Saturday, September 10, 2005

Índice



NonossextíadaS

ou estâncias à maneira de Os Lusíadas, com o esquema
rimático A-B-A-B-A-B-C-C, sobre o 9.º 6.ª, feitas
pelos alunos da turma, em alguns tepecês de
Português, no ano lectivo 2006-2007,
na Escola Secundária José
Gomes Ferreira, em
Benfica, Lisboa
Junho de
2007

{a indicação das páginas só interessava para a edição impressa}


[Nota prévia] (p. 1)

[Proposição] (p. 2)

[Invocação] (p. 3)

[Dedicatórias] (p. 7)

Afonso (p. 7); Ana M. (7); Ana S. (8); Ana G. (9); António (9); Carolina (10); Cátia (10); Enoque (11); Francisco (12); Guilherme (12); Joana L. I (13); Joana A. (14); Joana L. II (14); João Af. D. (15); João B. (16); João M. (17); João Miguel (17); João Paulo B. (17); João Tomás (18); Luís (18); Mário (18); Micaela (19); Paulo (20); Pedro G. (20); Pedro M. (21); Sara (21); Tiago (22).

[Narração] (p. 23)

Dona Emília (p. 23); Professora Cristina Moura (23); Batendo no chão da sala (24); Vidro partido (24); Participação (24); As provas intermédias (25); O misterioso apagador da aula de Inglês (25); Cão & Joanas (26); Ida à Luz, para assistir a Auto da Barca (26); Lutando contra urinóis ao ar livre (27); Mário a sonhar (27); Aulas de substituição (27); Sermão em Formação Cívica (28); A chave desaparecida (28); Discussão com o guarda (29); Confusão no CRE (29); No cinema (29); A saída adiantada do 7.º 6.ª (30); Sr. Brás (31); Sr. Horácio (31); Amigas e obras (31); Abelha ataca Joana (32); Bolas saltitonas no Anfiteatro (32); A Dona Emília corre atrás de nós (32); Gafanhotos em Físico-Químicas (33); Móbis para Educação Visual (33).

Não se reproduzem todas as estrofes que foram entregues. Ficam de fora as que tinham falhas no esquema rimático pedido (rima cruzada nos seis primeiros versos, emparelhada no dístico final); ou as que, embora bem escritas, eram demasiado sérias para uma epopeia deste género. Aceitaram-se algumas rimas apenas toantes, mas serão raras. Também é verdade que, quanto a sílabas métricas, os versos não seguem o exacto modelo dos Lusíadas (não há estrofes rigorosamente decassilábicas).
Há alunos que têm mais do que uma oitava que os tome por assunto e outros sobre que há apenas uma. A culpa foi de quem falhou os tepecês que correspondiam a essas estâncias — ou, mais ainda, de quem não soube planear tudo devidamente, evitando injustiças destas. Dito isto, fica claro que o número de oitavas não se relaciona com a popularidade que cada aluno possa ter, apenas com a preguiça ocasional do colega que se lhe seguia, ou o precedia, na pauta.
As primeiras páginas equivalem à Proposição (anunciam-se os feitos do 9.º 6.ª) e, por vezes, à Invocação (pede-se inspiração); segue-se uma homenagem a cada um dos alunos, uma Dedicatória; a Narração reúne as oitavas em que se contam episódios que a turma quis relatar.
A autoria das estrofes está no final de cada uma, entre parênteses curvos. Os assuntos ficam no cimo da estância, entre parênteses rectos.

Estava a aula a acabar,
Começou o professor por dizer,
Para tudo bem explicar,
O que os alunos deviam escrever:
Um livro para o pessoal se lembrar
Da turma que nunca iam esquecer.
E os alunos tiveram de dar no duro
Para assim escrever para o futuro.
(Francisco)

Cantarei os meus colegas
Pela sua personalidade.
Estou farta das suas bodegas,
Que até têm criatividade;
Gostam de saltar nos escorregas,
Só por curiosidade.
Passámos bons momentos,
São muitos os sentimentos.
(Cátia)

Cantarei os coitados professores,
Por tudo o que aturaram:
Aturaram alunos encantadores
Que só reclamaram e berraram.
Afinal parecem uns amores,
Que talentos mostraram!
Os alunos vou defender,
Para nenhum professor aborrecer.
(Carolina)

Peço inspiração às aulas esquecidas,
Aos espíritos que por lá passaram,
Às boas notas merecidas,
Aos professores que nos auxiliaram,
Às aulas de substituição sofridas,
Que tanto nos apoiaram.
Isto que nos ajude eternamente,
Para termos boas notas e seguirmos em frente.
(Guilherme)

É uma turma muito unida,
Com quem se acaba por reclamar,
Mas que tem a matéria bem sabida
E que com boas notas vai terminar.
Na escola a turma sabe ser divertida,
Mas também quando deve parar.
Mesmo que nem sempre seja verdade,
Tem um grande sentido de unidade.
(Francisco)

É tudo boa rapaziada,
Nada lhes falta.
É uma turma engraçada,
Junta-te à malta.
Turma muito falada,
Só faltas na pauta.
Se nos conhecer bem,
Dar-nos-á um cem.
(Guilherme)

O 9.º 6.ª da Secundária de Benfica
É uma turma diferente do habitual:
Por um lado, os professores critica,
E quase os manda para o hospital.
Sim, porque aturar tanta genica,
Põe qualquer um em estado anormal,
Que é difícil controlar e abafar
Tanta malta «nice» e superstar.
(Paulo)

Esse nono sexta barulhento
Será lembrado pelos professores;
As perguntinhas sem cabimento,
As afirmações dos boicotadores,
Que não param, nas aulas, um momento;
As pobres auxiliares a sofrerem horrores
E sem saberem mais o que fazer
Nem como tanta energia deter.
(Joana L. II)

Naquela sala de aula trabalham,
Irrequietos e até um pouco desastrados.
Para os testes tudo decoram,
Mas, por vezes, ficam bloqueados.
Nela reina a confusão,
Mas, depois, permanecem parados.
Unidos são, com certeza,
Até para agir com malvadeza.
(Cátia)

A melhor turma fomos
À disciplina de Francês.
Os melhores alunos somos,
Não temos menos de três.
Uns aos outros nos ajudamos,
E, no fim do ano, talvez
Sejamos os melhores do nosso ano
Pois foi esse o nosso plano.
(João Af. D.)

Aulas sem parar de rir,
Gargalhadas a continuar,
Que é saudável, temos de admitir,
Mas sem exagerar,
Uns estão atentos, outros a sorrir:
«O que faria eu se não tivesse de cá estar?».
Todos têm o seu tempo de antena,
Demonstrando o seu esquema.
(Micaela)

É uma turma banal,
Que muita gente desconhece;
No entanto, é bestial
E quem a vê nunca se esquece.
Em tudo ela é normal,
E só é o que parece:
Uma turma bem porreira,
Da José Gomes Ferreira.
(Mário)

As faltas disciplinares marcadas,
As cadeiras quase partidas,
As horas nas salas passadas,
As nossas aulinhas «curtidas»
As mesas das salas riscadas,
As canetas já roídas,
São momentos por nós lembrados
De anos que vão ficar marcados.
(Ana S.)

No ano passado ninguém chumbou:
Todos passaram,
Ninguém ficou.
Contentes ficaram,
Porque toda a turma passou;
Amigos continuaram.
Agora, que é quase o fim, será
Que o feito se repetirá? Só tempo o dirá.
(Pedro G.)

Eram conhecidos como selvagens,
A sua fama era de «tramados»,
Contudo, não passavam de personagens
Sarcásticos e despreocupados.
Para eles não havia paragens,
Tudo servia para planos amalucados,
Mas de uma coisa eles não prescindiam:
Da união que orgulhosamente defendiam.
(Tiago)

[Afonso]
Está sempre disposto a «chatear»,
Mas é sem malícia que o faz.
As minhas bochechas gosta de puxar,
O que, às vezes, me faz esquecer o que é a paz.
Os seus abraços deixam as pessoas sem ar
E de muito mais ele é capaz;
Um bom rapaz é, com certeza,
Mas, por vezes, aborrece-me... com franqueza.
(Ana M.)

[Afonso]
Sempre disposto a ajudar,
Sempre lá quando se precisa,
Sempre a pedir para o acompanhar
A casa, onde se improvisa,
Para podermos almoçar,
Uma bela de uma pizza.
É uma amizade que não espero perder
E que o tempo não fará morrer.
(Tiago)

[Ana M.]
Bochecha (que bonita!),
Uma gravidade adquirida,
Numa colega pequenita
E muito querida;
Sempre afável e erudita,
Bastante extrovertida,
Enfim, é a Ana Morais,
Calma e sábia como ninguém mais.
(Afonso)

[Ana M.]
Quando a Morais, na sala de aula agitada,
Nos deita aqueles olhares assustadores,
Toda a gente fica paralisada
E embasbacada com tais olhos encantadores.
Os palhaços deixam-na apavorada,
Mas recupera quando se fala dos seus cantores
E aquele sorriso permanente
Ilumina toda a gente.
(Cátia)

[Ana M.]
Estavas, sábia Ana, a pensar,
Vasculhando o teu pensamento,
Procurando o que te faz rir e chorar;
Encontraste nesse momento
A resposta que te faltava achar;
Levantaste-te e fiquei atento,
Ao ver-te partir,
Dei por mim a sorrir.
(João B.)

[Ana S.]
Gosta de se divertir.
E de dançar,
Está sempre a rir,
E adora cantar.
Faz os outros sorrir,
Mas não gosta de desenhar.
É uma boa amiga,
Uma terna rapariga.
(Joana A.)

[Ana S.]
Com tantas coisas que tenho a dizer
E tantas palavras que poderia palrar,
Nada me ocorre para te descrever,
Só sei que és uma rapariga espectacular.
Só mais uma coisa a dizer:
Um dia vou-te ver a acolitar
Porque não pervo a oportunidade
De te ver louvar a divindade.
(Ana G.)

[Ana G.]
Muito sorridente,
Também pequenina,
Gosta de toda a gente,
É uma punk rocker traquina;
Slash, um guitarrista potente,
E Axl Rose, de voz mais estridente que fina,
São os ídolos que está sempre a venerar:
É claro que é da Pititi que estou a falar.
(Ana S.)

[António]
Onde te vieste meter,
Ó aluno não exemplar?!
Estás aqui para a todos fazeres ver
O teu feitio espectacular.
Cabe-te apenas a ti perceber
Qual é o teu lugar,
Mas usas perfume a mais
E desodorizantes banais.
(Ana G.)

[António]
É sempre brincalhão
E gosta de faltar à escola;
Pensa que é bonitão,
Mas não tem nada na tola.
Tem um bom coração
E o seu sorriso cola,
Está sempre a brincar
E até gosta de dançar.
(Carolina)

[Carolina]
Empenhada na leitura,
Faladora e sorridente,
Alegre, mas muito segura,
Comigo sempre paciente,
Entre nós, espalha ternura,
O que me faz pô-la na frente?
É que, sempre pronta a ajudar,
Com a Carolina podemos contar.
(Cátia)

[Cátia]
É bastante teimosa
E, no entanto, sorridente;
Com ela não se goza,
Mas está sempre contente;
É um pouco vaidosa,
O que é indiferente.
Com um pouco de força a mais,
É uma colega que é demais.
(Enoque)

[Cátia]
O teu sorriso, o teu olhar,
A tua simplicidade
Sempre me fizeram pensar.
Fazes parte de mim, da felicidade
De estar contigo e de sonhar
De viver e pensar na amizade.
Passámos por tanto, sem entender;
Agora somos só amigas, até perceber.
(Carolina)

[Enoque]
Desenhar é um dos pontos fortes,
Imaginação não lhe falta;
Chega atrasado por causa do transportes
E está sempre a brincar com a malta;
Causa-nos sustos de morte,
Até mesmo quando salta;
Sorrir é o seu lema,
A Matemática é que é um problema.
(Cátia)

[Enoque]
Embora bem comportado,
Ele tem muito azar:
Ou a sorte não está do seu lado
Ou ele não a quer ajudar.
As negativas não têm faltado
E ainda não conseguiu alcançar
A positiva, o que não se compreende,
Pois nas aulas vê-se que ele aprende.
(Francisco)

[Francisco]
Rapaz de média estatura,
Enrola as palavras a falar.
Não tem muita envergadura,
Encosta-se a um canto a pensar.
Tem uma atitude madura
E não se importa de esperar.
Apesar de tudo, resiste,
Não se deixa levar por quem insiste.
(Guilherme)

[Francisco]
Crescido mas relativamente pequeno,
Bem comportado — nada de confusões! —,
Anda sempre bem sereno,
Entre amigos, sem palavrões,
Tem um ar sempre ameno
E comentários bem gozões;
Parece a tudo indiferente,
Mas é um rapaz inteligente.
(Enoque)

[Guilherme]
«Guilherme-sempre-a-desenhar»
É uma recente aquisição,
Que sabe bem pensar,
Em qualquer ocasião.
Ele consegue triunfar,
Mas também sabe o que é a diversão
(Como qualquer pessoa normal)
E nas aulas não tem igual.
(Francisco)

[Guilherme]
O Gui tem um ar matreiro
E tem jeito para desenhar.
Passa a vida a «cravar» dinheiro,
Mas não faz mal, se não abusar.
Tem cara de carpinteiro,
Mas o que faz bem é rezar:
Veio do colégio das freiras,
A quem deve ter feito perder as estribeiras.
(Joana L. II)

[Joana L. I]
Joana, uma rapariga simpática,
Sorrisos consegue proporcionar;
Extrovertida e diplomática,
Gostaria de a bela arte criar
E não estudar Matemática.
Guernica é importante lembrar,
Se a arte pretender abraçar,
Divulgar a cultura e enfeitiçar.
(Joana L. II)

[Joana L. I]
De altura média ou baixinha,
De postura engraçada
E ajeitando a sua franjinha,
Estar ao pé dela é uma palhaçada.
De voz fininha,
Sempre entusiasmada
Ela é boa rapariga,
É excelente amiga.
(Guilherme)

[Joana A.]
A Joaninha é robusta
Na sua aparência corporal;
De quando em quando, barafusta,
Mas fica feliz, a bem ou a mal.
Para ela, a Matemática custa,
E a Educação Física é brutal.
Tem um estilo engraçado
E o futuro bem traçado.
(Joana L. II)

[Joana L. II]
Do meu pensamento mais profundo
Lembrei-me de quem gostava de ler,
E nas suas mãos a sabedoria do mundo
Não se importava ela de conter.
Contudo, sabia eu de lá do fundo,
Que tudo o que ela queria saber
Era apenas o suficiente
Para dos outros ser diferente.
(João Afonso)

[Joana L. II]
Por vezes, é um pouco tímida,
Mas sempre muito risonha.
É uma rapariga querida,
E muito brincalhona.
Muitíssimo divertida,
Só às vezes é tristonha.
É uma aluna muito inteligente,
E, como amiga, é altamente.
(Joana A.)

