambiente de maior
proximidade entre apaixonados.)
Depois de vermos o trecho de Último a sair, em que as ações de Bruno Nogueira ficam nos
antípodas do código do amor cortês na lírica medieval, completa a tabela
com as seguintes palavras (aqui desordenadas):
ator / trovador /
sussurrar / Bruno / desejo / religiosa / proximidade / voyeurismo / regra /
elogia / assediar / honestidade / intervêm / intervém / nobres / inacessível
|
Cantigas de amor |
Último a sair, episódio Bruno-Sónia |
|
O sujeito poético é um trovador, que se dirige à sua
«senhor», que não ______ e é um ser sobretudo idealizado, incorpóreo. |
Bruno Nogueira é quem
inicia o diálogo, mas tanto o homem (Bruno) como a mulher (Sónia Balacó)
______. |
|
Ambiente é palaciano, o «eu» (trovador) e a dama
são _____. Origem das cantigas de amor é provençal (lembre-se que a primeira
dinastia portuguesa tinha ascendentes franceses), ao contrário das cantigas
de amigo, provavelmente autóctones. |
Contexto imita o de um reality
show, supondo-se que as personagens em causa se comportam como jovens
______ e modelo-atriz. |
|
Amor é mais aspiração do que experiência
sentimental; tudo está sujeito a convenções; ______ respeita a senhor[a] a
quem presta vassalagem amorosa, à maneira cavaleiresca. |
______ não se coíbe de
fazer propostas bastantes explícitas, mais físicas do que espirituais, e
trata a sua colega sem qualquer reserva ou delicadeza. |
|
Pretende-se prolongar o estado de tensão, sem
chegar ao fim do ______. |
Bruno não resiste a
seduzir Sónia sob os lençóis, mesmo quando se supunha ficarem apenas a
______. |
|
_______ da senhor[a] não
poderia ser posta em causa, não havendo quaisquer alusões impróprias, sem se
sair nunca da esfera espiritual; a «mesura»
implicava que não se poderia suspeitar da identificação da amada. |
Bruno não se preocupa em
preservar a imagem de Sónia, o seu estratagema passa mesmo por aproveitar o
______ do público, o que implicava expor ao máximo a sua relação com a amada. |
|
O sujeito poético, o
trovador, superlativa a senhor[a],
que elogia com devoção quase _______. |
Sem grande sentido do
charme, Bruno é várias vezes desagradável com Sónia, que deprecia mais do que
_______. |
|
Há distância entre trovador e a senhor[a], que lhe é _______. |
Haveria ________ máxima
entre amante e amada, se dependesse apenas de Bruno. |
|
Fidelidade é outra ______ imposta
ao trovador. |
Bruno, assim que Sónia se
lhe esquiva, vai _______ Luciana e Débora. |
Aula 52-53 (2 [1.ª, 2.ª], 4/dez [3.ª])
Os
itens que se seguem tratam de crónica de Luís Filipe Borges, «Muda de vida», do
filme Clube dos Poetas Mortos e de
conteúdos dados ou revistos há pouco tempo. Não recorras ao manual nem a outras
fontes. Circunda a melhor alínea de cada item.
O
rapaz choroso que é referido no primeiro parágrafo era conduzido por um
a) professor e
advogado.
b) encenador
profissional.
c) economista e
professor.
d) economista e
advogado.
O «miúdo de quinze
anos» (cfr. primeiro parágrafo) é
a) um rapaz conhecido
do autor.
b) o próprio
narrador, mais novo.
c) o destinatário do
texto.
d) o protagonista
desta crónica.
O uso do presente do
Indicativo nos primeiros parágrafos («Estamos»; «chora»; «vai»; etc.) resulta
de
a) simultaneidade
entre ato de enunciação e o que se relata (o enunciado).
b) esse tempo verbal
poder adequar-se à expressão do futuro.
c) intenção de se
exprimir aspeto imperfetivo da ação.
d) vontade de se dar
um facto passado como se fosse presenciado na atualidade.
«Não é o que está a
pensar, chiça» (1.º parágrafo, ll. 4-5) previne
a) inferência de que
o aluno era «graxista».
b) conjetura de que o
professor tivesse batido no aluno.
c) que os leitores
pensem que o aluno tinha reprovado.
d) possibilidade de
se julgar estar em causa um ato pedófilo.
Na terceira linha do
segundo parágrafo, «prof» é um exemplo de
a) sigla.
b) acrónimo.
c) truncação.
d) amálgama.
