Aula 136-137 e aula CXXXVI-CXXXVII
Aula 136-137 (15 [3.ª], 16/mai [4.ª]) e Aula CXXXVI-CXXXVII (16/mai [só
1.ª]) Vamos
continuar com trechos de O Ano da
Morte de Ricardo Reis, mas saltando muitas páginas desde os
textos que víramos, que chegavam só até ao cap. III. Esses primeiros três
capítulos terão ficado razoavelmente compreendidos só por estas aulas. A partir
de agora, há mesmo que ler de fio a pavio o livro de José Saramago.
O que a seguir vamos ler (reler,
espero), que diz respeito a uma contrafé recebida por Reis (PE,
196-200; C, 171-174; Mf, 142-145), é já do cap. VIII. Podemos
também recordar o que se passa até esta parte da obra, lendo e preenchendo as
sínteses lacunares de cada capítulo (que surripiei a um manual da Leya):
I — Ao fim de dezasseis
anos no Brasil, Ricardo Reis desembarca em (a.) _______ e hospeda-se no
Hotel Bragança, onde vê, pela primeira vez, (b.) _______, figura que lhe
desperta interesse por ter a mão esquerda (c.) _______.
II — Ricardo Reis lê jornais
para se inteirar das notícias sobre a morte de (d.) ______ e,
posteriormente, visita o túmulo do poeta no Cemitério dos Prazeres. Já no
Bragança, contacta pela primeira vez com (e.) _______, criada do hotel,
cujo nome o deixa surpreso.
III — Ricardo Reis presencia
o “bodo do Século”, onde foram distribuídos dez escudos a cada um de mais de
mil necessitados. Na noite da passagem de ano, depois de regressar do Rossio,
Reis depara-se no quarto com a visita de (f.) ______, que o informa de
que tem ainda oito meses para circular à vontade no mundo dos vivos.
IV — Ricardo Reis tem o
primeiro contacto físico com Lídia — põe-lhe a mão no braço — e diz-lhe que a
acha bonita. No entanto, estes atos fazem-no sentir-se ridículo. Fernando
Pessoa volta a encontrar-se com Ricardo Reis, na esquina da rua de Santa Justa,
e os dois conversam sobre a multiplicidade de eus e sobre (g.) _______.
Ricardo Reis envolve-se com a criada, que entra no quarto, durante a noite,
deitando-se com ele.
V — Ricardo Reis vai ao
Teatro D. Maria com a intenção de travar conhecimento com o doutor Sampaio e
com (h.) ______. À noite, recebe a visita de Fernando Pessoa no
seu quarto e os dois falam sobre Lídia e sobre o fingimento. Lídia volta a
dormir com Ricardo Reis.
VI — Ricardo Reis e Marcenda
conversam na sala de estar do hotel sobre a sua debilidade física e a jovem
pede-lhe a sua opinião profissional. Nessa noite, Ricardo Reis janta com o
doutor Sampaio e com Marcenda e (i.) _______ não o visita porque está
com ciúmes.
VII — Ricardo Reis lê (j.)
________, obra que lhe foi recomendada pelo doutor Sampaio e que relata a
lealdade da jovem Marília ao sistema. Lídia volta a dormir com Ricardo Reis ao
fim de cinco dias. Ricardo Reis encontra Fernando Pessoa num café do bairro e,
a propósito da vitória da esquerda em Espanha, falam sobre (k.) ________
e o regresso de Reis a Portugal.
VIII (só metade) — Ricardo
Reis fica doente, com febre, e Lídia dispensa-lhe todos os cuidados. Dias
depois, ele recebe uma intimação para se apresentar (l.) _______,
situação que desperta a desconfiança entre o pessoal e entre os hóspedes do
hotel. Lídia fica preocupada e tenta prevenir Reis das práticas dessa
instituição.
José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis, pp.