[Joana L. II]
Estavas, Limita, com o aparelho a brilhar,
A contar as novidades,
Ou a rires-te das pernas do António a voar.
Como posso eu sonhar tais banalidades!
Grandes intervalos, passados atrás do contentor a cochichar,
Sempre a querer saber curiosidades.
E, por fim, quando o intervalo, está a desaparecer
Chega a nossa querida Cátia com um sorriso a oferecer.
(Micaela)

[João Af. D.]
O João Direita é sempre certeiro,
Sábio, consciencioso.
É um tipo porreiro,
Com solução para tudo, muito engenhoso,
Dará um grande engenheiro;
De ser seu amigo estou orgulhoso.
Direita, Direita que tira boa nota
É um tipo bem janota.
(Afonso)

[João Af. D.]
Quando na sala de aulas se senta,
O João é sempre disciplinado;
Nos testes tira acima de noventa
E mostra-se sempre preocupado;
Mas, se tem nota abaixo de setenta,
Logo fica «chateado».
É um amigo à maneira
Está sempre disposto p'rá brincadeira.
(João B.)

[João Af. D.]
A mente dele voa radiante,
Quando pensa num poderoso avião.
Atento nas aulas, confiante,
É um simpático brincalhão,
Que consegue ser rejubilante.
Falador, com o dom da comunicação.
É um amigo bem disposto
De quem francamente gosto.
(Joana L. II)

[João B.]
Porque um outro João o tepecê terá falhado,*
Sobre o Baila vou eu falar;
É tarefa que não me deixa preocupado,
Que do João só tenho boas coisas a contar;
Leal e justo é por todos considerado,
Tão inteligentes poucos consigo encontrar;
Disso mesmo é uma característica sintomática
Ser ele um grande craque a gramática.
(LP) [* afinal, havia a estrofe do João Af.(a seguir)]

[João B.]
Já tivemos desavenças
Por discussões intervaladas,
Diferentes são as nossas crenças,
Mas irão ser ultrapassadas.
«Afinal, somos amigos!», tu pensas,
«Más recordações para trás deixadas»;
E eu digo: «Sim é isso,
Não se fala mais nisso».
(João Af. D.)

[João M.]
Ali vai o João Marçal com o seu boné,
Segue, sempre alegre e sorridente,
Em direcção ao bloco E
E vai, caminhando serenamente,
Ele que rapaz personalizado é.
Esperando, pacientemente,
À entrada da escola, está a sua mãe,
Que, no fundo, já é da turma também.
(João B.)

[João Miguel]
No sétimo ano era terrível,
O que eu tardei a perceber;
No final do ano faz sempre um esforço incrível,
E lá passa, com algum saber;
Ora isto parece inadmissível,
Porque bom aluno poderia ser.
As raparigas acham-no um bonitão;
Para os rapazes é «o Lopes»; para todos, o João.
[LP]

[João Paulo B.]
Estavas, inquieto João, sentado na cadeira,
Quando alguém te chamou.
Conseguiste inventar mais uma brincadeira,
Que a todos os colegas animou.
De escapar, sabes sempre uma maneira,
O que o professor já topou:
Vais ao bar tentar comer
Até o dinheiro aparecer.
(Carolina)

[João Tomás]
Alguém se esqueceu de um trabalho
E por isso sem boa estrofe o João aqui vem;
Vamos lá ver se nesta oitava eu não falho
Algumas das características que ele tem;
No fim de Português, põe no quadro o cabeçalho
De Francês. É bom colega também.
Calmo, sincero, afável, criativo é o Tomás,
Que redacções interessantes sempre faz.
(LP)

[Luís]
Hoje falo de um colega
De muito apreço e valor.
Nos jogos é bom estratega,
Um ás do computador,
Nunca dado à refrega
Mas nunca de bom humor.
Falo é claro, do Luís,
Que a todos torce o nariz.
(Mário)

[Mário]
É verdade que em cada dia
O Mário tem uma história para contar,
Conta-as com alegria,
De tão nojentas, até porcos pode assustar:
Desde unhas esguias
Até dedos para leiloar;
Sem medo, divulga a sua inocência,
E nós gostamos dele, é preciso é paciência!
(Micaela)

[Mário]
Estavas, engraçado Mário, a perguntar
Sobre As Crónicas de Nárnia, tua nova leitura,
Mas tendo sempre muito azar,
Pois ninguém te dirá nada sobre literatura,
Nem que comeces a implorar.
Terás de ler o livro, pois assim ninguém te atura,
E, para chegares a descobrir então o fim
Deste livro, sem fazeres tanto chinfrim.
(Francisco)

[Micaela]
Estavas, risonha Mica, a rires-te de alguma piada:
Devia ser do António, a quem achas muita graça.
E os intervalos passávamos numa frenética fiada,
Quando as aulas eram só chalaça,
Passadas em contentores e com a atenção desviada,
Em pavilhões que foram substituídos por argamassa.
Mas continuamos a ter intervalos divertidos,
Apesar de as aulas serem tempos quase perdidos.
(Joana L. II)

[Micaela]
Com o seu tom engraçado
Que a todos faz sorrir,
Fico muito bem humorado
E com vontade de aplaudir.
Tem um feitio bom e raro,
Melhor amiga está para vir,
É simplesmente a Micaela,
Não há ninguém como ela.
(Mário)

[Micaela]
Com cabelos cor de canela,
É simpática e fixe a valer:
É a grande Micaela,
Curtida e bacana a meu ver.
Não lhe chamem é Floribela
Se a não querem ver a ferver!
Apesar de não ser muito faladora,
Pode-se prever que vai ser doutora.
(Paulo)

[Paulo]
Chama-se «Paulo Ferrão»,
É grande em tamanho
E grande em coração;
Por vezes, parece estranho
E bastante rezingão:
Opina como quem espirra ranho;
Mas bastante cavalheiro costuma ser:
Se uma mala se perder, o Paulo está lá para a devolver.
(Micaela)

[Pedro G.]
Lá vem o Pedro a correr,
O Gomes a desbundar;
Quando ele chega, podem crer,
A malta não consegue mais parar
De as paredes e as cadeiras fazer sofrer
E de as contínuas massacrar;
Mas a malta gosta dele, apesar da dor,
E ele é verdadeiro, é o nosso animador.
(Paulo)

[Pedro M.]
Gosta de opinar, duvidando de teorias,
Falando claramente para a turma o entender,
Apresenta os seus trabalhos sempre com melhorias;
Tem um penteado maluco em que ninguém pode mexer;
Não pode ver a caveira do meu cinto, põe-lhe as mãos frias;
Mayo é o apelido por que o hão-de conhecer;
Mora em Benfica e tem uma gata.
Adora-a e por isso muito bem a trata.
(Sara)

[Sara]
Todos os dias lá aparece ela
Com a sua moto pujante.
Toda a gente se apercebe dela,
Quando traz o seu cinto brilhante.
Nos intervalos, o nosso cantinho, bolachas, casaco e ela
Que, acrescidos da luz matinal, ofuscante,
Nos dão aquele prazer rápido, sem demoras,
Que nos fornece energia para mais umas horas.
(Pedro M.)

[Sara]
Não há ninguém mais relevante
Do que o meu velho «Sarão»,
Nem de tal modo importante,
Para o meu coração.
Com a sua moto imponente
E de capacete na mão,
É mais uma amiga das flores
A quem devo tantos favores.
(Tiago)

[Sara]
A Sarinha é a minha amiga predilecta:
Juntas vamos montar,
Juntas andamos de motocicleta,
Juntas podemos até chorar!
E, isto não é pateta,
É de quem sei mesmo gostar;
De a ter como amiga me ufano,
Apesar de lhe dever uma prenda há quase um ano.
(Joana L. I)

[Tiago]
Dizendo as suas piadas,
Tiago consegue ser um bom falador,
Sabe-as todas e gosta de mandar pedradas.
Quando for grande, será coleccionador,
É grande apreciador de partidas, sempre com risadas.
Anda de skate mas os carrinhos do Lidl são o seu amor.
Alfornelos é o seu «place» favorito,
Onde passa os seus dias de skater adicto.
(Sara)

[Tiago]
Pequeno e brincalhão,
Bom aluno, muito inteligente,
Arma-se em espertalhão,
Mas dá-se com toda a gente.
Por vezes, tem razão,
E até sabe sobre a tangente
Enfim, é o Tiago,
Que da memória não apago.
(Afonso)

[Dona Emília]
Dedico esta estrofe a uma pessoa excepcional,
À Dona Emília, que como outra não há;
Sempre nos ajudou, mais do que seria normal,
Muito nossa amiga, há muito tempo já,
Leva-nos mais a bem do que a mal,
É a funcionária que no bloco B está
E com que no coração ficaremos,
Como da família a lembraremos.
(Mário)

Desde pequenos que com ela estamos,
Sempre a receber docinhos.
É uma pessoa que apreciamos,
A auxiliar que nos dá miminhos.
Sempre nas férias nos deliciamos
Com os bem ditos docinhos,
Sempre gentil e generosa
A Dona Emília entre nós é famosa.
(Ana G.)

[Professora Cristina Moura]
É a dona das Matemáticas,
Passa os dias a rir;
Baixinha e com roupas práticas,
Chega à aula e dá-me vontade de fugir;
Mas, com as suas grandes tácticas,
Acabamos por nos deixar ir
E a matemática passa a ser um amigo
Nem que seja só comigo!
(Joana L. I)

[Batendo no chão da sala]
Se as aulas já eram uma confusão,
Quando nos deixam sozinhos, não era melhor.
Começámos a bater no chão
E o barulho era cada vez maior;
Enfim, fizemos um barulhão.
A nossa turma «é a pior»,
Mas a todos dizem isto.
É mentira, está visto.
(Guilherme)

[Vidro partido]
Não estava ninguém no ginásio
E alguém da sexta turma do nono ano
Atirou uma pedra como um balásio.
A pedra foi ter ao pé de um cano;
Depois apareceu o senhor Damásio,
Com o seu gigante pano,
A limpar os vidros da carrinha:
«Ai que vida a minha!»
(João M.)

[Participação]
Já estávamos ansiosos para sair,
Quando o relógio marcou meio-dia e meia,
A turma não aguentou e acabou por explodir.
Fizemos de tudo, é pena termos caído na teia.
Apareceu a Dona Fernanda e nem nos deixou curtir,
Entrou, falou bastante e fez «cara feia».
Pegou num papelinho e foi a correr fazer participação.
Esta é a rotina de uma turma que não tem perdão.
(Sara)

[As provas intermédias]
Quando ao topo do bloco chegaram,
Os alunos foram encontrar
A prova para que se preparavam
Até o professor os chamar.
Enquanto que nos lugares se sentavam,
Com o nervosismo a chegar,
Procuravam uma cura
Para terminar prova tão dura.
(Francisco)

[O misterioso apagador da aula de Inglês]
No intervalo entre EA e Inglês,
A turma fica numa constante agitação
E assim que sai a professora de Francês
Todos esquecem a palavra «educação».
Sem sins, nãos ou porquês,
Escondem o apagador, preparam a situação.
Mal chega a stora, vê um bilhete esclarecedor:
«O apagador está no tecto» (e este no caixote com esplendor).
(Micaela)

«O apagador está no tecto»
Leu a professora olhando;
«E é suposto eu olhar, certo?».
Enquanto os alunos iam disfarçando:
«Está perto de si, mesmo perto»,
Lá continuava ela procurando.
Encontrou-o por fim, sorrindo,
Mostrando sentido de humor, nos seduzindo.
(Tiago)

[Cão & Joanas]
Estavam as três Joanas a conversar,
Dizendo bonitas parvoeiras e rindo,
Quando aparece um ser a saltar,
Que logo Joana Lima segunda, ao ver correndo,
Percebe que era um cão, com o seu feliz ladrar;
A sua caninofobia quase a foi desta p'ra melhor levando,
Só travada por Joana Lima primeira, que afastou o animal,
Mostrando a sua coragem e bondade fenomenal.
(Joana L. II)

[Ida à Luz, para assistir a Auto da Barca]
Fomos ao teatro com o stor Prista
Ver uma peça de Gil Vicente,
Em que entrava um maluco na pista,
Com ar de esgroviado mas convincente.
O personagem que deu mais na vista
E que entrou no elenco competente
Foi o de um actor que pintor também é,
Que nos deu um quadro que está agora no CRE.
(Pedro M.)