«Oh Captain, my
Captain» (terceiro parágrafo) é uma citação
a) inventada no filme
Clube dos Poetas Mortos.
b) de verso de Walt
Whitman.
c) de fala de peça de
Shakespeare.
d) de trecho de
Álvaro de Campos.
Em «o
considero meu mestre» (fim do 2.º período do quarto parágrafo), os
constituintes sublinhados são, respetivamente,
a) sujeito,
complemento direto.
b) complemento
indireto, complemento direto.
c) complemento
direto, predicativo do complemento direto.
d) complemento
oblíquo, complemento direto.
«Ontem o professor telefonou-me» (1.º período do
quinto parágrafo), em termos de tempo e de aspeto, indica
a) simultaneidade e aspeto perfetivo.
b) posterioridade e aspeto iterativo.
c) anterioridade e aspeto perfetivo.
d) anterioridade e aspeto imperfetivo.
«Continuo a tratá-lo assim» (2.º período do quinto
parágrafo) implica
a) simultaneidade e aspeto imperfetivo.
b) anterioridade e aspeto imperfetivo.
c) simultaneidade e aspeto perfetivo.
d) posterioridade e aspeto habitual.
Ainda no começo do
quinto parágrafo, o 2.º período — «Continuo a tratá-lo assim, artigo definido
em destaque, embora ele mo desaconselhe» — significa que o professor
a) lhe pedia para o
tratar sem artigo.
b) lhe pedira para
usar tratamento mais informal.
c) lhe pedira que o
tratasse por tu.
d) preferia o uso de
«stor» ao uso, mais académico, de «professor».
«artigo definido em
destaque» (5.º parágrafo) traduz que, para o narrador, aquele professor
a) não se confunde
com os outros.
b) é o mais definido.
c) é o mais
indefinido.
d) é um entre vários.
Na l. 9 da segunda coluna (portanto, no quinto
parágrafo), na oração subordinada adjetiva relativa restritiva «que publica de
quando em vez», «que» desempenha a função sintática de
a) sujeito.
b) modificador restritivo do nome.
c) complemento direto.
d) complemento oblíquo.
«apercebo-me de que o
tempo é maleável» (no final do quinto parágrafo) alude à circunstância de
a) o narrador
facilmente se transportar para o passado.
b) o protagonista ser
capaz de desenvolver diversíssimas atividades.
c) se ter esbatido a diferença etária entre as
duas personagens.
d) a personagem estar disposta a mudar
radicalmente vida.
Em «Previsível o professor nunca foi, graças a Deus»
(último período do sexto, e penúltimo, parágrafo), «previsível» desempenha a
função sintática de
a) modificador de frase.
b) predicativo do sujeito.
c) complemento direto.
d) predicativo do complemento direto.
No sétimo, e último, parágrafo, em «E, quando
desligo o telefone, sou outra vez o miúdo de 15 anos [...]», a vírgula após a
conjunção «e»
a) está incorreta.
b) está correta, porque isola-se depois uma oração
subordinada temporal.
c) está correta, porque fazemos realmente uma
pausa a seguir à conjunção.
d) está incorreta, porque não estabelecemos
qualquer pausa entre as duas conjunções («e» e «quando»).
«quando desligo o telefone» desempenha a função
sintática de
a) oração.
b) modificador de frase.
c) modificador de grupo verbal.
d) complemento oblíquo.
Neste mesmo sétimo parágrafo, o narrador revela
a) saudade dos tempos de adolescente.
b) indecisão quanto à melhor forma de ajudar um
amigo.
c) tristeza quanto ao que o destino trouxera ao
ex-professor.
d) angústia por ter estragado uma amizade de
tantos anos.
Os anseios do professor de Economia, bem como os
dos alunos de Clube dos Poetas Mortos,
obedecem a uma perspetiva
a) epicurista (à Reis; ou à Caeiro).
b) estoica (à Reis).
c) inconformista.
d) futurista.
Na interpretação original, horaciana, de «Carpe
diem» — que é a seguida por Ricardo Reis —, o conselho a dar ao professor seria
a) o no título do texto: «Muda de vida».
b) «Arrisca, que a vida são dois dias».
c) «Tudo vale a pena se a alma não é pequena».
d) «Deixa-te estar, vive o melhor possível a tua
situação atual».
«Esta aposta pode correr mal» — frase que invento
— exemplifica a modalidade
a) apreciativa.
b) epistémica (valor de probabilidade).
c) deôntica (valor de permissão).
d) deôntica (valor de obrigação).
Classifica os que
quanto à classe de palavra (pronome relativo; conjunção completiva).
No caso dos pronome relativos, diz a função sintática que desempenham.
