Aula 101-102
Aula 101-102
(10 [3.ª (só a primeira parte da aula)], 11 [1.ª (só a primeira parte da aula);
4.ª], 13/mar [1.ª (segunda parte desta aula)]) Correção do questionário sobre início de
«Sempre é uma companhia».
É Você
(Tribalistas)
É você
Só você
Que na vida vai comigo
agora
Nós dois na floresta e
no salão
Nada mais
Deita no meu peito e me
devora
Na vida só resta seguir
Um risco, um passo, um
gesto, rio afora
É você
Só você
Que invadiu o centro do
espelho
Nós dois na biblioteca e
no saguão
Ninguém mais
Deita no meu leito e se
demora
Na vida só resta seguir
Um risco, um passo, um
gesto, rio afora
Passa
para discurso indireto
estes dois parágrafos:
—
É você, só você, que na vida vai comigo agora, nós dois na floresta e no salão,
nada mais. — disse ela. — Deita no meu peito e me devora, na vida só resta
seguir um risco, um passo, um gesto, rio afora.
—
É você, só você, que invadiu o centro do espelho, nós dois na biblioteca e no
saguão, ninguém mais. — respondeu ele. — Deita no meu leito e se demora.
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Exemplifica
o discurso indireto livre:
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Vai
até às pp. 78-79 do manual. Começa por ler a curta, mas muito conhecida, ode de
Ricardo Reis
e resolve os itens 1 e 2:
1. [Características são:] ______________.
2. A lua serve ao poeta como exemplo da atitude que os
homens devem perseguir, na medida em que . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Passa
agora à crónica de Miguel
Araújo, «Lavar a louça». Responde aos itens 1 a 5 da p.
79, indicando as alíneas que escolhes:
1. ______ ; 2.
______ ; 3. ______ ; 4. ______ ; 5.
______
Lavar
a louça pode exemplicar as tarefas que, por não mobilizarem competências
transcendentes e serem exequíveis sem se estar a pensar muito, servem até para
aliviar o stress ou, mesmo — numa espécie de desculpa para a evidente
procrastinação —, para adiar a dedicação a atividades mais complexas e com
deveríamos estar mais comprometidos.
Tenta
esboçar um elenco de outras tarefas com esta mesma característica,
socorrendo-te de experiência própria:
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Relanceia
as pp. 80-81 e, se tiveres tempo, resolve «Praticar» (p. 81):
1. ______ ; 2.
______ ; 3. ______ .
Tempo
do discurso vs. Tempo da história |
|
«George»,
de Maria Judite de Carvalho; «Sempre é uma companhia», de Manuel da Fonseca |
Cinema Paraíso, de Giuseppe Tornatore |
Alteração da ordem dos acontecimentos |
|
Em «George», a analepse não é recurso a priori,
digamos, mas somos informados de factos anteriores ao tempo que serve de
referência, o de George, através de recordações avulsas (por exemplo: «Os
pais não sabiam compreender esse desejo de liberdade, por isso se foi um dia
com uma velha mala de cabedal»), que ligam o tempo de George ao seu passado,
ou seja, ao tempo de Gi (de certo modo, as analepses acabam por não ser
necessárias, uma vez que a presença de Gi em diálogo com George resolve a
necessidade de informar sobre o _____). Pela mesma razão, não há propriamente
prolepses (a presença de
Georgina já informa sobre o futuro de George). Em «Sempre é uma
companhia», o momento em que Batola se recorda do Rata é uma curtíssima
______. Entretanto, uma alusão ao que só sucederá no dia seguinte («aquela
noite é a véspera de um extraordinário acontecimento») constitui uma leve
_____. |
A analepse é um recurso essencial. A
história é-nos dada in media res — no momento em que o protagonista sabe da
morte de Alfredo —, pelo que se tem de fazer depois um recuo no tempo,
constituindo esse flash back a
maior parte do filme. (O começo in media res era uma regra das
epopeias clássicas. Nos Lusíadas, a ação começa já depois de passado o
cabo da Boa Esperança, e saberemos o que acontecera antes através da enorme
analepse que é o discurso do Gama ao rei de ______.) Em Cinema Paraíso
há apenas um ou dois brevíssimos regressos à atualidade, com a presença da
imagem do Salvatore adulto a pensar (só para nos lembrarmos de que o tempo da
enunciação não é aquele) até a história contada em analepse chegar ao _____
em que começara. Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas
de Alfredo, que alude, velada mas certeiramente, ao futuro de ______, que,
como sabemos, se tornará realizador. |
Omissão e resumo de factos; abrandamento e
aceleração do ritmo |
|
Há uma elipse (corte, salto no relato) mesclada
com resumo (em que um
lapso de tempo é dado em poucas pinceladas), quando se trata de abreviar o
relato do resto do mês: «E os dias custam tão pouco a passar que o fim do mês
caiu de surpresa em cima da aldeia de Alcaria». Estes momentos de
resumo/elipse aceleram o ritmo da ______. Poderia haver zonas em
que o relato se demorasse excessivamente, abrandando
a velocidade da narrativa (por exemplo, as descrições em Eça de Queirós são
passos em que o tempo do discurso parece mais lento do que o da história). No
conto de Manuel da Fonseca, não teremos casos de verdadeira pausa na ação, embora as primeiras
páginas insistam na representação do quotidiano habitual de Batola. O mesmo
se pode dizer dos encontros em «George», desproporcionais em termos da
importância na vida da personagem mas razoáveis dada a estrutura do ________. |
Uma elipse notável consiste no salto dos
anos entre o Totó criança e o Salvatore adolescente (o truque é descobrirmos
um novo ator sob a mão de ______, o que aliás resolve também um problema que
se põe aos filmes que percorrem gerações: acompanhar o crescimento físico das
personagens). Há outros momentos recorrentes de aceleração do relato, que
corresponderão a resumos,
que aproveitam as imagens passadas na sala de cinema (pela justaposição de
trechos de filmes que vão acompanhando a história do cinema, do preto e
______ a Brigitte Bardot, percebemos que nos estão a ser dados vários anos em
poucos minutos). Ao contrário, uma
história contada por Alfredo a Totó (que só veremos na próxima aula) parece
fazer demorar o discurso
relativamente ao tempo «real». Há, portanto, uma pausa
em termos de tempo da ação. |
TPC — Vai preparando as leituras dos poemas de Mensagem
(para a fase de grupos da Liga dos Campeões). Também vou deixar em Gaveta de
Nuvens ficha corrigida (do Caderno de atividades) sobre discurso
direto, indireto e indireto livre.
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