Durante o intervalo da Barca do Inferno,
Conversei sobre o que tínhamos observado,
Mostrei os meus apontamentos do caderno,
Chamaram-nos e eu fui apressado,
Voltei a entrar naquele grande teatro moderno
E consegui manter-me acordado;
Finalmente acabou,
Era hora do almoço e a fome apertou.
(António)

[Lutando contra urinóis ao ar livre]
Eu e a Limita íamos para a escola,
Depois de almoçar
Mas sem a sacola,
E foi aí que comecei a reparar
Numa situação bastante tola:
Um vagabundo numa parede a se aliviar.
Então, pela Justiça lutei e gritei:
«Saia já daí». E o homem afugentei.
(Micaela)

[Mário a sonhar]
O Mário ergueu a sua espada
Que a sua sombra protegia como uma tela;
A sua égua estava espantada,
De coragem tão grande vinda dela.
Cheios de arqueiros estava sala vidrada,
Que cavaleiro protegiam sem vela,
Avançou contra cavaleiro com golpe lendário...
Slap! Só com uma chapada acordei o Mário.
(Paulo)

[Aulas de substituição]
As aulas de substituição
São aulas onde ninguém vai.
São sempre uma atrapalhação,
Uma armadilha em que ninguém cai.
A ministra faz uma conspiração
Que os alunos não atrai,
E o mau comportamento domina
Até que o professor desatina.
(João Afonso)

[Sermão em Formação Cívica]
Isto é caso de TV:
Na semana passada,
Na aula de FC,
A turma foi devastada
Sem sabermos bem porquê.
A s'tora, «chateada»,
Ralhou-nos sem cessar,
Até a turma derrotar...
(Mário)

[A chave desaparecida]
A chave do terraço do Bloco A desapareceu.
Acusam principalmente a turma 6 do 9.º ano,
Se calhar, alguém a escondeu,
Ao lado de um cano,
E, para tapar o que sucedeu,
Provavelmente meteram um pano.
Se ninguém se acusar vai tudo de suspensão,
Mas dão uns dias para que apareça o ladrão.
(João M.)

Mal à aula de substituição chegámos,
Logo a contínua nos acusou.
Termos roubado a chave negámos,
Mas ela não acreditou.
Mais uma coisa a que não ligámos,
Mas ela não mais cessou
Até fora da escola connosco foi falar.
E ainda não parou de nos azucrinar.
(Guilherme)

[Discussão com o guarda]
Estávamos todos a comer,
Quando ouvimos o guarda gritar.
Levantámo-nos para ver
O que se estava a passar,
Veio até nós a correr,
Começando a disparatar,
Houve uma enorme discussão,
Que o fez perder a razão.
(João B.)

[Confusão no CRE]
No CRE estávamos sentados,
Com os pés em cima da mesa.
Estávamos bem cansados
E a contínua achou a sua presa.
Gritou connosco, chamou-nos «mal indisciplinados».
Nós éramos a presa, mas ela estava indefesa.
Rimos e rimos então sem parar,
E ela disse-nos que uma galheta devíamos levar.
(Guilherme)

[No cinema]
O cinema tornou-se um lugar inimaginável,
Quando lá fomos, desportivamente,
Assistir a um filme formidável,
Vendo-o atentamente.
Quando terminou, tornei-me instável
E fiquei, pensativamente,
Olhando para o chão,
Revoltado com a minha solidão.
(João Tomás)

[A saída adiantada do 7.º 6.ª]
Numa aula de Português, saímos antes da hora,
O professor disse que já estava a tocar
E a turma foi-se toda embora
Para ir comer qualquer coisa ao bar.
A Dona Emília mandou-nos lá para fora,
Para irmos apanhar um pouco de ar.
Tudo aconteceu porque alguém adiantou o relógio do stor...
Quem fez coisa tão grave, quem foi o estupor?
(João M.)

Estávamos nós no pátio a conspirar,
O que havíamos de fazer do tempo,
Das aulas de Português sem parar,
Que mais não eram do que um passatempo.
Que tal adiantarmos o relógio para nos pirar?
Só arranjamos disputas e contratempos;
Contudo, é nas melhores aulas que temos
Que sempre nos excedemos.
(Pedro M.)

Estavam todos com vontade
De sair mais cedo,
Mas o stor pedia trabalho em quantidade;
Lembraram-se de lhe adiantar o relógio, a medo,
E fizeram-no, embora com grande ansiedade.
Na aula seguinte, viram o caso azedo:
Levaram um fulminante sermão,
Mas, no final, houve compreensão.
(João Paulo B.)

[Sr. Brás]
Com o seu aspecto tosco,
Sempre a cambalear,
Sempre a apertar connosco
A porta da entrada a vigiar,
Nunca abandonou o seu posto,
Mas está sempre a controlar.
Gordo, baixinho, cara rosada, enfim,
É o Sr. Brás, é o nosso pinguim.
(Enoque)

[Sr. Horácio]
Cantarei e protestarei
Contra aquele contínuo apressado;
Por momentos, olharei
Aquele olho danado.
Cantarei e gritarei
Sobre aquele bigode celebrado...
Por muitas brigas discutirei,
Mas o Senhor Horácio sempre lembrarei.
(Afonso)

[Amigas e obras]
Quatro raparigas inseparáveis
E pelos obreiros assediadas,
Talvez por serem tão adoráveis
Ou, se calhar, por serem descaradas;
Por vezes, chegam a ser insuportáveis,
Pois nunca estão caladas;
Apesar de muito dar que falar,
Esta amizade nunca irá acabar.
(Cátia)

[Abelha ataca Joana]
«Ah!», disse ela.
Adivinhem só o que era?
Preta e amarela,
Uma abelha bem bera.
Se pudesse ter-se ia escondido numa ruela,
Mas à porta ficou à espera:
A Joana Lima gritou
E a Ana a abelha matou.
(Cátia)

[Bolas saltitonas no Anfiteatro]
A bola rebola, a bola salta,
No anfiteatro estão a jogar;
A eles tempo não lhes falta,
Divertem-se a ver a bola a saltar,
A ir cada vez mais «alta»,
A saltar sem parar.
Mas depois o Sr. Horácio chegou,
E a bola saltitona não mais saltou.
(Guilherme)

[A Dona Emília corre atrás de nós]
Na época dos contentores
Não havia que fazer,
Mas não morremos de amores
Do que foi acontecer.
Passámos horrores
Que não vamos esquecer;
E a Dona Emília que penaliza
Quem se pendura na baliza...
(Mário)

[Gafanhotos em Físico-Químicas]
Quando nos terrenos da escola vadiavam,
Cinco malucos do 9.º 6.ª pensaram:
«Que lindos gafanhotos se apanhavam!».
Para a aula de Físico-Químicas os levaram
E alguém pensou: porque não os soltavam?
E eis que os gafanhotos doidos avançaram
Pulando nas mesas, nas cabeças e no chão...
E, por pouco, não tiveram uma suspensão.
(Paulo)

[Móbis para Educação Visual]
Nas aulas de EV nascem ideias brilhantes
Com os móbis construídos,
Ficam no tecto cintilantes,
E nunca serão abatidos
Até são bastantes
Com bons resultados obtidos
Foi o fruto de um período
Cheio de trabalho e conteúdo.
(Ana G.)

Estava aquela turma detestável,
O nono sexta, temida a rodos,
Devido à sua rebeldia instável,
Na aula de EV, quando o que é respeitado por todos,
O Professor Esperança, por uma razão incontestável,
Chegou. E não vinha nada com maus modos!
É que a turma tinha feito móbis criativos e maravilhosos,
E, assim, podia agora felicitar aqueles alunos estrondosos.
(Joana L. II)

Foram as gargalhadas,
Foram as desilusões,
Foram as piadas,
Foram as confusões,
Foram as aldrabadas
E as participações.
Somos os melhores,
Somos os maiores.
(Carolina)

Agora que chegou o fim do ano
É que nos vamos revelar,
E com o baixar do pano
Nós vos vamos bem mostrar.
Talvez ao som de um piano
Ou com alguém a cantar,
A turma vai exibir capacidades
Que farão os stores sentir saudades.
(João Af. D)

Lutámos, criámos e inovámos,
Para, em termos de notas, a melhor ser;
Por muitos momentos passámos,
Que nem eu nem colegas vamos esquecer,
Trabalhámos e gozámos,
É isso mesmo que é viver.
Muitas amizades perdurarão:
Acreditem, meus amigos, nunca nos esquecerão.
(Afonso)


Leituras


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Para sabermos se no CRE há um determinado livro que nos interesse requisitar, podemos clicar aqui e escrever na casa respectiva o nome do autor que pretendemos (primeiro o apelido, depois o primeiro nome: ex. Andresen, Sophia). Logo nos sairá a lista das obras desse autor existentes na biblioteca (e entre as obras dessa lista pode estar a que nos interessa). Podemos procurar pelo título (escrevendo então na casa respectiva: ex. As Minas de Salomão). Podemos aliás logo à partida conjugar autor e título, mas talvez não compense em muitos casos, já que assim as probabilidades de teclarmos mal alguma palavra são maiores.

O programa do 8.º ano indica para «leitura orientada» as seguintes obras (entre as quais devem ser seleccionadas três a cinco):
Sophia de Mello Breyner Andresen, Histórias da Terra e do Mar [no CRE há 2 exemplares]; Ridder Haggard (tradução de Eça de Queirós), As Minas de Salomão [no CRE há 2 exemplares]; António Sérgio (adaptação), História Trágico-Marítima [no CRE há 1 exemplar]; João de Barros, «Os Lusíadas» de Luís de Camões [no CRE há 2 exemplares]; Afonso Lopes Vieira (reconsituição), O Romance de Amadis [no CRE há 1 exemplar]; Mário de Carvalho, A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho [no CRE há 1 exemplar]; Maria Isabel Barreno, «Os Parâmetros da Vida», O Enviado; Jorge Amado, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá [no CRE há 1 exemplar]; Michel Tournier (tradução revista por Wanda Ramos), Sexta-Feira ou a Vida Selvagem [no CRE há dois exemplares]; John Steinbeck (tradução de Mário Dionísio), A Pérola [no CRE há 1 exemplar]; Almeida Garrett, Falar Verdade a Mentir [no CRE há 4 exemplares]; Almada Negreiros, Antes de Começar.




Talvez com estatuto diferente do das obras em prosa, o programa traz na mesma lista a indicação de «poemas seleccionados» de Fernando Pessoa; Sophia de Mello Breyner Andresen; Miguel Torga; Eugénio de Andrade; Alexandre O'Neill; Carlos Drummond de Andrade.
O programa assinala que no caso de obras com vários contos podem estes ser objecto de selecção. Indica também que «se o perfil da turma o exigir, é possível seleccionar uma ou duas obras que não constem da lista apresentada». E acrescenta ainda que «poderão ser incluídas algumas páginas escolhidas de autores portugueses, relacionadas com as obras propostas».

Adoptaremos esta estratégia. Em cada período cada aluno lerá pelo menos uma obra, que poderá ser uma das que estão em cima ou outra (escolhidas portanto fora dos programas). De qualquer modo, convém que, no final do ano, entre os livros lidos — que espero venham a ser até mais de três — estejam realmente alguns da lista. Gostaria também que figurasse entre esses livros um cujo assunto seja uma viagem (por explorador, descobridor, simples viajante) e um de carácter diarístico ou memorialístico (portanto, um diário, um relato autobiográfico).


As leituras serão objecto de pequena tarefa, que servirá sobretudo para irmos estabelecendo uma informação, útil a outros, acerca de livros.
(As duas obras que fecham a lista em cima, peças de teatro de Almeida Garrett e de Almada Negreiros, deverão ser aproveitadas em aula — e não valerá a pena considerá-las do mesmo modo que as outras. A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, de Mário de Carvalho, lê-la-emos também todos, aproveitando o facto de vir reproduzida na íntegra no manual. No Com Todas as Letras vem igualmente um conto de Alice Vieira, que leremos também. Se não me engano, com o manual vem ainda um pequeno livro, Uma Questão de Cor, de Ana Saldanha.)

Gramática


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Antes de entrarmos nos conteúdos de gramática propriamente ditos, convém falar nos instrumentos úteis para o estudo da língua. Vou socorrer-me do que escrevi para o sétimo ano, no ano passado portanto.
Gramáticas
Se já tiveres alguma gramática (de anos anteriores, de irmãos, pais, ...), essa te servirá agora. Se não, e caso queiras comprar algum manual de gramática, o livro que aconselharia seria um destes: Da Palavra ao Texto (Olívia Figueiredo & Rosa Bizarro; Edições Asa) ou a Breve Gramática do Português Contemporâneo (Celso Cunha & Luís Lindley Cintra; Edições João Sá da Costa). Também o Dicionário Prático para o Estudo do Português. Da língua aos discursos (Olívia Figueiredo & Eunice Figueiredo; Edições Asa) pode fazer as vezes de manual de gramática. (A Breve Gramática, de Cunha & Cintra, é uma versão compacta da Nova Gramática do Português Contemporâneo, e por isso seria grande desperdício, já tendo esta, comprar aquela.)
Um outro livro que considero interessante é Explicações de Português (de Gabriela Funk e Paula Lima; Edições Asa), que procura tratar os vários assuntos a pretexto de um diálogo entre uns alunos e uma explicadora.
De qualquer modo, não é necessário que compres agora uma gramática, mesmo que não tenhas uma ainda. Aliás, o caderno de Fichas informativas que acompanha o teu livro pode também ajudar-te nesta parte da disciplina.


Dicionários
No ano passado, alguém que precisava de um dicionário perguntou-me qual recomendava. Tal como disse para as gramáticas, é com certeza aproveitável algum dicionário que já tenham (e, se o tiverem, comecem por o usar, antes de avançarem para a compra de algum outro). No caso de precisarem mesmo de comprar um dicionário, aconselho o Dicionário Editora, da Porto Editora, que se reconhece por ter capa laranja.Tem já um número de palavras muito razoável e manuseia-se bem. É claro que há dicionários ainda mais completos — sobretudo o Dicionário Houaiss, mas também o Grande Dicionário da Porto Editora ou até o Aurélio (já o Dicionário da Academia das Ciências tem menos palavras do que o Editora) —, mas esses são excessivamente caros e, sendo pesados ou em vários volumes, não se consultam com a mesma facilidade. Eu, excepto para consultas muito arrevesadas, acabo por usar quase sempre o tal dicionário Editora (da Porto Editora). Diga-se ainda que este dicionário existe com caixa (uns euros mais caro) e sem caixa. Actualmente tenho a versão com caixa, mas, reparando bem, a caixa só me faz perder tempo.








Registos (níveis) de língua

[Reportando-nos ao texto «Revelações» (pp. 44-47).]