Gosto de ti (Luísa Sobral)
Gosto de ti, dos pés aos cabelos,
Da ponta dos dedos até à ponta do nariz.
Gosto de ti, de cada pestana,
Da pele, que é cama | _______
Das constelações que eu fiz. | _______
Gosto de ti e sinto até dores no peito,
Mas é só feitio, não defeito,
É amor a transbordar.
Gosto de ti
E, quando se gosta assim,
Só nos dá para cantar.
Gosto de ti, das tuas bochechas,
Sei que foram feitas para beijar devagar. |
_______
E gosto de ti, dos tornozelos,
Até dos cotovelos, que não são fáceis de
amar. | _______
Gosto de ti e sinto até dores no peito,
Mas é só feitio, não defeito,
É amor a transbordar.
Gosto de ti,
Gosto só porque sim, porque é tão bom gostar.
Compara a abordagem ao tema do amor na
letra da canção de Luísa Sobral com a atitude que vimos na cantiga de amor e no
soneto de Camões estudados na última/penúltima aula. Refere dois aspetos distintivos.
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Depois de vermos
o passo de O último a sair, completa com valor temporal (anterioridade, simultaneidade,
posterioridade), valor aspetual
(perfetivo,
imperfetivo, habitual, iterativo, genérico) e valor modal (epistémico, deôntico,
apreciativo).
|
Frases de O último a sair — «Terapia de relaxamento» |
v a
l o r
e s |
||
|
temporal |
aspetual |
modal |
|
|
Aprendi em Algés uma
técnica de relaxamento à base de peixe. |
______ |
______ |
XXXXXX |
|
Isto é só malucos,
meu, fogo! |
______ |
______ |
______ |
|
Não posso explicar
antes [ser à base de peixe]. |
simultaneidade |
XXXXXX |
______ |
|
Fecha
os olhos, vai respirando. |
______ |
______ ______ |
deôntico
(obrigação) |
|
Estás a sentir? |
______ |
imperfetivo |
XXXXXX |
|
Não andamos aqui a
mandar com uma sardinha uns aos outros. |
______ |
______ |
XXXXXX |
|
Com uma dourada é que
é! |
XXXXXX |
XXXXXX |
______ |
|
Andaram a mexer no
armário dos medicamentos... |
______ |
______ |
XXXXXX |
|
Eu estou parvo, de
certeza absoluta. |
______ |
______ |
______ |
|
Tens de tomar a raia
de oito em oito horas. |
______ |
______ |
______ |
|
Estragou a raia. |
______ |
______ |
XXXXXX |
|
Porque
isto está a afetar-me mesmo! |
______ |
______ |
______ ______ |
Resolve «Praticar», 1, na
p. 329. [Circunda a alínea certa:] (A) | (B) | (C) | (D).
TPC — (i) Volto a falar das leituras de livros. O que se pretende é que leiam várias obras. Portanto, assim que já tenham lido a que me anunciaram, deviam ir logo pensando em outra leitura. Por outro lado, quem ainda não me disse nada deve fazê-lo. (ii) Vou abrir tarefa na Classroom para lançarem, passada a computador e já com as minhas emendas, a crónica que estiveram a rever hoje em aula. Não acrescentem texto, nem recorram a IA ou net. (iii) Não esqueçam a leitura dos dois contos que lhes pedi lessem sem falta: «George» (nas pp. 148 a 153 do manual), de Maria Judite de Carvalho e o conto «Sempre é uma companhia» (nas pp. 173 a 179 do manual), de Manuel da Fonseca.
Aula 54 (4 [1.ª], 5/dez [3.ª, 2.ª]) Explicação sobre «texto de opinião».
No
exame de 2020 (época especial), no grupo III saiu o enunciado que se segue.
Responde-lhe, mas só em dois parágrafos,
correspondentes aos dois argumentos (e
exemplos). Não farás, portanto, a introdução (eu já pus um
exemplo de como poderia ficar a introdução) nem a conclusão (que teria extensão
semelhante à da introdução).
Os
exemplos a que recorrerás deverão ser de personagens de «Sempre é uma companhia», de Manuel da Fonseca,
e/ou de «George», de Maria Judite de Carvalho. Se não
tiveres lido os contos, como fora pedido, recorrerás a outras personagens de
qualquer outra ficção, literária, de preferência — assumindo-se, porém, que
falhaste quanto à leitura do(s) conto(s).
Esta
tarefa é para ser feita com o manual fechado; e a tinta.
GRUPO III
Será que as personagens de
ficção constituem apenas uma fonte de entretenimento ou podem também contribuir
para o nosso autoconhecimento e para um mais profundo entendimento do mundo?