196-200 (PE); 171-174 (C); 142-145 (Mf):
É na manhã de quarta-feira que vêm trazer uma contrafé a Ricardo
Reis. Levou-lha o próprio Salvador, em mão de gerente,
dada a importância do documento e a sua proveniência, a Polícia de Vigilância e
Defesa do Estado, entidade até agora não mencionada por extenso, calhou assim,
hoje está calhando o contrário, não é por não se falar das coisas que elas não
existem, temos aqui um bom exemplo, parecia que nada podia haver no mundo de
mais importante que estar Ricardo Reis doente e Lídia assistindo-o, em vésperas
de chegar Marcenda, e neste meio-tempo um escriturário esteve a preencher o
impresso que haveria de ser trazido aqui, sem que nenhum de nós o suspeitasse,
É assim a vida, meu senhor, ninguém sabe o que nos reserva o dia de amanhã. Em
diferente sentido está reservado Salvador, a cara, não diríamos fechada, como
uma nuvem de inverno, mas perplexa, a expressão de quem, ao verificar o
balancete do mês, encontra um saldo inferior ao que lhe fora prometido pelo
simples cálculo mental, Tem aqui uma contrafé, diz, e os olhos fixam-se no objeto dela como
desconfiadamente examinariam a coluna de parcelas, Onde está o erro, vinte e
sete e cinco trinta e três, quando deveríamos saber que não passam de trinta e
dois, Uma contrafé, para mim, com razão se espanta Ricardo Reis, pois o seu
único delito, ainda assim não costumavelmente punido por estas polícias, é
receber a horas mortas uma mulher na sua cama, se tal é crime. Mais do que o
papel, em que ainda não pegou, inquieta-o a expressão de Salvador,
a mão dele que parece tremer um pouco, Donde é que isso vem, mas ele não
respondeu, certas palavras não devem ser pronunciadas em voz alta, apenas
segredadas, ou transmitidas por sinais, ou silenciosamente lidas como agora as
lê Ricardo Reis, disfarçando as maiúsculas por serem tão ameaçadoras, polícia
de vigilância e defesa do estado, Que é que eu tenho que ver com isto, faz a
pergunta com
displicente alarde, acrescenta-lhe uma
adenda tranquilizadora, Há de ser algum engano, di-lo para benefício do
desconfiado Salvador, agora nesta linha ponho a minha assinatura, tomei
conhecimento, no dia dois de março lá estarei, às dez horas da manhã, Rua
António Maria Cardoso, fica aqui muito perto, primeiro sobe a Rua do Alecrim
até à esquina da igreja, depois vira à direita, ainda outra vez à direita,
adiante há um cinema, o Chiado Terrasse, do outro lado da rua está o Teatro de
S. Luís, rei de França, são bons lugares para distrair-se
uma pessoa, artes de luz e de palco, a polícia é logo
a seguir, não tem nada que errar, ou terá sido por ter errado tanto que o
chamaram cá. Retirou-se o grave
Salvador para levar ao emissário e mensageiro a garantia formal de que o recado
fora entregue, e Ricardo Reis, que já se levantou da cama e repousa no sofá, lê
e torna a ler a intimação, queira comparecer para ser ouvido em declarações,
mas porquê, ó deuses, se eu nada fiz que me possa ser apontado, não devo nem
empresto, não conspiro, ainda mais me convenço de que não vale a pena conspirar
depois de ler a Conspiração, obra por Coimbra recomendada, tenho aqui a voz de
Marília a ressoar-me aos
ouvidos, O papá esteve para ser preso há dois dias, ora, quando estas coisas
sucedem aos papás, que fará aos que o não são. Já todo o pessoal do hotel sabe
que o hóspede do duzentos e um, o doutor Reis, aquele que veio do Brasil há
dois meses, foi chamado à polícia, alguma ele teria feito por lá, ou por cá,
quem não queria estar na pele dele bem eu sei, ir à pvde, vamos a ver se o
deixam sair, contudo, se fosse caso de prisão não lhe tinham mandado a
contrafé, apareciam aí e levavam-no. Quando ao
princípio da noite Ricardo Reis descer para jantar, sente-se já bastante sólido das pernas para não
ficar no quarto, verá como o vão olhar os empregados, como subtilmente
se afastarão dele, não procede Lídia desta desconfiada maneira, entrou
no quarto mal Salvador acabara de descer ao primeiro andar, Dizem que foi
chamado à polícia internacional, está alarmada a pobre rapariga, Fui, tenho
aqui a contrafé, mas não há motivo para preocupações, deve ser qualquer coisa
de papéis, Deus o ouça, que dessa gente, pelo que tenho ouvido, não se pode
esperar nada de bom, as coisas que o meu irmão me tem contado, Não sabia que
tinhas um irmão, Não calhou dizer-lhe, nem sempre dá para falar das vidas, Da
tua nunca me disseste nada,