As expressões a negro pertencem a um registo de língua (a um nível de língua) bastante informal (não cuidado). Substitui essas partes a negro por expressões equivalentes de nível mais cuidado.

Não me venhas com tangas (l. 22): ________
encontrámos o bibliotecário a bater uma soneca (l. 45): ______
começou a gozar com o panorama (l. 54) _____
desatou a picar o Ataíde (l. 55) _______

Também as palavras seguintes a negro são substituíveis por sinónimos mais cuidados (ou, ao contrário, por outros ainda mais populares). Dou-te uma série de palavras: põe-nas numa linha, da modo a mostrares os graus de formalidade (à esquerda, a mais cuidada; à direita, a mais popular; no meio, distribuídas pela linha, as restantes).

«referindo-se ao Pontes e ao puto» (ll. 62-63)
puto / miúdo / garoto / chavalo / catraio / rapazinho
+ cuidado ------- ------ ------ ------- + popular

«O gajo passou-se por completo» (l. 84)
tipo / indivíduo / gajo / sujeito / homem / fulano

+ cuidado ------ ------ ------ ------ + popular

Como fizeste há pouco com as palavras do texto, ordena estas palavras sinónimas desde a mais popular até à mais cuidada. Talvez possas tentar encontrar em cada série a que representaria o nível popular, o nível familiar, o nível corrente, o nível cuidado (conceitos que, aliás, não são fáceis de delimitar). Já resolvi a primeira série:

estou aflito — estou em palpos de aranha — estou à rasca — estou em cuidado

estou à rasca (P) estou em palpos de aranha (F) estou aflito (Cor) estou em cuidado (Cui)


desenvencilhar-se — desenrascar-se — safar-se — desembaraçar-se

urinar — fazer chichi — mijar — verter águas

aborrecido — lixado — chateado — contrariado

queimar as pestanas — marrar — estudar — instruir-se
Complemento determinativo


No final da p. 51, resolve «Queres Jogar?»:
a. __________; b. __________; c. __________;
d. __________; e. __________.

Neste exercício, estiveste a transformar complementos determinativos — formados por preposição («de») e nome (por exemplo, «rio») — em adjectivos («fluviais»).
A função de ambas as estruturas é a mesma: tanto «dos dedos» como _________ servem para qualificar o nome «impressões»; e quer «de morte» quer «mortal» qualificam o nome __________. Por isso, em rigor devíamos dizer que estamos perante a função sintáctica de atributo, desempenhada ora por um ____________ («mortal», «fluvial», ...) ora por preposição e ___________ («de morte», «de rio»).
Nas gramáticas escolares, porém, costuma considerar-se que só quando essa função é desempenhada por um adjectivo («praias fluviais») é que estamos perante um atributo; quando o «atributo» é desempenhado por um grupo preposicional («de rio»), designamo-lo complemento determinativo.
Forma Passiva
O ano passado não lhes falei de Tipos e Formas de frase, mas é provável que já no 2.º ciclo tenhas tratado o assunto.
Vejamos primeiro os tipos (ou modalidades) de frase:

Tipos de frase / Frase exemplificativa / Descrição
Declarativo / O professor escorregou no cocó de cão. / enuncia-se um facto
Interrogativo / O cocó de cão escorregou no professor? / faz-se uma pergunta
Exclamativo / Que seca de frases com cocó de cão! / exprimem-se reacções, sentimentos
Imperativo / Vai-te embora, estúpido cocó de cão. / dá-se uma ordem

Na p. 60 do teu livro, no ponto 1 de «Queres jogar?», há um diálogo telefónico entre uma cabeleireira e uma sua cliente. Escreve quatro frases que pudessem continuar o diálogo, cada uma pertencente a um tipo diferente. (Será sempre a segunda fala da cliente, já que a última é da cabeleireira. Portanto, farás quatro frases alternativas.)

— É a senhora a quem arranjaram o cabelo hoje de manhã?
— Sim.
— Daqui fala a cabeleireira, minha senhora.
— __________
[tipo declarativo]
— __________
[tipo interrogativo]
— __________
[tipo exclamativo]
— __________
[tipo imperativo]

Também é provável que já tenhas ouvido falar de duas formas de frase: as formas afirmativa e negativa. No quadro seguinte, assinala com uma cruz tipos e formas de frase:

Frase // Decl. / Int. / Excl. / Imp. / Afirm. / Neg.
A canja sabe a vomitado de ostras?
Não saias sem saias.
Vá já para a cama, Maria de Lourdes Rodrigues.
Ainda não ouviste o novo single do Emanuel?
Os dois golos do Benfica contra o Rio Ave saíram de faltas inexistentes.
Armandina, como são belos os teus novos brincos!


Vou agora explicar um novo par de formas de frase, as formas activa e passiva.

Estamos habituados a dizer que, numa frase, o sujeito é «quem pratica a acção». Isso é verdade se a frase estiver na forma activa:

Com verdadeiro prazer, o professor de Português [Sujeito] esbofeteou a turma inteira. [Complemento directo]

Nesta frase, quem pratica a acção é realmente «o professor de Português», que desempenha a função de ______. A sua acção — representada no predicado «esbofeteou» — reflecte-se no complemento directo, que é « __________».
Se passarmos esta frase para a forma passiva, o sujeito deixa de 'praticar a acção' e passamos a ter como sujeito quem sofre a acção:

A turma inteira [Sujeito] foi esbofeteada pelo professor de Português [Agente da passiva], com verdadeiro prazer.

Quem pratica a acção, quem age, fica agora como __________ («pelo professor de Português»). O agente da passiva costuma ser introduzido pela preposição «por» (neste caso: por + o = pelo). Na passagem para a forma passiva, aconteceu ainda outra transformação: o verbo passou a ser conjugado com o auxilirar «ser»:
esbofeteou > foi esbofeteado
Pret. Perfeito de «Esbofetear» > Pret. Perfeito de «Ser» + Particípio Passado de «Esbofetear»

Como é óbvio, só podemos passar uma frase da forma activa para a passiva se houver na frase activa um complemento directo.

Transforma as frases activas em passivas e vice-versa:

O elefante comerá os tremoços e os smarties.
O quarto foi encerado por Madonna.
Ricardo retirou a bola de dentro da baliza.
Nos bairros franceses delinquentes incendeiam carros.
Na Escola Secundária António Sérgio, duas raparigas foram discriminadas.
O bolo-rei é cortado com a faca.

TPC — Lê as pp. 7-8 do Caderno de Actividades. Nas pp. 8-9, resolve os pontos 1, 2 e 3 (faz todos os subpontos, excepto o ponto 2.1.3). Não é preciso fazeres os pontos 4 e 5.
Fica aqui uma lista de assuntos gramaticais abordados neste 1.º período (que quero testar no trabalho a fazer na próxima semana). Correspondem sobretudo a exercícios do caderno de actividades (corrigidos em aula), mas também a matérias que vimos nas fichas em aula, ou mesmo a revisões que surgiam a propósito dos textos.
Parágrafo e período.
Período simples e composto (frase simples e complexa). Oração absoluta.
Algumas funções sintácticas: Sujeito, Atributo, Complemento determinativo, Nome predicativo do sujeito, Predicado nominal, Predicado Verbal, Vocativo, Agente da passiva, Complemento directo, Complemento indirecto, Complemento circunstancial.
Tipos de sujeito (simples ou composto; subentendido; indeterminado; inexistente).
Tipos de frase (declarativo, exclamativo, imperativo, interrogativo).
Formas de frase (afirmativa, negativa; activa, passiva). Passagem da forma activa para a forma passiva e da passiva para a activa.
Classes de palavras [revisão do ano anterior]: adjectivo, nome, determinante, interjeição, preposição, conjunção, verbo, advérbio, pronome, interjeição [não foram estas classes estudadas agora, mas no sétimo ano, mas houve alusões pontuais a praticamente todas elas].
Contracções de preposição com artigo e sua ortografia.
Subclasses do verbo (regulares e irregulares; impessoais; transitivos [directos e indirectos] e intransitivos; copulativos; auxiliares e principais).
Adjectivos biforme e uniformes.
Formação de palavras: por redução; por entrecruzamento; por derivação (prefixação e sufixação); por composição (justaposição e aglutinação). Neologismo. Família de palavras. Plural dos nomes compostos.
Campo lexical.
Registos (ou Níveis) de língua: cuidado, corrente, familiar, popular. Gírias e calão.
Contraste entre variantes europeia e brasileira da língua portuguesa.
Tipos de narrador (quanto à participação: presente e ausente; quanto à posição: subjectivo e objectivo).
Descrição, Narração, Diálogo.
Discurso directo e indirecto (passagem de um para o outro).
Texto argumentativo.
Crónica.


Conotação e Denotação.
Rima. Esquema rimático. Versos. Estrofe.

Sumários e trabalhos de casa


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Aula 1-2
Exercício de palavras cruzadas (acerca das aulas de Língua Portuguesa, tipos de tarefas que faremos, especialidade da avaliação).
Redacção de «incidentes de férias», segundo exemplo dado em folhas.
[TPC: terminar os três incidentes, melhorá-los, passá-los a limpo, trazê-los para que eu os leve para casa.]
Aula 3-4
Audição da leitura de uma notícia (sobre naufrágio de veleiro), para escolha do título que mais lhe convém (p. 25).
Leitura de trechos desordenados de «O reencontro, 30 anos depois» (p. 26), para descobrir a sequência certa; para responder a perguntas de verdadeiro-falso.
Visionamento da primeira parte do filme Estamos Vivos, a que alude o texto lido em aula.
[TPC: Em folha solta, escrever texto com o título «O reencontro, vinte e cinco anos depois» e em que surja, pelo menos uma vez, a expressão «Escola Secundária José Gomes Ferreira».]
Aula 5-6
Leitura rápida de biografias (pp. 10-21), para decidir sobre veracidade de afirmações curiosas acerca de escritores. Leitura de «Muito grande é o mar», de Maria Judite de Carvalho, para assinalar V/F/PF ante frases sobre o texto (p. 25), sublinhando também os passos que atestam as respostas.
Indicação de erros a evitar nos escritos.
Visionamenro de mais uma parte de «Estamos Vivos».
[TPC (em folha solta) — Cria três parágrafos como os que fiz acerca dos escritores, mas sobre ti. Entre os três parágrafos haverá afirmações falsas e verdadeiras. Independentemente da veracidade de parágrafo, espera-se que sejam referidos factos curiosos.
O objectivo final é leres os três parágrafos a toda a turma, para vermos quem mais vezes acerta nos que sejam verdadeiros ou falsos. Procura escrever com alguns pormenores, que servirão para dificultar o reconhecimento da veracidade dos trechos. E, claro, a qualidade da escrita também interessa.]
Aula 7-8
Ficha acerca de assuntos gramaticais aprendidos no ano anterior (classes de palavras, funções sintácticas, orações, formação de palavras), esclarecendo as perguntas que vêm no livro (p. 27).
Visionamento do final de Estamos Vivos.
[TPC: 1. Escrever uma frase (de índole publicitária) sobre o Bife à Portugália. Basta conhecer os outros bifes do mesmo tipo, para se ser capaz de fazer uma frase adequada. O destino final é um concurso (com a generosa atribuição de 52 refeições aos dez melhores classificados).
(Eu nem gosto do bife da Portugália — a carne tem nervos a mais, o molho acho-o com muita farinha, as batatas pouco estaladiças.)
2. Escrever uma frase (de índole publicitária) sobre a Escola Secundária José Gomes Ferreira.
3. Ler Uma questão de cor, o livro de Ana Saldanha que vinha com o manual. Ler sem preocupações especiais.]
Aula 9-10
Audição dos parágrafos autobiográficos de cada aluno, escritos como trabalho de casa, para se decidir da sua veracidade.
Leitura de «Recordações» (pp. 34-35), de Manuel Alegre, para discriminação dos temas de cada parágrafo; e, depois, de cada período. Leitura também de outros trechos de Alma, para descobrir ordem correcta e responder a perguntas de escolha múltipla.
Redacção de frases alusivas à Escola Secundária de Benfica, assumindo perspectiva de alguém que tivesse conhecido a escola há muito.
[TPC — Escreve um texto sobre um professor, ou professora, que tenhas tido (desde sempre até ao sétimo ano inclusive, mas que não seja teu professor actualmente). Tenta fazer uma descrição ao estilo da que sobre Lencastre fazia Alegre no terceiro parágrafo de «Recordações» (p. 35). Também por isso, usa sobretudo o Imperfeito do Indicativo («ensinava», «entrava», «escrevia», etc.).]
Aula 11-12
Resolução de dois itens de funcionamento da língua: explicação de erros diversos (1.1 da p. 37); valores de S final.
Leitura de «Regresso às Jaulas», para descodificação de ironias; para escrutínio de outros grupos/tipos de alunos para além dos do texto.
Leitura de sinopse do filme Elephant, para preparação do trabalho de casa; visionamente de início do filme.
[TPC: Faz a sinopse — o resumo do enredo — de um livro cuja história se passasse na Escola Secundária de Benfica. Os melhores enredos serão escolhidos para, uma vez desenvolvidos, se escrever uma história colectiva. Para já, importa que construas uma base da intriga (que pode ser de ordem policial, romanesca, etc., ou até a confluência de várias pequenas histórias individuais, como acontece em Elephant).
O tempo durante o qual a história se desenrola fica ao teu critério; o espaço predominante tem de ser a Secundária de Benfica; as personagens principais terão de ser fictícias (veremos depois se para os meros figurantes podemos ter outro critério). Espero também que já tenhas lido Uma questão de cor.
Aula 13-14
Leitura do texto «O Colégio» (pp. 40-41), para resolver alguns pontos do questionário no livro (p. 41).
Após relance a livros de Adília Lopes, escolha de poemas por cada dupla de alunos, para leitura em voz alta a toda a turma; audição por parte do resto da turma, para eleição do melhor poema/leitura.
[TPC: de Adília Lopes já conheces uma biografia (p. 16), o texto em prosa que lemos hoje (e que é também bastante autobiográfico), uma série de poemas (que acabaste de ouvir).
Escreverás cinco perguntas que pudessem fazer parte de uma entrevista interessante a esta autora. (Escolherei depois as melhores, a que Adília Lopes responderá por escrito.)
Antes de te decidires, para averiguares se as perguntas em que estás a pensar são interessantes, imagina-te na pele do entrevistado (verifica, por exemplo, se a pergunta dá a quem responde possibilidade de ser criativo, inteligente, original).]

