Saturday, September 07, 2024

Aula 101-102

Aula 101-102 (10 [3.ª (só a primeira parte da aula)], 11 [1.ª (só a primeira parte da aula); 4.ª], 13/mar [1.ª (segunda parte desta aula)]) Correção do questionário sobre início de «Sempre é uma companhia».

É Você

(Tribalistas)

É você

Só você

Que na vida vai comigo agora

Nós dois na floresta e no salão

Nada mais

Deita no meu peito e me devora

Na vida só resta seguir

Um risco, um passo, um gesto, rio afora

 

É você

Só você

Que invadiu o centro do espelho

Nós dois na biblioteca e no saguão

Ninguém mais

Deita no meu leito e se demora

Na vida só resta seguir

Um risco, um passo, um gesto, rio afora

Passa para discurso indireto estes dois parágrafos:

— É você, só você, que na vida vai comigo agora, nós dois na floresta e no salão, nada mais. — disse ela. — Deita no meu peito e me devora, na vida só resta seguir um risco, um passo, um gesto, rio afora.

— É você, só você, que invadiu o centro do espelho, nós dois na biblioteca e no saguão, ninguém mais. — respondeu ele. — Deita no meu leito e se demora.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Exemplifica o discurso indireto livre:

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Vai até às pp. 78-79 do manual. Começa por ler a curta, mas muito conhecida, ode de Ricardo Reis e resolve os itens 1 e 2:

1. [Características são:] ______________.

2. A lua serve ao poeta como exemplo da atitude que os homens devem perseguir, na medida em que . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Passa agora à crónica de Miguel Araújo, «Lavar a louça». Responde aos itens 1 a 5 da p. 79, indicando as alíneas que escolhes:

1. ______ ; 2. ______ ; 3. ______ ; 4. ______ ; 5. ______

Lavar a louça pode exemplicar as tarefas que, por não mobilizarem competências transcendentes e serem exequíveis sem se estar a pensar muito, servem até para aliviar o stress ou, mesmo — numa espécie de desculpa para a evidente procrastinação —, para adiar a dedicação a atividades mais complexas e com deveríamos estar mais comprometidos.

Tenta esboçar um elenco de outras tarefas com esta mesma característica, socorrendo-te de experiência própria:

_______________________

_______________________

_______________________

_______________________

_______________________

Relanceia as pp. 80-81 e, se tiveres tempo, resolve «Praticar» (p. 81):

1. ______ ; 2. ______ ; 3. ______ .


Tempo do discurso vs. Tempo da história

«George», de Maria Judite de Carvalho; «Sempre é uma companhia», de Manuel da Fonseca

Cinema Paraíso,

de Giuseppe Tornatore

Alteração da ordem dos acontecimentos

Em «George», a analepse não é recurso a priori, digamos, mas somos informados de factos anteriores ao tempo que serve de referência, o de George, através de recordações avulsas (por exemplo: «Os pais não sabiam compreender esse desejo de liberdade, por isso se foi um dia com uma velha mala de cabedal»), que ligam o tempo de George ao seu passado, ou seja, ao tempo de Gi (de certo modo, as analepses acabam por não ser necessárias, uma vez que a presença de Gi em diálogo com George resolve a necessidade de informar sobre o _____). Pela mesma razão, não há propriamente prolepses (a presença de Georgina já informa sobre o futuro de George).

Em «Sempre é uma companhia», o momento em que Batola se recorda do Rata é uma curtíssima ______. Entretanto, uma alusão ao que só sucederá no dia seguinte («aquela noite é a véspera de um extraordinário acontecimento») constitui uma leve _____.

A analepse é um recurso essencial. A história é-nos dada in media res  — no momento em que o protagonista sabe da morte de Alfredo —, pelo que se tem de fazer depois um recuo no tempo, constituindo esse flash back a maior parte do filme. (O começo in media res era uma regra das epopeias clássicas. Nos Lusíadas, a ação começa já depois de passado o cabo da Boa Esperança, e saberemos o que acontecera antes através da enorme analepse que é o discurso do Gama ao rei de ______.) Em Cinema Paraíso há apenas um ou dois brevíssimos regressos à atualidade, com a presença da imagem do Salvatore adulto a pensar (só para nos lembrarmos de que o tempo da enunciação não é aquele) até a história contada em analepse chegar ao _____ em que começara.

Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas de Alfredo, que alude, velada mas certeiramente, ao futuro de ______, que, como sabemos, se tornará realizador.

Omissão e resumo de factos; abrandamento e aceleração do ritmo

Há uma elipse (corte, salto no relato) mesclada com resumo (em que um lapso de tempo é dado em poucas pinceladas), quando se trata de abreviar o relato do resto do mês: «E os dias custam tão pouco a passar que o fim do mês caiu de surpresa em cima da aldeia de Alcaria». Estes momentos de resumo/elipse aceleram o ritmo da ______.

Poderia haver zonas em que o relato se demorasse excessivamente, abrandando a velocidade da narrativa (por exemplo, as descrições em Eça de Queirós são passos em que o tempo do discurso parece mais lento do que o da história). No conto de Manuel da Fonseca, não teremos casos de verdadeira pausa na ação, embora as primeiras páginas insistam na representação do quotidiano habitual de Batola. O mesmo se pode dizer dos encontros em «George», desproporcionais em termos da importância na vida da personagem mas razoáveis dada a estrutura do ________.

Uma elipse notável consiste no salto dos anos entre o Totó criança e o Salvatore adolescente (o truque é descobrirmos um novo ator sob a mão de ______, o que aliás resolve também um problema que se põe aos filmes que percorrem gerações: acompanhar o crescimento físico das personagens). Há outros momentos recorrentes de aceleração do relato, que corresponderão a resumos, que aproveitam as imagens passadas na sala de cinema (pela justaposição de trechos de filmes que vão acompanhando a história do cinema, do preto e ______ a Brigitte Bardot, percebemos que nos estão a ser dados vários anos em poucos minutos).

Ao contrário, uma história contada por Alfredo a Totó (que só veremos na próxima aula) parece fazer demorar o discurso relativamente ao tempo «real». Há, portanto, uma pausa em termos de tempo da ação.

TPC — Vai preparando as leituras dos poemas de Mensagem (para a fase de grupos da Liga dos Campeões). Também vou deixar em Gaveta de Nuvens ficha corrigida (do Caderno de atividades) sobre discurso direto, indireto e indireto livre.

 

 

#