Só se me perguntasse, e não perguntou, Tens razão, não sei nada de ti, apenas
que vives aqui no hotel e sais nos teus dias de folga, que és solteira e sem
compromisso que se veja, Para o caso, chegou, respondeu Lídia com estas quatro
palavras, quatro palavras mínimas, discretas, que apertaram o coração de
Ricardo Reis, é banal dizê-lo, mas foi tal qual assim que ele as sentiu,
coração apertado, provavelmente nem a mulher se deu conta do que dissera, só
queria lastimar-se, e de quê, ou nem sequer tanto, apenas verificar um facto
indesmentível, como se declarasse, Olha, está a chover, afinal de
contas saiu-lhe da boca espontânea a amarga ironia, como nos romances se
escreve, Eu, senhor doutor, sou uma simples criada, mal sei ler e escrever,
portanto não preciso de ter vida, e se a tivesse, que vida poderia ser a minha
que a si lhe interessasse, desta maneira poderíamos continuar a multiplicar
palavras por palavras, e muito mais, as quatro ditas, Para o caso, chegou,
fosse isto duelo de espada e estaria Ricardo Reis sangrando. Vai Lídia a
retirar-se, sinal de que não falou por acaso, há
frases que pareceram espontâneas, produto da ocasião, e só Deus sabe que mós as
moeram, que filtros as filtraram, invisivelmente, por isso quando alcançam a exprimir-se
caem como sentenças salomónicas, o melhor, depois
delas, teria sido o silêncio, o melhor seria que um dos dois interlocutores se
ausentasse, o que as disse, ou o que as ouviu, mas no geral não é assim que
procedem, as pessoas falam, falam, até que vem a perder-se
por completo o sentido daquilo que, em um instante,
foi definitivo e irrefragável, Que coisas te tem contado o teu irmão, e ele
quem é, perguntou Ricardo Reis. Já Lídia não saiu, dócil voltou atrás e veio
explicar, foi sol de pouca dura o bote fulminante, Meu irmão está na marinha,
Qual marinha, A marinha de guerra, é marinheiro do Afonso de Albuquerque, É
mais velho ou mais novo do que tu, Fez vinte e três anos, chama-se
Daniel, Também não sei o teu apelido, O nome da minha
família é Martins, Da parte do teu pai ou da parte da tua mãe, Da parte da
minha mãe, sou filha de pai incógnito, nunca conheci o meu pai, Mas o teu
irmão, É meio-irmão, o pai dele morreu, Ah, O Daniel é contra a situação e tem-me
contado, Vê lá tu se tens bastante confiança em mim,
Oh, senhor doutor, se eu não tivesse confiança em si.
Vamos então ao passo da contrafé.
Vê o significado de «contrafé» (copio, adaptado, o verbete do Dicionário da
Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, 2001):
contrafé [kõtrαfέ], n. f.
(De contra- + fé). Jur. Cópia autêntica de convocação ou
intimação judicial que se entrega à pessoa citada. Recebeu uma contrafé para
se apresentar no tribunal.
Responde à pergunta 1, aliás completa as citações na resposta
que copio:
1. Caracteriza,
fundamentando, as reações provocadas pela chegada da contrafé.
R.: Em Ricardo Reis, o
documento causa inicialmente espanto, seguido de temor — «disfarçando as
maiúsculas por serem _________». Entretanto, Salvador mostra perturbação e
desconfiança do hóspede («a expressão de Salvador, a mão dele que parece tremer
um pouco», «do _______ Salvador»). Quanto ao «pessoal do hotel», a reação é
idêntica, de desconfiança e medo: «verá como o vão olhar os empregados, como
__________». Por seu lado, Lídia revela medo, preocupação com o que possa
acontecer-lhe —«está _______ a pobre rapariga».
Quanto à pergunta 2, bastará completares a resposta lacunar
com as preposições (ou contrações com preposição) em falta:
2. Explica em que medida a
situação pontual narrada ilustra o ambiente vivido na sociedade portuguesa do
Estado Novo.
R.: O incidente ilustra a
vida ____ um regime repressivo, vigiada ____ polícia política e dominada ____
medo, que leva ____ desconfiança e afastamento ____ quem possa estar ____
suspeita.
Da pergunta 3 podemos ler a resposta, sem nenhum exercício em
especial. Depois, responte a 4.
3. Verifica, no diálogo com
Lídia, a sobreposição de dois planos narrativos. No segundo, e usando apenas nomes,
aponta as emoções despertadas em Ricardo Reis.
R.: No diálogo sobrepõem-se o
plano respeitante às representações do século XX e o que se refere às
representações do amor. Emoções assinaláveis seriam a dor, a culpa, a vergonha,
entre decerto várias outras possíveis.
4. Comenta agora agora este
trecho (explicando «Conspiração» e «Coimbra»): «depois de ler a Conspiração,
obra por Coimbra recomendada».