Aula 15-16
Leitura das sinopses para romance da turma (escritas como tpc) e eleição das quatro a adoptar.
Explicação do TPC a fazer para a próxima aula (definição de personagens do livro da turma).
Conclusão do visionamento de Elephant.
[TPC — Fazer as duas tarefas que se seguem (por favor: cada uma numa folha diferente).
1. Definir de modo mais completo um dos alunos a que aludem as sinopses que escolhemos. Para tal, completar os seguintes aspectos. (Ter em conta que alunos serão do oitavo ano, a não ser que a própria sinopse refira que são exteriores à turma principal.)
Nome [um ou dois primeiros nomes + apelido]:
Profissão dos pais:
Aparência física [evitar as descrições completas mas banais; referir os aspectos mais notórios na aparência física]:
Objectos que a personagem tem numa dada gaveta em casa:
O que faz num sábado, às 18 horas:
O que faz às 17 horas da tarde de um dia em que não tenha aulas:
Um acessório [um objecto que costume usar; alguma peça de roupa muito característica]:
Outra característica ainda não referida que queiras indicar:
2. Criar um dos professores da turma que será o fulcro da história. (Como se disse, a turma é do oitavo ano. Para fugir a identificações com a vida real dos autores, convém que o professor de cada uma das disciplinas seja do sexo contrário daquele a que pertence o teu professor ou professora — assim, por exemplo, no livro será uma professora que leccionará Língua Portuguesa.)
Disciplina [do 8.º] que lecciona:
Nome [um ou dois primeiros nomes + apelido]:
Idade:
Situação profissional [há quanto tempo está na escola?; é efectivo, QZP, contratado, estagiário?; etc.]:
Vida familiar [solteiro, casado, viúvo; quantos filhos; etc.]:
Aparência física [pensar nos aspectos mais notórios — o que fixamos, mesmo que seja de pormenor —, em vez de querer fazer retrato completo]:
Vestuário típico:
O que faz às 15 horas de um domingo:
O que faz num sábado, às 10 horas:
Hobby que tem/colecção que faz:
Leituras que faz [incluir nomes de jornais, revistas ou livros]:
Programa de televisão preferido:
Outra característica ainda não referida que queiras indicar:]
Aula 17-18
Leitura de «Terceiro dia» (p. 42), de Carlos Drummond de Andrade, para pensar em respostas a 1.1.1, 1.1.2. e 1.2.1 (p. 43); nova leitura para reescrita em português europeu.
A partir de sílabas dadas (p. 43), formação de substantivos.
Audição de biografia de Carlos Drummond de Andrade.
Redacção de texto antónimo do segundo parágrafo do texto de Adília Lopes (p. 40) e aplicável à Secundária de Benfica.
[TPC — Visita a exposição sobre os 25 anos de actividade literária de António Lobo Antunes (que, além de ser um dos grandes romancistas portugueses, viveu em Benfica toda a infância e adolescência). A exposição está à entrada do CRE e na zona que vai do corredor do bloco C até lá.
Esta parte da exposição é constituída por cartolinas que pendem do tecto, cada uma com uma citação do escritor. O que te peço é que: (1) escolhas uma dessas vinte e tal citações; (2) que a copies; (3) que a comentes — este comentário pode pôr em causa o que o escritor afirma, pode servir para dizeres por que motivo gostaste da citação, pode ser mesmo uma opinião tua sobre o mesmo assunto, etc.]
Aula 19-20
Leitura de «Revelação» (pp. 44-47), para responder a perguntas de escolha múltipla.
Exercícios sobre níveis de língua (reescrita de frases em registos de língua diferentes; discriminação de níveis, em séries de sinónimos).
Visionamento do início do flme «Os coristas» (para reconhecer narrativa encaixada e localizar registos de língua inadequados às situações).
[TPC: 1. Ter o caderno com todos os trabalhos feitos, todas as fotocópias. (Gostaria de vê-lo numa das próximas aulas.)
2. Ler as pp. 3 e 4 do Caderno de Actividades. Em «Aplica os teus conhecimentos», fazer os pontos 1.1, 1.2 e 3.1 (pp. 4-5).]
Aula 21-22
Correcção de trabalho de casa, incluindo exemplos de níveis e correcção de problemas de escrita.
Leitura de texto do livro Alguém sabe do João? — livro a que pertencia o texto lido na aula anterior —, para responder a perguntas de completamento.
Em duplas, escrutínio das caracterizações de alunos e professores feitas por outros colegas, preenchendo lacunas nos perfis, detectando incongruências, melhorando retratos.
[TPC: 1. Pensar num pretexto para haver um encaixe dentro do nosso livro de turma. Para que serviria a parte encaixada? Contaria o quê? E qual seria o pretexto para surgir esse encaixe? (Podem ter em conta as sinopses já escolhidas ou criar situações novas.)
2. Sugerir um motivo de discriminação (de marginalização) que pudesse ser tratado no nosso romance. (Podem contar com o que já tenha sido referido pelas personagens ou acrescentar novas características.)]
Aula 23-24
Leitura de «Johnny e a delinquência juvenil: como a educação faz a diferença» (pp. 49-50), (1) para responder a perguntas de completamento bastante ascendentes; (2) para responder a perguntas interpretativas das soluções pedagógicas no filme Os Coristas.
Assistência à parte final de Os Coristas.
[TPC: 1. Lê o texto «Um baile a preceito» (pp. 54-56), prestando atenção às anotações que estão nas margens (1 a 15, a azul).
2. Escolhe um dos alunos do romance de turma (talvez o que tem o teu número). Escreve, na 3.ª pessoa, um texto sobre um curto momento relacionado com o baile/festa da ESJGF (o aluno a arranjar-se; algum momento na própria festa; as expectativas ainda antes; a seguir à festa; etc.). Só quero um destes momentos. Apesar de o narrador ser de 3.ª pessoa, pretende-se que acompanhemos a perspectiva da personagem. Tenta fazer um texto «em câmara lenta», que observe bem cada gesto (como certas cenas de Elephant).]
Aula 25-26
Audição de «Dança com nomes» para inventário de palavras do campo lexical de «dança».
Leitura de «Um bom baile» (pp. 52-53), para detecção de momentos de narração, descrição, discursos directo e indirecto.
Exercício de identificação de adjectivos e pronomes (p. 54, 1 e 2)
Reescrita de trabalho de casa, com apoio no inventário de palavras do campo lexical de «baile».
Interpretação de cartoon com expressão idiomática e nível familiar da linguagem (p. 56).
Exercício com transformação de atributos em complementos determinativos («Queres jogar», p. 51).
[TPC: 1. Lê nas páginas 15 e 16 do Caderno de Actividades o que se diz sobre o «Complemento determinativo do nome» e resolve os pontos 1, 2 e 3.
2. Em folha solta, completa quatro dos pontos em falta (#) na lista de professores do romance da turma. Desenvolverás o ponto que corresponda ao teu número de turma e os três seguintes. Exemplo: Ana (Afonso ou Alexis ou Carolina), que é n.º 1, fará #1, #2, #3, #4.
Lê primeiro o que já haja sobre a personagem, para não acrescentares características incoerentes. Evita também as caracterizações irrelevantes (do tipo: «dorme», «vai ao cinema», «é de estatura média», «tem cabelos castanhos», «faz colecção de selos»).]
Aula 27-28
Leitura de trecho de Celine — livro a que pertencia «Um bom baile» (pp. 52-33) lido na aula anterior — para responder a perguntas de V/F.
Leitura de «Salva!» (p. 57), para completar síntese, de outro texto (p. 59) do mesmo livro de Ana Saldanha, para completar falas que faltam no diálogo.
Assistência a entrevista a Ana Saldanha, para escolha de afirmações verdadeiras e falsas.
[TPC: 1. Lê a p. 13 do Caderno de Actividades; resolve na p. 14 os pontos 1. e 2.1.
2. Em folha solta, escreve um diálogo ao telefone (ou ao telemóvel) como o do texto que lemos na p. 59. Só aparecerão as falas de uma das personagens. A personagem cujas falas reproduzirás será obrigatoriamente uma das personagens que constam na nossa lista de alunos ou professores do romance da turma. A personagem cujas falas apenas ficarão subentendidas pode ou não ser dessas listas. No cimo da tua folha começa por indicar quem são os dois interlocutores. O diálogo não deverá ser decisivo em termos do enredo. Deve evidenciar interesses e características das personagens mas o assunto será supérfluo e a situação ocasional.]
Aula 29-30
Ficha sobre formas de frase activa e passiva (Caderno de actividades, pp. 7 e 8).
Leitura de texto de Celine — a que pertenciam dois outros que lemos recentemente —, para responder a perguntas curtas ou de melhor resposta. Assistência a excerto de Bowling for Columbine, para seguir etapas de argumentação.
[TPC: Prepara um discurso de pelo menos um minuto (e também não muito mais) em que defenderás a tese que te calhe (de 1 a 26; é a que corresponde ao teu número de turma [vê o verso desta folha]).
Não se pretende que leias um texto escrito, mas, para seres capaz de expor oralmente sem grandes hesitações, deves anotar numa folha os tópicos do que desenvolverás oralmente.
Como acontecia no excerto do filme Bowling for Columbine (ou até no texto «Johnny e a delinquência juvenil»), procura começar por (1) apresentar o assunto, resumindo o problema que está em causa, descrevendo a situação actual no que com ele se relaciona; (2) analisar argumentos favoráveis e desfavoráveis (vantagens e desvantagens), acabando por valorizar os que mais interessem à tua tese e desmontando os outros; (3) concluir com a afirmação da tua tese.
Evita usar muito a 1.ª pessoa («Eu acho que», etc.).
1. Deve haver aulas de substituição.
2. Não deve haver aulas de substituição.
3. Deve haver trabalhos de casa.
4. Não deve haver trabalhos de casa.
5. Deve haver eleições para a Associação de Estudantes segundo o modelo actual (com campanha ao estilo da dos partidos políticos).
6. Não se justifica que as eleições para a AE decorram como têm decorrido.
7. As escolas (nas aldeias) que tenham poucos alunos devem ser encerradas.
8. Há que manter em funcionamento as escolas nas aldeias já pouco povoadas, mesmo que tenham poucos alunos.
9. As carteiras das salas deviam ser individuais e o número de alunos por turma reduzido.
10. As turmas actuais têm um número razoável de alunos e é bom que estes estejam em carteiras duplas.
11. A educação sexual devia ser ensinada numa disciplina específica obrigatória.
12. A educação sexual não deve ser objecto de uma disciplina.
13. Deve haver exames nacionais no 9.º ano.
14. Não deveria haver exames no 9.º ano.
15. A direcção das escolas devia ser escolhida pelos pais e pelas autarquias, mais do que pelos professores.
16. A direcção das escolas devia ser escolhida fundamentalmente pelos professores.
17. Os professores devem cumprir na escola um horário de funcionário normal (preparando aí as suas aulas, dando-as, etc. e saindo só após cerca de oito horas diárias).
18. Além de aulas e reuniões na escola, os professores devem poder trabalhar no local em que acharem que é mais produtivo (na escola ou em casa).
19. As escolas deviam regulamentar o tipo de vestuário que os alunos podem usar (proibindo o que seja excessivamente ousado ou demasiado informal).
20. Não se deve condicionar o tipo de vestuário a usar na escola.
21. Sinais exteriores religiosos (véu das raparigas muçulmanas, turbantes, cruzes ostensivas) devem ser proibidos nas escolas públicas.
22. Nas escolas, os alunos devem poder apresentar-se vestidos como lhes ditar a sua religião.
23. A data dos testes não devia ser conhecida dos alunos.
24. Testes devem ser marcados com conhecimento dos alunos.
25. Alunos (do 3.º ciclo) deviam ter menos disciplinas, ficando assim menos tempo na escola.
26. Alunos estão na escola tempo razoável (e até talvez devessem estar mais).]
Aula 31-32
Apresentação/Audição dos discursos preparados em casa por todos alunos. Verificação da adequação do nível de língua. (Após cada par de discursos antagónicos, apreciação de argumentos e acrescento de outros.)
Ficha sobre formas de frase activa e passiva (revendo também tipos de frase).
[TPC — Lê as pp. 7-8 do Caderno de Actividades. Nas pp. 8-9, resolve os pontos 1, 2 e 3 (faz todos os subpontos, excepto o ponto 2.1.3). Não é preciso fazeres os pontos 4 e 5.]
Aula 33-34
Audição de discursos preparados em casa (conclusão do que se fizera na aula anterior).
Leitura do texto «Uma tarde inesquecível» (pp. 61-63), para resposta a perguntas de escolha múltipla.
Redacção de texto paralelo ao de «Uma tarde inesquecível», porém com personagens do romance de turma.
[TPC: Lê as pp. 10-11 do Caderno de actividades e responde a todos os pontos de Aplica os teus conhecimentos (p. 12).]
Aula 35-36
Correcção do trabalho de casa (sobre tipos de sujeito).
Leitura de «Timidez» (p. 64), de Cecília Meireles, para completar dados sobre a estrutura do poema e tentativas de síntese de cada estrofe.
Leitura de modelos para cartas para namorados, para preparar leitura em voz alta. Audição da leitura em voz alta de várias cartas.
[TPC: escreve uma carta relativa à mesma situação da carta que estiveste a ler, mas agora em linguagem corrente (mas não familiar nem popular) e adaptada aos tempos actuais.]