Num texto de opinião bem
estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta
palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a questão apresentada.
No seu texto:
– explicite, de forma
clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos,
cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
– utilize um discurso
valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Com efeito,
a literatura serve também para conhecermos outros mundos, convivermos com
psicologias diferentes da nossa ou em que nos revemos. Essa interpretação de
tudo o que nos rodeia através da ficção e das suas personagens proporciona a
cada leitor um melhor autoconhecimento, fá-lo aprofundar o modo como entende a
vida.
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Aula 55 (5 [2.ª, 3.ª], 9/dez [1.ª]) Correção do questionário sobre a crónica «Muda de Vida».
«Tabacaria» é um dos mais importantes
poemas de Álvaro de Campos.
Vamos ouvi-lo em trechos lidos por vários declamadores. De cada um dos
recitadores ouviremos apenas uma parte do poema, de modo a conhecermos o
conjunto todo mas por diferentes cinco leitores, quase todos atores.
A ordem dos declamadores segue, ascendente
e aproximadamente, a sua idade (que o respeitinho é muito bonito). Note-se que
já morreram João Villaret, Mário Viegas e Antônio Abujamra. O vencedor será
convidado a assistir ao hastear da bandeira no dia da Escola Secundária José
Gomes Ferreira em 2026 (exceto se já tiver falecido).
|
Declamador |
Verso ou expressão destacável (por serem expressivos) |
Valores |
|
João Grosso |
|
|
|
Mário Viegas |
|
|
|
Sinde Filipe |
|
|
|
Antônio Abujamra |
|
|
|
João Villaret |
|
|
JOÂO GROSSO [sem vídeo disponível aqui]
[versos finais do longo «Tabacaria»:]
[...]
Mas
um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E
a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me
enérgico, convencido, humano,
E
vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo
um cigarro ao pensar em escrevê-los
E
saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo
o fumo como uma rota própria,
E
gozo, num momento sensitivo e competente,
A
libertação de todas as especulações
E
a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois
deito-me para trás na cadeira
E
continuo fumando.
Enquanto
o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se
eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez
fosse feliz.)
Visto
isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O
homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah,
conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O
Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como
por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me
adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e
o universo
Reconstruiu-se-me
sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Fernando Pessoa, Poesias de Álvaro de Campos, Lisboa, Ática,
1944 (imp. 1993)
Como alguém já disse, Álvaro
de Campos é o «duplo extrovertido de Pessoa». Estas
características encontram-se quer em poemas de Campos quer em textos ortónimos:
Atitude de autoanálise
Tédio existencial
Inadaptação à vida
Evocação nostálgica da infância
Associação da inconsciência à felicidade
Oposição sonho-realidade
Dor de pensar
Na coluna à direita dos versos de
«Tabacaria», escreve a característica que cada um deles pode ilustrar (vá lá,
não escrevas abreviadamente, escreve por extenso):
|
Versos de
«Tabacaria» |
Motivos
Campos & Ortónimo |
|
«Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso
querer ser nada.» (vv. 1-3) |
Tédio existencial |
|
«Olha que não há mais metafísica no mundo senão
chocolates. / Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria»
(vv. 46-47) |
|
|
«Que sei eu do que serei, eu que não sei o que
sou? / Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!» (vv. 33-34) |
|
|
«Fiz de mim o que não soube, / E o que podia
fazer de mim não o fiz» (vv. 59-60) |
|
|
«Falhei em tudo. / Como não fiz propósito
nenhum, talvez tudo fosse nada» (vv. 25-26) |
|
|
«Come chocolates, pequena» (v. 44) |
|
|
«À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do
mundo» (v. 4) |
|
|
«Estou hoje vencido, como se soubesse a
verdade.» (v. 14) |
|
|
«Não, não creio em mim» (v. 40) |
|
|
«Se eu casasse com a filha da minha lavadeira /
Talvez fosse feliz» (vv. 92-93) |
|
|
«Estou hoje dividido entre a lealdade que devo /
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, / E à sensação de
que tudo é sonho, como coisa real por dentro» (vv. 22-24) |
|
|
«Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que
é de folhas de estanho, / Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida»
(vv. 50-51) |
|
|
«Deito tudo para o chão, como tenho deitado a
vida» (v. 51) |
|
|
«Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade
com que comes» (v. 49) |
|
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Português / 12.º 1.ª; 12.º 2.ª; 12.º 3.ª / Escola Secundária José Gomes Ferreira / 2025-2026
(O nome do blogue aproveita título de um livro do patrono da escola.)


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