R.: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Escreva uma breve exposição na qual explicite dois aspetos que
aproximem as personagens Marcenda e Lídia (de O Ano da Morte de Ricardo Reis)
de, respetivamente, Teresa e Mariana (de Amor de Perdição).
A sua exposição deve incluir:
• uma introdução ao tema;
• um desenvolvimento no
qual explicite dois aspetos que aproximem os dois pares de personagens,
fundamentando cada um desses aspetos em, pelo menos, um exemplo significativo;
• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
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Predicativo
do complemento direto
Resolve estes exercícios
roubados a Maria Regina Rocha, Gramática de Português. Ensino Secundário,
10.º, 11.º e 12.º ano, Porto, Porto Editora, 2016, p. 236:
1.
Nas frases que se seguem, sublinhe a azul o complemento direto e a preto o
predicativo do complemento direto.
a) Os pais acham sempre os filhos bonitos e
inteligentes.
b)
Foi o príncipe D. Pedro quem tornou o Brasil independente.
c)
O ministro nomeou aquele cientista Secretário de Estado do Ensino Superior.
d)
Desde que vieste de férias, sinto-te diferente.
e)
Há quem considere bons os filmes de ação.
f)
Ele constituiu um amigo de infância como seu advogado.
g)
Ela tem-nos por pessoas de bem.
2. Complete as frases introduzindo um predicativo do
complemento direto.
a) Pela primeira vez, o povo elegeu uma mulher
__________
b)
A Julieta acha sempre a sopa _________
c)
Os alunos da nossa turma nomearam a Patrícia _________
d)
Os juízes declararam o réu _________
e)
Eles tomaram o visitante por __________
f)
Os rapazes consideraram este trabalho _________
Palavras
divergentes (e palavras convergentes)
Continuo a roubar
exercícios à simpática Maria Regina Rocha (pp. 193-194); no entanto, nos pares
de divergentes, procura também identificar a palavra vernácula (ou chegada «por
via popular») e o cultismo (ou palavra que nos chegou por via erudita):
Leituras
em voz alta (de «O Sentimento dum Ocidental»)
Circunda
a alínea correta ou completa com a classificação devida.
Alguns itens de exame
sobre funções sintáticas
[2024, 1.ª fase, grupo II]
6. Todos os constituintes
sublinhados desempenham a função sintática de complemento do adjetivo, exceto
em
(A) «indiferentes à
beleza» (linha 4).
(B) «incapazes de a perceber» (linha 4).
(C) «juízos de beleza» (linha 5).
(D) «inferior a outro» (linha 13)
[2024, 1.ª fase, grupo II]
6. A expressão «do tempo»
(linha 20 [«A gestão do tempo é uma aprendizagem»]) e o pronome «nos» (linha 16
[«Não nos podemos iludir com»]) desempenham as funções sintáticas
(A) de modificador do
nome, no primeiro caso, e de complemento direto, no segundo caso.
(B) de complemento do nome, no primeiro caso, e de
complemento direto, no segundo caso.
(C) de complemento do nome, no primeiro caso, e de
complemento indireto, no segundo caso.
(D) de modificador do nome, no primeiro caso, e de
complemento indireto, no segundo caso.
[2023, 1.ª fase, grupo II]
5. O pronome pessoal «nos»
desempenha a função sintática de complemento direto em todas as expressões
abaixo apresentadas, exceto em
(A) «nos compõe» (linha
11).
(B) «nos tornam» (linha 16).
(C) «nos manter» (linha 26).
(D) «nos dizem» (linha 24).
[2022, 1.ª fase, grupo II]
6. Tal como em «vale-me»
(linha 34), o pronome pessoal com função de complemento indireto está presente
em
(A) «atraem-me» (linha 1).
(B) «me salta» (linha 3).
(C) «me confronto» (linha 33).
(D) «sustenta-me» (linha 34).
[2023, 2.ª fase, grupo II]
7. O único caso em que a
expressão iniciada por «para» desempenha a função sintática de complemento
oblíquo é o da expressão
(A) «para o livro» (linha
19 [«A nossa sociedade olha para o livro como um dado adquirido»]).
(B) «para consumo orientado dos fiéis» (linha 13
[«a palavra publicada é dividida e organizada em categorias primorosas para
consumo orientado dos fiéis»]).
(C) «para quem ler livros é essencial» (linha 5
[«aqueles para quem ler livros é essencial são muito poucos»]).