Aula do dia da escola
(do 8.º 5.ª apenas)
[não se numera esta aula, para evitar disparidade
relativamente às outras turmas]
Leitura em voz alta/Audição de cartas de namoro, em vários contextos (conclusão do que se começara em aula anterior).
Resolução de «Queres Saber?» (p. 65), classificando depois morfologicamente as palavras saídas do exercício.
[Participação nas actividades do Dia da Escola]
[TPC: Escreve para o Romance da turma — tendo portanto em conta como intervenientes os alunos e professores das nossas listas — contributos para uma narração de um dia da escola catastrófico (isto é: um dia da escola cheio de acidentes, confusões, etc.).
Aproveita um destes assuntos: o hastear da bandeira; a actuação da Banda da PSP; o Mini-Challenger; a inauguração da Exposição Retrospectiva dos 25 anos; Bloco de Notas (programa musical por alunos e ex-alunos da ESJGF); a conferência «Os Adolescentes e a Escola» por Daniel Sampaio; o «Concerto e a Poesia», com Manuel Freire; entrega dos prémios do Concurso Literário José Gomes Ferreira; o beberete; a Assembleia para a formação da Associação de Antigos Alunos, Funcionários e Professores.]
Aula 37-38
Leitura em voz alta/Audição de cartas de namoro, em vários contextos (conclusão do que se preparara na aula anterior).
Leitura de passo de A Ilha do Chifre de Ouro, para reescrita com acrescento de atributos.
Audição de «Fulminados» (pp. 66-68) — também de A Ilha do Chifre de Ouro —, para responder a perguntas de V/F.
Releitura rápida do texto, para responder a perguntas sobre estatuto do narrador e completar síntese.
Assistência a início de Amor ou Consequência, para completar síntese (em cotejo com o texto lido).
[TPC (só para 8.º 5.ª): Aproveita para fazer algum dos trabalhos anteriores que tenhas falhado. E o livro Uma questão de cor, está lido?]
[TPC (só para o 8.º 1.ª): Escreve para o Romance da turma — tendo portanto em conta como intervenientes os alunos e professores das nossas listas — contributos para uma narração de um dia da escola catastrófico (isto é: um dia da escola cheio de acidentes, confusões, etc.). Aproveita um destes assuntos: o hastear da bandeira; a actuação da Banda da PSP; o Mini-Challenger; a inauguração da Exposição Retrospectiva dos 25 anos; Bloco de Notas (programa musical por alunos e ex-alunos da ESJGF); a conferência «Os Adolescentes e a Escola» por Daniel Sampaio; o «Concerto e a Poesia», com Manuel Freire; entrega dos prémios do Concurso Literário José Gomes Ferreira; o beberete; a Assembleia para a formação da Associação de Antigos Alunos, Funcionários e Professores.]
[TPC (para o 8.º 6.ª e 8.º 3.ª): Para o livro da turma, escreve o relato de um episódio que envolva alguma atitude indisciplinada em aula (ou algum comportamento excêntrico) por parte de um (ou vários) dos alunos. O narrador deve ser ou (i) ausente e subjectivo ou (ii) presente e objectivo. Se for (i), será portanto de 3.ª pessoa mas assumirá a perspectiva de um dos professores da nossa lista; se escolheres o tipo de narrador (ii), a personagem que narrará será um professor que, porém, contará os factos de modo bastante frio, como se se limitasse a anotar o que observara (sem emitir juízos nem exprimir emoções).]
Aula 39-40
Visionamento de peça de telejornal, sobre tema paralelo ao do texto a ler depois (discriminação de duas alunas), para compreensão dos dados essenciais.
Leitura de «O pecado da inocência» (pp. 71-72), para completar tabela com dados gerais do texto.
Leitura de crónica e de carta de leitor sobre o referido caso de discriminação, para avaliar argumentos.
Assistência a 2.ª parte de Amor ou Consequência.
[TPC (para 8.º 1.ª e 8.º 5.ª): 1. Para o livro da turma, escreve o relato de um episódio que envolva alguma atitude indisciplinada em aula (ou algum comportamento excêntrico) por parte de um (ou vários) dos alunos. O narrador deve ser ou (i) ausente e subjectivo ou (ii) presente e objectivo. Se for (i), será portanto de 3.ª pessoa mas assumirá a perspectiva de um dos professores da nossa lista; se escolheres o tipo de narrador (ii), a personagem que narrará será um professor que, porém, contará os factos de modo bastante frio, como se se limitasse a anotar o que observara (sem emitir juízos nem exprimir emoções).
2. Lê as pp. 27-30 do Caderno de Actividades e responde a 'Aplica os teus conhecimentos' (pp. 29-30).]
Aula 41-42
Correcção do trabalho de casa (sobre subclasses de verbos).
Assistência à parte final de Amor ou Consequência.
Resolução de ficha sobre (i) aspectos gramaticais a propósito do filme; (ii) história narrada no filme visto e provérbios alusivos ao amor; (iii) reescrita de um esboço de tradução de «La vie en rose», a música de fundo do filme.
[TPC — 1. Conclui a ficha iniciada na aula; 2. Lê as pp. 23-24 do Caderno de Actividades e resolve 'Aplica os teus conhecimentos' (p. 24); 3. Vai tendo o caderno organizado, até porque queria vê-lo na última semana do período.]
Aula de 7-12-2005 do 8.º 6.ª
[para efeitos do blogue, esta aula não é numerada, para não prejudicar a correspondência entre as lições das várias turmas (o 8.º 6.ª teve esta aula a mais, aproveitada para revisões de assuntos variados)]
Correcção do resto da ficha sobre Amor e Consequência.
Exercício de palavras cruzadas sobre diversos assuntos de gramática abordados recentemente.
Resolução do ponto 1.1 da p. 70 do manual (exercício de escrita, em torno da coesão de um parágrafo).
[TPC — Lê as pp. 23-24 do Caderno de Actividades e resolve 'Aplica os teus conhecimentos' (p. 24); vai tendo o caderno organizado, até porque queria vê-lo na última semana do período.]
Aula 43-44
Correcção do trabalho de casa (sobre plural dos nomes compostos).
Resposta a ficha sobre os vários assuntos gramaticais estudados neste período.
Leitura de «Desculpa!» (p. 76), de Luís Fernando Veríssimo, para responder a pontos 1-4 no cimo da p. 77.
[TPC — Gostava que repartíssemos as perguntas/respostas a/de Adília Lopes por três a seis secções. Propõe essa divisão da entrevista por áreas (de maneira a contemplarmos todas as perguntas sem, por outro lado, ficarmos com demasiados capítulos). Escreve um título inteligente para cada uma dessas secções.]
Aula 45-46
Exercício de composição de períodos em parágrafo (ponto 2.1 de Funcionamento da língua, na p. 77).
Leitura de entrevista a Mário de Carvalho (pp. 175-176), para detectar contrastes entre personalidade deste escritor e Adília Lopes. Alusão ao conto «A inaudita guerra da avenida Gago Coutinho», a ler em férias.
Discriminação de variedades geográficas do português em sketch com Ricardo Araújo Pereira (por coincidência, autor da entrevista referida em cima).
Resposta a perguntas de compreensão oral sobre a notícia «Tradutor do choro de bebé» (p. 75).
Avaliação (informação de níveis a atribuir; indicação do que há fazer para se melhorar).
{Na aula do 8.º 3.ª, a primeira e a penúltima tarefa não foram realizadas e assistiu-se ao final do filme Amor ou Consequência.}
[TPC — Lê o conto, de Mário de Carvalho, «A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho» (pp. 165-171).
«Inaudito» quer dizer 'nunca ouvido', 'espantoso'. Nota que o conto amalgama, ou cruza, duas épocas (1148 e 1984). Lê bem primeiro as linhas 1-13 (p. 165), para perceberes o que motiva essa mistura de duas épocas diferentes.
No final, responde aos pontos 1, 2, 3, 6, 7, 8 da p. 172. Lê também o texto que está em «Ler mais», nas pp. 172-173.]
Aula 47-48
Resposta a perguntas de escolha múltipla sobre trechos de «A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho» relativos ao «primeiro» nível narrativo (o de Clio, etc.).
Visionamento de videograma com começo do «segundo» nível narrativo (o terreno, relativo ao que se passa na Avenida).
Resposta a ficha sobre arabismos (e, depois, em particular, os da «Inaudita»).
Visionamento de começo do filme Os visitantes — cuja intriga tem coincidências com a de «A Inaudita» —, para completar quadro que o contrasta com o conto de Mário de Carvalho.
[TPC: ensaiar (bem!) leitura expressiva de um poema de amor de poeta português (distribuído um poema diferente a cada um dos alunos); na aula seguinte, serão ouvidos os vários poemas e escolhida a melhor leitura.]
Aula 49-50
Concurso de leitura expressiva de poemas de amor portugueses. Resposta a exercícios sobre estrangeirismos. Assistência a um trecho de Os visitantes.
[TPC (i): Lê o texto «Lenda da que mal pica» (pp. 82-87). Como verás, nesse texto conta-se uma história que justificaria o nome de uma localidade (Malpica do Tejo). (ii) Escreve tu também uma história que explique o nome de uma terra portuguesa. Primeiro, escolhe um nome de localidade verdadeiro (procurando num mapa, numa enciclopédia ou, simplesmente, lembrando-te de cidades, aldeias ou vilas); depois, inventa para esse topónimo uma explicação curiosa (embora fictícia, mentirosa). O título da tua narrativa pode ser «Lenda de [nome da localidade]». O texto não tem de ser tão grande como o que leste.]
Aula 51-52
Final do concurso de leitura expressiva de poemas de amor portugueses. Resposta a perguntas de compreensão da intriga de «Lenda da que mal pica». Ficha sobre substituição de topónimos, por tabu. Assistência a um trecho de Os Visitantes.
[TPC — Lê as pp. 37-38 do Caderno de Actividades. Fala-se aí de estrangeirismos, de palavras entrecruzadas e de derivação imprópria. Só esta é que ainda não estudámos em aula (por isso, podes saltar esse parágrafo dedicado à «Derivação imprópria»). Depois, em «Aplica os teus conhecimentos» (pp. 39-40), responde apenas aos pontos 1, 5 e 8.]
Aula 53-54
Leitura de «Medo» (pp. 90-91), de Ilse Losa, para responder a perguntas de compreensão geral. Correcção do tpc (sobre formação de palavras e estrangeirismos). Assistência a final de Os Visitantes, seguida de correcção da ficha com contraste entre este filme e o conto «A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho».
[TPC — Escreve um texto que se ocupe de uma situação constrangedora, desagradável, infeliz, etc., passada contigo. Como acontecia em «Medo», usarás um narrador de 3.ª pessoa (ausente, portanto), o que não impedirá que os sentimentos da personagem — tu — fiquem bastante evidentes. Também ao estilo de Ilse Losa, começa por escrever um período sem verbo e usa depois o imperfeito do indicativo. O título também terá de ser um substantivo abstracto, que indique o sentimento predominante na situação que contes.]
Aula 55-56
Leitura de «A revolução grisalha» (p. 94), para responder a perguntas bastantes ascendentes. Resposta a ficha explicativa de «Derivação imprópria» (aliás «Conversão»). Correcção do tpc de férias (sobre «A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho»). Exercícios de revisão gramatical a partir de sketches dos Gato Fedorento (estrangeirismos, níveis de língua).
[TPC: quem tiver livros meus do ano passado, traga-os na próxima aula, por favor, já que queria combinar as leituras recreativas a fazermos agora.]
Aula 57-58
Leitura de «A minha avó Laurinda» (p. 93), para confirmar caracteristicas da crónica; para estabelecer contraste em tabela (entre famílias hoje e antigamente).
Exercício de flexão de verbos (dado um modelo e formas a conjugar).
Redacção de parágrafos subordinados ao título «O meu [parente] [nome]».
[TPC — (1) Rever a flexão dos verbos (reconhecendo tempos e pessoas de uma forma verbal; indicando as formas de um dado verbo, tempo e pessoa). Proximamente, faremos um trabalho sobre o assunto. (2) No Caderno de Actividades, pp. 39-40, fazer os pontos 2 e 6.]
Aula 59-60
Leitura de «A minha mãe apaixonou-se» (pp. 96-97), para delimitar partes do texto; assinalar trechos que fundamentam inferências acerca das personagens. Correcção do trabalho de casa (sobre derivação imprópria).Revisão de aspectos gramaticais (derivação imprópria; classes morfológicas; funções sintácticas), a partir de sketches de Gato Fedorento (série Meireles).
[TPC: Com as iniciais dos teus nomes, escreve formas verbais nas pessoas e tempos que indico a seguir (respeitando a ordem em que estão). Se, por teres um nome grande, a lista de tempos se esgotar, continua com infinitivos impessoais. Escolhe sempre verbos diferentes. (No exemplo, usei o nome completo de Fernando Pessoa e só lancei os verbos para as três primeiras letras.) Faz numa folha solta.

F 3.ª pessoa do singular do Futuro do Ind. / Fará
E 1.ª pessoa do sing. do Presente do Ind. / Escrevo
R 2.ª pessoa do sing. do Presente do Conj. / Reajas
N 3.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo
A 2.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo
N 1.ª pessoa do plural do Condicional
D 2.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo
O 2.ª pessoa do plural do Imperativo

A 3.ª pessoa do plural do Mais-que-Perfeito do Indicativo
N 1.ª pessoa do plural do Presente do Conjuntivo
T 2.ª pessoa do plural do Imperfeito do Conjuntivo
O 3.ª pessoa do singular do Imperfeito do Conjuntivo
N 3.ª pessoa do singular do Futuro do Conjuntivo
I 3.ª pessoa do singular do Condicional
O Gerúndio

N Particípio Passado
O 2.ª pessoa do pl. do Inf. Pessoal (ou Flexionado)
G Infinitivo Impessoal
U 1.ª pessoa do plural do Futuro do Indicativo
E 3.ª pessoa do plural do Presente do Indicativo
I 2.ª pessoa do singular do Imperativo
R 1.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo
A 1.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo

P 3.ª pessoa do plural do Condicional
E 1.ª pessoa do plural do Futuro do Indicativo
S 2.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo
S 3.ª pessoa do plural do Presente do Conjuntivo
O 1.ª pessoa do plural do Imperfeito do Conjuntivo
A 1.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo

Independentemente deste trabalho, em http://www.iltec.pt/mordebe/ pode-se consultar a flexão de qualquer verbo. Basta escrever o nome do verbo, clicar em «pesquisa» e obtém-se a conjugação dos tempos simples. Nesta base morfológica pode também, por exemplo, ver-se que palavras têm determinado prefixo ou sufixo ou que palavras incluem determinada sequência.]
Aula 61-62
Leitura de «Um canto só meu» (pp. 105-106), para resolver perguntas de transformação (discurso indirecto para directo; mudança de narrador). Assistência a sketch («Encorning») dos Gato Fedorento, para resolver tabela sobre anglicismos e falsos anglicismos. Redacção subordinada ao título «Um canto só meu».
[TPC — Por termos lido dois textos de Alice Vieira e por estarmos dentro de uma unidade que trata da vida em família, é boa altura para se ler o conto «Temos de começar a jantar à mesa» (de Alice Vieira; do livro Trisavó de Pistola à Cinta), que está nas pp. 177-189. Lê o conto sem a preocupação de responderes por escrito às perguntas que aparecem no fim de cada parte, mas, oralmente (para ti mesmo), procura ir verificando se serias capaz de as resolver.]
Aula 63-64
Leitura de «De pernas para o ar» (pp. 100-101), para completar afirmações (implicando inferências a partir de dados não explícitos). Exercício de passagem de discurso directo para indirecto (e outros exercícios de revisão gramatical). Assistência à primeira parte do filme O quarto do filho, de Nanni Moretti, para completar tabela com contraste com a situação do conto lido em casa («Temos de começar a jantar à mesa», de Alice Vieira).
[TPC: no Caderno de Actividades, lê e faz a ficha sobre «O advérbio» (pp. 34-36).]
Aula 65-66
Correcção do trabalho de casa (sobre graus dos advérbios). Conclusão do contraste entre «Temos de começar a jantar à mesa» e O quarto do filho. Preparação de redacção a fazer em casa.

[TPC: fazer texto para o Concurso Epistolar 2006 (carta; 500 a 1000 palavras; «Escrevo-te para dizer como o correio ajuda a ligar-me ao mundo»).]


Aula 67-68
Leitura do texto «Contra todas as previsões» (pp. 110-111), para estabelecer sínteses de cada um dos parágrafos. Redacção de parágrafos pessoais no mesmo estilo dos que se iniciavam por «contra todas as previsões». Jogo de «Stop» com flexão de verbos e graus de advérbios.
[TPC: responde ao teste do Campeonato Nacional da Língua Portuguesa (do Expresso / SIC-Notícias / JL). O tpc propriamente dito é responderes a quantos erros tem o texto e às perguntas 1 a 5. (De qualquer modo, sugiro que preenchas também a parte da identificação — nesse caso, incluindo ainda a assinatura do Encarregado de Educação —, já que assim poderei enviar o teu teste para o concurso.) Para responderes à pergunta 4, lê no Caderno de Actividades (p. 18 e princípio da p. 19) o que se diz sobre «Orações subordinadas completivas». Ao responderes à pergunta 3, lembra-te que já falámos dos plurais dos nomes compostos (Caderno de Actividades, pp. 23-24).
Na resposta à pergunta 5, não te precipites. A palavra «pirâmide» não é de origem egípcia (o melhor será procurares num dicionário que tenha a etimologia).]
Aula 69-70
Exercício de reescrita de texto a partir de uma única metade lateral. Leitura do original completo (pp. 191-192), para completar quadro sobre dados essenciais. Resposta a pontos de «Funcionamento da língua» (p. 112), sobre complemento determinativo. Ficha de flexão de verbos.
[TPC — Pensa em adjectivos que caracterizem de modo bastante pertinente um dado substantivo (objecto, pessoa, assunto, etc.). Os quatro adjectivos que vais arranjar têm de estar num grau diferente — nos graus que ponho no exemplo. (O meu exemplo ficou fraco. Espero que faças bem melhor. Faz isto para três nomes.) Evita dar a ler o trabalho a colegas teus.
Nome: «férias»
Adjectivo no grau normal: «escassas»
Adjectivo no comparativo (de superioridade, igualdade ou inferioridade), ficando explícito o outro termo da comparação: «tão necessárias como as aulas»
Adjectivo no superlativo absoluto analítico: «muito desejadas»
Adjectivo no superlativo absoluto sintético: «utilíssimas»
]
Aula 71-72
Leitura de «Mundos diferentes» (pp. 114-116), para completar itens de resposta curta. Preenchimento de textos lacunares sobre vários aspectos de gramática (predicado nominal, verbos copulativos, predicativo do sujeito, determinativo; diminutivo; flexão de verbos; frases de tipo imperativo), a partir de sketches de Gato Fedorento (série Meireles).
[TPC — Lê «O adjectivo», no Caderno de Actividades (p. 25); faz os pontos 1 a 4 (pp. 25-26).]
Aula 73-74
Correcção do exercício do Caderno de Actividades (sobre «O adjectivo»). Adivinhação dos nomes a que correspondiam adjectivos propostos por alunos (segundo trabalho de casa anterior). Identificação de adjectivos em poema de Eugénio de Andrade (p. 119). Leitura de «Raffaelle» (pp. 121-122), para redacção de trechos a intercalar no texto.
[TPC — Começar a leitura de um livro (ou prosseguir alguma leitura que esteja em curso). Se não tiveres em casa leitura que te agrade, vê no CRE se há algum livro que te possa interessar (eu tenho comigo uma lista de livros susceptíveis de te interessar no CRE) ou, em folha que darei, indica o tipo de livro que te poderia agradar (verei depois se entre os meus há algum que corresponda a esse perfil). Pretende-se leitura despreocupada, mas, mais tarde, poderei pedir-te tarefa — levíssima — relacionada com o livro em causa.
Aproveitar também para estudo da flexão dos verbos.]
Aula 75-76
A partir de sketch de Gato Fedorento, revisão sobre graus de adjectivos e explicação da noção de particípios passados duplos. Leitura de duas reportagens sobre «Infâncias roubadas» (p.124 e pp. 125-126), para responder a perguntas curtas e completamento de lacunas (em contraste com resumo de filme Neste Mundo). Assistência a início de Neste Mundo.
[TPC — Numa folha solta, escreve frases com dez particípios passados, ora com a forma regular ora com a forma irregular. Farás, portanto, vinte frases. As frases devem ser criativas e reveladoras de que percebes o sentido dos verbos em causa. Para decidires quando deves usar a forma regular e a forma irregular, tem em conta a nota final da folha (ou vai tu mesmo avaliando qual é a forma que fica melhor). Dou mais um exemplo:
A GNR tem prendido as pessoas com camisolas Benetton contrabandeadas.
No final da aula, reparei que estava uma osga presa entre os fios das colunas.]
Aula 77-78
A partir de sketch de Gato Fedorento, ficha sobre Vocativo e sua pontuação e Orações subordinadas condicionais. Assistência a partes do filme Cães Vadios, tirando notas, a fim de em casa redigir reportagem ao estilo da do texto «Infâncias roubadas».
[TPC: (1) [No 8.º 6.ª esta parte é adiada; fica só a parte 2 do presente tpc] No mesmo estilo da reportagem «Infâncias roubadas» (na p. 126, sobretudo) — a meio caminho entre o texto cronístico e o jornalístico —, escreve uma reportagem dedicada a Zahed e Gol-Ghotai, os irmãos de que trata o filme Cães Vadios. O título pode até ser o mesmo, «Infâncias roubadas». O tamanho e o tipo de abordagem serão semelhantes aos do texto da p. 126. Aproveita as notas que terás tirado durante a passagem do filme.
(2) No Caderno de actividades, lê a ficha sobre «A frase complexa» (pp. 17-19). (A parte sobre 'orações subordinadas completivas [ou integrantes]' já a terás lido há tempos, por causa do CNLP, do Expresso.) Faz os pontos 1 a 7 de «Aplica os teus conhecimentos» (pp. 19-20).]
Aula 79-80
Exercício de palavras cruzadas sobre conteúdos de gramática tratados nas últimas aulas. Leitura de resumo de contracapa e crítica de filme — ambos de Cães Vadios —, para comparar os dois géneros de texto. Assistência ao final de Cães Vadios, para descobrir ironia do desfecho.
[TPC: continuar leitura de livros, como combinado há dias. Se não tens leitura de que gostes, pede-me ajuda.]
Aula 81-82
Correcção de trabalho de casa no Caderno de Actividades (sobre orações; pp. 19-20, pontos 1 a 7). Leitura de «Barcos, gaivotas e homens» (pp. 127-128), para inferir os significados das palavras mais difíceis (ou em sentido figurado), dadas duas acepções alternativas; para completar esquema (p. 129). Leitura de «Poema dos homens distantes», para preenchimento de resumo (em contraste com o texto anterior). A partir de sketch de Gato Fedorento, exercício de identificação de adjectivos e nomes; sufixos diminutivos; orações completivas.
[TPC: I — Escolhe dez verbos de que gostes (ou seja, que representem acções que te agradem; se o verbo for transitivo e achares que assim fica mais explícito o teu gosto, junta-lhe um complemento directo). Depois, seguindo essa ordem de preferência, flexiona os verbos nas pessoas e tempos que indico:
Exemplo:
0. 1.ª pessoa do singular do Futuro do Indicativo.
Comerei o iogurte de mel e nozes.

1. 2.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo
2. 3.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo
3. 1.ª pessoa do plural do Mais-que-perfeito
4. 2.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo
5. 3.ª pessoa do plural do Condicional
6. 1.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo
7. 2.ª pessoa do singular do Futuro do Conjuntivo
8. 3.ª pessoa do singular do Imperfeito do Conjuntivo
9. 1.ª pessoa do plural do Infinitivo Pessoal
10. Gerúndio
II — Fazer as seguintes frases que gostava fossem realistas (isto é: sobre situações verdadeiras, vividas por ti ou por alguém que conheças). Por favor, faz frases inteligentes, não sejas preguiçosão.

1. Uma frase complexa em que haja uma oração subordinada causal. [As orações subordinadas causais podem ser introduzidas por «porque», «dado que», «já que», «visto que», «pois que», «como», «porquanto»]
Exemplo:
Como a ministra tem prejudicado o ensino com as suas medidas pacóvias, // estou farto dos merdosos dos nossos governantes.

2. Uma frase complexa em que uma das orações seja oração subordinada condicional. [As orações condicionais costumam começar por «se», «no caso de», «a não ser que», «salvo se», «a menos que», «excepto se», «contanto que»]

3. Uma frase complexa em que haja uma oração subordinada temporal. [As orações subordinadas temporais costumam começar por «quando», «enquanto», «mal», «antes que», «depois que», «sempre que», «logo que, «no momento em que», «todas as vezes que».]

4. Uma frase complexa em que haja uma oração subordinada final. [As orações subordinadas finais podem começar por «para que», «a fim de que», «a fim de».]

5. Uma frase complexa em que uma das orações seja subordinada completiva (ou integrante). [As orações subordinadas completivas costumam servir de complemento directo às suas subordinantes.]
Exemplo:
Uns dias atrás disse aos meus caríssimos alunos / que trouxessem sempre todas as fichas no caderno.]
Aula 83-84
Leitura de «Uma suave aguarela» (pp. 132-133), para responder a questionário de escolha múltipla. Redacção de novas versões para trechos do texto de Clarissa. A partir de sketch de Gato Fedorento, exercícios sobre oração integrante e de identificação de pronomes e determinantes.
[TPC (em folha solta):
1.1 Escreve uma frase na forma passiva, sublinhando o agente da passiva. (Prefiro que a frase seja realista, quer a situação se tenha passado contigo ou com outros.)
1.2. Passa essa frase para a forma activa — o agente da passiva vai ser agora o sujeito —, sublinhando o seu complemento directo (que há-de ser o sujeito da frase anterior).
2.1. Escreve um parágrafo com uma fala no discurso directo (correspondente a alguma coisa que realmente tenhas dito ou ouvido alguém dizer no exacto dia em que resolvas este exercício).
Não te esqueças da margem do parágrafo, dos travessões, da parte com o verbo «dizer», «afirmar», «perguntar», «declarar», etc.
2.2. Passa o parágrafo anterior para o discurso indirecto.
3. Escolhe uma letra. Depois faz uma frase só com palavras começadas por essa letra e que siga esta estrutura:
Preposição / Nome /, Determinante / Nome / Adjectivo / Verbo / Advérbio / Determinante / Nome / Adjectivo.
Exemplo:
Atrás do / armário, / a / aranha / amarela / alimenta / anormalmente / aqueles / animalecos / astutos.
Faz isto para três fases (portanto, para três letras diferentes).
(No 8.º 2.ª, junta-se ainda ao tpc anterior o seguinte: responder, na mesma folha solta, aos pontos 8-14 (pp. 20-22) do Caderno de Actividades.)]
Aula 85-86 (*)
Leitura de «Carta a Clarissa» (p. 136), para responder a perguntas curtas; para acrescentar itens a séries. Leitura da reportagem «Alpinista cego chega ao cume do Evereste» (pp. 137-138), para adivinhar palavras de grelha no livro (p. 139); para completar quadro em contraste com o vídeo «Entrevista a João Garcia». Assistência ao vídeo e resposta a ficha-síntese.
[TPC: ir fazendo leituras de livros. Ter o caderno organizado. (Só para 8.º 5.ª e o 8.º 6.ª: resposta aos pontos 8-14 (pp. 20-22) do Caderno de Actividades.)]
(*) - No caso do 8.º 2.ª, esta aula funde-se com a seguinte, ficando algumas tarefas para realizar posteriormente (ou em trabalho de casa).
Aula 87-88
Assistência a sketches de Gato Fedorento para revisão de vários conteúdos de gramática (complemento circunstancial de causa e oração subordinada causal; oração subordinada completiva; determinativo e atributo. Redacção de poemas segundo modelos (textos das pp. 119 e 108).
[TPC — Resolver os seguintes pontos do Caderno de Actividades (pp. 20-22): 8.1, 8.2, 8.3; 9; 10.1, 10.2, 10.3; 11.1.2; 12; 13; 14. (para 8.º 1.ª e 3.ª); Consultando também as pp. 31-32, faz «Aplica os teus conhecimentos» (pp. 32-33 do Caderno de Actividades). (para 5.ª e 6.ª); Para o 8.º 2.ª, ficou para TPC a redacção de poemas segundo modelo (textos das pp. 119 e 108)]
Aula 89-90
[Correcção do trabalho de casa. (só no 8.º 1.ª e no 8.º 3.ª)]
Leitura de «As magicações do meu compadre António Prezado» (pp. 140-142), para responder a perguntas de escolha múltipla.
[Recitação de quadras de Pessoa. (só no 8.º 1.ª e no 8.º 3.ª)]
Questionário sobre os conteúdos gramaticais estudados neste período. (8.º 2.ª, 5.ª e 6.ª)
[TPC: Consultando também as pp. 31-32, faz «Aplica os teus conhecimentos» (pp. 32-33 do Caderno de Actividades). Ir lendo livros]