(D) «para dar contexto ao presente» (linha 29
[«continuar uma conversa do passado para dar contexto ao presente»]).
[2023, fase especial,
grupo II]
5. Todos os constituintes
sublinhados desempenham a função sintática de complemento do adjetivo, exceto
em
(A) «incompreensíveis para
os restantes» (linha 11).
(B) «espécie de animais» (linha 2).
(C) «inseparável da autoconsciência» (linha
1).
(D) «conscientes de si próprios» (linha 2).
[2021, 1.ª fase, grupo II]
6. As expressões «por
tapeçarias decorativas» (linha 28 [«Passa ainda por tapeçarias decorativas como
quem experimenta rimas»]) e «de um livro» (linha 32 [«a ilustração de um
livro»]) desempenham as funções sintáticas de
(A) modificador do grupo
verbal, no primeiro caso, e de modificador do nome restritivo, no segundo caso.
(B) complemento oblíquo, no primeiro caso, e de
modificador do nome restritivo, no segundo caso.
(C) complemento oblíquo, no primeiro caso, e de
complemento do nome, no segundo caso.
(D) modificador do grupo verbal, no primeiro caso,
e de complemento do nome, no segundo caso.
[2020, 1.ª fase, grupo II]
6. Identifique a função
sintática desempenhada por:
a) «que cada um destes
números poderá ser da ordem de dez mil triliões» (linhas 4 e 5 [«Diversas
estimativas indicam que cada um destes números poderá ser da ordem de dez mil
triliões»]);
b) «pelos nossos instintos» (linha 23 [«Pelo
contrário, muitas vezes somos enganados pelos nossos instintos»]).
a) ___________________
b) ___________________
[2020, 2.ª fase, grupo II]
6. Identifique a função
sintática desempenhada pelas expressões:
a) «a mulher com quem se
casou» (linha 12 [«como Eça escreva uma carta de amor a Emília de Resende, a
mulher com quem se casou»]);
b) «que» (linha 17 [«a única relação séria que
Pessoa teve»]).
a) ___________________
b) ___________________
[2020, fase especial,
grupo II]
6. Identifique as funções
sintáticas desempenhadas por:
a) «encantados» (linha 2
[«Ficámos encantados»]);
b) «com a encenação» (linha 5 [«dialoga em
absoluto com a encenação»]).
a)
___________________
b)
___________________
Classifica quanto à função
sintática os constituintes sublinhados:
«Da
próxima vez» (Luís Represas)
As ruas da minha cidade
| ___________
Abriram os olhos de encanto para te ver passar,
| ___________
As pedras calaram os passos
E as casas abriram janelas só para te ouvir cantar;
Porque há muito muito tempo não vinhas ao teu
lugar, | ___________
Ninguém sabia ao certo onde te procurar
Da próxima vez não vás sem deixar destino ou
direção.
Se houver próxima vez,
não esqueças: leva contigo recordação |
___________
E um beijo pendurado ao peito do teu coração.
Quisemos saber como estavas, | ___________
Se a vida tinha tomado bem conta de ti
Ou se a vida teve medo e eras tu que a levava
refugiada em ti.
Cada verão que passava sentíamos-te chegar, |
___________
Como era possível que o sol se atrevesse a brilhar!
Da próxima vez não vás sem deixar destino ou
direção. | ___________
Se houver próxima vez, não esqueças: leva contigo
recordação
E um beijo pendurado ao peito do teu coração
Deves trazer tantas histórias,
Tantas, que algumas ficaram caídas por aí; |
___________
Outras, eu tenho a certeza,
O teu fogo na alma queimou, deixaram de existir;
Só queremos saber se és a mesma que vimos partir;
|___________
Não existe mundo lá fora que te possa destruir
Da próxima vez não vás sem deixar destino ou
direção.
Se houver próxima vez, não esqueças: leva contigo
recordação
E um beijo pendurado ao peito do teu coração.
| ___________
Da próxima vez não vás sem deixar destino ou
direção.
Se houver próxima vez, não esqueças: leva
contigo recordação| ___________
E um beijo pendurado ao peito do teu coração.
TPC — (i) Lê já mais de metade da obra, pelo
menos. Na próxima semana começarei a testar a efetiva leitura da obra. (ii)
Também em gramática há muito que se pode estudar. (iii) Proximamente, vou abrir
espaço na Classroom para lançarem aí o comentário-análise sobre canção e Frei
Luís de Sousa, mas podem ir já fazendo (leiam instruções; vejam o meu
exemplo e outros; não recorram a plágios ou a IA).
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