Aula não numerada (só feita no 8.º 1.ª e no 8.º 3.ª)
Correcção do trabalho de casa (sobre verbos auxiliares). Questionário sobre os conteúdos gramaticais estudados neste período.
[TPC — Ir lendo livros]
Aula 91-92
Correcção do trabalho de casa (sobre verbos auxiliares). A propósito do fim da unidade «Olhar os outros», assistência a curtas-metragens sobre um mesmo tema (11 de Setembro) visto por diferentes realizadores, para destacar (por escrito) mensagem inculcada por cada filme. [no 8.º 2.ª aula foi diferente: Leitura da reportagem «Alpinista cego chega ao cume do Evereste» (pp. 137-138), para adivinhar palavras de grelha no livro (p. 139); para completar quadro em contraste com o vídeo «Entrevista a João Garcia». Assistência ao vídeo e resposta a ficha-síntese.Recitação de quadras de Pessoa].
Aula 93-94
Correcção do trabalho de gramática. Assistência a mais um filme de onze minutos sobre o 11 Setembro de 2001, para indicar mensagem que o realizador nele procura fazer passar.
Exercício de recitação de quadras de Pessoa [8.º 2,ª, 5.ª, 6.ª] Avaliação [8.º 1.ª e 3.ª].
[TPC (férias) — Leitura de livros.]
3.º período
Aula 95-96
Leitura do poema «Eu, etiqueta» (pp. 143-145), para compreensão das notas laterais; para transcrição em português europeu do primeiro terço do poema; para preenchimento de lacunas em parágrafos dados. Leitura de tira de BD (p. 145) para responder por escrito a pergunta comparativa com o poema. Visionamento de anúncios de televisão, para seguir slogans, foco da mensagem e determinar público a que se dirigem preferencialmente. Leitura de anúncios nas pp. 146-147, para preenchimento de quadro (sobre público-alvo, foco da mensagem, slogan).
[TPC — Os números deste ano do Voz Activa, jornal da escola, procuram tratar o tema 'consumismo' (que se relaciona com a unidade em que entrámos agora). Gostava de escolher textos sobre este tema, para depois os propor à redacção do jornal.
Escolhe uma destas hipóteses:
1. Nova versão do começo do texto «Eu, etiqueta» (pp. 143-144; até ao verso «Estou, estou na moda»), em que, agora, viriam explicitados os nomes das marcas. Podem alterar-se alguns das expressões («nas minhas calças», «no meu blusão», etc., podem ser trocadas por outras semelhantes; e outros complementos idênticos podem também ser acrescentados).
2. Charada (cfr. p. 95) que contenha frase — provérbio, citação de autor, etc. — alusiva ao tema 'consumismo'.
3. Outro texto — de qualquer género — que trate o mesmo assunto de forma inteligente.]
Aula 97-98
Leitura de «A publicidade também é notícia» (p. 151), para escrever resumo. Exercício de divisão de orações (p. 152). Leitura de quatro notícias (pp. 153-155) e redacção de títulos sugestivos. Assistência à primeira parte do filme Verdade ou Mentira, sobre regras da elaboração das notícias.
[TPC — Dá uma vista de olhos ao texto da p. 149, o folheto do medicamento Silomat. Vê também a parte esverdeada da p. 153, um esboço de carta de reclamação. Aproveitando esse esboço, escreve a carta em que Cláudia Reis (ou outra personagem que queiras inventar) se queixasse à empresa responsável pelo Silomat (por algum motivo, ou motivos, que escolherás). Admito que possas criar uma situação quase rocambolesca, mas tem em conta que, para que o texto fique engraçado, convém que a personagem cumpra o exacto estilo de uma carta de reclamação e use um registo de língua cuidado.]
Aula 99-100
Leitura da crónica «A pré-queda» (p. 158), para resumir parágrafos; para assinalar ironias. Exercício com pronominalizações. Assistência à parte final de Verdade ou Mentira.
[TPC — Aqui estão alguns títulos das notícias de Stephen Glass (Verdade ou mentira). Repara que são bastante mais livres — mais «literários» e menos informativos — do que nos era recomendado nas pp. 151 e 152 (onde se defendia que os títulos fossem uma condensação do «lead», o período inicial da notícia, o qual, por sua vez, deveria conter o essencial do acontecimento):
Paraíso dos hackers
Férias de Páscoa
Uma boa alhada
Perigoso para a vossa saúde mental
Não se atrevam
Sagrada trindade
A selva
Papoilas para todos
No olho da rua
Nada é de graça
Mónica vende
Após a queda
O estado da natureza
Provável Claus
Abanem os imbecis
Após a queda
Fatos baratos
Encharcado

Escreve uma notícia com um destes títulos. Como são mais apelativos do que informativos, para imaginares uma situação que lhes corresponda talvez não te devas concentrar demasiado na sua interpretação.
A situação que cries deve ser verosímil (isto é, deve ser sentida como verdadeira — não pode parecer estapafúrdia, ainda que relate ocorrência estranha). Por outro lado, também não se deve tratar de acontecimento demasiado banal (um não-acontecimento, como a pré-queda da Dona Alzira).
Para lembrares o estilo de redacção das notícias, podes ver as pp. 43-45 do Caderno de Actividades do ano passado. Relê também as notícias que vimos na última aula.]
Aula 101-102
Leitura de «'Desgraças' abrem um quinto dos noticiários da noite na TV» (pp. 161-162), para a confirmação ou infirmação do que diz em cada parágrafo, após assistência a começos dos telejornais da SIC e da TVI (emissões de domingo). Exercício sobre pronominalizações (em contraste com formas verbais sem pronome mas com desinências difíceis). Assistência a sketches de Gato Fedorento com referência a telejornais e entrevistas para preencher tabela com características dos nossos noticiários aí caricaturadas.
[TPC — Continuar leitura de livros.]
Aula 103-104
Leitura de «Temos que ir para intervalo» (pp. 156-157), para completar resumo com lacunas. Exercício sobre sujeitos. Assistência a sketches de Gato Fedorento (série Lopes da Silva) em que se caricaturam características de telejornais ou entrevistas na televisão, para assinalar os aspectos que em cada um deles se procurou pôr a ridículo.
TPC — [Não há. Mas pensa em escrever texto para o Concurso Literário José Gomes Ferreira (cfr. prospecto).]
Aula 105-106
Leitura do poema «Lírica» (p. 202), para responder por escrito a perguntas de síntese. Resolução de exercício de «Funcionamento de língua» (p. 203). Preparação de leitura em voz alta de poemas (pp. 202, 203, 204). Redacção de carta a empresa, segundo o modelo de duas cartas de Cartas de um louco.
[TPC — 1. Em folha solta, faz o que é pedido em «Queres jogar?» (p. 204). No entanto, em vez de adoptares obrigatoriamente o tema «Amizade», podes fazer um «ABC de [qualquer outro assunto específico de que queiras falar]». Exemplos: ABC da escola; da turma; de Benfica; do Benfica; de algum desporto; da amizade; do namoro; de algum sentimento; da praia; da moda; da ciência; etc. 2. Na próxima aula, traz o Caderno de actividades.]
Aula 107-108
Explicação de metáfora, comparação, enumeração, hipérbole, personificação. Resposta à ficha do caderno de actividades (sobre recursos estilísticos), nas pp. 41-44. Compreensão do cartoon da p. 206, para preencher resumo sobre metáfora. Leitura de «Se eu e tu» (p. 205), para completar tabela em torno da sua estrutura; para redacção de estrofes segundo o mesmo modelo. Criação de metáfora, hipérbole, comparação, enumeração. [no 8.º 2.ª, 5.ª e 6.ª: A propósito do sketch «Estou ocupado com coisas a nível da transcendência», exercício sobre flexão verbal.]
[TPC — 1. (para 8.º 2.ª, 5.ª, 6.ª): Centrando-te em alguém com quem simpatizes especialmente (ou mesmo num ídolo teu, ainda que não o conheças pessoalmente), cria frases com os seguintes recursos estilísticos. (Podes explicitar ou não de quem se trata — se sim, substitui «fulano» pelo nome em causa. Podes também não fazer sempre sobre a mesma pessoa.)
uma comparação: Fulana/o é como...
uma metáfora: Fulana/o...
uma hipérbole (relativa a uma característica ou acção dessa pessoa):
uma enumeração: ...
2. (para todas as turmas) Não te esqueças também da possibilidade de escreveres para o Concurso literário José Gomes Ferreira.]
Aula 109-110
Leitura de três poemas de Carlos Drummond de Andrade (pp. 208, 210, 211-212), para responder a perguntas curtas (de compreensão genérica). Preenchimento de síntese lacunar sobre Helena de Tróia (a que aludia um dos poemas), agrupando-se depois as palavras em falta segundo as suas classes morfológicas. Assistência a partes do filme Helena de Tróia.
[TPC — Prepara a recitação do poema «Cantiga partindo-se» (p. 213) ou do poema «Quando ela passa» (p. 243). Se o teu número de turma for ímpar decora o primeiro poema; se for par, decora o segundo.]
Aula 111-112
Recitação de «Senhora partem tão tristes» (p. 213) e de «Quando ela passa» (p. 243). Exercício sobre versificação, acompanhado da consulta do Caderno de Actividades (pp. 45-48). Depois de assistência a sketch (Gato Fedorento, série Lopes da Silva), exercício sobre tempos de verbos. Continuação dos trechos de filmes sobre Helena de Tróia (desta vez: Tróia).
[TPC — «Quando ela passa». Faz um texto em prosa subordinado a este título, ou que inclua a frase no início ou em algum outro momento.]
Aula 113-114
Leitura rápida do jornal Voz Activa, para preenchimento de ficha sobre dados genéricos típicos dos jornais. Trabalho sobre aspectos de versificação em dois dos poemas no jornal. Preenchimento de texto lacunar sobre episódios da Guerra de Tróia. Assistência a mais um trecho de um dos filmes sobre o mesmo assunto.
[TPC: Mais uma vez não marco trabalho de casa, para, deste modo, (1) teres mais disponibilidade para concorrer ao Concurso José Gomes Ferreira; (2) leres livros.]
115-116
Leitura rápida de exemplar da Kulto, para preenchimento de tabela com secções da revista. Leitura do poema «Receita para fazer um herói» (p. 226), para redacção de poema semelhante (inspirado em «receita nojenta» da Kulto). Preenchimento de lacunas em texto sobre guerra de Tróia, Ilíada e Odisseia. Arrumação de palavras descobertas segundo classes. Assistência a trecho de filme sobre Odisseia.
TPC — Faz poemas, ou curtos textos em prosa poética, cujo título (ou primeiro verso) seja um dos versos que ponho a seguir. (Podes fazer um, dois ou três textos.)
No mais fundo de ti
Não, não encontro o retrato
Só o cavalo, só aqueles olhos grandes
O mar. O mar novamente à minha porta
Os dedos brincam com a luz de Maio
Aula 117-118
Leitura de entrevista a Eugénio de Andrade (pp. 233-234), para completar sínteses parágrafo a parágrafo. A partir de poemas de Eugénio de Andrade (pp. 234-237), exercícios de classificação de funções sintácticas. Assistência a mais um trecho do filme Odisseia.
[TPC — Decora (para depois o recitares) poema de Pessoa que te tenha distribuído.]
Aula 119-120
Recitação de textos de Pessoa e apreciação ao conteúdo. Redacção de versos intermédios para «Poema Pial» (p. 244). Leitura para classificação de orações em texto sobre Odisseia. Assistência a mais um trecho do filme Odisseia.
[TPC — Prepara a leitura em voz alta dos poemas que estão nas pp. 216, 231, 232, 238, 239, 241, 245, 246, 248, 249.]
Aulas 121-122
Leitura em voz alta de poemas de Pessoa, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner e Alexandre O'Neill. Exercícios de «Queres jogar» (p. 224, 240, 242, 255). Assistência a mais um trecho de Odisseia.
[TPC — Preparar leitura das peças «Magriço» (pp. 262-265) e «O Bojador» (pp. 269-272). (Esta preparação implica ler as peças — incluindo as referências para a encenação — e experimentar dizer as falas.)]
Aula 123-124 (e última)
Resolução do ponto 3.1 da p. 266 (sobre texto teatral). Leitura dramatizada das peças «Magriço» (pp. 262-265) e «O Bojador» (pp. 269-272). Assistência ao final de Odisseia (simultaneamente, conversas com cada um dos alunos sobre avaliação).
[Gostava ainda que, aproveitando o facto de contactarem assim com duas peças de teatro (e verem como se costuma apresentar um texto dramático), pensassem também escrever uma peça para o Concurso Literário José Gomes Ferreira. Têm convosco o regulamento, mas relembro: Máximo de três páginas, com dois espaços entre as linhas, em corpo 12, fonte ARIAL. Assim como eu estou a escrever estes dois parágrafos. (O prazo do concurso foi ampliado para 16 de Junho. O que significa que também nas outras modalidades — poesia e narrativa — podem ainda entregar textos. A entrega faz-se no CRE.)]